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07 Epistemologia da Gestalt-Terapia

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Epistemologia da Gestalt-Terapia
Gleydsonrocha@hotmail.com
“É claro, a ciência jamais consegue alcançar sua meta. Em qualquer momento de sua história existe e existirá sempre um hiato entre seu ideal e suas realizações concretas. O sistema nunca está completo, existem sempre fatos recém-descobertos que se somam aos antigos e desafiam a unidade do sistema.”
			(Koffka, 1975, P. 18)
Epistemologia
Episteme – Saber, conhecimento.
Epi (estar sobre, em cima) istamaí (estar de pé, fincado)
Logos – Estudo, razão.
“O logos faz e deixa ver aquilo sobre o que se discorre e o que fala, para quem fala e para todos aqueles que falam uns aos outros.” (HEIDEGGER,2013, p 72)
Epistemologia- Ciência das ciências. É uma ciência da totalidade, de universalidade, é ela que timbra e que dá visibilidade a qualquer uma de suas partes científicas e ou teóricas. (PONCIANO, 2011, p.25)
4
Biografia de Frederick Salomon
 Perls
Nasceu num bairro judeu de Berlim- 8 de julho de 1893
 Pai, Nathan – Comerciante de vinhos, preservava algumas tradições religiosas, engajados na vida cultural e social da época. Com o passar do tempo, tornou-se distante fisicamente e afetivamente da família.
Mãe, Amalia – promovia ao filho ida a teatro, ópera e museus, enquanto a biblioteca do avô era o lugar predileto para satisfazer suas curiosidades.
Era o terceiro filho, tinha mais duas irmãs, Else e Grete
Fritz, com um amigo, gostava de brincar de teatro na sala de sua casa.
Puberdade
Foi considerado um menino difícil, estudante brilhante, embora por mau comportamento foi expulso do ginásio, tornou-se um adolescente instável e rebelde. 
Admitido por um ginásio mais liberal, potencializou sua motivação pelo teatro.
Aos 16 anos, fez papel de figurante no teatro Real de Berlim. Quase se profissionalizou e já se mantinha nas suas despesas pessoais. Foi no teatro que aprendeu a detectar sutilezas de entonação de voz e linguagem corporal, tão exploradas mais tarde no seu trabalho terapêutico.
Quanto a escolaridade, recuperou-se e, aos 21 anos estudava Medicina, quando aconteceu a primeira guerra mundial.
1915- Foi voluntário na Cruz Vermelha, ficando em Berlim e continuou os estudos;
1916- Foi para as Trincheiras, onde ficou como assistente médico por 9 meses. Foi ferido e voltou muito abalado e desiludido com a humanidade.
1920- Formou-se em Medicina na Universidade Humboldt de Berlim, neuropsiquiatria, desiludido com a hipocrisia, ganância e nacionalismo da época, associou-se ao grupo Bauhaus, criado por Walter Gropius na cidade de Weimar na Alemanha, composto de artistas, arquitetos, filósofos, poetas, escritores, todos radicais políticos, lutavam por novas expressões e estilo de vida menos rígido.
Nesse grupo, encontrou o filósofo, Sigmund Friedlander. Este teve grande influência sobre o seu pensamento. 
Após muitos acontecimentos, foi se estabelecer nos Estados Unidos, voltou a Berlim, fez análise com Karen Horney, que depois de algum tempo o aconselhou a sair de Berlim.
1926- Ida para Frankfurt, Trabalhou como assistente de Kurt Goldstein (estudava as manifestações comportamentais de lesões cerebrais de soldados)
Sentia-se atraído pelo pensamento existencialista de Martin Buber e Tilich, se encaminhou para Viena , recebeu supervisão de Helene Deutsch, entre outros, assistiu seminário de Otto Fenicchel e Paul Federn , trabalhou em hospital Psiquiátrico.
1928- Karen Horney o orientou a continuar sua análise com Wilhelm Reich.
Ainda em Frankfurt, conheceu Lore (Laura) Posner, graduada em Psicologia dentro da escola da Gestalt, psicanalista formada ,com quem se casou alguns anos depois- teceu grande influencia na Gestalt- Terapia.
1931- Se envolveu num movimento antinazista- Separou-se da esposa e da filha temporariamente. Foi para Amsterdam, para onde a família seguiu posteriormente.
Foi ajudado por Ernest Jones que ajudou muitos refugiados
1935- Criou o Instituto Sul Africano de Psicanálise . Laura e Perls eram os únicos Psicanalistas do lugar. Desfrutaram de uma vida estável nessa época.
