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escolas de interpretação ESCOLA DA EXEGESE (FRANÇA): -Para essa escola a totalidade do direito se encontra na lei escrita. -Defendia que a função específica do jurista deveria estar alinhada com rigor absoluto ao texto legal e revelar o seu sentido. -A única fonte do direito é a lei e tudo que estiver estabelecido na lei é direito -havia a idolatria da lei, idolatria do cc francês e do código de Napoleão. -Tipo de interpretação= LITERAL. -A função do intérprete e do julgador era uma função mecânica de lógica dedutiva. -Só existia o direito positivo. -Onipotência do legislador -Interpretação da lei fundada na intenção do legislador. -Respeito pelo princípio da autoridade. -Ao aplicar a lei de modo dedutivo, os juízes aplicariam a vontade do próprio povo, nela materializada. * Em síntese, a Escola Exegética pregava o culto à lei e afirmava que o Código Napoleônico poderia resolver qualquer caso presente ou futuro da vida cotidiana. A exegese contribui fortemente para a sedimentação do estado moderno, e seus reflexos chegaram até o ordenamento jurídico brasileiro apesar de não ter dado origem ao Princípio da Legalidade, ajudou a fortalecer o mesmo ao colocar a lei como completa e imutável, idolatrando-a, o que provocou a propagação do positivismo jurídico. MOVIMENTO PANDECTISTA (ALEMANHA): -Diferente da frança -A crença do legalismo defendida na frança dependia de um pressuposto:o território de um povo deveria estar unificado em torno de um Estado -Entretanto na época a Alemanha estava dividida em vários reinos, logo não havia um único parlamento para materializar a vontade de todos alemãs, nem reduzir o seu direito a uma única legislação. - Tinha uma atitude exegética em relação ao Corpus Iuris Civilis -Tinham como ponto de partida os textos de direito romano (só as fontes romanas importavam) -tinham como vontade usar o direito romano como fonte do direito alemão -criou a TEORIA DO DIREITO, uma releitura do direito romano. ESCOLA ANALITICA (INGLATERRA): - John Austin criticou o casuísmo do Common Law e recomendou a adoção de processos lógico-analíticos na interpretação e aplicação do direito costumeiro. *Com o passar do tempo foi se tornando necessário adequar a lei a novas circunstâncias, em razão do processo evolutivo das nações, pela ciência moderna…* ESCOLA HISTÓRICA (ALEMANHA): -conjunto de pensadores alemães que questionam fundamentos da Escola da Exegese. -criticou o Jusnaturalismo Iluminista, que concebia o direito como algo imutável, universal, independente do espaço e tempo, e oriundo da razão humana. -expressava a necessidade da criação de um Código Civil alemão que fosse geral e unitário. - Savigny defendia que o Direito estava ligado ao espírito do povo, por isso não havia a possibilidade de criação de criação de uma legislação abstrata, quando o verdadeiro Direito deveria ser desenvolvido a partir do direito romano vigente na época dos costumes. -O direito não é um fenômeno imutável e universal, mas sim uma produção histórica e que expressa individualidades próprias. -vínculo entre o Direito e as correntes sociais, econômicas, intelectuais e políticas -o Direito serve à sociedade e mostra-se fruto da mesma. COMMON LAW CIVIL LAW: Esse é o sistema adotado no Brasil, de uma legislação escrita e totalmente codificada , para prever possíveis formas de reparação em caso de descumprimento da norma. ● Codificação das leis e da Constituição Federal que visa proteger os indivíduos; ● A separação entre os poderes garantindo, dessa forma, maior independência da justiça ● Direito escrito e proveniente das leis e regulamentos; ● Há certa influência, mas não preponderância dos precedentes judiciários. Isso quer dizer que, a lei escrita possui maior peso do que as jurisprudências dos tribunais; ● Formulações de regras jurídicas gerais; COMMON LAW: Diferentemente do sistema do civil law, ele não possui sua base em normas codificadas, mas sim em costumes e precedentes, não havendo um código que regulamenta a aplicação da lei mas sim jurisprudências que são utilizadas como referências para julgamento.As reuniões de tais sentenças formam os precedentes judiciais e esses, posteriormente, formam orientações para o julgamento de futuros casos levados ao poder judiciário. Dentro do sistema Common Law, as disputas se resolvem por meio da apresentação ode argumentos e provas. As partes que integram o caso apresentam seus argumentos perante um julgador neutro. Este juiz avalia o que foi levado a ele e baseia sua decisão em uma sentença já antes tomada pelo tribunal. ● Decisões baseadas em julgados anteriores; ● Jurisprudências possuem maior peso no julgamento de um caso do que a lei propriamente dita; ● Direito não escrito ou parcialmente escrito; ● Aplicação baseada em princípios. REALISMO JURIDICO: *É o conjunto de correntes doutrinárias da filosofia do direito que entendem o sistema jurídico como fato, distanciando-se da metafísica e de visões mais idealistas do direito, entendem a decisão judicial como a verdadeira forma de determinação do direito. -se desenvolveu nos EUA e países escandinavos, com formulações teóricas diferentes -o fato que vem a ser a referência do realismo é a decisão judicial -o direito é aquilo que os tribunais fazem e não o que se espera que eles façam ESTADOS UNIDOS> Lá o realismo começou a ser mais discutido na primeira