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Capacitação em Negociações Internacionais CAENI/IRI/USP caeni@usp.br www.caeni.com.br Fevereiro/2020 ‹nº› Principais elementos. Técnicas de barganha/superação de impasse. Cultura nas NIs. J2N e Modelo PON/Havard. + Simulações bilaterais. 1. Capacitação ‹nº› Valor Esperado. Análise de Risco. Modelos de partilha. + Simulações e lista de exercícios. 2. Intermediário (Quanti) ‹nº› Mediação e resolução de conflitos. Teoria de Coalizões e negociações multilaterais. Modelos de decisão em situação de incerteza. + Simulações multilaterais. 3. Avançado ‹nº› Mercados cambiais à vista e futuro. Hedging cambial. Decisões de investimentos e funcionamento no mercado de ativos internacionais. 4. Finanças Internacionais ‹nº› [Escola Caeni de Negociações Internacionais] Capacitação (13 e 14). Intermediário** (15). Avançado (16 e 17). Treinamento executivo UE(14 e 15). Finanças internacionais** (20 e 21). Cursos Caeni – FEV/2016 ‹nº› Manual de Referência Partes: I. Conceitos e técnicas II. Casos III. Glossário (Quali/Quanti). Capítulos: 1, 2, 3, 4, 6, e 8). Utilidade Esperada * Natureza do objeto * J2N * Perfil dos negociadores * Gênero Modelos e (técnicas*). Decisão em situação de incerteza. Culturas diferentes * Estudo experimental. Caso 1 (Hidroelétrica). Caso 2 (Setor aéreo). ‹nº› Referências sobre Negociações ‹nº› Caeni (Centro de Estudos das Negociações Internacionais) Site: www.caeni.com.br Centro de treinamento e pesquisa em negociações internacionais. É um laboratório ligado ao IRI-USP. Principais publicações: on line. Treinamento & Pesquisa em NI ‹nº› PON – The Program on Negotiation Site: http://www.pon.harvard.edu Harvard Law School Programa de pesquisa sobre Negociações Internacionais da Universidade de Harvard. Criado em 1979 tem como quatro áreas de destaque: teorias de NI, treinamento, técnicas de negociações e publicações. Programa PON/Harvard ‹nº› PIN – The Processes of International Negotiation Site: http://www.pin-negotiation.org IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis), Áustria. Newsletter PIN Points (Síntese dos estudos). Negociações Internacionais ‹nº› Referência sobre modelos ‹nº› elementos estruturais de um processo de negociações ‹nº› Ênfase: habilidades individuais. Método: análise prática Método ‹nº› Introdução/conjunto. Internacional/complexidade. Técnicas específicas. Vocabulário. Custo de transação. Relevância ‹nº› 7 Elementos Objeto Negociadores Interesses Regras Conjuntura Estrutura Estratégias ‹nº› Tangibilidade Integralidade Proporcionalidade Obtenção de ganhos Tipo do Objeto ‹nº› Objetos tangíveis: referência. Negociações + fáceis. Objetos intangíveis: subjetivos. Negociações + complexas. Negociação pode ter os 2 elementos. 1. Tangibilidade ‹nº› 2. Integralidade Definição: Relacionada com a utilidade total do objeto (Ut). Sempre comparada antes e depois do acordo. ‹nº› 1. Jogos de Soma-constante (JSK) Qtde. total do bolo se mantém: JSV+ (distributiva) obs: Quando K=0 é JSZ 2. Jogos de Soma Variável (JSV) Qtde. total do bolo aumenta: JSV+ (integrativa) Qtde. total do bolo diminui: JSV- (desintegrativa) 2. Integralidade ‹nº› Soma constante (JSK) Soma Variável (JSV+) Definição: bolo não muda de tamanho com o acordo. Definição: bolo aumenta de tamanho com o acordo. Barganha competitiva Barganha cooperativa Probabilidade de acordo: JSV+ > JSK > JSV- (tendência) (tendência) 2. Integralidade Fórmula Negociadora (FN) ‹nº› Ganhos absolutos (GA): - baseado na obtenção de ganhos - negociador está preocupado apenas com seus próprios ganhos. 2. Ganhos relativos (GR): proporção de ganhos (proporcionais x desproporcionais) jogos de equilíbrio de poder. 