1938- Participou do congresso internacional na Tchescoslováquia, levou a contribuição RESISTÊNCIAS ORAIS- Recepção fria do Freud. O reencontro com Reich, foi decepcionante.
Foi a partir dessa época que começou seus ataques a Psicanálise e os questionamentos de alguns que pediam para continuar em suas convicções sem os ataques a teoria freudiana.
1942- Publicado seu primeiro livro Ego, Hunger and Aggression, com importante participação de Laura. 
Foi um ano muito importante, após a segunda guerra mundial, Seu livro foi muito admirado. Laura e Perls estavam ligados a um grupo neo -freudiano
1947- Nova edição na Inglaterra- reeditado nos Estados Unidos em 1969
Cada vez mais distante do estilo de vida dos Psicanalistas acabou se indispondo irremediavelmente.
Constituiu o grupo dos sete, Isadore From, Paul Goodman, Paul Weisz, Sylvester Eastman e Elliot Shapiro, além de Laura e de Perls, posteriormente, Ralph Hefferline.
Houve discordância com relação ao nome da abordagem. Laura foi contra que o nome ficasse sendo Gestalt- Terapia. Em 1951 foi publicado o livro Gestalt Therapy.
GESTALT-THERAPY- escrito por Frederick Perls, Paul Goodman e Ralph Hefferline.(escritos de Perls e dos debates do grupo dos sete
Até 1964, Perls irrequieto e distanciado do grupo de Nova York. Suas ideias foram tidas como um tanto extravagantes. Viajava pelos Estados Unidos e lançava para grupo de profissionais a sua nova terapia.
Nessa mesma época se deixou influenciar por Charlot Selver (conscientização corporal) e Moreno com o Psicodrama e de se familiarizar com o Zen-Budismo, através de seu amigo e colaborador Paul- Weiss.
1962- Viajou ao redor do mundo , ficou dois meses em um mosteiro Budista em Quioto, Japão, e um mês em Israel.
1964- Se radicou em Esalen – Califórnia, onde ensinou por cinco anos Gestalt- terapia em programas de duração variável, e onde a maioria das fitas, vídeos e filmes dos sus seminários foi gravada. Foi lá que escreveu sua autobiografia
1969- Aos 76 anos, formou uma comunidade Gestáltica no Canadá, motivado pelas insatisfações em Esalen, em contrapartida, satisfeito pois, sua abordagem estava conhecida e reconhecida nos muitos lugares nos Estados Unidos. Estava preparando mais um livro, The Gestalt Approach to Therapy, publicado após sua morte em 1973.
1970- Perls foi internado em Chicago, Estados Unidos, falecendo em 14 de Março de 1970.
Epistemologia ou campo teórico da Gestalt-terapia
É composta de filosofias e teorias de base assim constituídas:
TEORIAS DE BASE
Psicologia da Gestalt
Teoria de Campo
Teoria Organísmica Holística
Teoria Holística
FILOSOFIA DE BASE
Psicologia Humanista
Fenomenologia
Existencialismo
Epistemologia ou campo teórico da Gestalt-terapia
ANTECEDENTES TEÓRICOS PESSOAIS VIVIDOS POR SEU FUNDADOR: 
Psicanálise
Teoria Reichiana
Zen Budismo
TEORIAS DE BASE
Psicologia da Gestalt
Anos 20 e 30- Tendência Psicológica predominante na Alemanha
Os principais expoentes foram Wertheimer, Kohler e Koffka. 
Afirmaram que percebemos totalidade que são diferentes da soma das partes, que revolucionaram as teorias a respeito da maneira como as coisas são percebidas.
Influência de Brentano (1838-1917)- Noção de intencionalidade- A consciência é sempre consciência de alguma coisa.
Christian Von Ehrenfels- Afirmou a existência de uma qualidade perceptiva da forma- Os objetos por nós percebidos constituem formas que são mais do que sensações.
Gestalt – Termo Alemão –Forma, Configuração 
Escola de Graz (Meinong e Benussi), as sensações seriam anteriores às percepções e a Gestaltqualitat (qualidade perceptiva da forma) resultaria da síntese das sensações.
IMPORTANTE: Escola de Berlim (Wertheimer, Kohler, Koffka) discordaram dessa visão dualista de que primeiro viriam as sensações e só depois as percepções e afirmaram que percebemos totalidades que não resultam de uma síntese de sensações, mas convergem em uma integração imediata dos estímulos.Não podemos separar “interior” (sensações) e “exterior” (percepções).
