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RESUMO – BIOLOGIA MOLECULAR APLICADA Técnicas de biologia molecular utilizados no diagnóstico genômico: Amplificação: PCR e eletroforese, PCR-RFLP, PCR em tempo real, PCR digital, sequenciamento. Hibridização: captura híbrida, southern blot, hibridização em tiras, hibridização in situ, microarranjo. 1- PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) • É uma técnica que permite gerar, em um mesmo tubo de ensaio, bilhões de cópias de determinada sequência de DNA de interesse (técnica de amplificação in vitro). • Reação cíclica: produtos de um ciclo são substratos para o ciclo seguinte. • Processo termodinâmico e enzimático. • DNA é separado em fitas simples pela helicase que quebra as ligações de hidrogênio, a primase sintetiza pequenos fragmentos de RNA iniciadores (primers), a DNA polimerase utiliza a cadeia de DNA de fita simples como molde para síntese de uma cadeia complementar. • A PCR é conduzida em um pequeno tubo de plástico contendo: DNA polimerase termoestável, nucleosídeos trifosfatados (ATP, TTP, CTP, GTP), a amostra de DNA a ser amplificada, par de primers específicos, íons de magnésio (Mg+2) - cofator enzimático, tampão (solução para manutenção do pH) e água. • Temperatura de Melting: temperatura na qual metade das cadeias encontram dissociadas. (Tm é diretamente proporcional ao conteúdo de citosina e guanina – possuem ligação tripla) • Desnaturação inicial: 100°C por 1 minuto - 95°C por 2-5 minutos (artigo) - o calor é capaz de quebrar as ligações de hidrogênio entre as cadeias complementares. Converte fita dupla em fita simples. • Desnaturação: 98°C por 30 segundos - 95°C por 30 segundos (artigo) • Anelamento (primer): 50-60°C por 30 segundos – a redução da temperatura possibilita que os dois primers se anelem por meio da complementariedade, delimitando precisamente a região que será amplificada. • Cálculo de temperatura de anelamento: T = (4.CG + 2.AT) • Primers não devem ter uma diferença grande de temperatura de anelamento (4°C). • Polimerização (taq polimerase): 72°C por 30 segundos – o aumento da temperatura gera uma condição ideal para atividade da enzima DNA polimerase que sintetizará uma nota fita de DNA utilizando os primers como ponto de partida e os nucleosídeos trifosfatados para formar as novas cadeias. • Ao final de 30 a 40 ciclos são produzidas bilhões de cópias da sequência-alvo de DNA. • No final de todo o processo, o amplicon pode ser analisado por meio de eletroforese em gel de agarose. • Aplicações: diagnóstico de doenças genéticas, infecciosas e câncer, evidência forense e perfil genético, biotecnologia agrícola. • Limitações: custo dos reagentes e equipamentos, condições específicas para cada reação. Contaminação (falsos positivos) e falsos resultados negativos. • Fatores que influenciam o resultado: concentração dos reagentes (Mg, primers, DNA), curva de temperatura de anelamento. • Altas concentrações de primers geram bandas inespecíficas, curva de temperatura de anelamento. • Excesso de magnésio pode inibir a reação. 2- ELETROFORESE • A visualização da PCR é possível majoritariamente na fase platô. • Separação do DNA, RNA ou proteína de acordo com tamanho do fragmento. • Diferença de potencial elétrico (polo positivo e negativo) - migração de um polo para o outro. • Material para eletroforese: matriz de gel (poroso semelhante a gelatina) - poliacrilamida (proteínas e DNA), agarose (DNA e RNA). Campo elétrico (migração do DNA, RNA e proteína). • A escolha da matriz depende do tamannho dos fragmentos analisados • Agarose: separa fragmentos de tamanhos distantes 100-3000 pb. • Poliacrilamida: maior resolução, separa fragmentos com até 1 pb de diferença. • A agarose não é solúvel em temperatura ambiente e precisa ser aquecida e resfriada para formação do gel - gelificação. • A porcentagem utilizada é medida em peso/volume. • Concentração de agarose: quanto mais fechada/concentrada a malha, mais resistência os fragmentos sofrem e mais separados ficam. • Solução tampão é utilizada para solubilizar a agarose - mantém pH estável, maior força iônica (carrega mais corrente que a água). • Etapas: • 1- Preparo do gel de agarose - solubilização da agarose no tampão, adição de um