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Publicidade e Propaganda
UNIDADE 4
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UNIDADE IV - PUBLICIDADE E PROPAGANDA
PALAVRAs DO PROfEssOR
Querido, aluno (a)! 
Chegamos à reta final! Agora é hora de intensificar a força e determinação, pois estamos bem perto da 
linha de chegada.
Nesta unidade, vamos tratar de aspectos mais técnicos da publicidade e propaganda, eu diria que deta-
lharemos a sua “alma”, pois veremos desde a estratégia da comunicação, passando pelo conhecimento 
do ciclo de vida do produto, suas fases e características em cada uma delas. 
Vamos conhecer ainda as etapas da criação e sua interface com a promoção de marketing, como criar um 
plano de mídia e como se dá a apresentação da campanha publicitária a partir de um briefing.
 
Então, nesta quarta unidade vamos abordar os seguintes assuntos:
	 Estratégia de comunicação; 
	 Posicionamento – ciclo de vida do produto; 
	 Criação – objetiva, características, construção de mensagem na ótica da promoção do marketing; 
	 Mídia – como preparar um plano; 
	 Comunicação e marketing - apresentação da construção do briefing e da campanha publicitária.
Vamos fechar “nossa viagem” com “chave de ouro”! 
Bons estudos!! 
EsTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
A comunicação de qualquer organização deve seguir um planejamento, como já foi visto em conteúdos 
anteriores, pois o planejamento evita a improvisação, sistematiza as ações, oferece mais possibilidades 
para o alcance dos objetivos, racionaliza recursos, permite a avaliação das ações, e este ainda pode ser 
global ou específico para atender uma necessidade pontual ou buscar melhores formas para gerir as 
ações estratégicas de comunicação da empresa.
O planejamento segue uma sequência de passos para que ele atinja seus objetivos, e o primeiro deles é 
a pesquisa com a identificação e estudo da situação, o levantamento e análise de dados, mapeamento e 
definição de públicos, e só a partir daí a construção de um diagnóstico para a realização do planejamento 
de acordo com as necessidades detectadas. 
Em seguida o planejamento em si, com a criação e fixação das políticas de comunicação (no caso de 
um planejamento global), definição de objetivos e metas, estabelecimento das estratégias necessárias, 
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escolha e seleção de meios de comunicação que atendam aos objetivos estabelecidos e a determinação 
dos recursos necessários. 
O próximo passo é a implantação, pois esta se faz essencial para que o planejamento alcance os objetivos 
almejados. Nesta etapa há a correção de desvios, controle e monitoramento das ações e a divulgação das 
mesmas para os públicos envolvidos. 
O quarto e último passo tão importante quanto os anteriores, é a avaliação, onde são mensurados os 
resultados alcançados e entrega de relatório conclusivo.
Mas entre idealizar o que precisa ser feito e a operacionalização deste planejamento, são necessários 
alguns instrumentos que organizem as ideias e sistematizem as ações. Em comunicação, estes 
instrumentos em geral são o plano, o projeto e o programa, onde se encontram os dados sobre o que 
fazer, onde, quando, como e com que recursos.
O plano é o “fruto” direto do planejamento, é o documento que o materializa formalmente. Contêm 
pressupostos básicos para a tomada de decisões, pois direciona as atividades e possui as diretrizes 
gerais a serem seguidas. 
O projeto é o documento intermediário entre o plano e o programa, pois sistematiza as linhas gerais da 
operacionalização a ser estabelecida, mas geralmente é utilizado para atender uma necessidade pontual, 
uma oportunidade específica e não as decisões estratégicas da comunicação geral da empresa. Pode ter 
um formato inicial de anteprojeto, onde após sua aprovação ser transformado em projeto.
O programa atende alguns princípios básicos, e o primeiro deles é estar inserido no plano de comunicação, 
ou seja, nas linhas gerais e estratégicas de comunicação. Não pode estar desassociado das diretrizes, 
filosofia e políticas de comunicação da organização, pois contribui para contribui para o cumprimento para 
os valores, missão e visão da mesma.
Todos estes instrumentos devem demonstrar clara e objetivamente a relação direta de custo-benefício do 
planejamento com a eficácia e eficiência da comunicação.