Psicologia da Gestalt
Tese fortalecida por experimentos – 
O todo é diferente da soma das partes.
Ilusão ópticas e percepções falhas; 
Princípios da Gestalt.
Princípios da Psicologia da Gestalt 
Figura/fundo
Pregnância
Fechamento
Semelhança
Simetria
Continuidade
Dinâmica entre figura e fundo
Figura- Ligada a necessidade a ser satisfeita, motivação.
Fundo- Compõe o cenário da situação, podendo estar diretamente ou indiretamente ligado a figura.
Dificuldade – Quando o fundo é um ponto cego.
Princípios da Psicologia da Gestalt 
Pregnância 
É o mais importante, pois rege todos os outros. Também denominado como o princípio da boa forma.
Princípios da Psicologia da Gestalt 
 Fechamento
Leis da Psicologia da Gestalt 
Semelhança
Princípios da Psicologia da Gestalt 
 Simetria
Tendemos a perceber o objeto como simétrico a partir do centro. 
Leis da Psicologia da Gestalt 
Continuidade
Mas toda a teoria que não se torne praxe e vida, isto é, que não seja acompanhada por uma ação correspondente, é estéril. 
 
(Nogare, 1994, P. 16)
Teoria de Campo
Kurt Lewin
“A construção fundamental é naturalmente, a de campo. Todo o comportamento(incluindo ação, pensamento , desejo, busca, valorização, realização, etc.) é concebido como a mudança de algum estado de um campo em determinada unidade de tempo.” (LEWIN, 1965)
De acordo com a teoria de campo, o comportamento não depende nem do passado , nem do futuro, mas do campo presente. Este campo presente tem uma determinada dimensão tempo. (LEWIN,1965)
Segundo Lewin (1993, p.29), o conceito de campo será chamado também de espaço vital psicológico. Este indica a totalidade de fatos que determina o comportamento de um indivíduo em um certo momento, sendo dotado de duas regiões: a pessoa e o ambiente;
Lewin buscou um método mais próximo da descrição dos fatos do que um que se baseasse em hipóteses prévias sobre eles, tendo como foco de seu trabalho o campo psicológico e a totalidade de forças, que podem interferir no comportamento.
Principais características da Teoria de Campo
O uso do Método utilizado é o de construção e não de classificação; 
Ex, um fato que se repete tendendo a generalizar a pessoa por fatos construídos historicamente.
Interesse pelos aspectos dinâmicos (forças) dos acontecimentos;
Perspectiva psicológica e não física- Como a pessoa experiência o que acontece? - Chamamos em Psicologia da gestalt de relação figura e fundo;
Uma análise que começa com a situação como um todo;
Distinção entre problemas sistemáticos e históricos.
Teoria Organísmica
Teoria Organísmica de Kurt Goldstein 1995/2000, afirma que o organismo é uma descrição detalhada de um novo método, a assim chamada abordagem organísmica holística.
Toda reação é uma reação gestáltica de um todo, de uma configuração figura-fundo. Estes fenômenos podem ser interpretados no sentido de que, enquanto um processo ocorre em uma parte, o resto do organismo não pode tornar-se ativo de um modo oposto ao que acontece no todo. (GOLDESTEIN, p. 182)
Sintoma: Tentativa de adaptação do organismo ao meio.
Teoria Holística
31
“O conceito de holismo é provavelmente, a característica mais central da Psicologia da Gestalt e da Psicoterapia... O holismo afirma que pessoas e coisas são regidas por três princípios. São eles: 1) Tudo é um todo, 2) Tudo muda, 3) Tudo está relacionado a tudo.” (CLARKSON, 1993)
Holismo é uma específica tendência com uma característica definitiva e criativa de todos os caracteres no universo, e assim gerador de resultados e de elucidações no que diz respeito ao inteiro processo de desenvolvimento cósmico. (SMUTS, 1996)
Na obra (Perls, 2002, p.61), define o holismo como uma atitude de que compreende que o mundo não consiste apenas em átomos, mas em estruturas que têm um significado diferente da soma de suas partes. 
Para Goldstein, o holismo é a base estrutural para o pensamento organísmico. Ele, enquanto neurologista, buscou um modelo holístico para entender a realidade dos pacientes vítimas de lesões cerebrais após a Primeira Guerra Mundial.
Holismo preserva o caráter interacional do ser humano em relação ao contexto que o cerca. Influenciado pela teoria da Psicologia da Gestalt, considerava o homem como uma totalidade, sempre diferente do que a mera soma das suas funções.
