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Hemorragia Digestiva Baixa

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Maria Eduarda Teixeira
Hemorragia Digestiva Baixa
Ligamento suspensor do duodeno vai formar o ângulo de Treitz, o qual é possível diferenciar hemorragia digestiva alta e baixa.
Hemorragia digestiva alta: melena (sangue coagulado nas fazes), a principal causa é a doença ulcerosa péptica, mas pode ter também varizes de esôfago. 
Hemorragia digestiva baixa (10 -15%): hematoquezia (nem toda hematoquezia é oriunda de HDB, algumas vezes pode ser decorrente por focos de sangramento oriundos da HDA). A principal causa é a doença diverticular do cólon e a segunda principal causa é a angiodisplasia. É mais comum no idoso.
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON:
Mais comum no idoso (>40 anos) paciente idoso com anemia, pensar em HDBMais comum do lado esquerdo, mas os que mais sangram são do direito
Sangramento maciço em 5% dos pacientes origem arterial (retas do cólon)
Tratamento (geralmente, para de forma espontânea): reposição volêmica + intervenção 
Alta chance de novo sangramento
ANGIODISPLASIA COLÔNICA:
Mais comum em idoso (>65 anos) 
Ectasia de pequenos vasos 
Origem venosa 
Mais comum em cólon direito (ceco 45%)
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO HDB:
1) Estabilização hemodinâmica ABCDE
2) EDA + exame proctológico (descartar tumor – reto superior)
3) Colonoscopia (4-12 horas)
4) Angiografia mesentérica seletiva (possível visualizar sangramentos >0,5 a 1 ml/ min)
5) AngioTC (estabilizado, não precisa de preparo) = opção
 Cirurgicamente, é mais difícil identificar o sangramento
 Opção: Cintilografia com hemácias marcadas (detectar sangramentos >0,1 ml/ min mais sensível)
E se tudo falhar? Sangramento localizado na colono colectomia segmentar // Sangramento não localizado colectomia subtotal (alta mortalidade)
Caso tenha poucas horas de sangramento, não é possível basear-se no hematócrito (<35 ou perda de 6%)
Caso não tenha estabilização após reposição de 2L, mesmo com Ht se mantendo, pode determinar que o paciente irá precisar de transfusão sanguínea 
Não esquecer da inspeção e toque retal
Pacientes mais jovens, pensar em doença orificial 
HDB sem outros sintomas, como dor abdominal, pensar em causas vasculares, como angiodisplasia e diverticulose. Caso tenha tido outros sintomas, como dor abdominal e febre,lembrar em colites (doenças inflamatórias) 
Paciente em uso de AG, devem ser suspensos no diagnóstico e retomados após terapêutica.
Aas: não tem indicação de retirada, bem como contactar médico cardiologista.
 
Hemorragia Digestiva Alta
CASO CLÍNICO: paciente de sexo feminino, 19 anos, diagnosticada com síndrome beckith-wiedmann aos 14 anos, a qual evoluiu para cirrose, sendo realizado transplante hepático há 3 anos, diagnosticada com hipertensão portal há 2 anos, já teve episódio de HDA por gastropatia hipertensiva portal há 2 anos diagnosticada pro EDA, além de DRC estádio 3A, sem etiologia bem estabelecida. Faz uso de tracolinos 7 mg 12/12h, micofenolato de mofetila 360/720 mg, warfarin 7,5 mg. Paciente relata episódio de fezes enegrecidas e fétidas há 3 dias, há 2 dias relata 2 episódios de vômitos com sangue vivo em pequena quantidade sem dor abdominal associada. Há 1 dia, relata tontura ao se levantar, associada com palidez com sensação de desmaio com escurecimento de visão e perda de consciência por 20segundos, retornando ao nível de consciência normal. Família associou TCE em queda, sem presença de escoriações ou hematoma local. Na chegada ao hospital, a paciente apresentava PA 98x 56, FC 121, FR 16, SatO2 97% em ar ambiente, perfusão capilar de 3 segundos. Consciente, orientada, descorada, ictérica, desidratada. Equimose em face anterior de MSD, MIE e região torácica lateral esquerda.
Reconhecer o paciente grave: sangramento ativo nos últimos dias com repercussão (síncope), disfunções crônicas.
Manejo sindrômico:

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