Um modelo básico de plano de comunicação apresenta os seguintes itens:
Situação: Descrição dos problemas a serem enfrentados e as oportunidades a serem aproveitadas, ou 
seja, uma análise ambiental;
Objetivos: o mesmo item que aparece no briefing, mas aqui devem ser definidas as prioridades;
Estratégias: Todas as definições estratégicas a curto, médio e longo prazos;
Táticas: Recomendações básicas à criação, mídia e outras áreas constam neste item, juntamente com o 
orçamento;
Criação, Produção, Ação: Tudo o que precisa ser feito (inclusive o plano de mídia e cronograma). 
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POsICIONAMENTO – CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Os resultados eficazes de uma propaganda dependem muito mais do planejamento e da decisão de posi-
cionamento do produto, do que efetivamente da forma como ela é escrita, pois estar bem posicionado na 
mente do consumidor é o que toda marca ou produto almeja. 
Ser referência na percepção do seu público-alvo é a posição que toda organização deseja ocupar, e o 
posicionamento deve ser decidido antes que o anúncio seja escrito.
Uma marca ou empresa anunciante, em nossos dias, onde o mercado está cada vez mais competitivo, 
utiliza-se da comunicação para posicionar o seu produto na mente do consumidor, e não apenas para co-
municar as suas vantagens ou características, pois sabe da importância de ser o primeiro a ser lembrado 
na hora da compra, top of mind.
VOCê sABIA?
Top of Mind é um termo em inglês utilizado na área de marketing empresarial como uma maneira de 
qualificar as marcas que são mais populares na mente (mind em inglês) dos consumidores.
Mas para cada fase do ciclo de vida de um produto, as estratégias de comunicação devem ser estabele-
cidas de forma diferenciada, pois o mesmo produto tem necessidades e um posicionamento diferente em 
cada etapa. 
As fases comumente estudadas no ciclo de vida de um produto são: 
	 Lançamento;
	 Crescimento;
	 Maturidade;
	 Declínio.
No lançamento ou introdução (alguns chamam de catequese) o produto ainda não é conhecido, nem re-
conhecido pelo público-alvo, precisa se mostrar e esta fase é caracterizada por altos investimentos em 
comunicação, pois as empresas precisam demonstrar ao mercado consumidor suas competências, suas 
vantagens competitivas, e aquelas que mais rapidamente conseguirem mostrá-las se posicionarão na 
mente do consumidor para em seguida alcançar a fase de crescimento. 
Esta fase é caracterizada por uma taxa de expansão mais elevada que na etapa anterior, pois existe o 
aumento de vendas como consequência do reconhecimento do consumidor. Mas é nesta fase também 
que surgem mais concorrentes, pois o próprio mercado está em expansão, já que o segmento de negócio 
começa a ser atrativo, e outras empresas começam a se interessar.
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Na maturidade ou sustentação frente à concorrência como alguns chamam, o jogo da concorrência se 
estabiliza, ou seja, faturamento e investimentos se equilibram, pois a crescente fidelidade dos consu-
midores, a estabilidade das tecnologias (hoje o ciclo de renovação é cada vez maior) a pouca entrada 
de novos concorrentes são fatores que contribuem para que só os melhores se firmem. Apenas aqueles 
produtos, serviços ou marcas realmente preocupados com a fidelidade do consumidor conseguem fixar 
suas posições.
Por isto, nesta fase é comum o desaparecimento dos concorrentes, as fusões ou aquisições que ocorrem 
com frequência no segmento da indústria farmacêutica, de automóveis e nos serviços bancários.
E como última fase do ciclo temos o declínio, e esta é acompanhada por uma mudança estrutural na 
concorrência, mudança já anunciada na maturidade. Os principais concorrentes que se mantêm, dividem 
entre si quase que a totalidade do mercado, e o volume tende a decrescer em ritmo mais acelerado. 
Nesta fase é comumacontecerem reestruturações nas empresas como redução do quadro de funcioná-
rios, por exemplo.
Mas de acordo com o segmento de mercado, a publicidade pode funcionar de maneira de diferente para 
cada um:
	 No varejo: pode estabelecer o conceito da empresa, manter ou aumentar o número de frequen-
tadores de uma loja, estabilizar as vendas, potencializar as ocorrências sazonais e aumentar a rotativida-
de do estoque. 
	 Na indústria/serviço: pode garantir a pronta aceitação de novos produtos, manter ou aumentar 
a venda de produtos já reconhecidos, possibilitar as vendas sem necessidade de vendedores ou aumentá
-las, se for o caso, pode ainda criar novos mercados e estabilizar os existentes, fixar hábitos de consumo 
e quebrar conceitos pré-concebidos do público-alvo.
