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Tratamento da maloclusão de Classe III na dentição mista

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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
Tratamento da maloclusão de Classe III na dentição mista 
Definição 
- são decorrentes de alterações ou desvios no 
crescimento crânio-facial 
- estas alterações vão acarretar em problemas não só 
na estética facial como também na oclusão 
 
Incidência 
- 4% na população 
- 8% na raça amarela 
- principal fator etiológico relacionado: hereditatiedade 
 
Características de classe III 
- overjet negativo, ou seja, mordida cruzada anterior 
- relação molar de classe III 
- posição anterior da sínfise 
- perfil côncavo 
- quando é causada por deficiência de crescimento de 
maxila a região infraorbitária é achatada 
 
Meios de diagnóstico 
- exame clínico 
- modelos de estudo 
- radiografia cefalométrica 
- analise cefalométrica (é o que confirma) 
- tomografia (pacientes adultos destinados à cirúrgica 
ortognática) 
Exame clínico: 
- relação molar 
- overjet negativo (MCA) 
- inclinação lingual dos incisivos inferiores 
- inclinação vestibular dos incisivos superiores 
Exame dos modelos: 
- utilizados para confirmar a análise clínica 
- observar desvios de linha média 
Diagnóstico definitivo – Análise cefalométrica 
ANB < 0º: 
- mordida cruzada anterior esquelética 
- maloclusão classe III esquelética 
SNA < 82º - deficiência de maxila 
SNB > 80º - excesso de mandíbula 
SNA < 82 e SNB > 80º - deficiência de maxila e 
excesso de mandíbula 
ANB > 0º: 
- mordida cruzada dentária (Classe III dentária) 
- mordida cruzada funcional (Pseudoclasse III) 
 
Tipos de classe III 
- dentária 
- funcional / pseudoclasse III 
- esquelética 
Classe III dentária 
- overjet negativo 
- mordida cruzada anterior 
- relação molar classe I 
- sem interferências dentárias 
- perfil reto/convexo 
- ANB > 0ª 
- inclinação dos incisivos 
Tratamento: 
- movimentação dentária com aparelho removível 
Classe III funcional 
- overjet negativo 
- mordida cruzada anterior 
- RC é diferente MIH (topo a topo em incisivo em RC) 
- observar as interferências dentárias 
- ANB > 0º 
- perfil facial 
- côncavo em MIH e reto em RC 
- ANB > 0º 
Tratamento: 
- eliminar as interferências dentárias 
- melhorar as inclinações dos incisivos (movimento 
dentário) 
- NUNCA desgastar dentes permanentes 
- mentoneira (reposicionar a mandíbula em uma 
posição mais confortável, em alguns casos apenas) 
Classe III esquelética 
- overjet negativo 
- mordida cruzada anterior 
- perfil côncavo 
- ANB < 0º 
 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
Tratamento da Classe III esquelética 
Deve ser iniciado o mais cedo possível, pois além do 
problema de desvio de crescimento, o paciente 
também tem mordida cruzada anterior e/ou posterior 
- maxila fica travada dentro da mandíbula, impede o 
crescimento 
- é sempre bom ser tratado por um especialista, pois é 
um tratamento longo 
Finalidade do tratamento precoce: restringir todo o 
crescimento mandibular possível, ou pelo menos re-
direcioná-lo e/ou estimular o crescimento maxilar 
Tratamento biomecânico: 
- forças ortodônticas para movimentar os dentes 
- forças ortopédicas (+500g), para modificar a direção 
de crescimento da maxila e/ou mandíbula 
 
Tipos de aparelhos: 
- mentoneira 
- disjunção maxilar + mascara facial 
- disjunção maxilar + mentoneira para tração reversa 
(sky hook) 
- aparelhos ortodônticos totais 
- miniplacas/miniimplantes 
- cirurgias ortognáticas (adultos) 
 
Classe III por deficiência maxilar 
- retrusão da maxila 
- mandíbula normal 
- achatamento da região infraorbitária 
- aspecto de cansado 
- falta de desenvolvimento no terço médio da face 
 
