Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NP2 PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA 
A OBRA FUNDADORA DE LUDWING BINSWANGER: 
Aparecimento do ''Ser e tempo'' em 1927. - Surge aí uma nova definição 
compreendido como Dasein e Ser- -mundo. no 
 Porém, Binswanger decidiu usar o termo ''Daseinsanálise''.
Conhece na França p texto ''Sonho e existência''. 
Nasceu dia 13 de abril de 1881 em uma família de Psiquiatras. 
Daseinsanálise Binswangeriana se caracteriza em oposição a psicanálise. 
 Se afasta da psicanálise após ter contato com as obras de Husserl.
Dizia que, um fenômeno que desde sempre pareceu dever a se submeter às 
interpretações, esse fenômeno é o sonho. 
 Isso atesta o quanto o homem sabe pouco das coisas de si mesmo e está
submetido as forças que ele não controla. - Trata-se da análise
fenomenológica dos sonhos.
 Para ele o sonho é uma possibilidade para o sonhador, o sonho revela o
mundo espacial e temporal peculiar ao sonhador.
Traumdeutung freudiana se ater a conteúdos manifestos do sonho. –
Binswanger afirma que o sonho, tudo somado, é uma modalidade particular do ser 
humano. 
 Descobriu a relação entre o espaço, a tonalidade afetiva e o corpo.
 Tonalidade afetiva: sempre me abro para o mundo e para o outro a partir de
uma disposição afetiva: esperançosa, temerosa, otimista, pessimista, triste,
alegre, depressiva, indiferente...
 O espaço do Dasein, do existente, se articula, por oposição ao espaço
estendido e mensurável da ciência.
 C orpo reidad e: Corpo Físico.
Para a Psicopatologia não é suficiente se referir ao espaço geométrico, importa 
mais levar em conta o espaço físico e o espaço corporal. 
Na Daseinsanálise, entende-se, que toda experiencia ser interpretada e decifrada. 
O conceito principal é o dasein, ser-ai lançado no mundo. 
Da filosofia Fenomenológica herda noções como: 
 Intencionalidade (Quando olha determinado objeto e atribui valores e o
nomeia ).
 Ser-no -m undo.
E campos de aplicação: 
 Consciência, corporeidade, espaço e tempo, mundo, etc.
Os existenciais: 
- Medo, temporalidade, espacialidade (ideia de finitude, etc...).
Se r-no -mundo (se dando em...).
 Mundo próprio;
 Mundo compartilhado;
 Mundo ao redor (Mundo da circunvizinhança).
A singularidade aparece nos modos de ser- -mundo: no 
 Próprio/Impróprio.
 Projeto (consciência da própria finitude de vida).
 Impseidade (ideia de uma singularidade que contempla tudo, algo que
articula, identidade ampliada, ser único, singular).
Tempo ralida de : eu vivo no presente com noção de passado e futuro, tudo isso no 
agora. A temporalidade é um acontecimento ATUAL, passado como já-sido e futuro 
como-ainda-não. 
Binswanger foi o primeiro psiquiatra a se interessar pela fenomenologia, e 
buscou compreender a constituição do mundo do paciente. Paciente como Dasein, 
o que significa que o homem e mundo são indissociáveis, e que a patologia é o
modo de ser no mundo.
Binswanger fala também de “espaço afinado”, e foi graças a Heidegger que ele 
descobriu a relação entre o espaço, a tonalidade afetiva e o corpo. 
LINHAS DE TRABALHOS DASEINSANALÍTICO: 
Compreensão da história de vida do paciente em sua singularidade como reflexão 
da estrutura total do ser- -mundo. no 
Auto compreensão do paciente numa comunicação natural com o analista 
existencial. 
O paciente como parceiro e não objeto para si (más é um parceiro de compreensão 
e reflexão). 
Convoca-lo parra uma nova estruturação / sonho como modo particular do ser- -no 
mundo. 
 Sonho é um modo particular do sujeito de ser-no - m undo.