E você deve estar se perguntando: mas como avaliar a eficiência e eficácia da publicidade neste ambiente 
tão dinâmico e mutável que é o mercado?
Para avaliar a ação publicitária existem métodos, pois este repousa nos conhecimentos da natureza hu-
mana. 
Com frequência, é a soma dessas fontes psíquicas que determinam a raiz da motivação de compra. Por 
isto, o primeiro passo para se medir o efeito da publicidade, deve ser definir claramente o que se espera 
obter com suas ações:
	 Será que é informar ao público-alvo a respeito de um produto ou serviço?
	 Ou se deseja criar uma ação favorável?
	 E juntamente com os objetivos anteriores, se deseja provocar ou aumentar as vendas?
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Depois de estabelecidos estes objetivos, dois instrumentos podem ser utilizados para investigação da 
eficiência publicitária:
Pré-teste: investigação feita antes que seja realizada a campanha, com a finalidade de se obter indica-
ções prévias sobre sua capacidade para comunicar-se com o público-alvo;
Pós-teste: investigação após a publicação da campanha para se determinar os efeitos obtidos com refe-
rência aos objetivos estabelecidos.
CRIAÇÃO – OBJETIVOs, CARACTERÍsTICAs, CONsTRUÇÃO DE MENsAGEM NA 
ÓTICA DA PROMOÇÃO DO MARKETING
A criação é uma das áreas mais glamourosas da publicidade, pois existe a percepção que a criação é algo 
divino, extraordinário e o criador, um ser dotado de super poderes. 
Também existe a ideia de que o cotidiano desta área da agência é repleto de brincadeiras, conversas 
descontraídas e muito tempo disponível para a chegada de ideias brilhantes.
Mas na prática, a realidade é bem outra. O cotidiano é corrido, existem prazos a serem cumpridos, e o 
brainstorm não pode durar infinitivas horas até que a ideia genial chegue. Assim como em todas as áreas 
que exigem criatividade, a criação utiliza técnicas e processos a serem seguidos. 
VOCê sABIA?
Brainstorm: termo em inglês que significa tempestade de ideias ou tempestade cerebral. Técnica muito 
utilizada em empresas para resolução de problemas, onde haja necessidade de estimular o pensamento 
criativo.
O criador atua a partir de um pedido explícito, de um problema a ser enfrentado ou uma oportunidade a 
ser aproveitada, pois em publicidade, a ideia pode começar a partir de um produto, sua utilidade ou van-
tagens, mas pode ser encontrada em qualquer outro aspecto, ou mesmo com as dificuldades.
E sobre o tema criatividade existem vários livros, cada um apresentando uma “receita” diferente para 
a criação, porém existem alguns passos básicos que são comuns a todas estas “receitas” e podem ser 
utilizados por quaisquer profissionais da área criativa: 
	 Identificação e conhecimento: ou seja, primeiro identificar qual o problema a ser resolvido, 
questionar qual a solução viável, pois a resposta à esta pergunta é a chave para a resolução do proble-
ma. E em seguida levantar todas as informações sobre a situação, ou seja, se preparar para resolver o 
problema;
	 Brainstorm: etapa em que se permite que os pensamentos fluam, e se busca no repertório pes-
soal possíveis soluções para o problema já identificado, por isto é comum nas agências existirem vários 
exemplares de anuários e revistas de publicidade do mundo todo, para tentar sempre abrir as referências, 
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buscando inspiração nas artes, no folclore, na cultura, pois o criador trabalha na busca por uma aborda-
gem criativa para o público-alvo. 
Alguns profissionais pensam melhor quando andam em parques, em ruas, etc, e se houver uma pesquisa 
pronta, deve ser lida com atenção voltada as expressões das pessoas, por isto muitas vezes em algumas 
agências de publicidade se junta o planejador e criador para os primeiros insights, pois estarão juntos, os 
que conhecem as estratégias estabelecidas, os que transformam o posicionamento dado pelo planejador 
em peças publicitárias, e estas podem ser criadas por analogia ou por oposição (liso como o espelho, o 
branco oposto do preto), pois uma ideia muito simples pode adquirir grande interesse, contrastando ou 
opondo ao seu tema.