Tratamento 
Disjunção maxilar: 
- antes de colocar a mascara facial 
- soltar a maxila da suturas (fica solta) 
- quando a maxila tem deficiência de crescimento 
- ocorre em todos os sentidos (Anteroposterior, vertical 
e transversal) 
Após a disjunção ocorre alteração no metabolismo das 
suturas aumentando o fluxo sanguíneo na região, o que 
facilita a prostração da maxila em direção anterior 
- disjuntor deve ser fixo 
- ativação: 2/4 de volta por dia 
Tração reversa da maxila (prostração maxilar): 
- apoio frontal só usada em casos de deficiência de 
maxila. A mandíbula não é bloqueada em seu 
crescimento anteroposterior, enquanto que a maxila é 
liberada para crescer 
- o apoio no queixo não exerce força, é apenas um 
apoio 
- é feito com a máscara facial 
Início da protração: uma semana após o início da 
disjunção maxilar 
Término da protração: um ano após o início do uso da 
máscara facial (evita recidiva) 
Tração intraoral: o elástico deve ser um sentido para 
baixo e para frente, em 30º com a comissura labial 
(algumas vezes machuca a comissura do paciente e 
temos que fazer a tração mais horizontal) 
Elastico no molar 
- provoca extrusão dos molares 
- provoca abertura a mordida do paciente, girando a 
maxila no sentido horário 
- indicado no braquifacial (que a rotação de mandíbula 
não atrapalha) 
Elástico no canino 
- efeito da extrusão é menor 
- indicado para pacientes dolicofaciais 
Recidivas: 
- são comuns 
- é preciso acompanhar o paciente durante todo o 
crescimento 
 
Classe III por Protrusão Mandibular 
Mentoneira: 
- apoio no queixo associado a elástico que aplica força 
nessa região 
Função: redirecionar o crescimento mandibular o 
máximo que conseguir 
- usa forças ortopédicas (acima de 500g a 1000g), a 
força varia com a severidade de maloclusão e idade da 
criança 
- até os 6 anos: força entre 400g a 800g, de 10 a 
12hrs/dia 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
- acima de 6 anos: força entre 400g a 1000g, 
aumentando gradativamente, usar pelo máximo de 
tempo possível 
- a mentoneira deve ser usada DURANTE TODO O 
SURTO DE CRESCIMENTO, esse é o maior problema, 
pois é um tratamento longo e cansativo, os pais e a 
criança acabam não colaborando 
Direção da puxada: 
- depende do tipo de crescimento 
Puxada alta posterior 
- dolicofacial 
- força aplicada na direção do côndilo mandibular 
(puxada alta posterior) 
- rotação anti-horária da mandíbula 
 
 
Puxada alta posterior + Puxada cervical: 
- braquifacial 
- força aplicada abaixo do condilo mandibular (puxada 
alta posterior e puxada cervical – resultante abaixo do 
condilo) 
- rotação horária da mandibula 
 
 
Cuidados com a mentoneira 
- compressão na região do mento pode levar à 
recessão gengival 
- compressão excessiva da ATM pode provocar dor e 
estalidos 
 
 
 
Tratar ou não a Classe III por excesso de 
crescimento mandibular? 
O tratamento é MUITO longo, exige colaboração do 
paciente e dos responsáveis 
Sim, é melhorar tratar e tentar redirecionar o 
crescimento do que apenas acompanhar o caso, pois 
sabemos que irá piorar o quadro e resultar em uma 
cirurgia ortognática 
 
Classe III por associação de Retrusão de maxila 
e Crescimento exagerado de mandíbula 
- tração reversa de maxila + mentoneira modificada 
(sky hook – 2 ganchos) 
- associação de força intraoral tracionando a maxila e 
extraoral redirecionando o crescimento da mandíbula 
- disjunção prévia 
Início da protração: uma semana após a disjunção 
maxilar 
Término da protração: um ano após o início do uso do 
Sky hook, cortar os ganchos e usar apenas a 
mentoneira 
Término do uso da mentoneira: durante todo o surto 
de crescimento 
 
Opções de tratamento: 
Miniplacas e Miniimplantes 
- não é indicado usar na dentição mista, corre o risco 
de perfurar o germe do permanente 
- não usa aparelho extraoral 
 
Época ideal de tratamento: 
- dentição mista precoce 
Abaixo de 5 anos: o paciente não tem discernimento 
do problema, não participando do tratamento, há pouca 
colaboração. O ideal é não intervir para evitar perda de 
tempo e cansaço dos pais e pacientes 
Acima de 5 anos: pode realizar tração reversa, 
disjunção maxilar e/ou mentoneira. Objetivo é 
redirecionar o crescimento mandibular e deixar que a 
maxila continueseu crescimento para baixo e para 
frente 
Acima de 11 anos: pode usar miniplacas ou 
miniimplantes, com disjunção maxilar ou o tratamento 
convencional 
 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
Pré-requisitos para o tratamento 
precoce: 
- esclarecimentos dos pais quanto á severidade da 
maloclusão, a duração do tratamento e a possibilidade 
de cirurgia ortognática futura 
 
Recidiva: 
A maloclusão de Classe III é uma das que mais recidiva 
depois de tratada, pois ela é hereditária, e, nós 
normalmente tratamos o efeito e não a causa

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