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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso: Medicina Disciplina/Módulo: Clínica Integrada I Aluna: Ana Clara Silva dos Santos Tipos de Dismenorreia Tipos de dismenorréia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento. Segundo a literatura, a dismenorreia é definida como uma dor pré-menstrual presente na maioria das mulheres, com prevalência na adolescência. Portanto, clinicamente, a dor é classificada conforme suas manifestações, sendo dividida em primária e secundária, sendo que a primária se apresenta na ausência de lesões pélvicas, diferentemente da secundária, provocada em consequência de patologias uterinas. DISMENORREIA PRIMÁRIA: É o tipo mais frequente, caracterizada por alterações bioquímicas no útero. Embora possa acontecer em mulheres acima de 40 anos, é mais comum em jovens, podendo se manifestar de um a dois anos após a primeira menstruação, coincidindo com o início dos ciclos ovulatórios. Alcança um pico máximo por volta dos 20 anos e tende a diminuir a partir desta idade. A queixa principal das pacientes afetadas pela dismenorreia primária são cólicas menstruais, que podem se desenvolver em diferentes graus. As dores em caráter de cólicas geralmente surgem após o início das menstruações, mas em parte dos casos antecede o aparecimento do fluxo menstrual. Os locais em que a dor é mais ativa são as regiões retropública e sacra. A cólica pode irradiar para as faces internas das coxas, atingindo o ápice de intensidade nas primeiras horas, declinando gradualmente. Deve-se encorajar as pacientes a ter uma dieta balanceada e particularmente rica em Ômega 3 e vitamina D, além de cessar o tabagismo, praticar atividade física e fazer acupuntura. Os anti-inflamatórios não esteroidais podem ser considerados como primeira linha no tratamento da dismenorreia primária. A paciente deve ser orientada a iniciar o uso deles 1-2 dias antes do fluxo menstrual e manter por 2-3 dias após o início da menstruação. Os contraceptivos são, principalmente, indicados para pacientes com demanda contraceptiva ou contraindicação clínica ao uso de antiinflamatórios. DISMENORREIA SECUNDÁRIA: A dismenorreia secundária é a cólica menstrual decorrente de alguma doença ginecológica que se manifesta, frequentemente, alguns anos após a primeira menstruação, ou após algum fato marcante na vida da mulher. Compreende cerca de 5% das dismenorreias. Neste caso, a dor pode se manifestar de modo atípico imediatamente a partir da menarca ou numa idade mais avançada, conforme a causa básica. Se essas características forem observadas, é necessário averiguar a presença de outras patologias associadas, que possam estar ocasionando a dor. Dentre as causas de origem ginecológica, as mais corriqueiras são: inflamações pélvicas, miomas, cistos ovarianos, uso de DIU (dispositivo intrauterino), tumores pélvicos, estenose cervical, endometriose, varizes pélvicas, adenomiose, pólipos, malformações congênitas do trato urinário. Nas pacientes em que exista suspeita de dismenorreia secundária, particularmente os casos de endometriose superficial, que não serão evidentes no exame de imagem, deve-se considerar a indicação de laparoscopia diagnóstica, com intervenção terapêutica no mesmo ato cirúrgico. O tratamento é especifico para a patologia base que está causando a dismenorreia. REFERÊNCIAS: Publicação oficial da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia Volume 48, Número 9, 2020. ALVES, Thais Piola et al. Dismenorreia: dianóstico e tratamento. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 7, n. 2, p. 1-12, 2016.