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Parada Cardiorrespiratoria

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Parada Cardiorrespiratória 
Definição: 
Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação súbita da 
função mecânica cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. 
Utilizamos o termo “parada cardiorrespiratória” para aqueles eventos que 
foram rapidamente detectados, enquanto ainda há possibilidade de retorno 
da circulação espontânea por meio de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). 
A PCR ocorre concomitantemente ou logo após o aparecimento de 
sintomas e é sempre uma situação de emergência médica. As chances de 
sobrevivência dependem do rápido reconhecimento e do início imediato de 
manobras adequadas de RCP. 
Os principais ritmos de PCR fora do ambiente hospitalar são chocáveis, 
sendo a fibrilação ventricular (39%) o mais comum, seguida pela 
taquicardia ventricular (37%). Nesses ritmos, quando a desfibrilação é feita 
em até 5 minutos, as taxas de retorno à circulação espontânea (RCE) são de 
50-70%. 
Já as PCRs que ocorrem dentro do ambiente hospitalar são 
predominantemente em atividade elétrica sem pulso (37%) e assistolia 
(39%) e têm um prognóstico mais restrito, com taxas de sobrevivência 
próximas de 17%. 
Para o correto diagnóstico da PCR, devemos verificar se a vítima 
apresenta: 
1. Ausência de resposta: chame em voz alta e toque vigorosamente nos 
dois ombros. 
2. Ausência de pulso central: checar pulso carotídeo ou femoral; se houver 
dúvida ou o pulso não for detectado em até 10 segundos, a RCP deverá ser 
iniciada. 
Identificado o paciente em PCR, é preciso iniciar o atendimento rápido e 
eficaz por meio do suporte básico de vida (BLS), que corresponde a uma 
sequência primária de ações que visam fornecer ao paciente chances de 
retorno à circulação espontânea antes da chegada do suporte avançado de 
vida (SAV). 
Atendimento pré-Hospitalar: 
Na PCR não há fluxo sanguíneo cerebral, e, a cada minuto que passa, graus 
progressivos de lesão neurológica irreversível se desenvolvem. O 
miocárdio também permanece isquêmico durante a PCR; por isso, sua 
viabilidade é rapidamente perdida dentro de alguns minutos. 
Para manter o coração do paciente “vivo” e seu sistema neurológico o mais 
intacto possível até a chegada do desfibrilador é necessário uma massagem 
cardíaca BEM-FEITA para aumentar a chance de sucesso da desfibrilação 
e ampliar a “janela de oportunidades” para reversão de qualquer ritmo. 
O conjunto de ações realizados até a chegada da equipe médica 
adequadamente adequada denomina-se Basic Life Support (BLS). Os 
aspectos fundamentais do BLS em adultos incluem: 
1. Reconhecimento imediato de parada cardiorrespiratória. 
2. Ativação imediata do sistema de resposta a emergências. 
3. RCP precoce e de alta qualidade. 
4. Desfibrilação rápida. 
5. Manuseio básico da via aérea. 
P r i n c í p i o s d o S u p o r t e 
Avançado de Vida: 
Os cuidados relacionados ao suporte avançado (ACLS) incluem as como a 
utilização de dispositivos invasivos de via aérea, o estabelecimento de 
acesso venoso, a utilização de drogas ou de novas tecnologias (p. ex., 
dispositivos de compressão torácica mecânica ou ressuscitação com 
circulação extracorpórea). 
1. Compressões torácicas de alta eficácia: 
o Local: 1/2 inferior do esterno, com a palma da mão dominante sobre o 
dorso da mão dominante, dedos entrelaçados e braços completamente 
estendidos, perpendiculares ao tórax do paciente; comprimir com a região 
hipotenar da mão dominante. 
o Velocidade: 100 a 120 por min. 
o Profundidade: deprimir o tórax entre 5 e 6cm, permitindo a expansão 
torácica após cada compressão. 
o OBS: minimizar as interrupções entre as compressões (máx. de 10s de 
interrupção) 
2. Medidas adjuvantes: em geral, podem ser úteis nos ritmos passíveis de 
choque (FV/TVsp) ou não passíveis de choque (AESP/assistolia). Os 
principais adjuvantes são: 
o Oxigênio. 
o Acesso para aplicação de medicamentos (venoso periférico ou 
intraósseo). 
o Manuseio das vias aéreas e ventilação (a capnografia será útil também 
para confirmar a inserção correta da via aérea avançada). 
o Vasopressor: epinefrina. 
3. Desfibrilação com ou sem uso de antiarrítmicos. 
4. Tratamento da causa da PCR: apesar de ser a medida de maior impacto 
na sobrevida da PCR em assistolia/AESP, deve-se pensar e tratar possíveis 
etiologias da parada em qualquer tipo de PCR. 
5. Novos dispositivos, tecnologias ou medidas excepcionais, como a 
ressuscitação por meio da circulação extracorpórea, que pode fornecer uma 
ponte para determinados tratamentos específicos (p.ex., trombólise de 
embolia, angiografia coronariana percutânea etc.). Há muita pouca 
evidência ainda nesse tópico. 
