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Preparo cirArgico em cirurgia ortognAtica

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INTRODUÇÃO 
O tratamento da cirurgia ortognática apresenta 04 fases: 
1. Pré-cirúrgica: Que consiste em descompensar posições incorretas +
moldagem + chave de oclusão + ganchos interproximais;
2. Trans-cirúrgica;
3. Pós cirúrgica;
4. Conteção.
INDICAÇÕES CLÍNICAS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA 
CLASSE I DE ANGLE COM MORDIDA CRUZADA POSTERIOR: 
 Apresenta mordida cruzada posterior;
 Podem estar presentes desarranjos internos na ATM;
Tratamento: Expansão rápida da maxila. 
CLASSE I DE ANGLE COM EXCESSO VERTICAL MAXILAR: 
 Exposição gengival acentuada;
Tratamento: Osteotomia Le Fort I. 
CLASSE I DE ANGLE COM EXCESSO VERTICAL MAXILAR + MORDIDA 
ABERTA ANTERIOR: 
 Apresenta excesso vertical da maxila;
 Falta paralelismo do plano horizontal em relação ao plano de Frankfurt.
Tratamento: Osteotomia Le Fort I + Remoção do excesso posterior + 
Reposicionamento do plano oclusal. 
CLASSE II DE ANGLE COM DEFICIÊNCIA MANDIBULAR: 
 Maxila e incisivos superiores dentro dos padrões;
 Classe II, divisão 2 também entram nesse grupo.
Tratamento: Osteotomia sagital do ramo mandibular com ou sem 
mentoplastia. 
CLASSE II DE ANGLE COM EXCESSO VERTICAL MAXILAR: 
 Observar projeção do nariz, configuração parasanasal, ângulo nasolabial
e relação do mento com o perfil do paciente.
Tratamento: Reposicionamento maxilar isoladamente, com ou sem 
mentoplastia. 
 
 
CLASSE II DE ANGLE COM EXCESSO VERTICAL MAXILAR E 
DEFICIÊNCIA MANDIBULAR: 
 Para o paciente que apresenta essa deformidade a indicação cirúrgica é 
a combinação do avanço da mandíbula, com ou sem mentoplastia de 
avanço. 
CLASSE II DE ANGLE COM MORDIDA ABERTA ANTERIOR: 
 Estética facial do paciente: Aumento do terço médio da face, aumento da 
distância interlabial, podendo haver excessiva exposição dos dentes 
superiores; 
 Pode comprometer 03 setores da oclusão: 
1. Relação anteroposterior de classe II; 
2. Excesso vertical maxilar; 
3. Deficiência transversa da maxila – Mordida cruzada posterior. 
 Tratamento: Osteotomia da maxila segmentar com reposicionamento 
superior da maxila, com ou sem expansão, com ou sem mentoplastia de avanço. 
CLASSE III DE ANGLE COM PROGNATISMO MANDIBULAR 
 Apresenta cefalograma com as medidas lineares e angulares 
mandibulares aumentadas; 
 Esteticamente: Aumento da projeção do mento; 
 Aumento do comprimento entre o mento e o pescoço diminuído. 
Tratamento: Osteotomia sagital do ramo, com ou sem mentoplastia. 
CLASSE III DE ANGLE COM DEFICIÊNCIA MAXILAR: 
 Pseudo-prognatismo mandibular; 
 A mandíbula apresenta-se com medidas lineares e angulares corretas; 
 Maxila em posicionamento anteroposterior alterado; 
 Perfil côncavo mais pronunciado; 
 Sulco nasolabial mais profundo; 
 A ponta do nariz apresenta rotação no sentido horário. 
Tratamento: Osteotomia da maxila, com ou sem expansão horizontal. 
CLASSE III DE ANGLE COM PROGNATISMO MANDIBULAR E DEFICIÊNCIA 
MAXILAR: 
 Prognatismo mandibular; 
 Deficiência maxilar; 
 Discrepância excede 11mm. 
Tratamento: Combinado de avanço maxilar e osteotomia mandibular para 
recuo. 
CLASSE COM MORDIDA ABERTA ANTERIOR: 
 Terço médio dentro da normalidade; 
 
 
 Lábio inferior protruído; 
 Terço inferior alongado. 
Tratamento: Segmentar a maxila, pode fazer giro horário a depender do 
nivelamento oclusal, além da osteotomia sagital. 
PROTRUSÃO BIMAXILAR: 
 Apresenta excesso anteroposterior da maxila e mandíbula. 
Tratamento: Osteotomia segmentar da maxila e osteotomia sagital da 
mandíbula. 
DEFORMIDADES COMPLEXAS DO TERÇO MÉDIO DA FACE: 
 Paciente sindrômico e/ou fissurado. 
 
