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2018 Diretrizes Práticas contábeis e estágio Prof. Osir Afonso Tessari Prof. Carlos Roberto Schroder Prof. Luciano Fernandes Prof. Maike Bauler Theis Copyright © UNIASSELVI 2018 Elaboração: Prof. Osir Afonso Tessari Prof. Carlos Roberto Schroder Prof. Luciano Fernandes Prof. Maike Bauler Theis Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: III aPresentação Caro(a) acadêmico(a)! O Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis está amparado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, instituído pela Resolução nº 10 do CNE, de 16/12/2004. De acordo com a Resolução, em seu Art. 7º, o Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular direcionado para a consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização. O estágio poderá ser realizado na própria instituição de ensino, ou fora dela, mediante laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas correspondentes aos diferentes pensamentos das Ciências Contábeis e desde que sejam estruturados e operacionalizados de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo conselho superior acadêmico competente, na instituição. Todas as diretrizes sobre o Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis estão descritas neste caderno e divididas em dois tópicos. Caro(a) acadêmico(a)! Você está chegando à fase final do seu curso: começa com a elaboração do plano de negócios, em seguida, a materialização do planejamento na constituição da empresa e, por fim, a análise das informações geradas do negócio, sob a ótica de controle de uma auditoria independente para gerar o relatório final. Toda a estrutura do Estágio Curricular do Curso de Ciências Contábeis que desenvolvemos especialmente para você, caro(a) acadêmico(a), busca aplicar os conhecimentos adquiridos, desde aspectos humanos aos aspectos técnicos. Prof. Osir Afonso Tessari Prof. Carlos Roberto Schroder Prof. Luciano Fernandes IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA V VI VII UNIDADE 1 - DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ............................................................ 1 TÓPICO 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ................................................................... 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3 2 ATIVIDADES DE ESTÁGIO A SEREM DESENVOLVIDAS ................................................... 3 3 OBJETIVOS DE APLICAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO ..................................................... 3 TÓPICO 2 - REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ............ 5 UNIDADE 2 - PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA)....................................................................................... 11 TÓPICO 1 - O NEGÓCIO ................................................................................................................... 13 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 13 2 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO ................................................................................................. 13 3 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO ........................................................................................................... 15 4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE ..................................................................................................... 15 5 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES ........................................................................................... 16 TÓPICO 2 - PRODUTOS E SERVIÇOS ........................................................................................... 19 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 19 2 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS .............................................................................. 19 3 TECNOLOGIA E PROCESSOS ...................................................................................................... 20 4 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA ........................................................................... 22 5 DEFINIÇÃO DE PREÇOS ................................................................................................................ 23 TÓPICO 3 - DEFINIÇÃO DE MERCADOS .................................................................................... 25 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 25 2 O SETOR ............................................................................................................................................. 25 2.1 CLIENTELA ................................................................................................................................... 26 2.2 FORNECEDORES ......................................................................................................................... 27 2.3 CONCORRENTES ........................................................................................................................ 28 TÓPICO 4 - PLANO DE MARKETING ........................................................................................... 29 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 29 2 PROPAGANDA ................................................................................................................................. 29 3 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO)...................................................................................... 30 TÓPICO 5 - PLANO FINANCEIRO .................................................................................................. 33 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................33 2 INVESTIMENTOS ............................................................................................................................ 33 2.1 CRÉDITOS SOBRE INVESTIMENTOS ..................................................................................... 33 2.2 DADOS A SEREM TRATADOS .................................................................................................. 33 3 MÃO DE OBRA ................................................................................................................................. 35 sumário VIII 3.1 PESSOAL DE PRODUÇÃO ......................................................................................................... 36 3.1.1 Definindo dados ................................................................................................................... 36 3.2 PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................ 37 3.2.1 Definindo dados ................................................................................................................... 37 4 DESPESAS ADMINISTRATIVAS ................................................................................................. 38 4.1 INFORMAÇÕES SOBRE DESPESAS ......................................................................................... 39 5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS E FLUXO DE CAIXA ............................................................... 40 5.1 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ECONÔMICOS ..................................................................... 40 5.2 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ........................................................................................... 41 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 43 ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 45 UNIDADE 3 - CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA ............ 47 TÓPICO 1 - ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2 ........................................... 49 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49 2 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ..................................................................... 51 TÓPICO 2 - CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA .................................................................... 53 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 53 2 CONSULTA DE VIABILIDADE E NOME EMPRESARIAL ..................................................... 55 2.1 PEDIDO DE VIABILIDADE ........................................................................................................ 56 2.2 CANCELAMENTO DO PEDIDO DE VIABILIDADE ............................................................ 64 2.3 DBE (COLETOR NACIONAL – REDESIM) ............................................................................. 65 2.4 CONSULTA E IMPRESSÃO DBE: .............................................................................................. 74 2.5 RE – REQUERIMENTO ELETRÔNICO .................................................................................... 79 2.6 REQUISITOS PARA PROTOCOLO NA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA ...................................................................................... 85 2.7 CANCELAMENTO COLETA WEB ........................................................................................... 86 2.8 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE LICENÇA E/OU FUNCIONAMENTO E DO ALVARÁ SANITÁRIO NA PREFEITURA MUNICIPAL ............................................. 