3. Proporcionalidade ‹nº› Ua Ub 4. Obtenção (Mutualidade) Ua Ub Ua Ub 1. Ganha-perde (competitiva) 2. Ganha-ganha (cooperativa) 3. Inelástica (desnecessária) Definição: variação do ganho de um negociador em função do ganho do outro. ‹nº› 4. Obtenção de Ganhos Negociador aceita se: Ui 1>Ui 0 ‹nº› Combinação ‹nº› Negociador posicional Negociador flexível Posições fixas/rigidez Baseado em posições Dogmático Posições flexíveis Baseado em interesses Pragmático Barganha distributiva Barganha integrativa NEGOCIADOR: PERFIL COGNITIVO (tendência) (tendência) ‹nº› BATNA: Best Alternative To Negotiated-Agreement. (Obs: versão mais usada). MAANA: Melhor Alternativa à Negociação de um Acordo. MASA: Melhor Alternativa Sem Acordo. MAPAN: Melhor Alternativa Possível a uma Alternativa Negociada. MACNA: Melhor Alternativa em Caso de Não-Acordo. Melhor alternativa ‹nº› BATNA: Best Alternative To Negotiated - Agreement. SBATNA: Second Best Alternative TBATNA: Third Best Alternative (...) WBATNA: Worst Alternative Alternativa ao acordo ‹nº› Batna: Exemplo ‹nº› 30 VALOR ESPERADO (VE) θ1 θ2 a1 a2 Estados da natureza N2 Tamanho da matriz= n. de ações X n. estados da natureza. 30 31 VE1: Exemplo (Investimento) Estados (Mercado) J1 Cresce Retrai Investe 150 -50 Não investe 100 100 VE(Investe)= 150p+(-50)(1-p) VE(Não Investe)=100p+(100)(1-p) VE(I)=VE(NI) se p=0,75 31 32 VE2: Jogo de Futebol ações V D a1(estádio) 1000 -500 a2 (tv) 600 -100 a3 (rádio) -300 200 32 Elementos (7). TIPO do objeto. Fórmula negociadora. PERFIL do negociador. BATNA. Valor Esperado (VE). Conceitos chaves (5) ‹nº› 2. técnicas de negociações & dois níveis ‹nº› 1. Controle da agenda. 2. TILI: pegar ou largar. 3. Overshooting & Bode-na-sala. 4. Escalada de demanda/compromisso. 5. Meio-termo & falso meio-termo. 6. Queimar pontes (altera Batna). 7. Framing (enquadramento). Técnicas de negociações ‹nº› I. Gradualismo: 1. técnica do salami (bordas) 2. fragmentação + phasing II. Incrementalismo : - aumento de temas/pauta. trocas inter-temáticas. Superação de impasse ‹nº› Fragmentação ‹nº› PRv= mínimo PRc=máximo Zopa Comprador Vendedor [Win-set do SQ] PRv = Preço de Reserva do vendedor. PRc = Preço de Reserva do comprador. Zopa = PRc – PRv (Quanto maior, maior chance de acordo) Zopa = 0 (Impossibilidade do acordo). Meio-termo= (PRv+PRc)/2 (...) (...) Zona Possível do Acordo ‹nº› Assimetria de Informações I. Informações simétricas: imposssibilidade de manipulação da Zopa (Win-Set do SQ). Caso extremo: FOTE (Full Open Truthful Exchange) II. Informações assimétrica: possibilidade de manipulação da Zopa (Win-Set do SQ). ‹nº› JOGOS DE DOIS NÍVEIS E NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS ‹nº› 41 Jogos de Dois Níveis WIN-SET DOS ACIONISTAS Overlap = faixa de negociação 100 108 120 WIN-SET DOS CEOs 80 ‹nº› 41 42 Estratégia Tying-Hands WIN-SET DOS ACIONISTAS Nova faixa de negociação 100 108 120 Os CEOs restringem o Win-Set (106;108) 80 WIN-SET DOS CEOs ‹nº› 42 43 Jogos de Dois Níveis WIN-SET DOS ACIONISTAS 100 108 120 WIN-SET DOS CEOs 80 Os CEOs ampliam o Win-Set (102;108) Nova faixa de negociação ‹nº› 43 44 GOV1 Estratégias Atar Desatar Nível 1 Nível 2 Manipulação do Win-Set GOV2 DOMÉSTICO 2 DOMÉSTICO 1 aliança transnacional ‹nº› 3. A influência da cultura nas negociações ‹nº› Barganha multicultural Diplomacia pública Ajuda externa OIs Diplomacia empresarial Fusões/aquisições Time multicultural Intercâmbio acadêmico Imprensa ONGs ‹nº› Cultura e suas dimensões Heurística, atalho na formação de preferências Dimensão moral e sistemas de crenças Distribuição de funções Processamento de informação e erros de avaliação Produção e reprodução de valores Produção e reprodução de valores ‹nº› Tabu e negociações inegociável (tabu) negociável+ negociável++ Camadas: Negociável++: corriqueiro. Negociável+: dilemático. Inegociável: tabu. A composição das três camadas variam de acordo com a cultura. Divergência = impasse. Distância cultural.