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EVOLUÇÃO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DOS TEMPOS Autor: Adelson da Silva Pantoja1 Tutor externo: Francilene de Souza Pastoura2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso de Licenciatura em Matemática (2277MAD/5) – Estágio Curricular obrigatório I 06/12/2022 RESUMO A matemática é essa importante ciência exata, mãe de todas as outras ciências desenvolvidas, praticadas e descobertas pelo homem até hoje. Ódio, pavor ou mesmo muita paixão. A história da matemática é um campo que ajuda os professores de matemática a repensar suas criações de opções de ensino na disciplina e organizar métodos de ensino que possam levar ao ensino e aprendizagem dos alunos. Compreender as alternativas e possibilidades, vantagens e desvantagens de se utilizar a história da matemática em sala de aula, trazendo significado e conceitos estudados e, mais uma forma de diferenciar a sala de aula, tornando-a ainda mais atrativa para o aluno motivando-o assim a estudar Matemática. Palavras-chave: História da Matemática. Evolução. Matemática através do tempo. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho consiste na apresentação da História da Matemática e sua importância. Cada indivíduo tem sua história de vida, e com a Matemática não é diferente. Quando se conhece a história de vida de uma pessoa isso pode ajudar nas relações, e o mesmo pode acontecer com a Matemática. Estreitar as relações com a História da Matemática pode ajudar a dar sentido às aulas, levar o aluno a entender quais os motivos que levaram os pesquisadores a descobrirem tal conceito, a fim de tornar a matemática mais prazerosa dando sentido as atividades propostas, com a construção histórica do conhecimento matemático, a compreensão torna-se mais significativa para o aluno, pois ele terá a oportunidade de entender por que cada conceito foi introduzido nessa ciência ao mesmo tempo em que pertencem as respectivas circunstâncias. 1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Matemática; E-mail: adelsonpantoja11@gmail.com.br 2 Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Matemática – Polo Iguatu-CE; E-mail: 100174839@tutor.uniasselvi.com.br Conhecendo a história da matemática, o aluno perceberá a evolução que ela teve ao longo do tempo, que as teorias, atualmente apresentadas prontas e acabadas, são os resultados de desafios que os matemáticos da época enfrentaram e desenvolveram com grande esforço, em geral, ordenados de maneira diferente do que são apresentados depois de todo processo de formalização. Ao conhecer a história da matemática pode-se compreender como originaram as ideias que deram forma à nossa cultura e observar os aspectos humanos do seu desenvolvimento. Além disso, entender porque cada conceito foi introduzido nesta ciência e porque, no fundo, esses conceitos eram sempre algo natural no seu momento. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA Desde os primeiros riscos e pinturas dos homens pré-históricos a matemática começou lentamente a ser descoberta e ainda continua em constante desenvolvimento. Há milhares de anos, o ato de contar elementos tornou-se importante para o homem primitivo. Este conceito não nasceu de um único indivíduo ou de uma tribo especifica, mas foi uma percepção natural. Antes de existir a definição de um número como um símbolo propriamente dito, que representa uma quantidade, essa relação era feita entre objetos diferentes. Um exemplo disso é o osso de Lebombos, que é um artefato arqueológico datado em 35.000 anos A.C., que serviu, segundo estudiosos, como um bastão calendário. Posteriormente toda a construção da matemática baseou-se em aplicações, ou seja, na agricultura com a medição de terras, tempo necessário para plantio e colheita, observação dos astros a fim de prever eventos, entre outros. No mundo ocidental, a Matemática tem sua origem no Antigo Egito e no Império Babilônico, por volta de 3.500 a.C. Ambos os impérios desenvolveram um sistema de contagem e medição a fim de poder cobrar impostos dos seus súditos, organizar o plantio e a colheita, construir edificações, entre outras funções. A matemática na Grécia Antiga engloba o período do séc. VI a.C. até o séc. V d.C. Os gregos usaram a matemática tanto para fins práticos como para fins filosóficos. Aliás, um dos requisitos do estudo da filosofia era o conhecimento da matemática, especialmente da geometria. Os romanos continuaram a aplicar todas as descobertas dos gregos em suas construções, como os aquedutos, na enorme rede de estradas ou no sistema de cobrança de