90 2.9 ENCAMINHAMENTO DO ALVARÁ DE POLÍCIA ............................................................... 90 TÓPICO 3 - MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................... 93 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 93 2 DOCUMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA ............................................................ 94 3 NOTAS FISCAIS DE COMPRAS E VENDAS ............................................................................. 94 3.1 DADOS DO EMITENTE .............................................................................................................. 97 3.2 DADOS DO DESTINATÁRIO/REMETENTE ........................................................................... 98 3.3 DADOS DO PRODUTO ............................................................................................................... 98 3.4 CÁLCULO DOS IMPOSTOS ....................................................................................................... 100 3.5 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS ............................................................ 101 3.6 DADOS ADICIONAIS ................................................................................................................. 101 4 CUPOM FISCAL ................................................................................................................................ 101 5 NOTA FISCAL SÉRIE D-1 ............................................................................................................... 102 6 NOTA FISCAL DE SERVIÇO ......................................................................................................... 103 7 BOLETO BANCÁRIO ....................................................................................................................... 104 8 CONTROLE DE ESTOQUE ............................................................................................................. 105 8.1 MÉTODO DE CONTROLE PERMANENTE ............................................................................ 106 8.2 MÉTODO DE CONTROLE PERIÓDICO .................................................................................. 108 9 DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................. 108 10 FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................................................................ 110 IX 11 RECIBO DA FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................... 116 12 GUIA DE INSS ................................................................................................................................. 116 13 GUIA DE FGTS ................................................................................................................................ 118 14 GUIA DE IMPOSTO DE RENDA ................................................................................................ 119 15 CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................ 120 16 DEMAIS DOCUMENTOS ............................................................................................................. 122 17 CONTABILIDADE .......................................................................................................................... 122 18 FECHAMENTO (PAPER) ............................................................................................................... 123 ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 124 UNIDADE 4 - RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO: AUDITORIA INDEPENDENTE E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ....................................... 129 TÓPICO 1 - ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 3 ........................................... 131 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................131 2 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO ................................................................... 131 3 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ..................................................................... 134 TÓPICO 2 - FASE INICIAL DA AUDITORIA ................................................................................ 137 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 137 2 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ............................................................................................. 138 2.1 MODELO DE PLANEJAMENTO DE HORAS E VALORES DE AUDITORIA ................... 140 3 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .......................................................................................... 143 4 CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE AUDITORIA ........................................ 152 TÓPICO 3 - FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA................................................................... 155 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 155 2 PAPEL DE TRABALHO: CODIFICAÇÃO E INDICAÇÕES DOS EXAMES REALIZADOS ... 156 2.1 A CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO .................................................................. 157 2.2 A INDICAÇÃO DOS EXAMES REALIZADOS NOS PAPÉIS DE TRABALHO ................. 162 3 MODELOS PARA ELABORAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO ........................................... 165 3.1 PAPEL DE TRABALHO DE LANÇAMENTO DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÃO – “PT 1-BT” .............................................................................................. 167 3.2 PAPEL DE TRABALHO DE PONTOS DE RECOMENDAÇÃO – “PT 2-BT” ..................... 168 3.3 PAPÉIS DE TRABALHO EM DISPONIBILIDADES – “PT A” ............................................... 169 3.4 PAPÉIS DE TRABALHO EM ESTOQUES (PT C) .................................................................... 172 3.5 PAPÉIS DE TRABALHO EM IMOBILIZADO (PT F) .............................................................. 175 3.6 PAPÉIS DE TRABALHO EM FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS (PT AA) ............ 177 3.6.1 Pedido de confirmação ........................................................................................................ 179 3.7 PAPÉIS DE TRABALHO EM CONTAS A PAGAR (PT BB) ................................................... 184 3.8 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (PT CC) ............................... 186 3.9 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS (PT EE) ................................. 190 3.9.1 Análise das contas tributárias - ICMS (PT EE10-1) ......................................................... 191 3.9.2 Análise das contas tributárias - PIS (PT EE20-1) ............................................................. 193 3.9.3 Análise das contas tributárias - COFINS (PT EE30-1) .................................................... 195 3.9.4 Análise das contas tributárias – IRPJ a Pagar (PT EE40-1)............................................. 196 3.9.5 Análise das contas tributárias – CSLL a Pagar (PT EE50-1) .......................................... 198 3.10 PAPÉIS DE TRABALHO EM OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS (PT HH) .................................................................................................. 200 3.11 PAPÉIS DE TRABALHO EM PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PT SS) ........................................208 3.12 PAPÉIS DE TRABALHO EM CONTAS DO RESULTADO DE EXERCÍCIO (PT BTL) ....210 3.12.1 Análise das Contas do Resultado Operacional (PT DR10) ......................................... 211 X 3.12.2 Análise das Contas de Despesas Comerciais e Administrativas (PT DR40-1) .......... 213 3.12.3 Análise das Contas de Despesas e Receitas Financeiras (PT DR50-1) ........................ 214 3.13 PROCEDIMENTOS FINAIS DURANTE A EXECUÇÃO ..................................................... 215 4 CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO ................................................. 215 TÓPICO 4 - FASE DE CONCLUSÃO DA AUDITORIA .............................................................. 219 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 219 2 LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÕES ................................................ 220 3 RELATÓRIO DE DIVERGÊNCIAS ENCONTRADAS ............................................................. 223 4 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ......................................................................... 226 5 ESTRUTURA E CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO ........................................... 227 TÓPICO 5 - RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA AUDITADA ............................................................... 229 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 229 2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE ......................... 229 3 ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .................................................................. 230 4 MODELO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................ 