Prévia do material em texto
LIGAÇÕES QUÍMICAS PARTE 1I Química Geral Profa. Suse Botelho da Silva Ligação covalente Ligação covalente Ligação entre átomos com alta eletronegatividade. Elementos envolvidos apresentam alta atração por elétrons, deste modo os elétrons ficam atraídos simultaneamente (compartilhados) pelos núcleos dos átomos ligantes. Ligação tipicamente observada entre átomos do grupo dos ametais. Exemplo: CH4 , O2 , HCl Eletronegatividade A energia potencial de dois átomos de hidrogênio a várias distâncias. Fonte: Russel (1994) Entendo o gráfico... A força atrativa que segura dois átomos de hidrogênio juntos formando uma molécula de H2 é devida, em parte, à atração entre cada núcleo e o elétron do outro átomo. À medida que os dois átomos se aproximam, o elétron de cada átomo toma-se cada vez mais atraído pelo núcleo do outro. A força de repulsão que predomina em distâncias internucleares inferiores a 0,074 nm é o resultado de uma repulsão elétrica entre os dois núcleos carregados positivamente e entre os dois elétrons. Em distâncias internucleares inferiores a 0,074 nm, a força repulsiva predomina e conseqüentemente os átomos se repelem. A distância 0,074 nm é denominada distância de ligação ou comprimento de ligação, e é a distância onde as forças atrativas e repulsivas se igualam). Na distância de ligação, os dois elétrons são igualmente compartilhados entre os dois átomos de hidrogênio, ou seja, ambos os núcleos atraem igualmente ambos os elétrons. Esta atração é que constitui a ligação covalente. Representação das nuvens de carga eletrônica numa ligação covalente Os átomos estão bem separados, não há distorção da nuvem eletrônica. Os átomos se aproximam e as nuvens eletrônicas são atraídas por ambos os núcleos, começa ocorrer a distorção das nuvens. Os átomos estão próximos o suficiente para formar a ligação, aumenta a densidade eletrônica entre os núcleos e as nuvens eletrônicas não são mais esféricas. REGRA DO OCTETO Oito elétrons na camada de valência Na ligação covalente, os átomos tendem a completar seus octetos pelo compartilhamento de elétrons. Exemplo: Tipos de ligações covalentes Ligação covalente simples –apenas um par de elétrons é Ligação covalente dupla - dois pares de elétrons compartilhados Ligação covalente tripla –três pares de elétrons compartilhados. Orientações para a montagem da Estrutura da Molécula Determinar o número de elétrons que cada elemento apresenta na camada de valência. Representar cada elemento utilizando a estrutura de Lewis; Identificar o átomo central (aquele que terá ao seu redor os demais átomos. ◦ Via de regra, o átomo central é aquele que apresenta atomicidade, é menos eletronegativo, tem tamanho maior para acomodar os elétrons de outros átomos ou que pode formar várias ligações. Estabelecer as ligações covalentes entre o átomo central e os demais átomos, respeitando a regra do octeto. Orientações para a montagem da Estrutura da Molécula Exemplo: OF2 (Fluoreto de Oxigênio) Número de elétrons que cada elemento na camada de valência. Representação de cada elemento pelas estruturas de Lewis; Identificar o átomo central (menos eletronegativo), neste caso é o O (oxigênio) Ligações covalentes entre o átomo central e os demais átomos (regra do octeto.) Polaridade da ligações covalentes • Ligações apolares – formada por dois átomos iguais e que, portanto, apresentam a mesma eletronegatividade. - O par de elétrons é igualmente atraído pelos dois núcleos dos átomos ligantes. Exemplos: N2 , O2 , H2 • Ligações polares – formada por átomos de elementos químicos diferentes e, portanto, apresentam diferentes eletronegatividades. O par de elétrons estará mais próximo do átomo mais eletronegativo e, consequentemente, a molécula apresentará um dipolo positivo e um dipolo negativo. Exemplos: HCl, NH3 , H2O. Observação: quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre os átomos ligantes, mais distorcida estará a nuvem eletrônica Polaridade das ligações covalentes Polaridade da Molécula IMPORTANTE: O fato de uma ligação química covalente ser polar não significa que, necessariamente, a molécula seja polar. Dependendo do arranjo espacial da molécula, pode ocorrer uma compensação de cargas e a molécula tornar-se apolar. •Moléculas diatômicas – ◦ constituídas um único elemento químico, serão apolares; ◦ constituídas elementos químicos distintos serão polares. Polaridade da Molécula Moléculas lineares – ◦ simétricas em relação ao átomo central serão apolares; ◦ assimétricas, serão polares. Polaridade da Molécula Moléculas angulares – em geral são moléculas polares, pois os vetores de momento dipolar não se anulam. Polaridade da Molécula Moléculas com geometria trigonal plana– ◦ simétricas em relação ao átomo central, serão apolares; ◦ do contrário, serão polares. Polaridade da Molécula Moléculas com geometria pirâmide trigonal e tetraédrica ◦ – se forem simétricas em relação ao átomo central, serão apolares; caso contrário, serão polares. FORÇAS INTERMOLECULARES Os compostos moleculares (covalentes) quando estão no estado sólido ou líquido têm suas moléculas unidas por meio de interações intermoleculares. Quanto mais fortes forem tais interações, mais difícil será separar essas moléculas (PF e PE mais elevados). Durante as mudanças de estado da matéria ocorre somente um afastamento ou uma aproximação das moléculas, ou seja, forças moleculares são rompidas ou formadas. Forças intermoleculares têm origem eletrônica: surgem de uma atração eletrostática entre nuvens de elétrons e núcleos atômicos. FORÇAS INTERMOLECULARES São fracas, se comparadas às ligações covalentes ou iônicas. FORÇAS INTERMOLECULARES Íon-dipolo – íons são dissolvidos em solvente polares (água, amônia líquida, álcool). Ex. NaCℓ em água. Neste caso, a parte ligeiramente mais negativa da molécula de água (O) é atraída pelo cátion (Na+), enquanto a parte ligeiramente mais positiva da molécula (H) é atraída pelos ânions (Cℓ-). FORÇAS INTERMOLECULARES Dipolo-dipolo - entre moléculas polares que não possuem hidrogênio ligado aos elementos mais eletronegativos (F, O, N). Interação entre o dipolo negativo de uma molécula com o dipolo positivo da outra. Essa interação é mais forte, quanto mais polar for a ligação na molécula. Ex. Exemplos: Entre HCℓ, HBr, HI. FORÇAS INTERMOLECULARES London - entre moléculas apolares. Essa interação é muito fraca e, por isso, moléculas apolares de baixa massa molar são gasosas na temperatura ambiente. Torna-se mais expressiva quanto mais volumosa for a molécula. Exemplos: Entre moléculas de I 2 , O 2 , N 2 , Br 2 . FORÇAS INTERMOLECULARES Ligação de Hidrogênio - ocorre quando a molécula apresenta ligação entre o hidrogênio e elementos muito eletronegativos, tais como N, F, O. Trata-se de uma das interações mais fortes entre moléculas. O átomo de hidrogênio de uma molécula (dipolo positivo) interage com o átomo de F, N ou O (dipolo negativo) da outra molécula. As ligações de hidrogênio são responsáveis pela estrutura de moléculas proteicas. FORÇAS INTERMOLECULARES Ligação de Hidrogênio Por exemplo, um átomo de hidrogênio (receptor de elétrons) pode atuar como uma “ponte” entre dois átomosde oxigênio (doador de elétrons), ligando-se a um deles por ligação covalente e ao outro por forças eletrostáticas. Ligação Metálica Ligação Metálica Para entender a natureza da ligação metálica - exemplo um cristal de lítio metálico. 3 Li: 1s2 2s1 2p0 1 elétron de valência 3 orbitais “p” vazios na camada de valência * Baixa afinidade pelos elétrons Os elétrons de vários átomos de lítio do cristal possam se mover, passando de orbital em orbital. O modelo da ligação metálica admite que os átomos que constituem o metal estão na forma de cátions imersos em um mar de elétrons livres. Ligação Metálica EXPLICA: • Maleabilidade e ductibilidade – quando um pedaço de metal sofre uma tensão, ele se deforma porque o mar de elétrons livres se rearranja em torno dos cátions, impedindo o rompimento do cristal. A adição de traços de carbono, de fósforo ou de enxofre nessa estrutura transforma um metal relativamente mole e maleável em um sólido duro e quebradiço (por exemplo, o aço); • Condutividade térmica e elétrica – a existência de elétrons livres permite que, quando submetidos a uma diferença de potencial, forme-se corrente elétrica. Da mesma forma, quando aquecemos um pedaço de metal, seus elétrons que estão mais próximos da fonte de calor aumentam sua energia cinética e, como estão livres, conseguem transmitir essa energia para todo o retículo cristalino rapidamente.