	 Elaboração: é a fase prática da criação, é operacionalizar a ideia e testar se realmente funciona 
ou não. Como se sabe, a criatividade não é ferramenta exclusiva da publicidade, e os inventores já utili-
zavam estas fases do processo criativo para criarem seus inventos. E nesta etapa da elaboração muitos 
inventores passavam meses, anos a fio, em suas tentativas para que seus inventos dessem certo, e a 
perseverança e persistência são qualidades necessárias para este passo da criação.
	 Comprovação ou Verificação: último passo, porém não menos importante, pois é nele que 
se testa e comprova o funcionamento da ideia, se faz a correção dos erros. Assim como na elaboração, 
é importante que hajam repetidas tentativas para que a verificação seja plena, inclusive mapeando as 
diversas possibilidades de correção dos erros.
Porém, não existe um processo criativo igual ao outro, pois cada situação problema será diferente e exi-
girá do criador um olhar diferente para cada solução ou possibilidade de solução encontrada.
Mas e a criação da mensagem como funciona?É simplesmente imaginar e ela chega pronta?
Para muitas pessoas, ao se deparar com uma mensagem publicitária, julga que foi criada de uma só vez, 
ou já surgiu pronta na mente do criador. Pode até acontecer, pois a mente humana é sempre um território 
surpreendente, mas a criatividade é um processo ordenado que tem lugar dentro da mente e tende a 
obedecer a uma metodologia.
Afinal, criatividade também pode ser definida como o ato mental de desestruturar a realidade e reestrutu-
rá-la de outras maneiras, o ato de unir duas coisas que nunca haviam sido unidas e tirar daí uma terceira 
coisa, ou simplesmente a técnica de resolver problemas.
VOCê sABIA?
Insight: termo em inglês que significa clareza de ideias, iluminação repentina sobre determinado tema ou 
solução de problema de maneira súbita.
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Em geral o processo criativo em publicidade segue as seguintes etapas:
	 Fatos principais: um resumo dos dados do briefing, e alguns elementos a mais que a área de 
criação considerar importante para orientar o trabalho criativo, como o contexto do produto no mercado e 
características do comportamento de compra do consumidor;
	 Objetivos publicitários: o que se deseja atingir com a mensagem publicitária, onde se quer chegar 
com ela. Já são determinados no briefing;
	 Descrição do público-alvo: caracterização detalhada a quem se deseja dirigir a campanha: sexo, 
faixa etária, comportamento de compra, ocupação, renda, etc;
	 A promessa: este item é um dos mais importantes na estratégia de criação, pois é a escolha do 
atributo do produto que fará o consumidor desejar comprá-lo, que benefício ele enxergará como principal 
vantagem do produto ou serviço. É fundamental olhar com os olhos do consumidor, entender a sua per-
cepção, já que na etapa anterior, este foi caracterizado detalhadamente;
	 A prova: é o argumento de campanha ou a justificativa que comprova a veracidade da promessa. 
Para dar tangibilidade ao argumento, mesmo aqueles mais subjetivos, o criador se utiliza de algumas 
estratégias como inserir o depoimento de uma pessoa que seja influenciador docomportamento do pú-
blico-alvo, uma pessoa famosa ou representativa e o próprio desempenho do produto são algumas das 
maneiras de materializar o argumento.
	 O tom da campanha: é o conceito ou “clima’ que a campanha deseja ter, como ser mais emotiva, 
humorística, alegre ou informativa, por exemplo.
MÍDIA – COMO PREPARAR UM PLANO
Como já foi visto em conteúdos anteriores, a área de mídia da agência define os veículos de comunicação 
mais adequados para que a mensagem chegue ao público-alvo. 
Tem uma grande responsabilidade, pois é esta área que direciona a verba publicitária para os meios 
de divulgação escolhidos, e hoje num mercado cada vez mais competitivo, enganos não são permiti-
dos. É nesta área que todas as ideias da criação criam “vida”, pois ganham os espaços publicitários e 
são materializados em filmes, anúncios eletrônicos ou impressos, outdoors e tantas outras formas de 
comunicação em nossos dias.
O principal papel do profissional de mídia é a elaboração de um plano que atenda os objetivos e es-
tratégias de marketing estabelecidos pelo cliente anunciante, bem como, os objetivos de comunicação 
posicionados para a campanha pelo planejamento, mas sem perder de vista a adequação dos veículos 
com o objetivo de levar a mensagem adequada ao público-alvo, na intensidade certa e no momento mais 
adequado, e com a verba disponível.
