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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC Medicina 4° período 2023.1 GIOVANNA JANSEN CORDEIRO TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) VENENO DAS SERPENTES Montes Claros 2023 TIC 9 – Venenos das serpentes Quais as diferenças de ação clínica dos venenos das serpentes encontradas no país? Os quatro tipos principais de acidente com serpentes peçonhentas do Brasil são: Botrópico (jararaca); Crotálico (cascavel); Laquético (surucucu); Elapídico (coral). A ação do veneno botrópico está relacionada à idade da serpente, uma vez que sua composição é adequada para o tipo de presa das jararacas (adultas: peque-nos mamíferos; jovens: lagartos e lacraias): Inflamatória (proteolítica): liberação de substâncias vasoativas e citocinas inflamatórias (Adultos); Coagulante: ação semelhante à trombina com consumo de fibrinogênio (Adultos); Hemorrágica: degrada componentes do endotélio vascular e inibe a agregação plaquetária (Jovens). Os sintomas mais precoces são dor e edema no local da picada, podendo evoluir com bolhas, necrose, gangrena e síndrome compartimental. Em casos mais graves, pode ocorrer também hemorragia e insuficiência renal. O veneno crotálico tem ação: Neurotóxica, inibindo a liberação de acetilcolina e promovendo bloqueio neuromuscular; Miotóxica, que promove a liberação de mioglobina e pode evoluir para rabdomiólise coagulante. Em geral, podem ocorrer mal-estar, prostração, sudorese, náuseas e vômitos, sonolência ou inquietação e xerostomia. As manifestações neurológicas aparecem logo nas primeiras horas após o acidente. As principais são ptose palpebral, oftalmoplegia e fácies miastênica. A fisiopatologia do veneno das Surucucus é semelhante ao veneno botrópico, porém acrescido de manifestações vagais, tais como: hipotensão arterial, vertigem, visão turva, bradicardia e diarreia. O veneno das serpentes Micrurus tem ação neurotóxica: Pré-sináptica (bloqueia a liberação de acetilcolina); Pós-sináptica (compete com a acetilcolina pelos receptores colinérgicos). A sintomatologia ocorre muito precocemente, já que o peso molecular da proteína do veneno é muito baixo. As manifestações clínicas locais são dor discreta e parestesias, enquanto as sistêmicas surgem poucas horas após a picada e incluem ptose palpebral, oftalmoplegia, fácies miastênicas, dificuldade para manter a posição ereta, dificuldade para deglutir e insuficiência respiratória. REFERÊNCIAS: PORTO, Celmo C.;PORTO, Arnaldo L. Clínica Médica na Prática Diária. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9788527738903. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/bo-oks/9788527738903/. Acesso em: 04 abr. 2023. SOARES, A. M.; FONSECA, R. M.; ZAMPIERON, K. C.; QUEIROZ, M. L. S. Epidemiologia dos acidentes ofídicos no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 50, n. 1, p. 1-7, 2017. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC Medicina 4 período 2023.1 GIOVANNA JANSEN CORDEIRO TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) VENENO DAS SERPENTES Montes Claros 2023 TIC 9 – Venenos das serpentes
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