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Resumão - Geriatria - P1

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Resumão – Geriatria 
1 
 
Anamnese do Idoso Aula 1 
▶ Em 2050 estima-se que o número global de pessoas 
idosas alcançará o número de 2,5 bilhões. Essa 
pirâmide muda completamente. 
▶ Com quantos anos deve se procurar o geriatra? Com 
35 a 40 anos. O foco seria se programar e se preparar 
pra isso, fazendo disso forma de prevenção. 
 
Senescência x Senilidade 
 
Dependência x Autonomia 
Se idoso que dependência e não tem autonomia, 
compromete a capacidade funcional desse indivíduo. 
 
Abordagem do Paciente Idoso 
▶ Paciência, calma: entender que atividades normais 
pro idoso são mais difíceis de serem executadas. 
 
Avaliação do Paciente Idoso 
– Apresentação: cumprimentar o paciente 
– Fala clara, próximo, ao lado ou em frente ao 
paciente: teste do sussurro 
– Tempo da entrevista: pode ser longo.. 
– Sempre entrevistar o paciente e não o 
acompanhante 
– Obter dados de prontuários e relatórios 
– Inventário medicamentoso: teste da sacola de 
remédio. 
– A queixa normalmente é vaga, não existe queixa 
principal 
– Tempo longo para despir-se, vestir-se 
– dificuldade de locomoção. 
– Dificuldades para estabelecer um diagnóstico. 
– Prognóstico menos positivo 
 
▶ Como eu começo uma anamnese do idoso quando é 
prolixo demais? Começo com: quantos remédios a 
senhora usa? É o teste da sacola de remédio. 
 
Orientações para a consulta 
– Solicitar ao acompanhante ou paciente que traga 
uma sacola com todos os remédios 
– Mostrar cada medicamento questionar a 
posologia, a quanto tempo usa e pra que foi 
indicado. 
– Perguntar sobre: medicamentos usados 
recentemente e no último mês e sobre a suspensão 
ou acréscimo de medicação. 
– Perguntar sobre uso de medicação injetável, tópico 
ou aerossol. Remédios natural, fitoterápicos, 
vitaminas ou automedicação. 
– Insistir sobre o uso de analgésicos, anti-
inflamatórios, sedativos e hipnóticos, 
antivertiginosos, antigripais e antialérgicos 
– Perguntar sobre a relação entre a introdução, o 
aumento ou a redução de dose e a suspensão de 
algum medicamento com: Declínio funcional, 
Confusão mental, Quedas e Incontinência 
 
▶Ginkgo biloba: não é pra memória. Se ele toma 
aspirina, clopidrogel, antiplaquetário, existe interação: 
ele vai sangrar. 
 
▶ Não deve-se manipular remédio pra paciente idoso 
a não ser Canabidiol, por conta do metabolismo 
 
▶ Paciente com bloqueio de ramo (BAV), uma doença 
do nodo sinusal, e está tonto. O clínico logo acredita 
que é labirintite e indica Labirin, mas não dá o 
diagnóstico de BAV, que é o causador da tontura. 
 
▶ Paciente que tem uma infecção urinária, chega no 
seu consultório, qual é a sintomatologia dele? 
Confusão mental, delirium... A maioria não tem disúria 
nem febre. Preciso conhecer a clínica desse paciente 
idoso com essas para não errar todos os diagnósticos. 
 
– Estabelecer um bom vínculo, não só com o idoso, 
mas com o cuidador, com o acompanhante, com a 
família 
– O profissional envolvido com o atendimento do 
paciente ele precisa ter conhecimentos: das 
particularidades dessa população, e prevalência 
das doenças. 
 
Resumão – Geriatria 
2 
 
▶ Quais são as doenças mais prevalentes? Infarto, 
Infecção urinária, AVC, diabetes, hipertensão, câncer, 
insuficiência cardíaca, artrose... 
 
▶ A idosa ao lado foi no consultório 
pra pedir uma receita de Lexotan e 
foi diagnosticada com bócio. 
 
▶ A idosa abaixo possui batimento de 
fúrcula, diagnóstico feito somente com 
inspeção. Pode ser devido insuficiência 
cardíaca, insuficiência valvar, estenose, 
HVE. 
 
▶ Podemos ver as doenças que são de fácil 
diagnóstico, mas precisamos nos atentar ao que não é 
fácil de ver. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▶ Temos 4 diagnósticos diferenciais pra depressão: 
demência, delirium e déficit cognitivo leve. A clínica é 
muito parecida. Vemos pacientes tratando Alzheimer 
que não é Alzheimer, é só um déficit por vitamina B12. 
 