metade do século XX,passando a centralizar o estudo do direito na atuação do juiz, considerando o direito aplicado concretamente – e não a moral, a justiça ou as normas jurídicas. "direito é o que o juiz diz que é" A ciência do direito deve se ocupar de duas grandes questões: a)o que o juiz decide em determinado caso, e o que ele irá decidir em uma situação sobre a qual ele ainda não se pronunciou? Para o realismo, a regra jurídica assume seu sentido apenas e tão somente no momento em que ela é interpretada pelo juiz, sendo este, então, o agente criador do direito. A norma é apenas uma referência a partir da qual o juiz, em face de um caso concreto, irá dizer o que é o direito. O dever ser, para os realistas, é indiferente. O direito é feito de ser, de fatos concretos e de decisões, e especulações a respeito de como determinado caso deveria ser julgado, Vale lembrar que esta teoria foi desenvolvida nos Estados Unidos, onde o sistema jurídico é de common law, a constituição é rígida e principiológica e o juízes são eleitos. Tal sistema de common law dá ênfase, portanto, às decisões judiciais como formadoras de leading cases (precedentes), em vez de leis codificadas (civil law). Se, por um lado, o realismo jurídico rejeita a definição de direito pela norma jurídica (positivismo jurídico), também a rejeita pela moral (moralismo jurídico). ESCANDINAVO> Desenvolveu principalmente na Suécia. Diferenciando-se da versão norte-americana, este realismo pode ser visto como uma corrente doutrinária voltada ao estudo de conceitos jurídicos fundamentais, bem como do conjunto de comportamentos e posturas emocionais dos destinatários do direito. Para Olivecrona, por exemplo, a obrigatoriedade do direito é produto da fantasia, superstições e crenças. Essa "força obrigatória do direito" não é um fato, pois não tem lugar "no mundo real, o mundo do tempo e do espaço" e seria apenas uma ideia da mente humana.] Propôs que o conceito de validade jurídica dependerá do que é efetivamente concretizado pelo juiz, mas também admitia que existem regras pré-definidas que vinculam o juiz. Em outras palavras, seria impossível afirmar que todo o sistema jurídico é apenas o que é afirmado pelos juízes em suas tomadas de decisões, pois existem algumas regras (como, por exemplo, as regras de competência) que definem as condições mínimas para permitir que a decisão seja proferida. HANS KELSEN-TEORIA PURA DO DIREITO: Para kelsen eram 4 as pretensões da teoria: Generalidade: Kelsen tinha a intenção de lançar uma teoria que pudesse mostrar as características do direito positivo em geral, afastando-se das explicações para sistemas jurídicos particulares.Descritividade: Kelsen quer mostrar como o direito é, afastando-se do que deveria ser. Pureza: Kelsen pretendia explicar fenômenos jurídicos a partir do direito. A pretensão pura de Kelsen, não significa dizer que o direito não sofre influências externas, pois ele sofre. O que Kelsen transmite com essa pretensão é que não se estuda o jurídico a partir do não jurídico. Autonomia: o direito não é derivado e nem depende de nenhuma outra ciência. Ideias de kelsen: Objetividade: Deve-se ater às características do objeto, deixando convicções e preferências de lado. Neutralidade: No conhecimento e aplicação do Direito, é necessário focar no que o Direito é, de modo neutro e imparcial, abstendo-se de “achismos” e o avaliando tal como ele é. Ato jurídico de kelsen: Fato, originado de uma conduta humana Sentido do fato, sua significação jurídica sob a ótica do Direito. O Sentido Jurídico do fato pode ser dividido em: Sentido Jurídico Subjetivo: concepção que o agente tem sobre o fato alicerçado em suas próprias crenças. Sentido Jurídico Objetivo: Sentido que a própria norma atribui ao fato. Exemplo de Kelsen: um grupo de indivíduos sequestra um indivíduo por ter cometido suposto crime. O próprio grupo julga, sentencia o indivíduo à pena de morte e executa a sentença (Sentido Jurídico Subjetivo). O grupo cometeu os crimes de sequestro e homicídio (Sentido Jurídico Objetivo). Para Kelsen, o sentido relevante é o sentido jurídico objetivo. Para que servem as Normas? A Norma serve para interpretar uma conduta humana (fato) e sua significação jurídica objetiva. A norma irá descrever o que pode ser que aconteça e quais os sentidos jurídicos provenientes. Exemplo: Código Civil Fato: Jovem completou 18 anos de idade Sentido Jurídico do fato: O jovem adquiriu a capacidade civil plena Funções da Norma: Autorizar: Dar o poder para que se tome certa atitude Permitir: Prover garantia para que faça ou não faça Obrigar: Obrigação de fazer Proibir: Obrigação de não fazer O que é o Direito para Kelsen? É um composto formado por ordem social, normativa, de conduta e coativa: Ordem de Conduta: o Direito sempre vai regular uma conduta humana Ordem Social: o Direito só se preocupa em regular uma conduta se esta afetar outrem Ordem Coativa: há indicação de sanções para cada conduta Ordem Normativa: o Direito é composto por normas que regulam as condutas humanas. Sanção Jurídica: é negativa (castigo), imanente (sanção aplicada por autoridade humana e aplica nessa vida), exterior (incide sobre o corpo) e organizada Principal Função da Sanção: Função de indicar que determinada conduta é obrigatória Função Secundária: Através do medo, motivar a obediência.
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