‹nº› 49 Dimensões Culturais ATRIBUTOS PARÂMETRO TIPO 1 TIPO II I. Inclusão Distância cultural unicultural multicultural Distância de poder horizontal hierárquico Distância de gênero machista igualitário Gestão Imediatismo gradualismo imediatismo Formalismo informal contratual Aversão ao risco averso propenso Estatismo estatista liberal Relacionamento Coletivismo coletivista individualista Personalismo pessoal profissional Linguagem indireta direta ‹nº› DISTÂNCIA DE PODER ‹nº› Cultura e Negociações Internacionais: 3 Casos (EUA, Japão e Índia) ‹nº› 1. O NEGOCIADOR NORTE-AMERICANO Abordagem: direta, objetiva, combativa, assertiva, afirmativa. Ritmo de negociações: acelerado. Individualismo: elevado. Estrutura da equipe: mandato negociador. Baixa ênfase nas relações inter-pessoais. Formalidade: peso de fatores contratuais. ‹nº› 2. O NEGOCIADOR JAPONÊS Abordagem: não-confrontacional Ritmo de negociações: lento Processo decisório: coletivo Formalidade: deferência, hierarquia Humildade, silêncio, modéstia Aspectos emocionais: sensibilidade (valorizada)/emotividade (não revelada) ‹nº› 2. O NEGOCIADOR JAPONÊS Estratégia de negociação: apresentação de questões (agrupadas) /concessões (lentas) Estilo Low-profile: baixo perfil internacional Linguagem: vaga, ambígua, não comprometedora Estratégia do “watch and wait”. Fatores contratuais: necessidade moderada ‹nº› 3. O NEGOCIADOR INDIANO Abordagem: não-confrontacional Princípio: ahimsa (não-violência, negativa direta é considerada rude). Dimensão religiosa é central. Linguagem corporal: acentuada. Ênfase: relacionamento inter-pessoal e construção de confiança. ‹nº› 56 4. MODELO PON: PROJECT ON NEGOTIATION ‹nº› – BARGANHA BASEADA EM INTERESSES – “Como Chegar ao SIM” Ury, Fisher & Patton “Negociação” Michael Watkins MODELO PON ‹nº› 58 MÉTODO PON QUATRO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Separar pessoas e problemas Focar em interesses e não em posições Criar opções de ganhos mútuos Insistir em critérios objetivos ‹nº› 59 CONCEITO DE BATNA Best Alternative To Non-Agreement (BATNA) - Melhor Alternativa à Negociação de um Acordo (MAANA). Fornece subsídios à formulação da estratégia negociadora. Custos do não acordo para ambas as partes negociadoras. ‹nº› 60 VARIÁVEL CENTRAL NA CONFIGURAÇÃO DO BATNA Taxa de dependência entre as partes negociadoras. A B A B A B Alternativas ao acordo: número de opções ao não acordo (“Plano B”). ‹nº› 61 RESULTADOS ESPERADOS Alta Dependência Baixa Dependência Alternativas Fortes Alternativas Fracas BATNA FORTE BATNA FRACO ‹nº› 62 O CASO DO MINÉRIO DE FERRO Negociação internacional entre fornecedores da commodity minério de ferro e compradores da mesma (siderúrgicas). Caso: CVRD + Rio Tinto + BHP X Siderúrgicas Chinesas ‹nº› 63 HISTÓRICO RECENTE 2005 – CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), BHP Billiton e Rio Tinto negociam em conjunto reajuste de 71,5% no preço do minério de ferro (maior já acordado). 2007 – Possível quebra de um paradigma: divergências sobre reajuste do frete, proposto pela australiana BHP Billiton, rompeu a tradicional aliança negociadora acerca dos preços da commodity entre as três maiores mineradoras do mundo. 2008 – Fev: CVRD negociou reajuste de 65% a 71% no preço do minério de ferro com a Baosteel (maior siderúrgica chinesa). Jul: Rio Tinto e BHP Billiton, separadamente, negociaram reajuste de 79% a 96% nos preços dos minérios com a Baosteel. 2008 - A CISA (Chinese Iron and Steel Association), liderada pela Baosteel, coordena as negociações das compradoras chinesas. ‹nº› 64 PRINCIPAIS FORNECEDORES DE MINÉRIO DE FERRO NO MUNDO Países Milhões de Toneladas (2006) Austrália 271 Brasil 251 Índia 89 Canadá 33 África do Sul 27 Suécia 18 Mauritânia 12 Venezuela 7 Chile 7 Peru 5 Principais empresas produtoras Principais países produtores Fonte: CSN (2006) Fonte: CSN (2006) ‹nº› 65 PRINCIPAIS COMPRADOES DE MINÉRIO DE FERRO NO MUNDO País Produção de aço CHINA 423 JAPÃO 116 USA 99 RÚSSIA 71 CORÉIA DO SUL 49 ALEMANHA 47 Demanda mundial de aço (em milhões de toneladas) Produção