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Oclusão julia - UP Anatomofisiologi� d� ATM Característica� ⇨ Sinovial: móvel (líquido) ⇨ Bilateral: mandíbula móvel, mas temporal fixo ⇨ Interdependente: movimentos simultâneos, para lados diferentes Peculiaridade� ⇨ cabeça da mandíbula cresce na superfície ⇨ composta por dois ossos (temporal e mandibular) ⇨ disco articular impede o contato dos dois ossos ⇨ movimentos de rotação e translação associados ⇨ impulsos proprioceptivos (dentes e estruturas dentais) Rotaçã� ⇨ Cabeça da mandíbula não sai do lugar Translaçã� ⇨ Cabeça se move para a iminência mandibular ⇨ Movimento de dobradiço em um plano ⇨ Articulação ginglimoidal ⇨ Movimento de deslizamento ⇨ Articulação artrodial = articulação ginglioartrodial Componente� ⇨ Faces ósseas (fossa temporal e cabeça da mandíbula ⇨ Cartilagem articular - superfície articular: externa (tecido conj. denso vascular); intermediária (células indiferenciadas); interna (fibrocartilagem, resistência à compressão) - Espessura variável: mais espessa, mais impacto (vertente anterior da cabeça e vertente posterior da eminência) ⇨ Disco Articular - Placa de fibrocartilagem (não regenera) - Movimento de translação e rotação - Prende-se a mandíbula pelos polos laterais e mediais - Parte central delgada e parte posterior espessa - Periferia prende-se a cápsula articular - Localizado entre superfícies articulares: supredical e infradiscal - Maior eminência (longa) maior a espessa borda posterior do disco - Funções - regulariza discrepância anatômica - amortece choques - promove a movimentação suave da ATM ⇨ Borda anterior: fusão com a cápsula + contato com os feixes do músculo pterigóideo lateral - Mantém o disco na posição anterior - esticamento do disco s/ movimentação - previne retenção e deslocamento ⇨ Coxim retrodiscal: tecido conj. frouxo, rico em fibras elásticas, vascularizado e inervado - flexível (movimento de translação) ⇨ Cápsula articular: tecido conj. frouxo, inervada e vascularizada - movimento ATM ⇨ Membrana sinovial - reveste internamente a cápsula - liquido viscoso, nutritivo e lubrificante - ácido hialurônico: reduz fricção e melhora movimentos - não recebe o disco Ligament� ⇨ Temporomandibular - cobre a superfície da cápsula - origem: processo zigomático do osso temporal - inserção: colo da mandíbula - ligamento suspensório da mandíbula - fibras profundas: limita movimentos retrativos da mandíbula e evita compressões das estruturas atrás da cabeça da mandíbula ⇨ Acessórios - localizadas longe da ATM e não movimenta - estilomandibular e esfenomandibular Fundament� d� Oclusã� ⇨ Oclusão = obstrução, fechamento - Na odontologia: relacionamento fisiológico entre a arcada superior e inferior nas diversas posições ocupadas pela mandíbula durante os momentos estáticos e dinâmicos ⇨ Os elementos dentários entram em oclusão durante a fala, mastigação e deglutição Fatore� d� Oclusã� ⇨ Formato dos arcos dentários: formatos distintos, dependentes do processo de desenvolvimento ósseo, fator genético e fatores externos como a respiração e língua hipertônica a) arco parabólico: onde o segmento anterior apresenta-se curvado e os posteriores com leve divergência b) arco: triangular: o segmento anterior é bastante estreito e os posteriores com divergência proeminente c) arco ovóide: com relativa curvatura do segmento anterior e com leve convergência dos segmentos posteriores d) arcos quadrados: apresentam um segmento anterior praticamente reto, com segmentos posteriores paralelos ⇨ Relação interdental: dos dentes com os elementos adjacentes e antagonistas - posicionamento do dente em um arco é determinado pela musculatura perioral que o envolve - Músculos do lábio e bochecha promovem uma vertente de força no sentido vestíbulo-lingual - Músculos da língua promovem uma vertente de força no sentido oposto - Forças com intensidades equivalentes o arco apresenta espaço adequado, chamado posição nula - Discrepâncias dessas forças determinarão o deslocamento dessa posição, determinando a vestibularização ou lingualização do dente - Posição dentária também é determinada pelos contatos proximais, o contato com os dentes adjacentes permitem que os dentes não se desloquem no sentido disto-mesial - Na ausência do dente, os