231 ANEXOS DA UNIDADE ..................................................................................................................... 236 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 243 1 UNIDADE 1 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • contextualizar o ambiente de estágio em que será desenvolvido o estágio quanto às suas atividades e objetivos; • explicitar claramente o regulamento de Estágio Supervisionado, nortean- do a concepção, duração, obrigatoriedade, organização das etapas e res- ponsabilidades para elaboração do estágio. Esta unidade está dividida em dois tópicos e apresenta as regras para a elaboração e desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado. TÓPICO 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO TÓPICO 2 – REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIO- NADO 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 1 INTRODUÇÃO 2 ATIVIDADES DE ESTÁGIO A SEREM DESENVOLVIDAS O estágio é requisito indispensável à formação do acadêmico em contabilidade, por fornecer um instrumental teórico-prático da contabilidade aplicada. Tem por finalidade essencial dar ao acadêmico condições de desenvolver na prática, através de simulações, os fatos teóricos estudados interdisciplinarmente, desempenhando com maior flexibilidade e competência as atribuições específicas do contador. Procura também levar o aluno a ter uma visão mais próxima do cotidiano da função desempenhada pelo profissional da contabilidade. Neste Regulamento de Estágio, as atividades de estágio desenvolvidas pelo acadêmico serão divididas em três etapas. A primeira etapa terá início no 6º Módulo, com a elaboração do Plano de Negócios. A segunda etapa será realizada no 7º Módulo com a criação da empresa, contabilização dos eventos, elaboração documental e levantamento das demonstrações contábeis. A terceira etapa será desenvolvida no último módulo do curso: em forma de rodízio/sorteio dos trabalhos realizados no 6º e 7º Módulos, será aplicado o ferramental da auditoria, gerando o relatório de auditoria. Todo esse trabalho será desenvolvido de forma cumulativa, ou seja, do 6º para o 7º e do 7º para o 8º, resultando no Relatório Final de Estágio. 3 OBJETIVOS DE APLICAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO Com a execução das atividades listadas,o Estágio do Curso de Ciências Contábeis atingirá os seguintes objetivos: • complementar o processo de ensino e aprendizagem; • incentivar o aprimoramento pessoal e profissional; • propiciar ao acadêmico oportunidades de desenvolver potencialidades e habilidades; UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 4 • propiciar ao acadêmico a consolidação de conhecimentos e espírito empreendedor e integrador, para atuar como gestor nos mais diversos tipos de entidades, no vasto campo de atuação do profissional da Contabilidade; • contribuir para que o acadêmico assuma suas funções de corresponsável pelo processo ensino-aprendizagem, à medida que formula seus próprios projetos; • contribuir na relação entre professor e acadêmico, no sentido que ambos se reconheçam como aprendizes em uma sociedade cada vez mais orientada pela capacidade dos indivíduos de transformarem dados em informações e informações em conhecimento; • propiciar ao acadêmico o exercício da cidadania, ou seja, a oportunidade de concretizar trabalhos na área contábil relacionada com as causas maiores, ou seja, o bem-estar da coletividade; • propiciar ao acadêmico a oportunidade de diagnosticar e propor melhorias no ambiente empresarial através de estudos na área contábil. 5 TÓPICO 2 REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO UNIDADE 1 CAPÍTULO I CONCEPÇÃO, DURAÇÃO E OBRIGATORIEDADE DO ESTÁGIO O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis é concebido como um dos momentos privilegiados de integração teoria-prática, sendo organizado na própria Instituição com o uso de softwares específicos de contabilidade com prática simulada observando a múlti e interdisciplinaridade. O Estágio Curricular Supervisionado terá a duração estipulada na matriz curricular do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis compreendendo as atividades propostas integradas a partir do sexto Módulo. Nenhum acadêmico poderá colar grau sem ter cumprido as exigências do estágio curricular. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis compreenderá as três etapas a seguir descritas. 1ª ETAPA – Plano de Negócios: a) A elaboração do Plano de Negócios acontecerá durante o 6º Módulo, inserido na prática deste Módulo, e deverá ser composto dos seguintes conteúdos: • planejamento estratégico do negócio a ser implementado; • descrição da empresa a ser implementada; • descrição do produto e/ou serviço a ser desenvolvido; • análise do mercado a ser explorado; UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 6 • descrição do plano de marketing para a empresa proposta; • descrição do plano financeiro para a empresa proposta; • anexos como planilhas de custo e projeções. b) O cronograma de atividades a serem desenvolvidas constará na Agenda de Atividades do módulo. 2ª ETAPA – Prática Contábil: a) Esta etapa será desenvolvida no 7º Módulo e abrangerá os aspectos constitutivos da sociedade idealizada no Plano de Negócios da 1ª etapa, no âmbito da Junta Comercial, Receita Federal e Fazenda Estadual, tendo a seguinte linha de desenvolvimento: • Praticar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso no que se refere à elaboração dos lançamentos contábeis envolvidos nas operações da empresa constituída. • Ter contato com um plano de contas, permitindo a classificação dos lançamentos nas contas corretas. • Examinar os fechamentos de débitos e créditos a cada lançamento, viabilizando a elaboração de demonstrativos contábeis. • Distinguir os diversos fatos que possam ocorrer numa empresa e tomar a decisão adequada para contabilizar os valores nas contas corretas. • Efetuar o cálculo e contabilização da folha de pagamento, considerando as provisões de férias e 13º salário. • Montar o controle de estoque baseado nas compras e vendas realizadas, apurando o Custo das Mercadorias Vendidas pelo método custo médio. • Apurar e contabilizar o valor dos impostos devidos sobre as vendas. • Calcular e contabilizar o valor da depreciação sobre os bens da empresa. • Estruturar o LALUR, se for o caso, apurando o lucro real. • Elaborar o cálculo dos impostos baseados no lucro estimado e efetuar o comparativo com os impostos calculados com base no lucro real, determinando o valor mais vantajoso para a empresa. • Desenvolver as Demonstrações Contábeis para fins de publicação. TÓPICO 2 | REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 7 Nesta fase, as orientações serão desenvolvidas na disciplina de Prática Contábil. 3ª ETAPA – Relatório Final: a) A elaboração do Relatório Final compõe a última etapa do Estágio que ocorre no oitavo Módulo, na disciplina de Estágio, e consiste no desenvolvimento de atividades de Auditoria e Análise das Demonstrações Contábeis, na contabilidade da empresa criada na 1ª e 2ª etapas do estágio. Compreende as seguintes atividades: • Elaboração do planejamento de auditoria a ser desenvolvida na empresa simulada. • Definição dos tipos de papéis de trabalhos utilizados pela auditoria, bem como sua simbologia. • Definição dos procedimentos de auditoria utilizados pelos auditores no seu trabalho. • Elaborar as equações matemáticas para a seleção de uma amostra do universo apresentado pela empresa a ser auditada. • Elaborar a carta de responsabilidade da administração na auditoria da empresa em questão. • Elaborar o Parecer de Auditoria da empresa auditada. • Elaborar o relatório de Análise de Balanços englobando as questões de: estrutura de capital, liquidez e rentabilidade. b) Socialização dos resultados. A socialização dos resultados acontecerá conforme cronograma constante na Agenda de Atividades e organizada pelo Professor-Tutor Externo. CAPÍTULO III DAS RESPONSABILIDADES DO PROFESSOR-TUTOR EXTERNO, DO PROFESSOR-TUTOR INTERNO, DO POLO DE APOIO PRESENCIAL DO PROFESSOR-TUTOR EXTERNO Ao Professor-Tutor Externo, que executa os serviços educacionais do projeto de Ensino a Distância da UNIASSELVI, compete: UNIDADE 1 | DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO ESTÁGIO NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 8 a) proceder ao estudo do Manual de Estágio com os acadêmicos; b) preencher ata, diário de classe e demais documentos inerentes ao estágio; c) organizar e acompanhar o Seminário de Socialização do Estágio; d) proceder à correção final do Relatório de Estágio e aferir nota; e) encaminhar à UNIASSELVI um Relatório de Estágio que melhor atende às normas estabelecidas; f) lançar no sistema todas as notas decorrentes das avaliações. DO PROFESSOR-TUTOR INTERNO Ao Professor-Tutor Interno compete: a) revisar e atualizar quando necessário o Manual de Estágio; b) orientar o Professor-Tutor Externo, Articulador de EAD e os acadêmicos através do telefone 0800, e-mail e AVA, sobre os procedimentos de Estágio, tais como: aplicação do manual, aproveitamento de horas de Estágio, formatação do relatório, bibliografia e outros; c) orientar quanto à fundamentação teórica e metodológica, para a realização do Estágio; d) alimentar e acompanhar o ambiente virtual – AVA; e) analisar um relatório de cada Estágio por turma, para aperfeiçoamento dos estágios, dos relatórios e publicações de cadernos de Estágio; f) orientar o planejamento e organização dos seminários de socialização dos Estágios; g) organizar capacitações para os articuladores de EAD e Professores-Tutores Externos a respeito do Estágio; h) esclarecer dúvidas dos Polos de Apoio Presencial; i) orientar o Professor-Tutor Externo sobre a sistemática de avaliação e lançamento das notas; TÓPICO 2 | REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 9 DO POLO DE APOIO PRESENCIAL Ao Polode Apoio Presencial da UNIASSELVI, para a oferta de cursos a distância, compete: a) supervisionar o Professor-Tutor Externo no cumprimento de suas funções. CAPÍTULO IV DA AVALIAÇÃO O acadêmico estagiário será avaliado nos seguintes aspectos: a) assiduidade e participação nos encontros de orientação; b) cumprimento do cronograma e das atividades a serem realizadas durante o desenvolvimento do estágio no respectivo Módulo de Estudo; c) apresentação no seminário de socialização; d) apresentação do relatório dentro das normas técnicas; e) pertinência, coerência e consistência dos relatórios produzidos. CAPÍTULO V APROVAÇÃO Será considerado aprovado o acadêmico que, como resultado final da avaliação descrita no item anterior, obtiver média igual ou superior a 7 (sete). Não obtendo a média, o acadêmico será considerado reprovado. 