 Não compartilhado com o mundo, porque é consigo mesmo.
Recusa a visão entre elementos psíquicos e corporal, pois, considerava o ser 
humano como uma existência em sua história de vida. 
Cada psicótico tem sua expressão através de seu caráter singular. 
Cada psicose tem suas características de experiencias vividas. 
 Uma especificidade psicótica.
Elemento antropológico, experiencia vivida de cada um, um caráter de singularidade 
do indivíduo. 
Estuda-se as experenciais vividas da psicose para trata-la e entende-la. 
O paciente é a tradução (interpretação) de seu próprio sofrimento, tradução esta 
que cabe a nós entender. 
 Descrição fenomenológica da história de vida do sujeito.
REVIRAVOLTA FENOMENOLÓGICA DE BINWANGER: 
Volta a Husserl. 
Já não faz mais referência a uma fenomenologia descritiva nem antropológica. 
Nos últimos livros, interessa-se não mais em descrever o mundo maníaco e 
melancólico, como numa fenomenologia antropológica do tempo vivido. Ao final da 
busca, encontra-se na identificação e compreensão das falhas estruturais dp dasein 
nas psicoses. 
 Nos estudos sobre mania e melancolia.
Compreende a constituição particular dos mundos psicóticos, esquizofrênicos, 
melancólicos e maníacos. 
3 FASES DE BINSWANGER 
Daseinsanálise - tentar compreender e descrever a experiência humana. 
CONCEITO DE ESPACIALIDADE 
 Espaço afinado, como se estivesse num lugar, lugar de conforto, experencias
de vivencias e espacialidade que leva a segurança e conforto.
A mania é entendida como uma falha da apresentação temporal em que o 
relaxamento temporal no maníaco ocorre de forma inversa em relação a melancolia. 
 A melancolia caracteriza-se por acentuada depressão, desgostos,
muitas das vezes com inibição motora e ideia de autodestruição que
podem levar ao suicídio.
 A mania caracteriza-se por excitação eufórica do humor e agitação
mo tora. O Maníaco pode distorcer a realidade de modo a não enxergar
os riscos e perigos embutidos em suas ações.
DIFERENÇA ENTRE MANIA E MELANCOLIA 
O melancólico se encontra preso ao seu passado. 
Já o maníaco preso no seu presente, experiencia um constante agora, não 
consegue viver o seu presente. 
Heidegger – Usava a fenomenologia (Daseinsanálise) para explicar a busca do ser. 
 Relação da morte, do ser- -mundo, etc.no 
Já Husserl Estava preocupado com os ''atos de consciência'', intencionalidade, –
etc. Não está preocupado com a existência, morte, etc. 
Binswanger - é quase um recuo, ao se voltar as ideias de Husserl que está 
interessado ao estado de consciência, exemplo: psicótico. 
Contribuição de Binswanger pegar da fenomenologia de Husserl e fazer dela uma –
prática de saúde mental. E também, estudos sobre psicoses, manias, uma análise 
sobre esses conceitos na visão fenomenológica. 
A DESEINSANALYSE DE MERDARD BOSS: 
Nasceu dia 4 de outubro de 1903 na Suíça, onde cresceu e formou-se em Medicina 
no ano de 1928 na Universidade de Zurique. 
Boss entra em contato com a Psicopatologia Fenomenológica de Binswanger na 
Clínica Psiquiátrica Burghlzli. 
Por intermédio dos estudos de Binswanger que Boss entra em contato com as 
ideias de Heidegger - ''Ser e tempo''. 
1938 – 1948 Participa de grupo de estudos com Carl Jung entra em contato com –
outras críticas à Metapsicologia freudiana. 
Construção de uma psicologia, uma psicopatologia fenomenológica. 
B oss - é a partir dele que a Daseinsanályse passa a ser uma análise da psicologia. 
Boss menciona que o mundo do Dasein é um ''Mundo Compartilhado''. 