dentes adjacentes distalmente do espaço edêntulo tendem a sofrer uma inclinação mesial - Os pontos de contato auxiliam na manutenção da saúde periodontal, na formação da papila interdental e na coesão do sorriso - A posição cérvico-oclusal é determinada pelo contato com dente antagonista, na ausência dele, o dente sofre extrusão, provocando um aumento no comprimento cérvico-oclusal da coroa clínica ⇨ Relação Dente e Arco: relação espacial - Plano oclusal: linha imaginária, da superfície oclusal do último molar inferior até a borda incisal do incisivo central (instalação de braquetes) - Plano é reto, porém os arcos apresentam curvatura = mais contato dentais ⇨ Curvas de compensação: a) Spee: linha que une borda incisal dos dentes anteriores inferiores com as pontas das cúspides vestibulares dos dentes posteriores = ondulação no sentido ântero-posterior. Manutenção dela é importante para os movimentos protrusivos da mandíbula b) Wilson: linha que une bilateralmente as cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores inferiores. Manutenção dela é importante para os movimentos de lateralidade ⇨ Relação interarcos: relação do arco superior e inferior a) Trespasse vertical: quanto os incisivos superiores cobrem os inferiores (normal, aumentado ou negativo) b) Trespasse horizontal: distanciamento ântero-posterior entre os incisivos superiores e inferiores - 2 mm (prognatismo) c) Máxima intercuspidação habitual (MIH): posição mandibular com o máximo de contatos d) Relação Cêntrica (RC): posição mandibular determinada pela posição do côndilo dentro da fossa, onde se encontra mais superior e anterior - Oclusão adotada em casos de reabilitação de desdentados - Independente de contatos dentários - ORC, é a posição onde o côndilo e os dentes estão encostando e) Dimensões Verticais - De oclusão: distância da base do nariz à base do mento no momento de oclusão (DVO) - Vertical de repouso: distância da base do nariz à base do mento no momento de repouso f) Espaço Funcional Livre: espaço entre os arcos determinado para realizar funções (fala, mastigação e deglutição) - 1,5 a 3 mm - Diferença entre a dimensão vertical de oclusão com a dimensão vertical de repouso Oclusã� Idea� ⇨ Relacionamento intermaxilar 5 Fatore� 1) Posição Articular - RC: determinada pelo conjunto musculoesquelético - em que o côndilo se encontre na posição superoanterior na fossa, apoiado na vertente posterior da eminência articular e com disco interposto - MIH: determinada pelos máximo de contatos simultâneos e bilaterais dos dentes posteriores, com leve contato dos anteriores - RC x MIH: quando o côndilo está na posição mais superoanterior, os contatos dentais encontram-se em máxima intercuspidação, de forma simultânea e bilateral 2) Contatos dentais - influência na posição mandibular - discrepância de contatos, a mandíbula é desviada no intuito de encontrar uma posição mais estável = sobrecarregar sistema - Contato simultâneo e bilateral nos dentes posteriores permite distribuição das cargas oclusais (afeta preservação do dente) - cargas oclusais são dissipadas pelo ligamento periodontal = amortecedor - Para que o ligamento funcione, a carga deve atingir o dente em um sentido paralelo ao longo eixo, distribuindo a força de forma axial - quando os posteriores recebem contatos inclinados, as cargas não são distribuídas, gerando pontos de compressão na região alveolar = processo inflamatório e reabsorção óssea - Contatos que favorecem a distribuição axial: aresta longitudinal com crista marginal, ponta de cúspide comfundo de fossa e tripoidismo ⇨ maneira como os dentes contactam entre si : cúspides cêntricas e não cêntricas - Cêntricas ou de suporte: promovem manutenção da DVO, trituração dos alimentos e estabilidade oclusal: vestibulares dos dentes inferiores e palatinas dos superiores (VIPS) - Não cêntricas ou guias: guiam a mandíbula durante o fechamento; elas protegem os tecidos moles durante a mastigação: linguais dos inferiores e vestibulares dos superiores - Relação das duas: tipo A (entre cúspides vestibulares, tipo B (entre cúspides de suporte e tipo C (entre cúspides linguais 3) Relação Interdentária Durante os Movimentos Mandibulares ⇨ Oclusão mutuamente protegida: os dentes anteriores, pela conformação radicular e