10 11 UNIDADE 2 PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • compreender o que é um Plano de Negócios e qual a sua aplicação; • entender a estruturação do Plano de Negócios e seus tópicos; • compreender a validação de uma ideia, conhecimento e ferramentas para a construção de um Plano de Negócios; • entender e identificar a base fundamental do processo de desenvolvimen- to de um Plano de Negócios; • capacitar-se para elaborar o estudo de análise de mercado; • desenvolver um plano de marketing associado à definição de equipe, produ- tos e objetivos estratégicos, como também a elaboração do plano financeiro. Esta unidade está dividida em cinco tópicos e o seu estudo permitirá o de- senvolvimento de todas as etapas de elaboração de um Plano de Negócios. TÓPICO 1 – O NEGÓCIO TÓPICO 2 – PRODUTOS E SERVIÇOS TÓPICO 3 – DEFINIÇÃO DE MERCADOS TÓPICO 4 – PLANO DE MARKETING TÓPICO 5 – PLANO FINANCEIRO 12 13 TÓPICO 1 O NEGÓCIO UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO 2 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO Esse texto é parte integrante do Caderno de Estudos de Empreendedorismo e tem por objetivo orientá-lo na elaboração do Plano de Negócios. O Plano de Negócios constitui-se como atividade prática do Módulo 6, que resultará na constituição e formalização da empresa no Módulo 7. Neste momento, o empreendedor precisará escolher a identidade do seu negócio, quem o formará, como ele será. Veja o que deve ser informado: O nome do negócio e sua localização. O número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), inscrições estaduais e municipais, se existirem. Seus dados pessoais. O negócio pode ser classificado como micro, pequena ou média empresa? Quais os parceiros e sócios do negócio? Procure explicar quanto cada um terá na sociedade, quem serão os diretores e quem assinará documentos e contratos em nome da empresa. Na elaboração de um Plano de Negócios, você deve iniciar pela definição do negócio da empresa. Neste tópico, você saberá como identificar e definir seu negócio, sobre os objetivos da atividade que pretende abrir, por que pretende abrir, como será sua organização e quais as pessoas que irão trabalhar na equipe com você e sobre quais as motivações e oportunidades que geraram este projeto. UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 14 Será um negócio “informal” ou será feita a constituição jurídica do negócio? Será uma empresa individual, sociedade limitada, sociedade anônima, cooperativa etc.? Exemplo 1: A seguir serão apresentados os objetivos da Velas Detudo Ltda., sua equipe e como se deu o início da empresa: Velas Detudo Ltda. Rua das Flores, 200 – Bom Jardim – Várzea das Flores-MG – CEP: 30000-000 Telefax (31) 3333-5487 - CNPJ: 01.234.567/0001-89 www.velasdetudo.com.br A Velas Detudo Ltda. é uma fábrica de velas de parafina e será registrada como sociedade por cota de responsabilidade ilimitada ou empresa individual. Será composta por um proprietário com experiência e habilidade na área. Obtivemos informações com a prefeitura da cidade onde montaremos a fábrica de velas, quanto às instalações físicas da empresa, para saber se elas estão de acordo com a legislação vigente. Além disso, consultaremos o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor. O Corpo de Bombeiros mais próximo de onde a fábrica será instalada também foi procurado. A única proprietária da Velas Detudo é Maria Emília dos Santos Guerra, 25 anos, solteira. Tem participação em 100% do capital. É responsável pelas atividades técnicas, estratégicas, administrativas e comerciais. Endereço da proprietária: Rua Alazão de Azeredo, 500/202 CEP: 89627-000 Belo Horizonte-MG Telefone: (31) 3388-9977 TÓPICO 1 | O NEGÓCIO 15 3 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO Nesta seção, vamos apresentar os itens que explicam como você deve proceder para descrever a definição do seu negócio. Os itens são: Descreva o seu negócio, deixando bem claro para que ele é criado. Diga resumidamente como o negócio será montado: o local escolhido, o setor de produção ou prestação do serviço, os tipos de produtos e serviços que serão oferecidos. Se o seu negócio já existia, conte um pouco sobre a sua história, os momentos mais difíceis, os desafios, as vitórias e as mudanças importantes. Informe também como é a venda dos produtos que você já tem. Este item é fundamental para que o leitor entenda o que é o negócio e sinta que ele está bem planejado. Por isso, não aumente nem diminua suas vantagens. A dica é utilizar bom senso e ser realista. Isso mostrará que você está preparado e com os pés no chão para montar o empreendimento. Exemplo 2: Velas Detudo Ltda. é uma indústria de velas de parafina, incluindo velas comuns e de 7 dias. O processo de produção de velas é bastante simples. Os níveis dos investimentos não são demasiadamente elevados, a mão de obra não necessita de qualificação especial e é o tipo de empresa que possui um bom índice de rentabilidade. O investimento inicial é de R$ 18.400,00 e foi integralizado pela proprietária. Propõe-se à fabricação de velas comuns e de sete dias. Entretanto, se tiver interesse e um pouco mais de recursos financeiros, a empresa poderá investir também na produção de velas decorativas e para aniversários. Os investimentos para essa diversificação não são pesados. Concluímos que o grau de risco é médio. 4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE Apresente rapidamente um parecer sobre os sócios e sobre os principais funcionários. Qual é a formação, quais são os conhecimentos e as experiências de cada um? Quais serão suas tarefas quando o negócio começar a funcionar? Para o leitor do seu plano de negócios, um empreendimento liderado por pessoas sem experiência e sem capacidade UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 16 5 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES Motivação e boas oportunidades são decisivas para o sucesso de um negócio. Com certeza, quem estiver avaliando seu Plano de Negócios estará “de olho” nesses itens. Relate neste tópico de onde vem sua motivação, por não é um bom negócio. Por isso, mostre o contrário: que você e sua equipe são capazes e têm motivação e garra para alcançar o sucesso! Exemplo 3: A equipe é composta por 5 funcionários. Proprietária Maria Emília dos Santos Guerra Trabalhou 5 anos com produção de velas na Indústria Velas Luz e Vida na área de produção e posteriormente administração. Operadores Marco Antônio Mendes Trabalha há 3 anos com produção de velas de 7 dias. Trabalhava como autônomo numa empresa de “fundo de quintal”. Maria Lúcia Álvares Albuquerque Há 7 anos trabalhou com produção de velas de 7 dias e decorativas na Indústria Velas Luz e Vida. Ajudante (embalador) Rogério Eduardo Marques Não tem nenhumaexperiência profissional. Será orientado por Marco Antônio Mendes e Maria Lúcia Álvares Albuquerque no processo de embalagem e armazenamento das velas. Motorista Maurício de Souza As vendas são feitas na fábrica e as entregas de pequenas e grandes encomendas são feitas pelo motorista. TÓPICO 1 | O NEGÓCIO 17 que você escolheu ser dono do próprio negócio. Essa decisão veio de um sonho, de um desejo pessoal? Você e sua equipe estão motivados o suficiente para enfrentar os desafios e dificuldades que virão? Seja realista. Apresente resumidamente sobre o que faz o seu negócio ser uma boa oportunidade (como vantagens em relação a produtos concorrentes, inovações, boa localização etc.). Mostre que ele tem grandes chances de dar lucro e que você e sua equipe estão determinados a vencer. Exemplo 2: Motivação Sempre tive muita criatividade e jeito em personalizar objetos. Na época da faculdade, vendia velas decoradas de Natal e caixas de presentes para colegas e parentes e isso, com certeza, foi o que me incentivou a sair da Indústria Velas Luz e Vida, onde trabalhava, e abrir meu próprio negócio. Oportunidades Fabricar velas é o tipo de negócio que não exige muito conhecimento. Talvez por esta facilidade, este seja um segmento que exige muita criatividade, ou em que se encontre um público consumidor cativo. Uma pequena fábrica de velas pode ser implantada em quase todo território nacional, pois sua montagem não é complexa, uma vez que exige infraestrutura simples, não requer grande soma de recursos em máquinas e equipamentos; as matérias-primas utilizadas são de fácil aquisição; utiliza- se mão de obra não qualificada e o mercado consumidor é amplo (BRIDI, 2007, p. 75-79). 