Dizia que era preciso desenvolver uma disciplina que demonstre os fenômenos 
existenciais comprováveis do D asein. 
É trabalhar com o saudável que foi possível compreender o fenômeno doença. 
 Doença como expressão do Dasein (interrupção, impedimento de expressão
do Dasein, etc).
Como é que eu olho para o fenômeno suspendendo minhas concepções? 
 Para entender tal fenômeno, é preciso olhar para ele sem estabelecer uma
generalização a priori (futuro) que me afasta da compreensão do mesmo.
 É enxergar a singularidade daquele fenômeno, do que está condensado no
agora, para entende-lo.
Nenhuma Patologia é igual a outra, pois, quando você vai atender um paciente que 
têm tal transtorno, sempre vai ser algo novo a experenciar diferente do outro que 
possua a mesma doença. É verificar como esse fenômeno aparece. 
Para entender o Dasein, é preciso desvendar os mundos compartilhados. 
Sempre pensaro dasein em relação. 
A experiência de cada um acontece de forma singular mesmo estando no mesmo 
espaço onde estão outros. - Ou seja, numa sala de aula, pode-se apresentar o 
mesmo fenômeno a todos, más cada um vai interpretar e compreender de acordo 
com sua experiencia singular. 
Existencial de Boss (ser-com-o-outro) é central na sua obra. 
Expressão do fenômeno numa psicoterapia se dá através da ''fala'' (narração). 
Ser para a Morte (ideia de finitude). 
Com base nos existenciais ser-com-o-outro, entende-se a existência humana como 
uma abertura estendida e transparente, tanto no sentido temporal, quanto espacial. 
 A essência do existir humano é ser está ''clareira'' que consiste um pode
''ver'', experenciar o que vêm ao seu encontro.
Ontico: ''Ente. 
Ontológico: ''Ser (Dasein)''. 
TE R APIA: todo tratamento que liberte daquilo que aprisiona. 
A ironia é uma das formas mais covardes de expressar o que se sente. 
 “...Todos os sintomas patológicos corporais e os chamados psíquicos são
sempre privações (de algo que nos é importante) e podem ser
compreendidos como reduções de possibilidade de entender uma coisa em
toda a sua amplitude e riqueza de conteúdo...”.
Quando encontro uma resposta, explicação, ficamos em paz. O psicólogo deve ter 
paciência para as dúvidas, para as respostas não obtidas. 
 Portanto, não limita explicações de ordem causal e origem, mas o
esclarecimento da natureza existencial.
Muitas vezes interpretamos, e tiramos a chance de a pessoa vivenciar e descobrir 
os significados para ele mesmo. - Podemos auxiliar com a forma de fazer 
perguntas, estar aberto, entre outras técnicas. 
 “Toda ação humana é motivada por conta de algo reconhecido pela pessoa
em questão, e este reconhecimento acontece no estar enganado de uma
pessoa, por algum fenômeno que é endereçado a ela”.
É porque nós, seres humanos, existimos de tal modo que nosso presente se 
encontra sempre comprometido com nosso passado (o que aconteceu vai se 
repetir? Ao falar sobre o que aconteceu comigo, eu ressignifico). 
 A maneira como vemos o que foi e o que é agora está sempre relacionado
com o modo como estamos dirigidos ao futuro” (o que faço agora é sempre
voltado ao que vai acontecer depois).
Estender a mão é uma parceria onde a própria pessoa fará as descobertas, nós 
apontamos os riscos e a decisão é dela. Se dermos o caminho, tiramos a 
condição humana de pensar sobre si. O processo terapêutico gera uma 
dependência temporária, pois a pessoa descobre alguém que o escuta, e depois os 
laços se estendem quando a pessoa se torna responsável pelo que faz. 
NOSSO DESAFIO: 
-Dedicar-se na compreensão e estudo da teoria.
-Colocar-se aberto a própria experiência de estudar a Fenomenologia: “ser junto...