intercalante de DNA (moléculas que se inserem entre os pares de bases do DNA). • Intercalantes de DNA: Absorvem luz em um comprimento de onda e emitem em um comprimento maior – brometo de etídio: intercalante muito utilizado para visualização do DNA, excitação em luz UV, emissão em luz laranja/vermelho - corante. • 2- Preparo da amostra: Amostra + gel-loading buffer – aumenta a densidade e da cor a amostra. • Fatores que influenciam a eletroforese: concentração de brometo de etídio no gel, voltagem e tipo de tampão de eletroforese aplicada. • Fotodocumentador – luz UV - análise da corrida. • Analisa de baixo para cima. • DNA migra – para +. 3- PCR-RFLP • Enzimas de restrição: enzimas bacterianas que reconhecem a dupla hélice e clivam em sítios de restrição. • Cada enzima possui um sítio de restrição específico. • Reconhece sequencias palindrômicas. • Aplicações das enzimas de restrição: mapas de restrição, geração de fragmentos para clonagem, fragmentação do DNA – Southern blotting, geração de fragmentos para uso como sonda molecular, detecção de SNPs. • Transversão: troca de purina – purina ou pirimidina – pirimidina • Transição: troca de purina – pirimidina ou pirimidina – purina. • O primer precisa começar com C ou G e a mutação não pode ficar no meio. • AA a enzima não cliva. 4- PCR em tempo real • Master mix: mistura de todos os reagentes que se utiliza na PCR convencional (primers, íons). • Sistema baseado na detecção e quantificação de um sinal fluorescente - conversão do sinal fluorescente em valor numérico para cada amostra – permite constante detecção e monitoramento dos produtos de amplificação durante toda corrida. • Possui controle positivo e controle negativo. • Como o produto de PCR aumenta a cada ciclo, a fluorescência aumenta proporcionalmente. • Sem amplificação - os produtos começam a ser degradados • qPCR • Depende do tipo de molécula - • DNA: Detecção/quantificações de patógenos, detecção de mutações (SNP, CNV), alterações da cromatina (metilação). • Polimorfismo – consequências: variabilidade genética - raça, altura, susceptibilidade às infecções/doenças complexas/genotóxicos, metabolismo de fármacos, marcadores genéticos. • A maioria é polimorfismo de um único nucleotídeo (SNP). • 2/3 são substituições de C por T. • Polimorfismo na região promotora: proteína expressa + lenta. • Nos éxons: pode alterar a função, estabilidade. • Nos íntrons: geralmente perde a função - proteína truncada. • Genotipagem: 1° anela sonda – 2 sondas, uma para cada alelo. Se anelar em um G e depois no A, o indivíduo é GA. 5- EXPRESSÃO GÊNICA • Utiliza como matriz o mRNA - é pequeno e só possui uma fita e por isso é “difícil de trabalhar” • Retira a matriz de onde o gene é expresso – biopsia. • Mais etapas do que quando a matriz é DNA – precisa fazer um DNA desse RNA, por ser pequeno não dá pra fazer PCR. • Primer desenhado para a sequência do RNA: método trizol e coluna de sílica são os mais utilizados. • RNA - instável, manipulação difícil, qualquer coisa degrada o RNA. • cDNA – a enzima transcriptase reversa sintetiza um DNA a partir de um molde – utiliza mRNA como molde para síntese. • Alguns genes são expressos de forma diferente em diferentes fases do desenvolvimento humano. • Classificação: constitutivos – expressos em todas as células, essenciais para manutenção da vida, proteínas estruturais, envolvidas em processos básicos como geração de energia/replicação e manutenção do material genético - regulados – alvo do diagnóstico, se está expresso o indivíduo está infectado. • Expressão gênica - controleendógeno “housekeeping” (controle necessário para avaliar se o PCR está sendo feito de forma correta): corrige variações relacionadas a quantidade de tecido utilizada na extração (produto inicial), eficiência de extração em tecidos diferentes, eficiência da transcriptase reversa e degradação do RNA. • Principais controles endógenos/genes constitutivos: GAPDH, beta-actina, 18S. • RT-PCR: os reagentes são os mesmos que a PCR, os primers são desenhados a partir do mRNA. • Se na eletroforese não tem nada, mas tem no grupo controle, significa que aquele gene não é expresso. • PCR em tempo real – menos ciclos, maior concentração.
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