18 19 TÓPICO 2 PRODUTOS E SERVIÇOS UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO 2 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS Neste tópico, você verá a respeito da etapa da elaboração do Plano de Negócios e vai aprender a descrever as principais características do produto ou serviço que você irá oferecer. Aqui se apresentarão rapidamente as qualidades e as vantagens que ele possui em relação aos produtos dos concorrentes, sua imagem no mercado e como ele será visto pelos clientes. Nesta etapa também será abordada a tecnologia e processos empregados na produção ou na realização dos seus produtos e serviços e quais as diferenças e benefícios que eles trazem para o cliente. Finalmente, você deverá estabelecer os preços que serão inerentes a estes produtos e serviços. Nesta etapa descrevem-se os produtos ou serviços e suas principais características, tais como: dados do produto/serviço; dimensões (produto); embalagem (produto); métodos de atendimento (serviço); benefícios que oferece; demais características. Exemplos: Os produtos oferecidos por nossa empresa serão: Cachorro-quente: salsicha, molho de tomate, batata palha, queijo, milho, vinagrete, passas, maionese e ketchup. Será servido pelo funcionário, de acordo com o gosto do cliente. A maionese e o ketchup estarão disponíveis nas mesas. Sanduíche natural ou light: de pão integral ou pão de fôrma, com produtos light e pouco gordurosos, nos sabores frango com milho e cenoura, atum com ervas, vegetariano (salpicão), chester com ricota. UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 20 Refrigerantes (em lata): Coca-Cola (normal e light), Kuat, Fanta (Laranja e Uva). Água Mineral (sem gás): garrafa de 500 ml. Refresco: natural, já adoçado, nos sabores limão, laranja e caju. Cerveja: Skol em lata. Bombons caseiros: de coco com leite condensado, brigadeiro e nozes. 3 TECNOLOGIA E PROCESSOS Nesta etapa será apresentado o processo de fabricação ou elaboração do produto ou serviço e a tecnologia que será utilizada. Antes de tudo, é necessário informar como se dará a fabricação do produto, desde a matéria-prima até o produto final, que será vendido ao consumidor. No caso de uma empresa de Serviços é necessário apresentar cada passo da apresentação do serviço. Se o negócio for Comércio, apresenta-se o processo de compra e venda de mercadorias. Além disso, é necessário dar informações sobre fornecedores, distribuidores e sobre a mão de obra empregada. Pode-se apresentar o tipo de tecnologia utilizada e de onde ela vem. Exemplo 3: Para um processo produtivo simples e rápido, o leiaute da fábrica será da seguinte maneira: uma área de recepção e estoque de matéria-prima; um tacho de derretimento da matéria-prima; máquinas modeladoras; uma área de embalagem e outra de estoque de mercadoria embalada e, por último, a expedição. O local planejado para as máquinas modeladoras é de fácil instalação de equipamento hidráulico para o resfriamento da parafina. Será planejada, ainda, uma área para o escritório e sanitários. As dimensões do galpão são reduzidas, correspondentes à área de produção, com a instalação dos equipamentos necessários. A área é de 60 m². Aqui cabe observar que existem máquinas refrigeradas a ar, mas na empresa utilizaremos um equipamento refrigerado à água. TÓPICO 2 | PRODUTOS E SERVIÇOS 21 O Corpo de Bombeiros mais próximo foi consultado quanto às normas de segurança e equipamentos necessários, principalmente em relação à quantidade e localização dos extintores de incêndio. O processo para produção de velas tem o seguinte roteiro: a) Coloca-se a parafina em um recipiente próprio (tacho), onde é aquecida até a fusão (entre 70 e 75 graus) pelo sistema de caldeira. b) Depois de fundida, a parafina é transferida para o depósito de alimentação das máquinas modeladoras, onde recobre os pavios. Essas máquinas operam com sistema de refrigeração para acelerar a extração das velas das máquinas e evitar a colagem nas formas. c) Dependendo do sistema de refrigeração, o endurecimento das velas pode levar até 20 minutos. Após esse período, elas são retiradas das modeladoras. d) A retirada das peças dos moldes é feita através da manivela lateral da máquina, que, ao ser girada, desloca as velas para uma forma de madeira colocada sobre a máquina modeladora. e) Em seguida, o processo de produção é repetido e, após o resfriamento da nova remessa de velas, realiza-se o corte do barbante e o envio da primeira produção para o setor de embalagem. Este procedimento, além de facilitar o corte dos barbantes, tem a conveniência de permitir que, durante o processo de retirada das peças, estas puxem e centralizem os pavios nos moldes para a etapa produtiva seguinte. f) A produção é então remetida para a embalagem do produto, em cartuchos com oito velas cada cartucho, no caso das comuns, e em papel celofane, no caso das velas de sete dias. Após este procedimento, os produtos são colocados em caixas de papelão com a seguinte capacidade: - 24 cartuchos de oito velas/caixa (velas comuns); - 24 velas de sete dias/caixas. g) Após a embalagem, as caixas são estocadas para posterior expedição e comercialização. h) As sobras de parafina das máquinas e das peças defeituosas retornam ao tacho para reaproveitamento em outras etapas produtivas. UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 22 O processo de produção dura aproximadamente 20 minutos e as máquinas modeladoras têm capacidade de produzir 408 velas comuns e 96 velas de sete dias. Estimando 10 minutos para colocação de parafina nas máquinas e mais 10 minutos para a retirada das velas, colocação dos pavios (no caso das velas de sete dias) e embalagem, calculamos que um ciclo produtivo completo deve durar 40 minutos. Assim, o volume de produção mensal é de 107.712 velas comuns (ou 13.464 cartuchos de 8 velas comuns) e 25.344 velas de sete dias. 4 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA Vantagem competitiva é aquilo que o seu produto/serviço tem que os produtos dos concorrentesnão têm. É o que faz sê-lo único no mercado. Pense: por que o cliente escolherá o seu produto, e não o do concorrente? Nesta etapa, apresentam-se os benefícios que ele trará ao consumidor, suas principais vantagens e características. Exemplo 4: A principal vantagem do meu negócio, Rapidog, que é a venda de cachorro quente, será a sua mobilidade. Se um ponto não oferecer boas condições de venda, será fácil escolher outro. Outra vantagem é que os gastos para iniciar a empresa serão relativamente pequenos, já que os talheres, vasilhas, panelas e instalações serão aproveitados da casa do dono. O que fará o negócio Rapidog ganhar a preferência do consumidor será: produtos saborosos e de sustância, que valem por uma boa refeição; alimentos saudáveis e com baixo teor de gordura; baixo custo; rapidez no atendimento (fast food); fácil acesso (a Towner ficará em frente à porta da faculdade ou no máximo a meio quarteirão dela); conforto (serão colocadas duas mesinhas com cadeiras e sombrinha); TÓPICO 2 | PRODUTOS E SERVIÇOS 23 5 DEFINIÇÃO DE PREÇOS O preço é uma importante arma do empreendedor para aumentar suas vendas. É necessário fazer uma análise dos gastos com a produção, o quanto as pessoas estão dispostas a pagar pelo seu produto/serviço, qual é o preço da concorrência etc. Após ter estas informações é possível estabelecer um preço ao produto/serviço. Nesta etapa, apresentam-se as vantagens sobre os preços da concorrência. Alguma promoção? No futuro mudará o preço? Exemplo 5: Para encontrar o preço de venda das mercadorias será preciso conhecer os indicadores de venda (índices de comercialização, a margem de lucro e a taxa de marcação) para garantir o pagamento de todas as despesas e o lucro do negócio. O cálculo do preço de venda unitário será a divisão do preço de venda total de cada produto pelo número de velas produzidas. Os preços de venda do cartucho de 8 velas e da unidade de vela sete dias são: cartucho de vela comum: R$ 0,77; unidade de vela sete dias: R$ 0,93. Fabricar velas dá um bom retorno em pouco mais de 1 ano e 1 mês, com um ponto de equilíbrio razoável (32,17%) e boa lucratividade (8,03%). Porém, temos que estar atentos aos concorrentes, que têm forçado os preços para baixo, o que leva à redução da lucratividade da empresa (BRIDI, 2007, p. 83-88). limpeza e asseio no local da venda e na aparência dos produtos. 