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TICS - SEMANA 03

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TICS- Tecnologia de Informação e Comunicação VI 
Discente: Larissa Alves Moreira 
Docente: Dra. Gabrielle Agostinho Rolim Marques
VI PERÍODO
- SEMANA 03 -
Tipos de dismenorreias: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento.
Dismenorreia define-se como uma dor tipo cólica, na região hipogástrica e que ocorre em direta associação com o ciclo menstrual, precedendo de imediato o fluxo menstrual e podendo se estender por até um a dois dias após o início dele. É uma das queixas ginecológicas mais comuns durante a fase reprodutiva da mulher, tanto em adolescentes como em mulheres na vida adulta. Outros sintomas podem se associar com a dismenorreia, como a lombalgia, dor em membros inferiores, náuseas, vômitos, cefaleia, irritabilidade e fraqueza, impactando diretamente na qualidade de vida das mulheres. 
A dismenorreia é classificada em primária e secundária. A primária é aquela em que não são identificadas doenças pélvicas orgânicas, enquanto a secundária há uma evidência clínica de doença pélvica associada, confirmada por exames de imagem. A apresentação clínica da dismenorreia primária é uma dor tipo cólica localizada em hipogástrica que acompanha o início do fluxo menstrual e pode permanecer por 48 a 72 horas, uma dor cíclica. É prevalente na fase da adolescência e em adultas jovens, e geralmente inicia cerca de 6 a 12 meses após a menarca. Após o período menstrual não há dor ou piora progressiva da dor com o passar dos ciclos. Seu diagnostico é conclusivo quando todas as possíveis etiologias foram excluídas. 
É necessário utilizar uma abordagem não terapêutica nesses casos visando melhora na qualidade de vida e ausência de efeitos colaterais, o que inclui dieta balanceada e rica em ômega-3, atividade física, cessação do tabagismo e acupuntura, ainda há estudos que associem a melhora das pacientes com reposição de vitamina D como coadjuvante no tratamento. O tratamento farmacológico de primeira linha são os anti-inflamatórios não esteroidais, os quais promovem a alívio da dor e sem necessidade de associação com outros medicamentos. Não há superioridade de um anti-inflamatório para outro, permitindo que a escolha considere fatores como custo, comodidade posológica, efeitos colaterais, contraindicações e preferência do paciente. Seu uso deve ser orientado de 1 a 2 dias antes do fluxo menstrual e permanecer pelos 2 a 3 primeiros dias da menstruação. O uso de contraceptivos hormonais sistêmicos é uma alternativa, já que promove o bloqueio do eixo gonadotrófico abolindo as oscilações hormonais fisiológicas do ciclo; além disso, esses métodos também levam a menor crescimento endometrial, reduzindo, assim, a quantidade de tecido produtor de mediadores inflamatórios. Podem ser utilizados como primeira opção em todos os casos de dismenorreia primária.
De acordo com os dados epidemiológicos, a dismenorreia secundária pode ser encontrada em apenas 10% das adolescentes, tendo como principais causas nesta fase a endometriose e mal formações mullerianas. Sendo assim, há uma prevalência maior em adultas e mulheres próximo da menopausa, e nessas faixas estarias outras causas são mais comuns como a doença inflamatória pélvica, anomalias do trato reprodutivo, endometriose, adenomiose, leiomioma e hematrometra. Seu diagnostico consiste em exames de imagens, laboratoriais e a clinica da paciente. Há manifestações clinicas associação que auxiliam no diagnostico, como piora progressiva da dor, dor pélvica acíclica, dispaurenia e sangramento uterino anormal. O tratamento é de acordo com a etiologia, variando de farmacológico até cirúrgico. 
Referências bibliográficas:
TRONCON, J. K; ROSA-E-SILVA, A. C. J. S.; REIS, R. M. Dismenorreia: abordagem diagnóstica e terapêutica. Revista FEMINA, n. 48 (9), p. 518-523, 2020.
SMITH, Roger P.; KAUNITZ, Andrew M. Dysmenorrhea in adult females: Clinical features and diagnosis. UptoDate, 2021.
SMITH, Roger P.; KAUNITZ, Andrew M. Dysmenorrhea in adult women: Treatment. UptoDate, 2021.

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