O homem como organismo é indissociável do meio, do contexto geográfico, sociocultural e físico. 
A adoção da teoria organísmica coloca a Gestalt-Terapia também dentro do contexto das abordagens sistêmicas em Psicologia.
Sem o pensamento organísmico não estaríamos falando de Gestalt-Terapia – Crença no processo autorregulador como inerente ao ser humano. O ser humano não só deve ser compreendido como sistema biopsicossocial, no qual mente e corpo e a interação com o meio, seja esse físico, cultural ou social estão em permanente intercâmbio e compõe uma totalidade em busca de auto- regulação. 
Auto- Regulação Organísmica: pretende entender o organismo como um todo e não como a soma de partes isoladas.
Concepção Holística – Não é correto dizer que o ser humano está inserido na natureza; ele é em si manifestação da natureza;
O universo se manifesta em nós e somos constantemente atravessados pelo fluxo energético cósmico em busca de harmonia.
FILOSOFIAS DE BASE
Psicologia Humanista
Disciplina vinculada a Filosofia por muitos séculos;
Séc. XIX ocorre a separação – Adquire o início da Psicologia Moderna e campo conceitual própria;
Críticas dos Psicólogos Humanistas a Psicanálise e ao behaviorismo– ambas concentravam-se apenas em partes do ser humano;
Ênfase nas seguintes partes: Behaviorismo – comportamento observável e Psicanálise – dimensão inconsciente;
Humanistas se opuseram as ideias da Psicanálise – Freud ter se baseado apenas em estudos de Neuróticos e Psicóticos, sem observar as possibilidades de um indivíduo saudável;
A Psicologia ignorava forças e potencialidades da pessoa – Humanistas recuperaram os seguintes conceitos: tendência a auto-realização, liberdade como extensão conceitual, importância do momento presente;
Maiores representantes: Abraham Maslow, Clark Moustakas e Carl Rogers.
Maslow – pai espiritual da Psicologia Humanista;
Indivíduos com força inata que os conduzia a auto-realização;
Rogers – aplicação da terapia centrada na pessoa;
As pessoas seriam capazes de mudar pensamentos e comportamentos do indesejável para o desejável de forma consciente e racional, desde que encontrasse um campo propício principalmente a aceitação incondicional pelo terapeuta.
A Psicologia Humanista não é uma abordagem e sim uma conjunto de diversas correntes teóricas (Fenomenologia, Existencialismo e Holismo).
Humanismo diferente de Psicologia Humanista;
Fenomenologia
Criador – Edmund Husserl- Nascido em 8 de abril de 1859, em Prosnitz ( atualmente Républica Tcheca). Veio de família Judia, estudou astronomia e matemática. Mudou de rota ao conhecer Franz Brentano, frequentando seus cursos na universidade de Viena
Estudo dos fenômenos, aquilo que é dado a consciência.
Consciência é o lugar onde de alguma maneira se prende o conhecido. É onde dar-se o sentido (awareness).
Perspectiva fenomenológica – Constatação do caráter emocional – Esta é sempre consciência de alguma coisa.
A compreensão é mais originária do que a interpretação. A consciência dar-se pela descrição dos fatos.
Fenomenologia
Buscando criar um método;
A palavra “’ fenomenologia” remete a duas expressões gregas: phainómenon, que faz referência aos acontecimentos celestes e significa aquilo que se mostra por si mesmo; e logos, que designa a proposição de se perceber algo e considera a compreensão do discurso a respeito daquilo que se mostra por si mesmo;
Impacto maior dessa ideia será a demonstrar de que as ciências humanas não podem ser medidaspelo rigor das ciências exatas;
Final do séc. XIX – Início do séc. XX: À ciência caberia a objetividade, substancialidade e a exterioridade, à filosofia e à psicologia a subjetividade e a interioridade.
“Não há EU sem o mundo, ou o mundo sem EU. Sendo, portanto, um constitutivo do outro.” 
(Husserl)
Existencialismo
O pensar os sentidos após duas guerras mundiais – Na Europa Ocidental, reflexões sobre o homem e seu modo próprio de ser no mundo (Kierkgaard, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Martin Buber, entre outros).
Existência – deriva do latim ex-sistere, que significa surgir, exibir-se, movimento para fora, estar em tensão para adiante
Na perspectiva existencial de Sartre, o homem é concebido como um ser livre e responsável por construir a sua própria existência.
Existencialismo
Nascemos como seres de possibilidades e escolhemos a todo instante, ao longo, de toda a nossa existência. Nesse sentido o homem é: ação e movimento, um eterno vir a ser.