24 25 TÓPICO 3 DEFINIÇÃO DE MERCADOS UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO 2 O SETOR O objetivo deste tópico é mostrar, com clareza, por que é vantagem abrir um negócio no setor que você está escolhendo para seu empreendimento. Defina bem se o seu setor será comércio, indústria ou serviços. Para esta etapa é necessário descrever todas as características do ramo em que seu negócio vai atuar. Além disso, é necessário apresentar a sua importância na região, se existem muitos concorrentes, sobre como as pessoas veem o tipo de produto/serviço que você venderá, quando as pessoas procuram por ele etc. Analise ainda os riscos que o setor pode apresentar. O governo faz algum tipo de controle na produção? Você pagará algum imposto especial pelo produto? Existe matéria-prima na região para a fabricação do produto? O setor está em baixa ou em alta? Existe alguma tecnologia melhor do que a sua? As vendas serão afetadas por fatores geográficos, como temperatura, estações do ano, tempo? Neste tópico, você verá o que é fundamental para o empreendedor saber sobre o mercado de seu próprio negócio. Estas informações o(a) ajudarão a tomar decisões, a visualizar boas oportunidades e a criar estratégias para vencer desafios e ameaças. Portanto, para conhecer melhor o mercado é necessário conseguir informações sobre os seguintes aspectos: setor (ramo); clientela; fornecedores; concorrência. Esta parte do Plano de Negócios é muito visada por investidores e financiadores. Por isso, as informações devem ser claras e coerentes. 26 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) Exemplo 6: O mercado é amplo. Há grande consumo de velas para fins religiosos, devido a uma gama variada de religiões que utilizam o produto. Além deste uso, ele também serve como fonte alternativa de luz. Se o empreendedor conseguir uma diversificação de produção, aumentam as oportunidades de alcançar uma fatia maior de mercado. Levaremos em consideração o mercado local e/ou regional para instalação do negócio. A mão de obra pode ser contratada nas proximidades das instalações, por se tratar de um processo de produção simples. Esta mão de obra pode ser facilmente treinada e não exige maiores qualificações. 2.1 CLIENTELA A satisfação do cliente deve ser a razão de ser do seu negócio. E para satisfazer o cliente você precisa primeiro conhecê-lo. A Pesquisa de Mercado ajudará você nisso. Só através dela será possível criar estratégias, melhorar seu produto/serviço para agradar o cliente e calcular o quanto irá vender. Informe aqui qual será o consumidor do seu produto/serviço. Diga onde ele está, qual é o seu perfil (idade, sexo, condição financeira e social, estilo de vida), quais são suas necessidades e comportamentos. Calcule também a quantidade de possíveis consumidores e seu alcance (regional, nacional...). Mostre que existe um mercado consumidor para o seu produto ou serviço e o que você fará para atendê-lo! Exemplo 7: Por tratar-se de um produto consumido principalmente para fins religiosos, o mercado consumidor é amplo e atinge todas as classes sociais. As velas decorativas, ornamentais ou de aniversário podem ser alternativas de maior valor agregado para a empresa. Como já dissemos, a princípio este estudo se concentrará em uma fábrica de velas brancas e de sete dias. TÓPICO 3 | DEFINIÇÃO DE MERCADOS 27 2.2 FORNECEDORES Neste ponto apresentam-se as empresas escolhidas para fornecer a matéria-prima para a fabricação do seu produto ou para o desenvolvimento do seu serviço. Citam-se também os fornecedores de máquinas, equipamentos e outros materiais. Apresenta-se o local onde estas empresas estão situadas, por que foram escolhidas, quais os pontos fracos e fortes de cada uma delas e qual o nível de qualidade de seus produtos. Muita atenção na escolha do fornecedor, pois ele afeta diretamente a qualidade do seu produto/serviço e o sucesso do seu negócio. Exemplo 8: O principal fornecedor de matéria-prima, a parafina, é a Petrobras. Já o barbante é encontrado com facilidade no mercado. Os custos mensais dos materiais diretos utilizados na fabricação são: velas comuns − cartuchos de 8 velas (quantidade: 13.464); parafina (kg): 3.500,64; barbante (kg): 503,12; sacos plásticos (milheiro): 71,36; caixas de papelão: 224,40; velas sete dias (quantidade: 25.344); parafina (kg): 8.236,80; pavios (milheiro): 640,95; celofane (milheiro): 288,41; caixas de papelão: 422,40. A aquisição da matéria-prima diretamente do fabricante não é fácil, pois a Petrobras possui o monopólio tanto de sua produção quanto de sua distribuição. Assim, qualquer problema que possa ocorrer no setor (greve, paralisação, retração do mercado, aumento da demanda etc.) pode ter seus efeitos refletidos na fabricação de velas. Administraremos a escassez do produto através de um bom nível de estoque, capital de giro satisfatório e muita criatividade, condições essenciais para diminuir os riscos que envolvem a atividade. 28 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 2.3 CONCORRENTES Não deixe seu negócio à mercê da concorrência. Previna-se! É importante identificar quem são os seus principais concorrentes, onde estão localizados, quais são os pontos fortes e fracos de cada um e qual é o espaço que seus produtos/serviçosocupam no mercado. Quais as vantagens e desvantagens que eles têm em relação ao produto/serviço oferecido por você? Como eles distribuem e anunciam os produtos? O que pode ser feito para superar as vantagens dos seus concorrentes? Exemplo 9: Apesar de o consumo do produto ser grande, existe muita concorrência. Pela facilidade de produção, é um produto típico da chamada “economia informal”, através dos fabricantes “de fundo de quintal”, que exatamente por esta situação conseguem oferecer preços mais baixos, pois não pagam impostos nem quaisquer outras obrigações legais. Através da pesquisa que realizamos, constatamos que a concorrência perde vendas devido ao baixo conhecimento do produto pelos revendedores. A pesquisa é uma ferramenta de muitas aplicações e para diferentes objetivos. Tanto a pesquisa de mercado como a pesquisa acadêmica, entre outras, sempre farão parte do seu dia a dia e farão parte do seu futuro, direta ou indiretamente. Por isso, a importância de bem compreendê-las (BRIDI, 2007, p. 91-94). 29 TÓPICO 4 PLANO DE MARKETING UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO 2 PROPAGANDA O Plano de Marketing tem por finalidade ajudar as empresas a atingir seus objetivos. Depois de analisar quem é o cliente, o concorrente e o fornecedor, chegou o momento de conhecer como a empresa conquistará o consumidor, como conseguirá ser melhor que o concorrente e como seu produto entrará no mercado. O Plano de Marketing será dividido em duas partes: propaganda; ponto (canal de distribuição). Como você divulgará seus produtos ou serviços ao público? Ou seja, como o público tomará conhecimento da existência deles? O consumidor, primeiramente, precisa saber que o seu produto existe e que lhe trará benefícios. Só assim ele poderá comprar o seu produto. Como a propaganda atingirá o público que você deseja conquistar ou vender seu produto? Primeiramente é necessário indicar onde será feita a divulgação, com que frequência (de quanto em quanto tempo) e ainda qual será o seu custo. Para escolher qual é a melhor maneira de divulgação, tome como base toda a Análise de Mercado que você fez. Lembre-se de que a propaganda é a chave para formar uma imagem boa do seu produto ou do seu negócio e aumentar suas vendas. Por isso, tenha cuidado ao escolher a forma de divulgar seu produto. Exemplo 10: Os produtos iniciais que a Velas Detudo irá fabricar são velas comuns e de sete dias. 30 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) Serão comercializadas em unidades e cartuchos. Haverá distribuição de fôlderes informativos sobre o produto, suas características e vantagens. O processo de fabricação é simples e não prejudica a qualidade do produto. A tecnologia empregada na embalagem aumentará o prazo de validade do produto. A demanda para este tipo de produto encontra-se em plena ascensão, alimentada pelos fins religiosos e como alternativa de luz. O produto em questão já existe no mercado há muitos anos, porém sem que sejam desenvolvidas técnicas para difundir e aumentar seu consumo. A Velas Detudo pretende manter um canal sempre aberto para sugestões, críticas, elogios e quaisquer comentários que os consumidores queiram fazer, criando um constante feedback dos clientes. 3 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO) A decisão sobre o local ou ponto onde o negócio funcionará é de extrema importância. Afinal, o produto só será vendido se seus consumidores tiverem facilidade para conhecê-lo e de chegar até ele. Para encontrar o melhor ponto, pense: quais são os hábitos dos clientes? Onde eles estão? Etc. Procure informar onde e como o produto ou serviço será oferecido. Tome como base as seguintes perguntas: Será em um ponto fixo ou móvel? Por que o local foi escolhido? Como é a concorrência no local? É possível superá-la? Como ela afetará seu negócio? Exemplo 11: Definido o segmento de mercado no qual a Velas Detudo pretende atuar, praticamente foram definidos também os canais através dos quais os produtos serão vendidos. Estes canais serão: supermercados, lojas religiosas, lojas de departamento etc. TÓPICO 4 | PLANO DE MARKETING 31 A forma de distribuição pretendida inicialmente pela Velas Detudo seria intensiva para os varejistas e estabelecimentos. Além disto, o setor varejista teria um atendimento especial, por ser um mercado consumidor de velas em potencial. Para este o prazo de entrega será de, no máximo, três dias, sendo o transporte feito por veículo próprio da Velas Detudo. A Velas Detudo pretende, a longo prazo, ter sua sede própria e conquistar novos mercados, mas não diversificar sua linha de produtos para não perder seu foco; abrir filiais e, quem sabe, até mesmo exportar as velas para os países do Primeiro Mundo. Caro(a) acadêmico(a)! A fim de complementar seus conhecimentos a respeito de como traçar estratégias para colocar seu produto no mercado, sugerimos como leitura complementar deste tópico o artigo de José Dornelas que tem como título: Plano de Marketing no seu Plano de Negócios (BRIDI, 2007, p. 99-101). 