Permanecer junto”. Não basta só ler, tenho que estar junto da leitura e ter tempo 
para refletir. 
-Um compartilhar de experiências. Cuidados com os exemplos pessoais para não se
perder nisso. - O desenvolvimento de uma prática.
-Uma mudança de paradigmas utilizados na prática do aprendizado: aplicar a partir
de uma referência.
-Adotar uma concepção própria do conhecimento e não a encaixar em algo já
aprendido. Em algum momento do processo, temos que refletir o que pensamos
sobre as coisas, não basta apenas reproduzir autores e sim usar a intuição.
-Busca do sentido através do vivido (experiência que vem à tona).
-Sentido : valores, conceitos, percepção que tenho sobre as coisas.
-Dar a mão é compreensão através da ação (parceria).
A prática clínica: Compreensão e Ação na Clínica Fenomenológica:
- Conceito de Compreensão, para que isto ocorra suspendo concepções e–
visões prévias acerca dos fenômenos e depois Epoché, um olhar que não é do
senso comum, más a sua intensão se constitui em compreender com o paciente.
 Não é somente um entendimento cognitivo, é ressaltado a compreensão para
além do senso comum.
- Conceito de Ação (Hannah) - Pensar a compreensão do paciente no seu Dasein,
no seu mundo.
 Ideia da tentativa de dar alguma resposta ao sujeito, mesmo que não seja
este o objetivo da fenomenologia.
 Esse movimento permite a compreensão do sofrimento e da dor.
 Intensão de se aprofundar na vida prática da pessoa.
 Fundamenta toda uma construção ligada as relações humanas.
 Condição Humana pensa muito a ideia do exercício da política como –
cuidado, cuidar do mundo, do país, da cidade, das pessoas, etc.
 Cuidar das coisas do mundo (Cuidar Amoroso).
Círculo Hermenêutico: Estudo e aprofundamento dos fenômenos. 
O '' A í'' do (ser-aí) significa ''aqui''. 
Para se entender um fenômeno, é preciso um movimento circular em torno dele 
para se dar sua compreensão. - Quando um paciente faz o seu relato, é preciso 
sempre um movimento circular, um olhar novo aos mesmos fenômenos que se abre 
para a nossa compreensão. - Sair da zona de conforto para entender o fenômeno, 
olhar para ele com uma certa abertura, um olhar para além das coisas concretas. 
O Fenômeno só acontece no espaço de abertura (cl arei ra). Na clínica o espaço que 
se dá é entre o psicólogo e o paciente. - Tal abertura permite um olhar circundante 
nos fenômenos que são desvelados no momento (clareira + círculo Hermenêutico). 
Isso deve acontecer no tempo do cliente, basta paciência na escuta, não cabe a 
nós pressioná-lo. 
Sentido: Aquilo que se pode articular na compreensão. - A partir do sentido que algo 
se torna compreendido. - O sentido que aparece no relato do paciente é 
fundamental para compreensão do fenômeno, sendo este, a possibilidade de o 
paciente compreender seu modo de ser- -mundo. no 
Eichmann em Jerusalém: 
O mal se dá de modo cotidiano. 
Conceito de operador do sistema (aquele que cumprem ordens por mais terríveis 
que sejam, exemplo, os nazistas). 
Para superar a maldade, somente através de uma consciência ética, de uma 
reflexão. 
A Fenomenologia não pode ser entendida como mais uma teoria de aplicação, 
pois, ela não é um conjunto de ferramentas com intuito de dar conclusões e 
verdades prévias (Metafisica). 
C lareira: Abertura na medida que você é lançado ao mundo, condição de abertura 
para o mundo. - Só é possível entender o indivíduo no seu ''estar lançado no 
mundo''. - Quando essa abertura não se dá, há uma interrupção, seja doença ou 
outras coisas, aí não é possível uma compreensão por não estar aberto. - O analista 
deve estar lançado no mundo do paciente. 