Sequência Ritmos Chocáveis: 
Os ritmos chocáveis são a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia 
ventricular sem pulso (TVsp). Ambas são tratadas com RCP de alta 
qualidade, administração de vasopressores e antiarrítmicos, e a 
desfibriliação. 
S e q u ê n c i a R i t m o s n ã o 
Chocáveis: 
Os ritmos não chocáveis são a atividade elétrica sem pulso (AESP) e 
assistolia. A AESP é definida pela ausência de pulso palpável na vigência 
de atividade elétrica cardíaca organizada, e abrange numerosas causas. Já 
assistolia represente a completa ausência da atividade elétrica miocárdica. 
O primeiro passo ao se deparar com um paciente em assistolia é 
confirmar a ausência de ritmo (CAGADA). 
Cuidados após parada: 
Durante a parada cardiorrespiratória, TODOS os órgãos e tecidos do corpo 
sofrem algum grau de dano. Após o Retorno d a Circulação Espontânea 
(RCE), é comum que o dano se exacerbe devido à chamada injúria de 
isquemia-reperfusão (geração de radicais livres em excesso a partir do 
oxigênio). Um dos principais “alvos” deste processo é a microcirculação. A 
vasodilatação generalizada — acompanhada por aumento na 
permeabilidade vascular — promove uma tendência à instabilidade 
hemodinâmica progressiva (má perfusão tecidual), muito semelhante ao 
que acontece no choque séptico. Se a causa da PCR for uma condição 
cardíaca (ex.: isquemia), como geralmente ocorre, o risco d e instabilidade 
hemodinâmica aumenta sobremaneira, pois teremos um miocárdio 
intrinsecamente doente. Assim, nas primeiras 24–48h após a PCR, um dos 
principais objetivos terapêuticos deve ser a manutenção de uma perfusão 
sistêmica adequada, a fim de se evitar o surgimento da síndrome de 
falência orgânica múltipla. 
A conduta básica não difere do suporte ao paciente crítico em geral. 
Devemos alocar o paciente numa unidade de terapia intensiva com 
capacidade para monitorar os sinais vitais continuamente bem como a troca 
gasosa e a hemodinâmica. Devemos utilizar os dados dessa monitoração 
para guiar medidas terapêuticas visando atingir objetivos específicos. 
Cardioversão x Desfibrilação: 
O objetivo da desfibrilação e da cardioversão é transferir energia elétrica 
para o coração. Isso atordoa o coração instantaneamente na esperança de 
gerar um ritmo sinusal normal do marcapasso natural do coração, que o 
coração pode manter por conta própria. 
Embora ambos usem a mesma ação geral e possam usar o mesmo 
equipamento, o método é diferente, assim como quando você os usa, como 
os usa e por que está chocando o coração. 
Principalmente, você usa desfibrilação durante uma situação imediata de 
risco de vida. Você tem uma parada cardíaca e, se não reiniciar esse 
coração, a vítima fará a transição oficialmente. 
Por outro lado, se usa a cardioversão para converter o ritmo cardíaco 
quando um paciente tem um coração instável, mas não corre o risco de 
converter o ritmo cardíaco morrer imediatamente. A cardioversão 
estabiliza o ritmo cardíaco. É, portanto, geralmente um procedimento 
eletivo. Com orientação do médico, o paciente opta pela cardioversão para 
corrigir o ritmo cardíaco. Mas também pode ser urgente se o paciente 
estiver com taquicardia ou sensação de falta de ar. 
Em segundo lugar, deve-se sincronizar a cardioversão para alcançar um 
resultado de ritmo específico. Você não cronometra a desfibrilação. Você só 
precisa de um ritmo chocável. 
Assim, assim que houver umritmo chocável, um desfibrilador automático 
diz para você “tirar as mãos” ou “limpar”. Então ocorre um choque. Mas 
durante a cardioversão, a máquina espera alguns segundos para sincronizar 
com o ritmo de choque em um momento preciso nesse ritmo. 
Terceiro, um desfibrilador fornece uma dose de energia mais alta em 
relação à cardioversão. 
Em última análise, a cardioversão realizada quando necessário pode evitar 
uma parada cardíaca subsequente naquele dia, semana ou ano. Isso porque 
transforma um ritmo irregular em estável. Mas uma vez que ocorre uma 
parada cardíaca, a desfibrilação é sua única opção - isto é, se você tiver um 
ritmo chocável. 
Referências Bibliográficas: 
• Martins,Herlon Saraiva / Santos,Rômulo Augusto Dos / Neto,Rodrigo 
Antonio Brandão / Arnaud,Frederico - Medicina de Emergência – Série 
Revisão Rápida – 6a Edição, Editora Manole, 2023. – Capítulo 1. 
• Apostila MedCurso 2023 - Cardiologia I - PCR 
• Estratégia Med 2023 - PCR 
• PSZerado 2023 - PCR 
• SanarFlix - Apostila Cardiologia - PCR 
• Resumos da Med

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