32 33 TÓPICO 5 PLANO FINANCEIRO UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO 2 INVESTIMENTOS 2.1 CRÉDITOS SOBRE INVESTIMENTOS Neste tópico, trataremos das projeções financeiras e também da análise dos investimentos do Plano de Negócios. Chamamos de investimentos os gastos de capital que o empreendedor precisará fazer para viabilizar materialmente o seu negócio ou projeto. É preciso criar uma infraestrutura, composta de bens e materiais, que possibilite a arrancada e o início das operações. Para constituir a empresa, o empreendedor terá despesas tanto com licenças (alvará, registro de marca) quanto com aquisição de bens. Em alguns casos, o valor dos impostos que incidem sobre os bens adquiridos pode (e deve) ser recuperado. É quase indispensável uma consulta à assessoria contábil para identificar quais investimentos caem nesses casos, qual o valor do crédito e como ele será feito. 2.2 DADOS A SEREM TRATADOS A seguir, você verá os dados que devem ser preparados para a elaboração da planilha de investimentos. Note que a definição correta destes dados é fundamental para a análise de retorno do investimento. A empresa terá um estoque inicial? Quanto ela gastará em sua formação? 34 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) Será adquirido algum imóvel (sala, andar, prédio, galpão) para o funcionamento da empresa? Quanto será gasto? Que equipamentos a empresa deverá possuir? Microcomputadores, impressoras, de fax, secretária eletrônica etc.? Quanto será gasto para adquiri-los? A atividade da empresa exige algum tipo de maquinário? Tratores, prensas, fornos etc.? Qual o valor gasto nesse tipo de compra? Quais os gastos com móveis e utensílios? Serão adquiridos armários, arquivos, mesas, cadeiras, filtro de água, cadeados, freezer etc.? A empresa comprará algum veículo para uso exclusivo? Qual o valor a ser pago por ele? Quais serão as despesas com registros de marcas e patentes? E com licenças e alvará de funcionamento? A seguir, veja o Quadro 1 – Relação de Investimentos, que identifica os itens de investimento no seu projeto de negócios. TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO 35 QUADRO 1 – RELAÇÃO DE INVESTIMENTOS FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 109) 3 MÃO DE OBRA Na elaboração do Plano Financeiro é necessário entender como os valores referentes ao pessoal irão influenciar no negócio. 36 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) 3.1 PESSOAL DE PRODUÇÃO 3.1.1 Definindo dados Pessoal de Produção são aqueles funcionários que trabalham no desenvolvimento de um serviço ou na fabricação de um produto da empresa. Por exemplo: uma fábrica têxtiltem como “pessoal de produção” suas costureiras, uma empresa do ramo odontológico (serviços) terá seus dentistas etc. Sobre o Pessoal de Produção é importante conhecer: Quais são os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre o salário de cada funcionário contratado em regime de CLT (INSS, FGTS, 13º salário, férias)? Quais profissionais serão contratados para trabalhar na área de produção da empresa? No caso de serviços, quais os funcionários que trabalharão diretamente com sua prestação? Haverá hierarquização na área, ou seja, haverá gerentes, técnicos, assistentes e auxiliares de produção? A empresa pagará o salário de mercado? Qual será o valor inicial a ser gasto com salários? Qual será o percentual de encargos sociais que reincidirá sobre o valor total dos salários? Faça a projeção dos salários para os demais meses e anos: se serão fixos, se crescerão segundo uma taxa fixa ou se variarão aleatoriamente. Na guia “Valores” você poderá modificar os valores como quiser. Neste aspecto levantam-se os nomes dos cargos da produção a serem criados na empresa, a quantidade e o valor do salário de cada funcionário/ cargo no primeiro mês de funcionamento. Levanta-se também, no campo reservado para Encargos, o percentual incidente sobre a soma dos salários pagos pela empresa. TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO 37 3.2 PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO Pessoal da Administração são aqueles funcionários que não estão diretamente ligados à produção ou à prestação dos serviços. Estes dados referem-se aos salários e respectivos encargos sociais pagos pela empresa para manter sua área de apoio. Por exemplo: numa fábrica têxtil, o gerente financeiro e o office boy são considerados como pessoal de administração. Procure saber quais são os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre o salário de cada funcionário contratado em regime de CLT (INSS, FGTS, 13º salário, férias). Que funções serão criadas, quais profissionais serão contratados? Quanto será gasto inicialmente com cada função? Qual será o percentual de encargos sociais que recairá sobre o valor total dos salários? Faça a projeção dos salários para os demais meses e anos: se serão fixos, se crescerão segundo uma taxa fixa ou se variarão aleatoriamente. Na guia “Valores”, você poderá modificar os valores como quiser. 3.2.1 Definindo dados Escolhe-se como será a projeção dos valores para os próximos meses e anos: se não sofrerão alterações (fixos), se haverá crescimento de acordo com uma taxa (neste caso, defina a taxa de acordo com o período de crescimento previsto – ao mês ou ao ano) ou se haverá crescimento variável. Se o crescimento for variável, levante o valor de cada item no mês e ano subsequentes. Levante os nomes dos cargos da administração a serem criados na empresa, a quantidade e o valor do salário de cada funcionário/cargo no primeiro mês de funcionamento. 38 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) Levante também, no campo reservado para Encargos, o percentual incidente sobre a soma dos salários pagos pela empresa. Escolha como será a projeção dos valores para os próximos meses e anos: se não sofrerão alterações (fixos), se haverá crescimento de acordo com uma taxa (neste caso, levante a taxa de acordo com o período de crescimento previsto - ao mês ou ao ano) ou se haverá crescimento variável. Se o crescimento for variável, levante o valor de cada item no mês e ano subsequentes. A seguir, veja o Quadro 2 – Custos de mão de obra, que identifica os valores a serem gastos com pessoal e terceiros no seu projeto de negócios: QUADRO 2 – LEVANTAMENTO DE CUSTOS COM MÃO DE OBRA FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 112) 4 DESPESAS ADMINISTRATIVAS Você verá, neste subtópico, as despesas que não estão ligadas à fabricação do produto ou à prestação do serviço. Ou seja, aquelas despesas que não variam de acordo com a produção. TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO 39 4.1 INFORMAÇÕES SOBRE DESPESAS As informações desta parte do Plano de Negócios são as seguintes: Quanto será pago em contas de energia elétrica, água e telefone? Haverá gastos com aluguéis, condomínios e IPTU? Informe o valor total desses gastos. Planeja divulgar o seu produto ou serviço? Será através de anúncios, panfletos ou de outro modo? Quais os gastos com material de propaganda e profissionais de marketing (se houver)? Existe algum contrato de manutenção e conservação de imóveis, máquinas e equipamentos? Qual o seu valor mensal? Quanto seu negócio pagará de seguros (contra incêndio, seguros de vida, acidentes etc.)? Irá adquirir algum bem financiado? Levante o valor mensal das prestações. Haverá algum gasto fixo com viagens, treinamento, material de escritório, associações, convênios etc.? Poderá incluir outras despesas. Não se esqueça de prever sazonalidade de alguns gastos, como, por exemplo: a energia tem a tendência de aumentar o consumo no verão em função do uso do ar condicionado. Erros deste tipo são responsáveis pela completa inviabilidade da análise financeira. A seguir será apresentado um modelo de Levantamento de Dados sobre as Despesas Administrativas. Veja o Quadro 3 – Despesas Administrativas, que identifica os itens de despesas no projeto de negócios: 40 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) QUADRO 3 – DESPESAS ADMINISTRATIVAS FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 114) 5 PROJEÇÃO DE RESULTADOS E FLUXO DE CAIXA 5.1 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ECONÔMICOS A Projeção de Resultados é o documento financeiro utilizado para planejar e acompanhar o resultado da empresa. Trata-se de um modelo utilizado e exigido pelo governo para apurar o Lucro Líquido das empresas e tem como base um dos princípios fundamentais da contabilidade: o da competência. Quer dizer, tanto as receitas quanto as despesas são contabilizadas no momento de sua ocorrência, independentemente da data em que serão recebidas ou pagas (QUEDA, 2005). A seguir, veja como Queda (2005) apresenta a questão da projeção de resultados econômicos. Leia com atenção. O alcance de resultados positivos deve ser uma meta com a qual todos os colaboradores devem estar comprometidos. Medir esses resultados é uma das melhores maneiras de avaliar o nível de comprometimento das pessoas com a