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Compliance: avanço rápido reflete nova mentalidade Entrevista com Sidney Ito Elaborado por Prof. Adão Ladeira. Pontos de interesse abordados: I. Abrangência do Compliance. O Compliance abrange todos os departamentos e atividades de uma companhia e envolve desde as regras impostas pelas agências reguladoras do governo até as regras ambientais. O que mostra a importância da aplicação das técnicas e princípios, que podem influenciar uma grande gama de fatores. II. Importância de programas efetivos. Não adianta elaborar códigos e criar um programa formal, é preciso colocar as ideias na prática, com os meios adequados. A questão é como você consegue ser efetivo na atividade do Compliance, para isso, os primeiros componentes a se preocupar são a ética e a conduta. Você pode ter o melhor plano no papel, mas na prática ele não vingará se a ética e a conduta não estiverem enraizadas na missão e nos valores da empresa. Nesse sentido, o sistema de Compliance e do gerenciamento de risco é apoiado sobre o tripé: ética e conduta da empresa; políticas e procedimentos estruturados para comunicar que o programa existe e é praticado; e, por último, um sistema eficaz de punição. III. Etapas evolutivas do programa em um contexto social. Existem fatores que afetam a opção pelo Compliance em determinada sociedade e/ou empresa. Primeiro, adota-se o programa por medo de punição, após as práticas são realizadas por costume, por serem usuais e por fim o método é aplicado pelo reconhecimento de seus benefícios. Hoje, no Brasil, a maioria das empresas está preocupada em seguir as regras porque sabem que podem ser punidos. E essa punição chega até a pessoa física, causa grandes prejuízos e pode acabar com a imagem de uma empresa. Mas vai chegar um momento no qual o Compliance será parte natural do negócio. IV. Vantagens competitivas. É possível notar uma série de vantagens competitivas, como: a redução dos custos; o controle melhor do negócio; a eliminação de riscos; maior participação internacional e comercialização mais forte no exterior; atração de investidores (devido à estrutura e segurança do Compliance); proteção da imagem da empresa. V. Importância do engajamento da alta direção. A primeira providência para a avaliação de um programa de Compliance existente ou para a inauguração de um novo, é investigar se a alta direção, o conselho de administração também está incluído e empenhado no projeto. Isso porque, quando a questão de ética e conduta não é uma preocupação do conselho, este acaba empurrando os problemas para a diretoria, sem grandes questionamentos, quando o conselho se preocupa, ele cobra ética e conduta da diretoria, que passa a cobrar dos gestores e assim por diante. Ao dar o exemplo você consegue exigir o funcionamento correto do sistema e punir os que não seguirem. VI. Passos para implantação de um programa de Compliance. Por fim, Ito apresenta um passo a passo simplificado, para implantação de um programa eficaz: 1. Reunir as informações pertinentes; 2. Entender as políticas da empresa; 3. Elaborar um código de ética e conduta; 4. Desenvolver um treinamento sobre o tema; 5. Realizar um inventário de todas as leis e regulamentos a serem seguidos; 6. Promover o monitoramento; 7. Criar um comitê de auditoria;
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