de aço em milhões de toneladas Fonte: BNDES (2006) Fonte: BNDES (2006) ‹nº› 66 ANÁLISE DO BATNA (2005) CVRD + BHP Billiton + Rio Tinto apresentaram um BATNA muito forte - Baixa dependência (as três representam juntas cerca de 75% do mercado fornecedor) e elevada quantidade de alternativas (aumento da demanda mundial). Siderúrgicas chinesas apresentaram um BATNA mais fraco – Dependência alta (apesar de serem os maiores compradores) e menor quantidade de alternativas. ‹nº› 67 ANÁLISE DO BATNA (2008) CVRD – Batna um pouco mais fraco: Nível de Dependência um pouco maior e manutenção das alternativas. (Esperado: 70-80%, Obtido: 65-71%). BHP Billiton - Batna um pouco mais fraco: Nível de Dependência um pouco maior e manutenção das alternativas. (Esperado: 100%, Obtido: 79-96%) Rio Tinto - Batna um pouco mais fraco: Nível de Dependência um pouco maior e manutenção das alternativas. (Esperado: 100%, Obtido: 79-96%). CISA – Batna um pouco mais forte: Nível de Dependência menor e aumento das alternativas. (Esperado: 30%, Obtido: 65-96%). ‹nº› 68 ESPECTRO BATNA 1 Alta Dependência Baixa Dependência Alternativas Fortes Alternativas Fracas Três grandes (2005) Siderúrgicas chinesas (2005) CISA (2008) CVRD (2008) ‹nº› 69 O CASO DAS NEGOCIAÇÕES DE DOHA NA OMC Principal foco da negociação: subsídios agrícolas Principais Envolvidos: EUA + UE X G20 (Brasil + Índia) ‹nº› 70 CONTEXTO INSTITUCIONAL DA OMC single undertaking: os membros da OMC devem aceitar todos os acordos como um conjunto não dissociável. Tabela 1. Processo Decisório na OMC. Regra Decisória Tipo de Tema Unanimidade Emendas relacionadas a princípios gerais como o da não-discriminação Maioria ¾ Interpretações acerca de provisões da OMC e atos disciplinares a membros da OMC Maioria 2/3 Emendas relacionadas a qualquer assunto que não seja princípios gerais Consenso Todos os outros temas Fonte: Hoekman and Kostecki (2001) ‹nº› 71 CENÁRIOS POSSÍVEIS Nenhum Acordo 2) Compromisso Modesto em Agricultura 3) Amplo Compromisso apenas para os Países Desenvolvidos 4) Amplo Compromisso para Todos os Países ‹nº› 72 PREFERÊNCIAS DOS PRINCIPAIS ATORES ENVOLVIDOS Brasil: 4>3>1>2 - país competitivo em bens agrícolas e possui interesse central em liberalizar os mercados do PDs Índia: 3>2>1>4 - país defensivo em agricultura por conta da segurança alimentar União Européia: 2>1>4>3 - manutenção de algum nível de proteção agrícola ao mesmo tempo em que viabiliza a negociação de outros temas de seu interesse EUA 2>4>3>1 - lhe interessa a aprovação da proposta conjunta para liberar a agenda ‹nº› 73 TIPOLOGIA BATNA 2 Alta Dependência Baixa Dependência BRASIL ÍNDIA União Européia Alternativas Fortes Alternativas Fracas EUA ‹nº› 74 PRINCIPAIS COMPONENTES DA PROPOSTA CONJUNTA EUA-UE EUA reduziriam a US$ 14,5 bi (dos US$ 22 bi). EUA reduziriam as mais altas tarifas em 70% Todos países poderão elevar tarifas no caso de aumento de 140% das importações agrícolas UE aceitou reduzir 80% de seus subsídios domésticos para um limite máximo de US$ 36 bilhões por ano ‹nº› 75 OUTROS IMPORTANTES PONTOS DA PROPOSTA Corte médio de tarifas industriais na ordem de 54%. Países emergentes devem ter tarifa consolidada de importação industrial entre 20% e 25%. No caso brasileiro, automóveis deveriam ficar em torno de 24%. UE propôs ao Brasil que uma cota de 1,4 milhões de toneladas de etanol possa ser exportada por ano com tarifa de 10% até 2020. As exportações que excedam essa cota estariam submetidas a uma tarifa de 35%. ‹nº› 76 Conclusão Brasil aceita a proposta – BATNA fraco, rompendo com o G20. China, Índia, Argentina, África do Sul, entre outros PED, não aceitarama proposta por conta da não inclusão de salvaguardas para países em desenvolvimento. Índia - BATNA forte – necessidade do BR deixar a coalizão que liderava? ‹nº› CVRD BHP Rio Tinto Outros 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1980199020002006 Mundo China