A Mídia precisa pesquisar bastante, e estar sempre bem informado sobre as novas formas de divulgação 
de mensagens, pois as verbas são destinadas a partir de cálculos bem minuciosos e com critérios pré-es-
tabelecidos, mas também precisa ser muito criativo para convencer o cliente anunciante que as ideias 
traçadas pela criação são viáveis de serem executadas e é possível com a verba determinada.
Ao mesmo tempo em que é uma função operacional, pois entrega as peças aos veículos e determina a 
inserção da mensagem nos mesmos, é estratégica, pois precisa planejar a verba corretamente para que a 
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mensagem chegue ao público correto, no momento adequado, dentro do prazo necessário.
E como parte do seu planejamento, o Mídia utiliza um plano que deve estar pautado nas informações 
coletadas no briefing, nas discussões com o planejamento e no seu envolvimento com a marca anunciante.
Como é estruturado este plano de mídia? 
Na estrutura do plano de mídia devem conter os seguintes itens:
Objetivo de mídia: qual o objetivo da mensagem nos veículos escolhidos;
Estratégia e tática de mídia: onde são descritas as decisões estratégicas tem como base o briefing;
Cronograma de veiculação: prazos e datas para veiculação em cada meio de comunicação escolhido;
Programações: onde são demonstradas as ações específicas do planejamento;
Resultados simulados dos esquemas de veiculação: são projetados os resultados esperados com base nos 
mapas de audiência de cada veículo, pois cada um tem um número médio de público a ser atingido, por 
exemplo: a revista tem um número de assinantes, o jornal de leitores, a TV de expectadores, pois formam 
o conjunto de pessoas que serão atingidas pela mensagem transmitida por aquele veículo.
Mas como os veículos são escolhidos pelo profissional de mídia?
Para definição dos meios é preciso selecionar todas as oportunidades ou formas de contatos capazes de 
levar a mensagem publicitária ao conhecimento do grupo consumidor, por isto vários fatores são levados 
em consideração como público-alvo, objetivos da campanha, estratégias de comunicação, o tipo de men-
sagem e a verba disponível, além de outros fatores.
Os meios são classificados em geral como:
	 Veículos visuais: são feitos para serem vistos ou lidos, como jornal, outdoor, mobiliário urbano 
– placas de sinalização, relógios, marcadores de temperatura, protetor de ponto de ônibus.
	 Veículos auditivos: são feitos para serem ouvidos como rádio e telefone;
	 Veículos audiovisuais: misturam os dois recursos e a mensagem é vista e ouvida ao mesmo 
tempo como é o caso da TV e do cinema;
	 Veículos interativos: são aqueles que além de serem vistos e ouvidos ao mesmo tempo, ainda 
interagem com o público-alvo, ou seja, existe a troca de informação como é o caso da internet e da TV 
digital;
	 Veículos funcionais: também conhecidos como promocionais, pois são criados para um mo-
mento específico, e em geral para promover produtos ou marcas, a exemplo dos brindes, amostras e 
concursos. 
Embora não sejam parte dos veículos de comunicação tradicionais, estes são assim considerados, pois 
transmite a mensagem ao público-alvo, e de acordo com a situação pode sensibilizá-lo de forma mais 
rápida e direta.
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Todos os veículos possuem vantagens e desvantagens, porém o que irá determinar sua utilização é o 
objetivo e o público-alvo a ser alcançado, além dos recursos financeiros disponíveis. 
A cada dia surgem novos meios de divulgação das mensagens, e para que você conheça alguns deles, se-
gue abaixo exemplos de meios considerados não tradicionais ou alternativos e que podem ser utilizados 
para fazer a mensagem chegar ao público-alvo:
	 Mídia aeroportuária: painéis em aeroportos e portos estrategicamente localizados nos espaços 
de maior circulação;
	 Mídia em shoppings: placas e painéis em praças de alimentação ou corredores, e testeiras nas 
cancelas dos estacionamentos são alguns exemplos de aproveitamento dos locais de grande circulação 
de pessoas nos shoppings;
	 Mídia metrô: painéis luminosos ou não localizados dentro dos vagões ou nas estações do metrô;
	 Taxidoor: veiculação através de placas, adesivação nos vidros ou envelopamento completo do 
táxi e que circula em todas as áreas de uma cidade;
	 Pizza Box: mensagens em caixa de pizzas sendo parte integrante ou não de ação promocional, 
pois estas mensagens podem ser destacáveis e colecionáveis como cupons;
	 TV corporativa: canais de TV com conteúdo próprio, nos ambientes de empresas ou comerciais;
	 Mídia elevador: TVs ou painéis localizados dentro de elevadores de prédios comerciais com con-
teúdo próprio;
	 Celular SMS: envio de mensagens rápidas para aparelhos celulares. Neste tipo de divulgação o 
anunciante pode selecionar de maneira direcionada o público-alvo;
Internet: cada vez mais possibilidades de divulgação na internet vão surgindo e hoje além dos sites, hotsi-
tes e links patrocinados, as redes sociais vêm emergindo como formas rápidas, direcionadas, interativas 
e com menor custo, a exemplo do facebook e do instagram.