estreitamento na mesa oclusal, são ideias para movimentos delicados como lateralidade e protusão; os dentes posteriores, por causa das raízes múltiplas e a mesa oclusal larga, são ideais para receber cargas durante o fechamento - Durante o fechamento, os posteriores tem contato forte, protegendo os anteriores. Nos movimentos excursivos, apenas o anteriores contatam, protegendo os posteriores ⇨ Atuação dos dentes anteriores - Protusão: os incisivos superiores devem tocar a lingual dos incisivos posteriores - Retrusão: os dentes posteriores devem desocluir totalmente - Guia incisiva: porção palatina dos incisivos superiores que guia o caminho dos inferiores - Lateralidade canina: apenas os caninos se tocam no lado de trabalho (lado que a mandíbula vai), havendo desoclusão total no lado de balanceio (oposto) - Lateralidade em grupo: caninos, pré molares e primeiros molares - Guia canina: porção palatina dos caninos superiores que guia o caminho dos caninos inferiores 4) Equilíbrio das Curvas de Compensação - Spee e Wilson 5) Estruturação da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) - Alterações na DVO, provocada por distúrbios dentários ou esqueléticos, podem sobrecarregar o conjunto dente-músculo ATM, alterando função Articuladore� ⇨ Funções - Reprodução das relações intermaxilares - Simular a ATM do paciente - Utilizados como ferramentos no diagnóstico de discrepâncias oclusais e tratamentos restauradores - Confecção de prótese e dispositivos interoclusais Nívei� d� Personal�açã�/ Classificaçã� ⇨ Articuladores não- ajustáveis (verticuladores) - não permitem ajustes às condições individuais - limitação dos movimentos mandibulares ao mínimo - dependem exclusivamente do contato dentário - só reproduzem MIH Vantagens: menor custo e mais práticos Desvantagens: pouca precisão, que ocasiona discrepâncias oclusais em próteses (exemplo), demandando mais tempo no ajuste oclusal - indicados: confecção de coroas definitivas ou provisórias unitárias e restaurações parciais ⇨ Articuladores Semi-Ajustáveis (ASA) - Maior nível de personalização, simulando a relação intermaxilar mais precisamente - Ajuste de 3 condições a) distância intercondilar: distância entre os centros de rotação dos côndilos b) inclinação condilar: angulação do côndilo com a eminência articular = ângulo fischer, 30 graus c) ângulo de bennet: ângulo formado pelo côndilo de balanceio durante a lateralidade. Compreende sua relação com a parede medial da fossa articular, 15 graus - Localização das guias condilares classificam o ASA em: a) ARCON: guias condilares fixas no ramo superior b) NÃO-ARCON: guias condilares fixas no ramo inferior - Indicado: confecção de próteses totais, parciais, fixas ou removíveis ⇨ Articuladores Totalmente Ajustáveis - Melhor simulação da relação intermaxilar - 3 ajustes - Diferente do ASA, eles podem ser ajustados quanto a taxa de rotação condilar - Ajustes milimétricos Desvantagem: alto custo e difícil manuseio Parte� d� ASA Arco Facial relator nazium (metal que segura chama trave) aurícula ou oliva garfo Articulador ramo superior pino incisal → guias condilar → coluna → placa de montagem ou bolacha mesa incisal Trauma Oclusal Lesão tecidual por trauma, gerando forças excessivas acima da capacidade de adaptação dos tecidos periodontais. Pode ser: Aguda - resulta de um impacto oclusão abrupto e de curta duração - Pericementite (dor, mobilidade e extrusão) Crônico - forma gradual e prolongada - associado a alterações graduais na oclusão (desgaste, extrusão) e hábitos parafuncionais (bruxismo) - danos mais complexos e de maior relevância clínica Primário - atuação de forças excessivas sobre um periodonto saudável e com altura óssea normal Secundário - atuação de forças oclusais normais ou excessivas sobre um periodonto com altura óssea reduzida, em presença ou não de doença periodontal Situações que podem gerar trauma oclusal - restauração com excesso oclusal - prótese que cria forças excessivas sobre os pilares ou sobre os dentes antagonistas - extrusões dentárias para espaços criados por dentes perdidos - movimentação ortodôntica para posições funcionais inaceitáveis Evolução do trauma 1º estágio - assintomático - estabelecimento de pericementite
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