Todo ente já está compreendido, exemplo: Cadeira, Mesa, etc... matéria as quais 
quando olho já atribuo valor e significado. 
-Cuidado com a escuta apressada. Ela pode te tornar cego, surdo e mudo.
-Compreensão com a expressão e os sentidos.
Ajudar o paciente a ganhar sua própria liberdade de pensar, sentir e agir (vai fazer o 
que é bom para ele, arcando com as consequências). -Caminhar lado a lado. 
O temor nos leva ao receio da perda de controle. O temor pode configurar o 
rompimento com o valor que se legítima. Gera desconforto e a sensação de 
aniquilamento, e de perda do controle, ameaça à própria existência. Há momentos 
que é negativo e há momentos que é importante para proteção. 
A não-liberdade - Condição originária do fracasso, da dificuldade de 
enfrentamento: a condição de não-ser (impedido do uso da liberdade). 
A angústia - Nos coloca diante da nossa vulnerabilidade, porque ficamos uma 
situação que não queríamos estar. -O ser cotidiano busca a fuga de sua falta de 
apropriação de sua existência. - Buscamos a alienação do que nos é próprio: a 
morte um dia. A vulnerabilidade, fuga é uma maneira de lidarmos com o que não 
conseguimos evitar (morte). -No poder-ser temos a morte como certa. A relação 
própria do homem com a morte abre espaço para que ele se conquiste na sua 
totalidade. 
A terapia - Inicia-se com as tonalidades afetivas do desabrigo do paciente e do ser 
lançado do terapeuta. O terapeuta também é lançado numa condição de 
vulnerabilidade por não saber com quem está ligado, como vai ocorrer,tudo é 
indeterminado. 
O tempo - “Somos devorados pelo tempo, não por nele vivermos, mas por
acreditarmos na realidade do tempo”. Ter consciência de que ele acaba. “A terapia - 
funci ona?”, “Quanto tempo leva?”. - Quem faz pressão sobre nós é a vida moderna. 
Noção de tempo - Nós criamos o tempo que o tempo é. Ele nos coloca em situação 
de vulnerabilidade. - O tempo é extensão e criação da realidade humana: criamos o 
tempo, mas não o determinamos. - Ao mesmo tempo em que é noção condição, nos 
coloca em condição de impermanência, de impropriedade. - O tempo representa a 
construção do homem, diante da impropriedade, diante da impotência, diante do 
limite, diante da morte. - Nossa tendência: negar o tempo, querer controlar a 
i mpermanênci a . 
O presente é o momento de ação imediata. Está conectado ao que já fomos e ao 
que seremos. - Não há separação entre passado e presente. - O futuro se relaciona 
com o passado e presente. - O que dá realmente movimento à temporalidade do ser 
é sentido da trajetória atribuída, o quanto aquilo faz sentido e é importante para nós. 
Na clínica: 
Na Clínica, trabalhar o conceito de compreensão além do senso comum. 
O Dasein denomina o modo de ser no mundo do sujeito. Está situado no tempo e 
espaço, sua existência só se dá no mundo. Só é possível compreende-lo no tempo 
e no mundo, no aqui e agora. 
No decorrer dos relatos, desvelamentos do paciente e psicólogo, permite-se a 
aproximação da realidade e seu modo de ser-no -mundo. - Buscar liberar o paciente 
para a compreensão de si e para ele mesmo aproximar-se do seu modo de existir. 
Para Hannah, você faz trabalho de compreensão e depois passa ao pensamento 
racional (um entendimento apreensível da realidade, uma ação imediata como um 
setting rever sua relação com aquilo que te traz medo). –
 Compreensão (Reflexão) - Paciente e terapeuta.
 Pensamento (Ação) - Paciente. - Essa ação só acontece após a
compreensão e analise do pensamento.
A repetição dos fenômenos se constitui na não compreensão do mesmo, é isso 
causa angustia. - O homem existe no automatismo de início e nas maiores partes 
das vezes em sua ocupação cotidiana sem se dar conta restringe-se ao –
surgimento de um novo modo de ser. 
