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1 Gabi Vieira MED FipGBI 02/2023 PERGUNTA: Tipos de dismenorreia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento. RESPOSTA: Dismenorreia: é caracterizada como uma dor na pelve que surge no primeiro dia do período menstrual e desaparece quando acaba o fluxo, se for fisiológico, ou mantem em casos patológicos. É dividida em primária e secundária: Primária: chamada também de dismenorreia funcional. É caracterizada por uma dor menstrual sem doença pélvica associada, e que de forma geral, surge como uma cólica na região hipogástrica/suprapúbica no início do fluxo menstrual e perdura por 48 a 72 horas, sem piora progressiva dos sintomas. A dor irradia para a região lombossacra ou face anterior da coxa, e pode gerar diarreia, náuseas, vômitos e cefaleia. Não há sintomas álgicos fora do período menstrual, e nem lesões orgânicas, sendo, portanto, justificada por condições endócrinas, psicogênicas ou relacionada à prostaglandina. O tratamento é base de uso de AINH, que inibe a produção da prostaglandina e alivia dor, sendo que o mais recomendado é o inibidor seletivo (meloxicam, celecoxib), por reduzir o risco de hemorragia (reduzem o fluxo menstrual em 30 a 50%) e não causa gastrite. O uso fontes de calor na região abdominal inferior pode aliviar bastante, e o uso de contraceptivos orais reduzem os sintomas. Secundária: o que diferencia, é a menstruação dolorosa que vai estar relacionada a uma doença base, e a dor surge de 1 a 2 semanas antes do fluxo e persiste até alguns dias após o fim do sangramento, podendo apresentar progressividade. Os sinais clínicos sugestivos são a dispareunia, sangramento uterino anormal, disúria, infertilidade e eventuais anormalidades no exame físico. O quadro surge anos após a menarca, sendo mais comum em mulheres com mais de 25 anos, e as causas mais prováveis são endometriose, leiomiomas, doença inflamatória pélvica (DIP), adenimiose, pólipos endometriais e obstrução do fluxo menstrual. O tratamento pode ser feito com AINEs e contraceptivos orais para melhora dos sintomas de dor, mas infelizmente, nem sempre isso resolve a causa base, que deve ser corrigida para melhora definitiva do quadro. Esse tratamento pode variar entre cirurgias, como no caso de endometriose ou miomas. 2 Gabi Vieira MED FipGBI 02/2023 REFERÊNCIAS: (USAR NORMAS ABNT) BEREK, Jonathan S. BereK & Novak: tratado de ginecologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogen Ed, 2008. ALVES, Thais Piola et al. Dismenorreia: diagnóstico e tratamento. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 7, n. 2, p. 1-12, 2016. Disponível em: https://revista.faema.edu.br/index.php/Revista- FAEMA/article/view/425/418. Acesso em: 15 de ago. de 2023.
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