COMUNICAÇÃO E MARKETING. APREsENTAÇÃO DA CONsTRUÇÃO DO
BRIEfING E DA CAMPANHA PUBLICITÁRIA
Como já foi visto anteriormente, a comunicação e o marketing estão diretamente ligados, pois é através 
desta que o marketing informa ao seu público-alvo o que as empresas, marcas, produtos ou serviços po-
dem oferecer de benefícios e vantagens para atender suas necessidades e desejos.
E o marketing por lidar com este ambiente de incertezas chamado mercado, posiciona a comunicação em 
local estratégico, pois utiliza suas possibilidades e ferramentas para transformar a compra de um produto 
numa experiência inesquecível para o consumidor. Ou seja, as empresas ganham com esta parceria entre 
marketing e comunicação, pois vinculam suas marcas às experiências dos consumidores, o consumidor 
ganha, pois com a comunicação conhece as opções de mercado (os concorrentes), e para as agências de 
publicidade é possibilidade concreta de vida longa.
E para que esta interligação aconteça de maneira harmoniosa e proveitosa para todas as partes envolvi-
das, o briefing é o instrumento que concentra todas as informações essenciais para a elaboração de uma 
boa campanha publicitária, como você já viu no guia anterior.
Este briefing é construído a partir de várias mãos e muitas pesquisas, pois o cliente anunciante tem suas 
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necessidades, o público-alvo consumidor tem suas características e peculiaridades e a agência tem suas 
ideias, visão de soluções, e uma verba específica fornecida pelo cliente, e este por sua vez, deseja os 
melhores resultados pelo menor custo possível. 
Mas como apresentaruma campanha publicitária para uma empresa cliente?
Não existe uma resposta única para esta pergunta, pois são vários aspectos que influenciam numa boa 
apresentação de campanha, e o primeiro deles é saber que não adianta utilizar os recursos mais moder-
nos de apresentação, sem um conteúdo coeso, objetivo e claro.
Também é importante mostrar que a campanha não surgiu do “nada”, existiu um caminho e um contexto 
para cada estratégia de comunicação proposta.
Um recurso bastante adequado é utilizar o próprio briefing fornecido pelo cliente para contextualizar suas 
necessidades, e as soluções propostas, pois estará embasando a campanha a partir de demandas dele e 
não apenas o desejo da agência. E que as informações dele junto com o talento da agência possibilitou 
a chegar no formato apresentado. 
A fundamentação em dados estatísticos sobre o mercado, o segmento de atuação da empresa e os núme-
ros dos concorrentes também fortalecem a defesa da campanha.
E um aspecto tão importante quanto os já citados: demonstre que conhece a empresa, a marca e o produto 
do anunciante, pois demonstra segurança e envolvimento com o negócio do cliente.
PALAVRA fINAL
Chegamos ao final do nosso quarto e último guia de estudos!
Nesta unidade você conheceu um pouco mais sobre estratégias de comunicação, a importância do posi-
cionamento de acordo com o ciclo de vida do produto, estudou como trabalha a criação nas agências de 
publicidade: seus objetivos, características e a construção de mensagem na ótica da promoção do marke-
ting, descobriu detalhes sobre a área de mídia e como preparar um plano e como funciona na prática a 
relação da comunicação com o marketing. 
Espero que você tenha aproveitado os conhecimentos!
Agora indico que faça os exercícios, a leitura do seu livro texto e a leitura complementar (disponível na 
Biblioteca Virtual), e caso ainda reste alguma dúvida não deixe de entrar em contato com o tutor da dis-
ciplina.
Desejo a você muito SUCESSO, pois
“As pessoas que conseguem sucesso neste mundo são as que se levantam e buscam as cir-
cunstâncias que desejam e, se não conseguem encontrá-las, criam essas circunstâncias”.
George Bernard Shaw, dramaturgo irlandês.

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