Relação Clínica e o Manejo na Clínica fenomenológica: 
A fenomenologia não trabalha com a prática prescritiva que esta, tem o intuito de 
resolver ou curar um problema. 
A maioria das Clínicas psicológicas tem um caráter prescritivo (de cura), más não é 
este o objetivo da fenomenologia. Pois, o caráter prescritivo é aquele que diz: faça 
isso, faça aquilo, tome tal remédio, para chegar um tal resultado adequando, 
considerado ''normal'' ao padrão de vida. 
 A prescrição leva o paciente a um modo adequado de se viver que já está
dado aí fora. Seria retomar o caminho correto. (Crítica).
Quando não conseguimos se adequar ao modo de viver, isso pode causar dor, 
sofrimento e também angústia. 
 Toda vez que se foge desse caminho, se é considerado anormal, inadequado
ou patológico.
Já nascemos com a vida em prescrição, então, não cabe a nós profissionais tentar 
levar o cliente a uma tal adequação, pois, a vida já exige isto dele. 
 Cabe a nós leva-los a tematizar e compreender as impropriedades na sua
vida, propriedades estas que o leva a sentir culpa, fracasso e sofrimento. Na
análise é possível se aprofundar nestas questões.
Para evitar sentimentos negativos. Muitas das vezes caímos na impropriedade a fim 
de evita-los. 
A so lidã o é tomada como algo que deve ser evitado, considerado inadequado. 
 Exige-se que este vazio seja preenchido de alguma forma, por exemplo:
tecnologias, trabalhos excessivos, etc. Tudo isso para preencher esse
espaço de vazio e solidão que o ocupa.
 É trabalho dá fenomenologia romper com essa ideia pejorativa de silencio e
vazio que parece não poder ser vivido.
O sentimento de inadequação pode estar na prescrição de que, para a mulher ser 
completa, precisa de um homem ao seu lado. 
A fragilidade ontológica leva o dasein a busca de estabilidade no mundo, algo que já 
está dado, pronto e prescrito, via identidade que o sustenta. 
Nadidade – sentimento de nada esse sentimento de nada nos leva a busca de –
algo que nos completa, exemplo: drogas, trabalhos, etc. Fuga do nada, experiência 
do tédio. 
 O nosso trabalho consiste no enfrentamento desses empasses através de
análise e compreensão.
 É preciso voltar-se ao permanente originário para aparecer as possibilidades
de aparição dos fenômenos que ficaram obscuros pelas determinações.
A queixa de solidão torna-se mais presentes na vida das mulheres do que na vida 
de homens, más estes também sofrem com a solidão. 
Nosso trabalho é não fazer uma leitura mecanicista do sofrimento do paciente. 
Para entendermos tudo isso, inicialmente, vamos buscar a gênese daquilo que 
encontramos nas queixas de solidão. Vamos buscar nos gregos antigos o sentido 
original daquilo que pretendemos discutir, ou seja, a constituição do fenômeno. Ao 
proceder uma análise de como se cristalizou ao longo do tempo, podemos 
compreender o que ocorre hoje. 
A clínica infantil: 
-Como assumir uma atitude fenomenológica em uma clínica infantil, suspendendo
qualquer teoria de Psicologia? Queremos dar nome as coisas, mas temos que
descobrir o sentido das coisas através do vivido.
-Como atender com crianças à máxima da análise existencial de deixar o outro livre
para si mesma?
-Como é possível, no caso da criança, junto ao outro dar um passo atrás e deixar
que este outro assuma a responsabilidade ou tutela pelas suas próprias escolhas?
Como dar esse espaço à criança, acreditando que ela não sabe nada? Temos que
aprender a construir com a criança o próprio destino dela.
-Podemos falar de responsabilidade na criança já que esta, em sua fragilidade e
vulnerabilidade, não pode tutelar a si mesmo? Temos que propiciar momentos em
que ela pode tutelar a si mesma, de acordo com sua idade e seu desenvolvimento.
