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Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) aluno¹ tutor² • INTRODUÇÃO As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) são um problema de saúde pública em todo o mundo, incluindo o Brasil. Devido à importância do tema e à necessidade de prevenção dessas doenças é fundamental estudar as causas, os sintomas e as medidas preventivas das DTAs. Essas doenças são transmitidas por alimentos contaminados, seja por bactérias, vírus, parasitas ou toxinas produzidas por esses agentes. O Brasil apresenta índices preocupantes de contaminação alimentar, o que torna o estudo das DTAs no país ainda mais relevantes. Existem alguns fatores que contribuem para o avanço das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), como o aumento de grupos vulneráveis, que são crianças menores de 5 anos, idosos e pacientes imunodeprimidos devido às características do sistema imunobiológico, e o aumento populacional. Além desses fatores, temos também a falta de higiene do ambiente e do manipulador, com a manipulação inadequada, manipuladores com infecções, reaquecimento inadequado de alimentos, entre outros. Devido à maneira incorreta de manipular um alimento tornando assim o alimento um veículo de transmissão de doenças, tendo pelas presenças dos riscos químicos, físicos e biológicos nos alimentos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (BRASIL, 20201) estima que mais de um terço da população, incluindo países desenvolvidos, é acometido por surtos de DTAs. As DTAs podem gerar surtos, que são definidos por aqueles que acontecem, devido à ingestão de um alimento contaminado por duas ou mais pessoas, gerando doença semelhante. Fatores, como a idade, o sexo e a saúde do indivíduo que consome os alimentos contaminados, podem ser determinantes para os aspectos dos sintomas e problemas que poderão manifestar, podendo gerar maiores problemas a pessoas mais debilitadas. O presente trabalho tem como objetivo geral mostrar as principais doenças transmitidas por alimentos e contribuir para que possamos evitar tais doenças. • FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os microrganismos são os principais agentes causadores de contaminação de alimentos, originando as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), que podem levar a infecções gastrointestinais e intoxicação alimentar (FORSYTHE, 2013). As DTAs representam um problema de saúde pública em todo o mundo, afetando milhões de pessoas anualmente. No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 1,8 milhões de casos de DTAs por ano, segundo dados do Ministério da Saúde (BRASIL, 2021). O conhecimento das causas, sintomas e formas de prevenção das DTAS é fundamental para a promoção da saúde pública e para a redução dos riscos de contaminação. A contaminação dos alimentos por microrganismos deteriorantes pode alterar as suas propriedades organolépticas, como cor, odor, sabor e aparência, tornando-os impróprios para o consumo (FORSYTHE, 2013). Dentre os microrganismos mais relevantes e responsáveis por causar doenças transmitidas por alimentos no Brasil, estão a Salmonella, coliformes fecais, Escherichia coli, Staphylococcus, Bacillus cereus, Norovírus e Rotavírus (BRASIL, 2021). É importante ressaltar que a contaminação dos alimentos pode ocorrer em diferentes etapas da produção, desde o cultivo até o consumo, e que a adoção de boas práticas de higiene e segurança alimentar é fundamental para prevenir as DTAs. As DTAs são doenças relacionadas à presença de microrganismos introduzidos nos alimentos durante o processo de produção ou armazenamento. Essas doenças ocorrem quando ingerimos alimentos contaminados por microrganismo ou pela toxina que ele produz (FORSYTHE, 2013). A contaminação pode ocorrer de diversas formas, como por meio de manipulação inadequada dos alimentos, da contaminação cruzada entre alimentos, no uso de água ou ingredientes contaminados, além de outras práticas que não seguem as normas de higiene e segurança alimentar. Os sintomas das DTAs podem variar leves a graves e incluem náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal em todos. Além disso, as DTAs podem afetar pessoas de todas as idades e podem ter consequências graves, especialmente em indivíduos com o sistema imunológico frágeis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Para garantir a segurança dos alimentos e prevenir as DTAs, é necessário abordar a higiene e manipulação dos alimentos em todas as etapas da cadeia produtiva. A segurança de alimentos envolve o controle rigoroso da produção, armazenamento, transporte, manipulação e preparo dos alimentos, garantindo que esses produtos não apresentam risco à saúde do consumidor (ONUKI, 2018). Para isso, é importante que os envolvidos na produção e venda dos alimentos tenham o conhecimento e adotem boas práticas de higiene, segurança e qualidade alimentar, seguindo as normas e legislações vigentes. Além disso, a captação e o treinamento de profissionais que atuam na cadeia produtiva de alimentos também são fundamentais para a prevenção das DTAs e promoção da segurança alimentar. Além de seguir as boas práticas de higiene e segurança alimentar em todas as etapas da cadeia produtiva, é importante enfatizar a importância da higiene pessoal na prevenção das