impostos. Outros povos americanos, como os incas e astecas, também criaram um sistema de contagem sofisticado com os mesmos objetivos. Segundo Santos (2009, p. 19), “é importante olhar para o passado para estudar matemática, pois perceber as evoluções das ideias matemáticas observando somente o estado atual dessa ciência não nos dá toda a dimensão das mudanças”. Deste modo ao conhecer o processo histórico da Matemática, o aluno a compreende como uma ciência desenvolvida pela humanidade, passível de erros e construída a partir de muitas tentativas em solucionar problemas cotidianos. Nessa perspectiva: (...) dá a este aluno a noção exata dessa ciência, como uma ciência em construção, com erros e acertos e sem verdades universais. Contrariando a ideia positivista de uma ciência universal e com verdades absolutas, a História da Matemática tem este grande valor de poder também contextualizar este saber, mostrar que seus conceitos são frutos de uma época histórica, dentro de um contexto social e político. (LOPES 2013, pag.20 apud SANTOS 2009, pag. 20). A construção dos saberes matemáticos está diretamente ligada à cultura, pois, assim como o homem, a matemática não se desenvolveu sozinha e isolada ao longo do tempo. Mostrar as relações entre a matemática e o desenvolvimento, tanto social quanto econômico, é um caminho para se obter um pano de fundo que facilite a compreensão dos conhecimentos matemáticos atuais, ainda nesse sentido, de acordo com Miguel e Miorim (2011, p. 52) “A forma lógica e emplumada através da qual o conteúdo matemático é normalmente exposto ao aluno, não reflete o modo como esse conhecimento foi historicamente produzido”, levando os estudantes a perceberem essa ciência como uma coleção arbitrária de objetos sem conexão e sentido. Obter o máximo de fatos históricos que contribuam com o processo ensino/aprendizagem dos alunos, para que naturalmente a pesquisa histórica resgate a essência da problemática vivida na antiguidade, como essa problemática mobilizou aquela sociedade e como essa essência do passado pode ser conectada com o pensamento e as necessidades na atualidade (LIMA FILHO, 2011). Outro ponto positivo com relação a abordagem histórica dos conteúdos matemáticos, segundo Silva e Ferreira (2011), é permitir ao professor a previsão dos possíveis erros dos alunos. De acordo com Berlinghoff e Gouvêa (2008), entender que muitas pessoas tinham dificuldades em lidar com certos assuntos matemáticos, mesmo depois de um tempo da divulgação de suas ideias básicas, “nos ajuda a compreender (e a simpatizar com) as dificuldades que os alunos possam ter. Saber como foram superadas essas dificuldades historicamente também pode indicar um modo de ajudar os estudantes a superarem tais obstáculos”. Assim, estratégias e questionamentos podem ser preparados antecipadamente pelo professor, promovendo sua postura como mediador entre o saber e o aluno. No momento em que os alunos percebem o surgimento da Matemática a partir da busca por resolução de problemas cotidianos, conhecem também as preocupações de vários povos em diferentes momentos históricos. Isto proporcionará estabelecer comparações entre os processos matemáticos do passado e do presente, bem como compreender que ossaberes ensinados na escola não se originaram sem um propósito, sem um porquê. Cabe ao professor buscar meios didático pedagógicos para apresentar ao aluno a história da matemática. Cury e Motta (2008) apontam possíveis abordagens em termos da História da Matemática para o ensino em sala de aula como, por exemplo, a busca de novas soluções para problemas já resolvidos; a tentativa de solucionar problemas não resolvidos com recursos atuais mais potentes; a busca, em livros antigos ou filmes, de conhecimentos sobre o ensino de determinados conteúdos e compará-los com a forma como é trabalhado atualmente; ou ainda a apresentação de problemas clássicos através de animações computa. A escolha de problemas ou episódios considerados motivadores da aprendizagem também constitui um caminho que pode ser escolhido pelo professor para abordar a História da Matemática em suas aulas. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO Durante o período da observação e entrevista do Estágio I do curso de Matemática que teve como 25hs, sendo 10hs de entrevista (dentre essas 10hs a elaboração das perguntas), e 15hs de observação das salas do 7º, 8º ano do Fundamental e em dois 3° ano do Médio, afim de conhecer o ambiente escolar e cotidiano, comportamento, didática e metodologia de ensino dos professores de matemática. O Estagio I foi realizado em duas escolas sendo uma no ensino fundamental II e outra no ensino médio. A Escola Municipal de ensino fundamental Maria de Lurdes da Cunha Brasil, localizada na cidade de Portel, na Rua Hamilton Moura, Barrio Muruci, com o CEP 68480-000, na Cidade de Portel no Estado do Pará. O contato com a escola pode ser pelo telefone (91-98179-1378). E na Escola de Ensino médio Paulino de Brito, situada na Rua Cel. Severiano de Moura número 135, no Bairro Centro, com o CEP 68480-000, na Cidade de Portel no Estado do Pará. O contato com a escola pode ser pelo telefone (91-3784-1246). Entendemos que a Matemática é fundamenta para nossa vida. Desde o surgimento até os tempos atuais a matemática está presente em nossa vida, seja na nossa casa, na escola na indústria, no trabalho, no comércio enfim em tudo que podemos imaginar. Fui bem recebido pelos professores em sala de aula, me proporcionou a vivência e a oportunidade de me aproximar dos alunos, que nossa jornada de ser um educador tem que ser adaptada todos os dias pois entrar em uma sala de aula e se reinventa todos os dias, é um desafio, pois o aluno aprende com o professor e nos professores aprendemos com eles, e essa experiência me olhares diferentes, onde sou capaz de analisar o aluno individualmente e poder ajudá-lo. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) Num primeiro momento aconteceram as observações, que propiciaram uma visão da escola. Em seguida a entrevista com o professor e a coordenadora foram momentos de grande significação, de construção e reconstrução de conhecimento ao conhecer suas experiências. Com relação ao observado em sala de aula eu notei que nas aulas em que o professor utilizou uma metodologia de história para o ensino da matemática os alunos se interessaram e participaram mais, porém nem todos os professores utilizam a História da Matemática em nenhum processo de ensino, em alguns casos porque não terem estudado ou por causa da grade curricular que exige que seja dado de um jeito especifico a matéria. Mas notei algumas dificuldades durante a realização do estágio foi a quantidade de alunos em sala de aula por terem 30 alunos fica tumultuada. Para que o aluno valorize os problemas motivadores, ou os problemas de aplicação retirados de sua realidade, como forma de aprender e valorizar a Matemática, é preciso que ele mergulhe em sua cultura, onde esses fatores são valorizados, por isso o uso da História da Matemática não pode ser feito sem que o professor conheça o assunto que está sendo abordado e saiba as potencialidades a serem desenvolvidas no uso dessa história. O que infelizmente acontece com alguns professores de Matemática confeccionando uma aula robótica e desinteressante no qual os alunos apenas toleram pois necessitam para completar o ensino regular. REFERÊNCIAS BERLINGHOFF, William P.; GOUVÊA, Fernando Q. A matemática através dos tempos: um guia fácil e prático para professores e entusiastas. Tradução Elza Gomide, Helena Castro. São Paulo: Edgard Blücher, 2008 CURY, Helena Noronha; MOTTA, Carlos Eduardo Mathias. Histórias e Estórias da Matemática. In: CARVALHO, Luiz Mariano; CURY, Helena N.; MOURA, Carlos A. de; FOSSA, John A.; GIRALDO, Victor (orgs) História e Tecnologia no Ensino da Matemática. v. 2. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2008. LIMA FILHO, R. R. C. Investigação histórica de práticas de medição: Um estudo sobre o livro Instrumentos Nuevos de Geometria (1606). In: IX SEMINÁRIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MATEMÁTICA, 2011, Aracaju. Anais do IX Seminário Nacional de História da Matemática. Aracaju: UFS, 2011. LOPES, Lidiane Schimitz. A História da Matemática e o Blog na formação inicial do professor. 2013. 115f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática. Universidade Federal de Pelotas, Pelota MIGUEL, Antônio; MIORIM, Maria Ângela. História da Matemática: propostas e desafios. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. P.52. Coleção Tendências em Educação Matemática. SANTOS, Luciane Mulazani dos. Metodologia do Ensino de Matemática e Física: Tópicos de História da Física e da Matemática. Curitiba: Ibpex, 2009. SILVA, Alessandra Pereira da; FERREIRA, Ana Cristina. Matemática na Arte: utilizando o potencial pedagógico da História da Matemática no ensino de geometria para alunos da escola básica. In: XV Encontro Brasileiro de Estudantes de PósGraduação em Educação Matemática. Anais do XV Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática. Campina Grande: EBRAPEM., 2011. p. 1-11. ANEXO REGISTRO DE FREQUÊNCIA
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