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MOTRICIDADE REFLEXA 1. REFLEXOS PROFUNDOS (MIOTÁTICOS FÁSICOS) ∙ AXIAIS a) Naso-palpebral b) oro-orbicular ou orbicular dos lábios c) Mentoniano d) Costo-abdominal / Médio Púbico / esterno-abdominal ∙ APENDICULARES - MMSS a) Bicipital b) Tricipital c) Estilo-radial d) Cubital ou cúbito-pronador ou ulnar e) Flexor dos dedos - MMII a) Adutor b) Patelar (Manobra de reforço de Jendrassik e Wantenberg) c) Aquileu ou aquiliano 2. REFLEXOS SUPERFICIAIS . CUTÂNEOS a) Cutâneo-abdominais b) Cremastéricos c) Cutâneo-plantar . MUCOSOS a) córneo-palpebral (estimular no limbo córneo-palpebral com algodão embebido em fisiológico) b) Faríngeo c) Velo-palatino O que investigar: tempo de latência, amplitude de resposta, especificidade da resposta, área provocadora específica ou ampliada, reflexos patológicos ou clonus e simetria do reflexo. MOTRICIDADE AUTOMÁTICA (TROFISMO E TÔNUS MUSCULAR) INSPEÇÃO (Identificar assimetrias e desproporções e atentar para deformidades esqueléticas) a) Postura corporal b) Movimentação global do paciente – gesticulação automática c) Mímica facial automática - piscamento automático, expressões emocionais etc. d) Marcha - movimento associado dos braços e) Pesquisa de hipercinesias f) Observa-se, ainda, a fala, escrita, deglutição. EXAME DO TROFISMO E TONUS MUSCULAR a) Inspeção dos relevos musculares, assimetrias e desproporções e atentar para deformidades esqueléticas b) Palpação das massas musculares (Determinar o volume, consistência e tônus dos músculos) c) Movimentação passiva das articulações Realizar todos os movimentos possíveis: flexão, extensão, adução, abdução e rotações Avaliar: Extensibilidade/passividade, Resistência e Balanço passivo das articulações MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA VOLUNTÁRIA a) Cabeça e pescoço b) Mão e punho c) Braço, antebraço e ombro d) Tronco e) Pé e artelhos f) Perna e coxa EXAME DA FORÇA MUSCULAR a) Pescoço b) Coluna c) Abdome d) Tórax e) Ombro e escápula f) Movimentos do cotovelo g) Movimentos do punho h) Mãos e dedos i) Polegar j) Movimentos do quadril k) Movimentos do joelho l) Movimentos do tornozelo m) Movimentos do pé e artelhos MANOBRAS DEFICITÁRIAS MINGAZZINI PARA MMSS (BRAÇOS ESTENDIDOS) RAIMISTE MINGAZZINI PARA MMII BARRÉ WARTENBERG COORDENAÇÃO MOTORA COORDENAÇÃO AXIAL (Equilíbrio estático e dinâmico) a) Equilíbrio estático - colocar o paciente na posição ortostática (OA-OF) b) Equilíbrio dinâmico - examinado durante a marcha. COORDENAÇÃO APENDICULAR MEMBROS SUPERIORES a) Index-nasium b) Index-index c) Index-auriculum d) Pesquisa da diadococinesia e) Prova do rechaço (Stewart-Holmes) MEMBROS INFERIORES a) Calcanhar - joelho b) Calcanhar - joelho – crista da tíbia COORDENAÇÃO AXO-APENDICULAR OU TRONCO-MEMBROS Demonstrar as provas de Babinski. a) Em decúbito dorsal – braços cruzados, levantar-se. b) Prova da cadeira – inclinação súbita, para trás. c) Em posição ortostática (“empurrão”) – durante a prova do equilíbrio. ATAXIAS ATAXIA CEREBELAR COORDENAÇÃO AXIAL a) Equilíbrio estático - DISTASIA (“BASE” ALARGADA) b) Equilíbrio dinâmico - DISBASIA (marcha ebriosa) COORDENAÇÃO APENDICULAR a) Dismetria b) Decomposição do movimento c) Discronometria d) Assinergia e) Tremor cinético OBS: a prova do rechaço é a que melhor demonstra a ASSINERGIA, ou seja, o distúrbio temporo-espacial da contração muscular. ATAXIA SENSITIVA (distúrbio da propriocepção consciente) COORDENAÇÃO AXIAL a) Equilíbrio estático – Sinal de ROMBERG b) Equilíbrio dinâmico - marcha talonante COORDENAÇÃO APENDICULAR Erro na direção do movimento com olhos fechados ATAXIA VESTIBULAR COORDENAÇÃO AXIAL a) Equilíbrio estático - desvio corporal após latência (“Romberg vestibular”) b) Equilíbrio dinâmico – prova da marcha “em estrela” COORDENAÇÃO APENDICULAR Desvio postural na prova dos braços estendidos e de BARANY (olhos fechados) SENSIBILIDADE INSTRUÇÕES a) Instruir o paciente a cada procedimento b) Exame de olhos fechados c) Exame comparativo entre áreas cutâneas supostamente sãs e alteradas d) Seguir os dermátomos | perguntar: sentiu? O que sentiu? Onde sentiu? Igual dos dois lados? SUPERFICIAL a) Tato epicrítico (algodão) b) Temperatura (geralmente não é feito) c) Dor - Agulha ou objeto pontiagudo (crânio-caudal | proximal-distal) PROFUNDA a) Sensibilidade vibratória - diapasão de 128 ou 256 Hz (proeminências ósseas: interfalangiana distal, dorso do hálux) b) Propriocepção (polegar e hálux) c) Teste de Romberg SÍNDROMES DE DISSOCIAÇÃO DA SENSIBILIDADE a) Tipo siringomiélica - “anestesia suspensa” (lesão em comissura anterior) b) Tipo tabética (perda de sensibilidade profunda | pressão e propriocepção – envolve a coluna dorsal) c) De hemisecção medular - Síndr. de Brown-Séquard CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS SUBJETIVOS a) Dor b) Parestesias (formigamento, picadas, queimação ou dormência) OBJETIVOS - Quantitativos a) Hipoestesia b) Hiperestesia c) Anestesia - Qualitativos a) Disestesia (sensação dolorosa à estímulo que, geralmente, não causa esta sensação) NERVO OLFATÓRIO (NCI) INSTRUÇÕES a) Instrução o paciente de como o exame será conduzido b) Oriente o paciente a manter os olhos fechados c) Examinar cada narina separadamente d) Escolha da substância aromática e) Evitar substâncias que irritam as terminações trigeminais f) O paciente deverá responder se percebe o odor e se o reconhece DISTÚRBIOS DA OLFAÇÃO - Qualitativo a) Anosmia b) Hiposmia c) Hiperosmia - Qualitativos a) Parosmia - Ilusão olfatória b) Fantosmia - Alucinação olfatória c) Cacosmia - Odor desagradável independentemente de haver ou não um estímulo SÍNDROMES Síndrome de Foster-Kennedy a) Trauma cranioencefálico que acomete a região orbitofrontal b) Anosmia e atrofia de papila óptica ipsilaterais + edema de papila contralateral Crises uncinadas de Jackson a) Crises epilépticas parciais complexas com início de alucinação olfatória b) Seguida de obnubilação da consciência, e irresponsividade NERVO ÓPTICO (NC II) ACUIDADE VISUAL a) Tabela de Snellen à 6 metros b) Contagem de dedos a no mínimo 50 cm c) Movimentação da mão ou estimulação luminosa d) Realizar de modo progressivo de acordo com o grau de comprometimento ocular do paciente e) Tampar um dos olhos e fazer bilateralmente CAMPO VISUAL a) Exame de confrontação (tampar um dos olhos e fazer bilateralmente) b) Investigar os quatro quadrantes em H c) Fazer um sinal com o dedo para certificar se o paciente está, de fato, enxergando VISÃO DE CORES a) Cartão de Ishihara b) Identificar o número, a cor do número e a cor do fundo EXAME DO FUNDO DE OLHO REFLEXOS PUPILARES a) Fotomotor e Consensual b) Acomodação e convergência NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE (NC III, IV e VI) INSPEÇÃO a) Pálpebras (fenda palpebral | ptose palpebral) b) Globos oculares (estrabismos | desvios) c) Pupilas - Tamanho - Forma - Posição - Isocoria ou Anisocoria MOVIMENTAÇÃO - Avaliar motricidade (+ e x) - Pálpebras - Globos oculares - Movimentação sacádica (movimentos alternados entre dois pontos) - Movimentação de perseguição. REFLEXOS - Fotomotor - Consensual - Acomodação e Convergência NERVO TRIGÊMEO (NC V) PORÇÃO SENSITIVA (Face; mucosa nasal e gengival; língua e porção interna das bochechas). a) Tátil b) Térmica c) Dolorosa OBS: Respeitar os limites anatômicos de inervação de cada ramo do trigêmeoPORÇÃO MOTORA (músculos temporais; masseteres; pterigóideos) a) Inspeção em repouso (masseter e temporal) b) Inspeção da mandíbula em movimento (abrir e fecha a boca) c) Palpação em repouso (masseter e temporal) d) Palpação em movimento (movimento da mandíbula) e) Força da mandíbula (teste da espátula). REFLEXO CÓRNEO-PALPEBRAL a) Estimular no limbo córneo-palpebral b) Utilizar algodão embebido em soro fisiológico MENTONIANO a) Boca semi-aberta b) Interpor o dedo para percutir NERVO FACIAL (NC VII) SEMIOLOGIA Exame da motricidade da face (mímica facial) a) Inspeção - Observar assimetrias na face, nas linhas faciais, a presença de atrofias ou de fasciculações - Observar a simetria e frequência do piscamento e movimento dos lábios durante o discurso - Observar a posição das pálpebras e a largura das fissuras palpebrais b) Movimentação ativa - Enrugar a testa - Franzir o supercílio - Cerrar os olhos - Mostrar os dentes - Sorrir - Assobiar - Protrusão dos lábios - Contrair o platisma c) Movimentação ativa opondo-se resistência (força muscular) - Franzir o supercílio - Cerrar os olhos - Bochechas infladas (forçar a saída) d) Exame da gustação dos 2/3 anteriores da língua - Segurar a língua com uma gaze - Aplicar substância doce, salgada, amarga ou azeda - Testar cada hemilíngua separadamente e) Reflexos axiais da face - Orbicular dos lábios - Orbicular dos olhos (Normal: inibido até a terceira percussão | Parkinsionismo: Sinal de Myerson) - Corneano (NC VII faz parte da alça eferente) ALTERAÇÕES NO EXAME DO NC VII PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA INSPEÇÃO a) Desvio comissura labial (p/ lado são) b) “Apagamento” do sulco nasogeniano c) Menor energia e amplitude do piscamento d) Fenda palpebral mais aberta (lagoftalmo) e) Pode-se observar epífora (acúmulo de lágrima na pálpebra inferior) MOVIMENTAÇÃO ATIVA a) Dificuldade na protrusão dos lábios b) Não consegue assobiar c) Não consegue soprar um balão de borracha d) Não consegue enrugar a testa e) Não consegue franzir o cenho f) Não consegue cerrar as pálpebras. Sinal de Bell: A tentativa de fechar o olho causa uma virada reflexa do globo ocular para cima Sinal de Negro: Ao olhar para cima, o olho acometido se desvia em abdução e se eleva mais que o contralateral NERVO VESTIBULOCOCLEAR (NC VIII) PORÇÃO COCLEAR INSPEÇÃO a) OTOSCOPIA - Investigar lesão da membrana timpânica ou presença de corpos estranhos (como cerúmen ou pus) - Exame da região mastoide em busca de sinais inflamatórios CONDUÇÃO AÉREA a) Prova do relógio ou diapasão b) Prova da voz cochichada | roçar os dedos CONDUÇÃO ÓSSEA: a) Prova de Weber – vibração na linha média do crânio - Hipoacusia condutiva – Weber lateralizado para o lado acometido - Hipoacusia neurossensorial – Weber lateralizado para o lado contralateral ao lado acometido b) Prova de Rinne – compara a condução óssea (CO) à condução aérea (CA) - Positivo: CA permanece após cessar a CO (normal ou sugestivo de hipoacusia neurossensorial) - Negativo: CA não é percebida após cessar a percepção da CO (Hipoacusia condutiva) c) Prova de Schwabach – comparar tempo de condução óssea paciente-examinador - Se P > E: Hipoacusia condutiva - Se P < E: Hipoacusia neurossensorial * Estas provas permitem o diagnóstico diferencial entre surdez de condução (lesões do ouvido externo e médio) e de percepção (lesões da cóclea ou do nervo auditivo). PORÇÃO VESTIBULAR SEMIOLOGIA 1. História de vertigem e pulsões 2. Equilíbrio estático - desvio corporal 3. Equilíbrio dinâmico - marcha em estrela (de Babinski-Weil) 4. Desvios posturais na prova dos braços estendidos e indicação de BARANY 5. Desvios oculares tônicos (nistagmo) - deve-se pesquisar o nistagmo espontâneo, semi-espontâneo e posicional. NERVOS GLOSSOFARÍNGEO E VAGO (IX e X PARES CRANIANOS) INSPEÇÃO a) Exame da orofaringe em repouso (posição da úvula, simetria dos arcos palatinos) MOVIMENTAÇÃO a) Exame da orofaringe durante fonação (emitir o som “AH”) OBS: visualizar a elevação dos arcos palatinos desvio da úvula (espera-se que seja simétrico) b) Sinal da cortina de VERNET (desvio da parede posterior da faringe para o lado normal) c) Reflexos faríngeo e velopatino d) Gustação do 1/3 posterior da língua EXAME DA DEGLUTIÇÃO a) Disfagia (dificuldade de deglutir alimentos, líquidos, saliva...) EXAME DA VOZ a) Disfonia (pode tornar a voz rouca, áspera, tensa, fraca ou trêmula) b) Rinolalia (associada a um som nasal excessivo durante a fala) NERVO ACESSÓRIO (NC XI) Avaliam-se os músculos esternocleidomastoide e trapézio INSPEÇÃO EM REPOUSO a) Posição da cabeça b) Altura simétrica dos ombros c) Fasciculações d) Trofismo PALPAÇÃO MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA COM RESISTÊNCIA a) Rotação do pescoço b) Lateralização da cabeça c) Flexão do pescoço d) Elevação dos ombros e) Extensão do pescoço f) Aproximação das omoplatas Força Muscular NERVO HIPOGLOSSO (NC XII) INSPEÇÃO DA LÍNGUA IN SITU EM REPOUSO a) Posição b) Forma c) Aparência d) Sulcos e) Papilas f) Atrofia g) Fasciculação MOVIMENTAÇÃO ATIVA a) Exteriorização (protrusão) da língua b) Pressionar a língua contra a mucosa jugal e o examinador opõe força c) Alternativa: pressionar a língua em protrusão unilateralmente avaliando força OBS: Se houver lesão unilateral do hipoglosso haverá desvio dela para o lado lesado
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