meta. Os resultados positivos, alcançados individualmente, certamente trarão um resultado positivo coletivo. TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO 41 5.2 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA O Fluxo de Caixa é uma ferramenta administrativa essencial, que faz a previsão da situação financeira do negócio no decorrer do tempo. Ele contempla as receitas e as despesas previstas para a empresa quando elas realmente são recebidas ou pagas, ou seja, quando elas entram ou saem do caixa. O empreendedor deve conhecer os custos orçados e os resultados planejados para gerir adequadamente os recursos da sua área, visando alcançar ou até mesmo superar as metas. Um conceito importante em administração financeira é o de Margem de Contribuição, sendo esta o valor que resta à empresa, depois de deduzidos da receita os custos variáveis, as comissões e os impostos gerados pela comercialização de um produto/serviço; esse valor será usado para a cobertura de suas despesas fixas, tais como aluguéis e salários do pessoal da administração. No projeto, a Projeção de Resultados é mensal nos primeiros doze meses e anual a partir do segundo ano. A seguir, veja o Quadro 4 – Projeção de Resultados, que identifica os resultados econômicos projetados para o projeto de negócios: QUADRO 4 – PROJEÇÃO DE RESULTADOS FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 115) 42 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO(1ª ETAPA) A Projeção de Fluxo de Caixa permite que o empreendedor preveja quando a empresa terá recursos disponíveis (se as receitas serão maiores que as despesas), ou então quando será necessário providenciar dinheiro para cobrir um possível saldo devedor (se as despesas serão maiores que as receitas). Segundo Queda (2005), mesmo que o empreendedor não seja o responsável pela parte financeira da empresa, ele deve conhecer o funcionamento dos controles financeiros básicos. O Fluxo de Caixa é um desses controles, sendo uma ferramenta simples, já que apresenta, em uma linha de tempo, todas as receitas e despesas previstas pela empresa. Sua importância está em demonstrar a liquidez do negócio durante todo o período de projeção; ou melhor, se ele terá, ou não, saldo em caixa para pagar suas contas. O relatório do Fluxo de Caixa pode ser emitido diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, enfim, com a frequência desejada pelo empreendedor. A seguir, veja o Quadro 5 – Projeção de Fluxo de Caixa, que identifica os saldos acumulados de caixa no seu projeto de negócios: QUADRO 5 – PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA FONTE: Caderno de Empreendedorismo (BRIDI, 2007, p. 107-116) TÓPICO 5 | PLANO FINANCEIRO 43 PLANO DE MARKETING NO SEU PLANO DE NEGÓCIOS José Dornelas A estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em grande escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas posições antes de agir. Em Marketing, a estratégia também é muito importante, pois uma Estratégia de Marketing errada pode destruir uma empresa/produto antes mesmo de ser implementada, independente da qualidade do produto/serviço da empresa ser de alta qualidade ou não. Quando se falar em Estratégia de Marketing, deve-se ter em mente os chamados 4Ps do Marketing: Produto (posicionamento), Preço, Praça (Canais de Distribuição) e Propaganda e Promoção. A estratégia de vendas está relacionada diretamente com a Estratégia de Marketing da empresa e procura estabelecer a maneira como irá vender o produto/serviço com a finalidade de converter em ações as estratégias estabelecidas. Para isto, se levam em conta os 4Ps mencionados: 1 PRODUTO (POSICIONAMENTO) O posicionamento refere-se à maneira como os consumidores percebem sua empresa e seu produto em relação à concorrência. Os negócios se encontram agrupados demograficamente da mesma maneira que os indivíduos. Os grupos podem incluir localização geográfica, vendas anuais, número de empregados, número de anos no ramo, setor ao qual pertence o negócio etc. 2 PREÇO O preço é uma ferramenta efetiva de marketing, pois afeta a demanda, influencia a imagem do produto e pode ajudar a atingir o seu mercado-alvo. Ao considerar o preço a ser praticado, é importante saber que o preço não deve ser baseado na produção mais alguma margem, como geralmente se faz. O preço depende do valor do seu produto do ponto de vista do consumidor. 3 PRAÇA (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO) Os canais de distribuição representam as diferentes maneiras pelas quais o produto é colocado à disposição do consumidor. O propósito do processo de distribuição é levar ao consumidor o que ele precisa. Existem duas maneiras de vender o produto: através de vendas diretas e vendas indiretas: venda direta é a maneira mais usada de distribuição. Uma empresa vende diretamente seus produtos através da sua equipe de vendas e adicionalmente pode ou não controlar o processo de distribuição. Existem empresas integradas verticalmente LEITURA COMPLEMENTAR 44 UNIDADE 2 | PLANO DE NEGÓCIOS: ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO (1ª ETAPA) e que gerenciam toda a cadeia produtiva, desde produção de matéria-prima, passando pela produção até a distribuição. Outras empresas são integradas até a produção, deixando os canais de distribuição em mãos de terceiros mediante vendas indiretas. 4 PROPAGANDA E PROMOÇÃO Fazer propaganda significa enviar diferentes mensagens a uma audiência selecionada, com o propósito de informar os consumidores, através da utilização de diferentes veículos de comunicação, como rádio, TV, mala direta, outdoors, internet, displays em pontos de venda etc. A vantagem da propaganda é a possibilidade da mensagem chegar ao mercado-alvo em grande escala. O custo da propaganda é bastante elevado, portanto avalie se existe o propósito de fazer chegar a mensagem a um grande público. A promoção é um estímulo ao marketing, utilizada para gerar demanda do produto ou serviço. O propósito da promoção é poder dizer ao público que você tem aquele produto ou serviço que satisfaz a demanda do consumidor. FONTE: DORNELAS, José. Plano de Marketing no seu Plano de Negócios. Disponível em: <http:// www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=31>. Acesso em: 30 jun. 2005. 45 PLANO DE NEGÓCIO CIÊNCIAS CONTÁBEIS Primeira Parte – Módulo 6 Nome do(a) Acadêmico(a) Nome do Professor Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Ciências Contábeis – Estágio 12/06/2011 Resumo 1 INTRODUÇÃO 2 IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO 3 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO 4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE 5 MOTIVAÇÃO E OPORTUNIDADES 6 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS 7 TECNOLOGIA E PROCESSOS 8 BENEFÍCIOS E VANTAGEM COMPETITIVA 9 DEFINIÇÃO DE PREÇOS 10 O SETOR 10.1 CLIENTELA 10.2 FORNECEDORES 10.3 CONCORRENTES 11 PROPAGANDA 12 PONTO (CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO) 13 CONCLUSÃO ANEXOS DA UNIDADE 46 14 REFERÊNCIAS ANEXOS: A – PLANILHA: 1 – Investimentos B – PLANILHA: 2 – Mão de obra C – PLANILHA: 3 – Despesas administrativas D – PLANILHA: 4 – Projeção de resultados E – PLANILHA: 5 – Projeção do fluxo de caixa F – PLANILHA: 6 – Análise G – PLANILHA: 7 – Entrada de dados 47 UNIDADE 3 CONSTITUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • elaborar toda a documentação necessária para efetuar o registro de uma empresa na Junta Comercial; • efetuar o registro de uma empresa na Receita Federal; • efetuar o registro de uma empresa na Fazenda Estadual; • conhecer os demais procedimentos para constituição de uma empresa no âmbito municipal e demais órgãos necessários; • lidar com as diversas documentações de uma empresa, inclusive efetuan- do a contabilização dessa documentação para apuração de resultados. Esta unidade está dividida em três tópicos. O primeiro trará as orientações para a elaboração desta etapa, bem como a forma de avaliação, o segundo tópico trará orientações para a constituição de uma empresa e o tópico 3, as orientações para gerar a documentação de sua movimentação. TÓPICO 1 – ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2 TÓPICO 2 – CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA TÓPICO 3 – MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA 48 49 TÓPICO 1 ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA ETAPA 2 UNIDADE 3 1 INTRODUÇÃO Neste tópico serão abordados todos os aspectos relacionados às orientações necessárias para a execução das atividades da prática contábil. Assim, você está avançando em seus estudos referentes ao Estágio Curricular Supervisionado na aplicação prática do conhecimento contábil. Isto significa dizer que você, caro acadêmico, desenvolverá, de forma simulada, a prática da constituição da empresa idealizada na etapa 1 “Plano de Negócios” e, em seguida, executará, de forma também simulada, toda a movimentação contábil desta empresa em, pelo menos, dois períodos contábeis distintos. Observe e leia atentamente todas as instruções ao longo desta unidade que o(a) ajudarão a completar seu trabalho observando todas as entregas a ser realizadas em cada encontro da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado. QUADRO 1 – RESUMO DOS ENCONTROS DA DISCIPLINA DE PRÁTICA CONTÁBIL ENCONTRO ASSUNTO ATIVIDADES
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