Postura diante da queixa: 
-Postura natural: rotular, classificar. Traz o diagnóstico, o fenômeno desaparece e
dá lugar a uma configuração já dada, o adulto assume a tutela da criança.
-Postura antinatural: não fazer generalizações e previsões a respeito da queixa.
Acompanha o fenômeno em sua mobilidade estrutural (quem é a pessoa, por que
agiu assim, por que isso é importante para ela, quais as emoções), devolver à
criança o seu ter de ser, o seu cuidado, evitar a contaminação com o que foi
previamente trazido (não ficar preso a primeira queixa, mas sim estar aberto à
criança).
Nossa meta: Resgatar, conhecer o fenômeno e sua singularidade. - Evitar a 
profecia auto realizadora: a criança acreditar que não cabe a ela a responsabilidade 
de sua existência (tira a responsabilidade da criança de dizer quem é). - Evitar a 
promoção do medo é solidão (se fizer isso, vai acontecer aquilo). - Possibilitar à 
criança a sua entrega a si mesma, permanecendo o mais longo possível em sua 
condição, voltada para si mesma. 
O que é comum acontecer? A presença de pressupostos: da Psicologia, do senso 
comum e problemas do psiquismo ou condição biológica. 
RELAÇÕES AFETIVA NA ''ERA'' DA TÉCNICA E O TRABALHO NA CLÍNICA: 
A angústia frente a necessidade de controle e segurança nos relacionamentos 
enquanto possibilidades de sentido que compõem o horizonte histórico do homem 
moderno. 
Papel da psicoterapia nesse contexto. 
 Ajustamento x Meditação.
Hera da Técnica: Ideia de sucesso. 
 Sucesso no amor, na vida profissional, etc....
 Seu estar no mundo projetando o sucesso e não a tristeza/derrota.
Refugiar-se da sensação de que minha vida é ruim, tédio, vazio e solidão. 
A solidão é vista como uma incompetência na era da técnica. Isso é internalizado, 
causando angustia e sofrimento. 
Para tudo existe uma técnica para lidar com a vida (era da técnica) para não se 
tornar insuficiente. - Esse buscar se torna inautêntico. 
A psicologia também no seu campo, muitas das vezestêm o seu olhar instrumental 
de resolução dos paradigmas existentes. - Um ser substancializado, objeto, um 
aparelho psíquico. 
Vivemos uma era da técnica a qual somos influenciados por ela. 
A dimensão instrumental impede uma reflexão fenomenológica das coisas. 
Ajustamento (Técnica) x Meditação (Reflexão). 
2 ESTAR SÓ: 
Para a fenomenologia o estar só pode ser bom, no sentido de um espaço para 
reflexão dos relacionamentos, da vida existencial. 
Outro tipo de solidão, é aquela por experiencia angustiada de não conseguir ter 
ninguém, sofrer por estar só. Porque somos seres de relação e de cuidado. 
Ocup ação: Cuidar dos entes, dos objetos. (Hoje o que mais acontece é tratar o 
outro como objeto, para satisfação dos seus desejos). 
 Na ocupação, se o outro não me satisfazer, não me fazer feliz, machuco,
agrido ou descarto (abandono namoro, relacionamento...).
Pré-Oc up aç ão : cuidar e amar o outro. 
O homem é essencialmente necessitado de ajuda e cuidado, por estar sempre em 
perigo de se perder, de não conseguir lidar consigo. Este perigo é ligado à liberdade 
do homem. Toda a questão do poder-ser-doente está ligada à imperfeição de sua 
essência. Toda doença é uma perda de liberdade, uma limitação de possibilidade de 
viver 
ASSI. ANDERSON GOUVEIA - PSICOLOGIA UNIP 7° SEMESTRE DE 2018 
	NP2 PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA _ Passei Direto
	22

Mais conteúdos dessa disciplina