Importante atenção as sete condições valorizadas pelo existencialismo;
Temporalizar, espacializar, aspectos relacionados ao corpo, motivação, materialidade, relacionamento com o mundo próprio, relacionamento com os outros e com as coisas circundantes.
ANTECEDENTES TEÓRICOS PESSOAIS VIVIDOS POR SEU FUNDADOR
Psicanálise
Estudos de Perls a partir da crítica a Psicanálise Freudiana
Concentração x Associação livre
Como x Porque
1983- Congresso internacional de Psicanálise: Perls leva o tema resistências orais- A repressão da agressividade oral se manifesta através de resistências orais , tais como “sugar”o outro, “ engolir” sem mastigar ideias...( Tellegen, p.36, 1984)
Análise dos sonhos x Integralidade das partes que compõe o sujeito.
A análise do caráter de Reich
Identificação de resistências psíquicas em termos de “couraça muscular”, reconhecendo-a na sua manifestação corporal. Para Perls a dinâmica conflita se revela mais nas formas de comunicação do paciente do que no conteúdo.
Perls não seguiu Reich no restabelecimento da função orgástica como foco principal da psicoterapia.
Pensamento Oriental ou Zen-Budismo
A partir do seu encontro com o filósofo Friedlander, pensou o desenvolvimento e mudança como processos dialéticos de diferenciação.
Na África em contato com o Zen Budismo encontrou pontos em comum. Em Ego, Fome e Agressão apresenta o teoísta yin e yang. 
No corpo teórico da Gestalt-Terapia há uma estreita relação do Zen-Budismo com o fluxo de awareness e a meditação.
 Mudar é tornar-se o que já é.
O “pensar” Oriental exige ultrapassar a lógica formal, o reconhecimento da existência como o viver paradoxal, e propõe uma ampliação dos conceitos de tempo e espaço, ao mesmo que apresenta a compreensão do tempo como um eterno aqui e agora (Herrigel, 2001).
A compreensão da realidade se afasta de uma visão unilateral para socializar uma visão completa da experiência. 
Uma visão dialética que procura apreender a totalidade da realidade por meio da recomposição de opostos.
“Se o mundo concorda sobre a beleza, é porque existe a feiúra. 
Se todos concordam sobre o bem, é porque existe o mal.
O “ser” e o “não ser” nascem um do outro;
o difícil e o fácil são complementares;
o longo e o curto nascem por comparação;
o alto e o baixo são interdependentes;
o som e o silêncio estão em mútua harmonia;
o anterior e o posterior são correlativos.
É por isso que o Sábio entrega-se ao não agir, e ensina silenciosamente.
As coisas inumeráveis são feitas sem a menor palavra.
A natureza dá nascimento, mas nada possui.
Ela age, mas não exige nenhuma submissão.
Ela tem mérito, mas não reclama.
O fato de que ela nada pretende a torna indispensável.”
(Tsé, 2001, p.26-7)
O todo reúne, ao mesmo tempo, yin e o yang, a luz e a treva, o masculino e o feminino, o positivo e o negativo, e todos os demais opostos. 
Quando comparado com os grande sistemas religiosos, o budismo apresenta uma proposta distinta, uma vez que não aborda uma concepção a respeito de Deus. A proposta central do budismo não converge para a busca do religare, a religação do homem ao divino, mas foca-se na questão do sofrimento.
A impermanência é outro fator em destaque. Nada se mantém ou permanece, tudo está em constante movimento. Vir-a-ser.
Em resumo, pode-se afirmar que o budismo se ocupa das questões centrais da condição humana: o nascimento, o crescimento, o envelhecimento, o adoecimento, a morte e o sofrimento, sendo este último inerente a todos os outros aspectos da condição do ser.
Duas ondas conversam:
- Oh, como eu sofro! As outras ondas são grandes, e eu sou pequena. Algumas estão em ótima situação e eu sou tão desprezível... A segunda responde:
-Você acha que sofre porque não percebeu claramente sua forma original.
- Não sou uma onda? Então o que sou?
Uma onda é apenas sua forma temporária. Você é água!
- Água?
- Quando perceber que sua essência é água, não ficará confusa em relação a ser uma onda e deixará de sofrer.
- Ah, entendi! Sou você e você é eu. Somos partes de um eu maior! As pessoas, de forma egoísta, julgam pertencer apenas a si mesmas. Por isso, comparam-se umas as outras e acham que sofrem. Na verdade, todas elas são parte da natureza. Pense sobre isso...
(Tsai, 1996, p.17)

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