FASES DO TRATAMENTO ORTO-CIRÚRGICO 
1. FASE PRÉ-CIRÚRGICA: 
Documentação ortodôntica completa, se o paciente tiver mordida cruzada e 
necessitar de disjunção maxilar, pode-se pedir um Rx oclusal da maxila. 
 Os arcos dentários são tratados ortodônticamente de maneiras 
independentes; 
 Eliminação de rotações dentárias; 
 Descompensar posições dentárias inadequadas. 
 
1.1 Montagem do aparelho: 
 Optar por banda oclusal para o aparelho não soltar devido a 
estabilidade trans-opetatória; 
 Usa banda no 1º e 2º molar inferior e no superior; 
 Pode ser apenas no 1º, pois nem sempre o 2º está no preparo. 
E NOS CASOS QUE REQUEREM DISJUNÇÃO CIRÚRGICA??? 
1) Pede Rx oclusal para verificação da linha média; 
2) Bandas nos 1ºM E 1ºPM; 
3) Moldagem de transferência; 
4) Confecção do disjuntor; 
5) Adaptação cirúrgica; 
6) Rx oclusal. 
 O parafuso deve ter um limite de expansão de 11 ou 13mm. 
 Ativações diárias de ¼ de volta expande 0,25mm; 
 Pode-se fazer 4 voltas por dia; 
 Após a expansão desejada do espaço, aguardar 04 meses para 
colocação do aparelho ortodôntico. 
 
1.2 Alinhamento e nivelamento (A/N): 
 
 
 O nivelamento é a fase onde serão eliminadas as compensações 
dentárias, corrigindo a relação dos dentes com sua base óssea, 
tornando as discrepâncias esqueléticas mais relevantes; 
 A oclusão tem quer ser balanceada e com intercuspidação adequada 
para funcionar como contenção; 
 Fios e forças leves devem ser uma constante, nessa fase os incisivos 
inferiores não podem ser projetados. 
QUANDO O NIVELAMENTO VAI SER APENAS ORTODÔNTICO OU 
TAMBÉM CIRÚRGICO? 
1.2.1. Cirúrgico: 
Em caso de intrusão cirúrgica de incisivos inferiores, extrusão cirúrgica dos 
superiores para nivelamento de curva de Spee acentuada em mordida aberta 
anterior, ou impactação dos posteriores com a mesma finalidade. 
1.3 Fechamento de espaços: 
Torna-se necessário o fechamento de espaços normalmente resultantes de 
exodontias. Se for o caso, deve-se tracionar os dentes para o espaço obtido 
imediatamente a exo. 
1.4 Estabilização dos arcos: 
Deve-se manter o último arco retangular passivo, sem novas ativações por um 
período mínimo de 4-6 semanas. Nesta fase deve ser realizada documentação 
pré-cirúrgica. 
1. Fio retangular; 
2. Documentação ortodôntica; 
3. Ganchos inter-proximais; 
4. Amarrilhos metálicos. 
 
 Soldagem dos ganchos tanto no arco superior quanto no inferior com fio de 
latão 0,8mm, em direção cervical. 
 Os arcos devem ser amarrados firmemente com amarrilhos metálicos. 
 Os ganchos não devem ser longos, máximo de 4mm e devem ser 
posicionados em todas ameias. 
 Após um período mínimo de 30 dias deve ser encaminhado ao cirurgião 
bucomaxilo. 
FASE TRANS-CIRÚRGICA 
Deve-se solicitar um Rx panorâmico para verificar se as raízes dos dentes vão 
interferir nas osteotomias. Verificar: 
 Alinhamento e nivelamento; 
 Inclinação axial dos dentes; 
 Oclusão classe I; 
 Equilíbrio da linha média dento-esquelética. 
 
 
Já prontos podem ser duplicados e montados no articulador para estudo cirúrgico 
e avaliar a provável oclusão do paciente. 
FASE PÓS-OPERATÓRIA 
Imediatamente após a cirurgia preconiza-se a utilização de elásticos 
intermaxilares constantemente que tem como função suportar a nova posição 
oclusal guiar a oclusão. 
Geralmente um período de 10-12 meses é adequado para estabilizar a longo 
prazo, incluindo ajustes oclusais. 
RECIDIVAS??? 
Podem estar ligadas a: 
 Preparo ortodôntico incorreto; 
 Ortodontia pós-operatória; 
 Cirurgia. 
O que tem maior potencial de recidiva é remoção precoce do aparelho, antes 
dos seis meses. 
FASE DE CONTENÇÃO 
 Arco de Hawley/Splint palatino: Para casos de segmentação e expansão, 
por pelo menos 03 meses.

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