DTAs. Um estudo realizado por Oliveira (2021) destaca que a lavagem das mãos é uma das principais medidas preventivas para evitar a contaminação dos alimentos por microrganismos e toxinas. Todos os envolvidos na manipulação de alimentos devem adotar esse cuidado preventivo geral. Além da lavagem das mãos, também é necessário adotar outras medidas de higiene pessoal, como cortar as unhas, não utilizar adornos como anéis e/ou pulseiras, não pintar as unhas, dentre outras medidas. A conscientização e adoção dessa prática de higiene pessoal são essenciais para prevenir a contaminação dos alimentos e a ocorrência de DTAs. Algumas das medidas preventivas que podem ser adotadas a fim de evitar contaminação são: lavar as mãos regularmente; sempre escolher com segurança os alimentos que serão processados; cozinhar completamente os alimentos; evitar ingerir alimentos de estabelecimentos não inspecionados; lavar e desinfetar os alimentos antes do consumo; usar água potável; proteger os alimentos de insetos roedores; manter todas as superfícies da cozinha limpas. A lavagem das mãos deve seguir um procedimento a fim de garantir uma higienização correta, bem como não contaminá-la. Segundo a Anvisa (ANVISA, 2009, p. 66-67), A lavagem das mãos deve seguir este passo a passo: 1. abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia; 2. aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido, para cobrir toda a superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante); 3. ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si; 4. esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e vice-versa; 5. entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 6. esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem, e vice-versa; 7. esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento circular, e vice-versa; 8. friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa; 9. esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, realizando movimento circular, e vice-versa; 10. enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; 11. secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha. Figura 1- Passo a passo para higienização das mãos. Fonte: Anvisa (2020). Assim, enfatizandoalgumas prevenções para garantir a segurança do consumidor e adotar medidas de manipulação adequadas e tentar minimizar as doenças de origem alimentar. Os manipuladores devem receber treinamentos adequados para aperfeiçoar tanto a higiene pessoal, como a higiene do ambiente e dos alimentos (ALVEZ; UENO, 2010). Ainda sobre a higiene, é importante ressaltar que o local onde os alimentos são preparados deve estar sempre limpo, sendo necessário a adoção de procedimentos de limpeza e desinfecção com frequência. A limpeza deve ser feita com detergentes neutros e desinfetantes, evitando-se a utilização de produtos com cheiro forte e alcalino, que possam contaminar os alimentos (MACHADO, DUTRA e PINTO, 2015). Por fim, a segurança alimentar é uma questão crucial na sociedade atual, uma vez que o consumo de alimentos contaminados pode levar a graves consequências para a saúde humana. Para garantir a segurança alimentar, é necessário adotar medidas preventivas, como a lavagem correta das mãos, a adoção de boas práticas de fabricação, a limpeza constante do ambiente de manipulação de alimentos e entre outras. A conscientização sobre essas medidas é fundamental para a promoção da segurança alimentar e a prevenção das DTAs (OLIVEIRA et al., 2021). 3. METODOLOGIA Neste estudo envolveu uma revisão sistemática da literatura, com o objetivo de identificar estudos sobre doenças transmitidas por alimentos no Brasil. Para a seleção dos artigos, foram utilizadas as bases de dados como os Scopus web of Science, por meio da busca por termos como “doenças transmitidas por alimentos”, “segurança alimentar”, “contaminação de alimentos”, “higiene alimentar”, “microrganismos em alimentos”, dentre outros. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2009 e 2021, em língua portuguesa ou inglesa, e esse que apresentasse informações relevantes sobre a ocorrência e a prevenção de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. Os critérios de inclusão utilizadas foram: artigos que abordassem a ocorrência de DTAs no Brasil; estudos que apresentassem informações sobre os microrganismos mais frequentes associadas às doenças transmitidas por alimentos; pesquisas que discutem as medidas preventivas para evitar a contaminação dos alimentos e as ocorrências de DTAs; e estudos que abordassem a importância da segurança alimentar na prevenção de DTAs. Dessa forma, a metodologia utilizada neste estudo buscou garantir a rigorosidade e a objetividade na seleção dos artigos e análise dos dados, a fim de contribuir para uma melhor compreensão da ocorrência e prevenção de DTAs no Brasil. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante a aplicação de prática da pesquisa, foram encontrados diversos casos de contaminação de alimentos por microrganismos corroborando com a teoria apresentada. Entre os microrganismos identificados nos alimentos contaminados, destacam-se Salmonella, coliformes fecais, Escherichia coli, Staphylococcus, Bacillus cereus, Norovírus e Rotavírus, citados por Brasil (2021). Além disso, verificou-se a importância dos cuidados preventivos, como a lavagem das mãos e a higienização adequada dos intensivos e equipamentos utilizados na produção e na manipulação de alimentos, como definidos por Oliveira (2021) e Onuki (2018). Os resultados obtidos na pesquisa demonstram a necessidade de medidas preventivas e eficazes para garantir a segurança alimentar e prevenção de DTAs. Além disso, evidenciaram a importância da captação dos profissionais envolvidos na produção e manipulação de alimentos, visando à adoção de boas práticas de higiene e prevenção de contaminações. A partir da análise dos resultados e da fundamentação teórica apresentada, tornou-se possível estabelecer diretrizes para a melhoria de qualidade e segurança alimentar, contribuindo para a redução das doenças transmitidas por alimentos no Brasil. Essas contribuições teóricas foram confirmadas pelos resultados da pesquisa, que demonstraram a necessidade de adoção de medidas preventivas e eficazes para garantir a segurança alimentar e prevenir as DTAs. Os dados empíricos reforçam a importância da capacitação dos profissionais envolvidos na produção e manipulação de alimentos, de acordo com Alvez e Ueno (2010). Além disso, os resultados evidenciam a relevância da limpeza constante do ambiente de manipulação de alimentos, em consonância com as informações de Machado, Dutra e Pinto (2015). Em resumo, os resultados da pesquisa corroboram as informações teóricas consultadas, demonstrando a importância das boas práticas de higiene e segurança alimentar para prevenir as DTAs. Os dados obtidos reforçam a necessidade de medidas preventivas, como a lavagem adequada das mãos e a higienização dos utensílios e equipamentos utilizados na produção e manipulação de alimentos. Essas contribuições teóricas e empíricas são fundamentais para a compreensão da ocorrência e prevenção das DTAs, contribuindo para a promoção da segurança alimentar e para a redução dos riscos de contaminação. 5. CONCLUSÃO A presente pesquisa sobre Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) no Brasil proporcionou uma análise das causas, sintomas e medidas preventivas dessas doenças, contribuindo significativamente para a compreensão e conscientização sobre a importância da segurança alimentar. Os resultados obtidos ressaltam a relevância de medidas preventivas, tais como a adoção de boas práticas de higiene, a lavagem correta das mãos, a higienização adequada dos ambientes e equipamentos de manipulação de alimentos, além da capacitação dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva alimentar. Uma das principais contribuições desta pesquisa foi a identificação dos microrganismos mais frequentemente associados às DTAs no Brasil, como a Salmonella, coliformes fecais, Escherichia coli, Staphylococcus, Bacillus cereus, Norovírus e Rotavírus. Essa informação é de extrema importância para orientar ações de controle e prevenção, permitindo um direcionamento mais efetivo dos esforços na promoção da segurança alimentar. Além disso, a pesquisa evidenciou a necessidade de conscientização e treinamento dos manipuladores de alimentos, enfatizando a importância da higiene pessoal, bem como a correta manipulação e armazenamento dos alimentos. A compreensão e adoção de práticas adequadas por parte dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva de alimentos são fundamentais para reduzir os riscos de contaminação e minimizar o impacto das DTAs na saúde pública. Em suma, os resultados desta pesquisa destacam a importância da prevenção das DTAs no Brasil e a necessidade de ações educativas e regulatórias que promovam a segurança alimentar. Reforçando a importância das medidas preventivas e da conscientização da população e dos profissionais envolvidos na manipulação de alimentos. REFERÊNCIAS ALVEZ, M. G.; UENO, M. Avaliação de temperatura e a qualidade sanitária de alimentos servidos nos balcões de distribuição em restaurantes self-service no município de Taubaté, SP, Brasil. Rev. Nutr. v.23, n.4 - Campinas, Sp, Jul/Agos. 2010. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartaz higienização simples das mãos. Disponível em: www.gov.com. Acesso em 15 de março de 2023. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: Higienização das mãos. ANVISA: Brasília, DF, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Transmitidas por Alimentos: causas, sintomas, tratamento e prevenção. 2021. Disponível em: Acesso em: 12 março de 2023. FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. MACHADO, R. L. P., DUTRA, A. de S.; PINTO, M. S. V. Boas práticas de fabricação (BPF). EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Agroindústria de Alimentos: Rio de Janeiro. 2015. OLIVEIRA, S. M. L. deet al. Resgate da valorização da higienização das mãos em tempos de pandemia. Revista Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, [s. l.], v. 25, n. 2, 2021. ONUKI, G. A importância da higiene e manipulação de alimentos. Blog Mayara Vale, 2018. Disponível em: https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/higiene-e-manipulacao- dealimentos/. Acesso em: 10 de março de 2023 http://www.gov.com/ https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/higiene-e-manipulacao-dealimentos/ https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/higiene-e-manipulacao-dealimentos/
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