▶ Paciente com hipertensão e um diabetes. Perguntar 
se problema de visão. Pode ter glaucoma ou catarata 
sem diagnostico que pode levar a cegueira. 
 
▶ Se ele tem FA crônica e essa fibrilação tem uma 
frequência baixa, eu não vou pensar em FA, isso pode 
passar sem eu diagnosticar. 
 
▶ As principais queixas do idoso não refletem ao seus 
principais problemas de saúde: tudo é diferente no 
idoso. Precisamos ter um olhar holístico. 
Principais Sinais e Sintomas no idoso 
– Dispnéia; 
– Cansaço; 
– Fadiga; 
– Varizes sublinguais; 
– Xerostomia; 
– Angina; 
 
Avaliação Multidimensional 
Clínica + Psicossocial + Capacidade Funcional = CPF 
 
Avaliação multidimensional do idoso e funcionalidade 
global. 
 - Psicossocial (cognição e humor) 
 - Social (suporte social e familiar) 
 
AVD e AIVD 
Falo das funções básicas da vida. 
 Atividade de vida diária comprometida: não 
consegue tomar banho sozinho, comer sozinho, 
deambular. 
 AIVD são atividades instrumentais, não consegue 
atender o telefone, ir à padaria... 
 
▶ Os sistemas funcionais principais no idoso: 
– Cognição 
– Humor 
– Comportamento 
– Mobilidade 
– Comunicação 
 
▶ Avaliar a marcha do paciente, a continência ou 
incontinência, capacidade muscular, visão, audição. 
 
 Dificuldades da anamnese do idoso: Paciente 
informa pouco sobre sua doença, doenças com 
apresentações atípicas, apresentação inespecíficas de 
doenças agudas, barreiras de comunicação, historia 
intensa e queixas mal caracterizadas. 
▶ Avaliação geriátrica ampla: É uma folha pronta da 
Sociedade Brasileira de Geriatria, é uma anamnese 
direcionada para o idoso onde vamos ver todas aquelas 
perguntas relacionadas a capacidade funcional e mais 
alguns testes. 
 
Caderneta do Paciente idoso 
O SUS deveria distribuir. Tem nacionalidade, sexo, 
nome, idade, se tem deficiência, se tem acesso fácil ao 
serviço, se mora sozinho, se faz uso de transporte, 
trabalha... Nome, dose e quando iniciou o 
medicamento, se usa polifarmácia (+5 medicações). Se 
fez cirurgia, alergias, reações adversas, baixo peso, 
quedas... Pressão arterial, glicemia, calendário vacinal. 
Resumão – Geriatria 
3 
 
▶ Quais as vacinas são mais importantes no paciente 
idoso? 
– Influenza 
– Pneumo 
– Tétano 
– COVID 
– Hepatite 
– Febre Amarela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
4 
 
Fisiologia do Idoso Aula 2 
Quais são os exemplos de envelhecimento fisiológico? 
Perda de colágeno, perda de massa muscular, perda de 
tônus, massa óssea, endurecimento das artérias, perda 
de função orgânica. 
 
▶ Relacionar as mudanças fisiológicas do 
envelhecimento para que diante de um idoso o 
estudante direcione o raciocínio clínico 
 
Quais são os exemplos de envelhecimento fisiológico? 
Perda de colágeno, perda de massa muscular, perda de 
tônus, massa óssea, endurecimento das artérias, perda 
de função orgânica. 
 
▶ Longevidade, genética, exposição ambiental... isso 
influencia no envelhecimento. 
 
Envelhecimento 
▶ O envelhecimento é um processo biológico, 
previsível, progressivo associado ao aumento da 
suscetibilidade para muitas doenças. É um processo 
dinâmico, não uniforme, nem todos envelhecem da 
mesma forma e fatores genéticos, estilos de vida e 
exposição ambiental influenciam para esse 
envelhecimento tão diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual é o desafio da geriatria? 
Distinguir o que é relativo a doença das alterações 
relacionadas ao que é fisiológico. 
 
Evitar as considerações de doenças tratáveis com 
alterações fisiológicas. Evitar o tratamento do processo 
de envelhecimento natural como doença. Gravem isso 
pra vida. 
EVITAR A CONSIDERAÇÃO DE DOENÇAS TRATAVEIS 
X 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO 
 
▶ A abordagem deve ser holística e ver o paciente 
como um todo. 
 
Como fazer uma abordagem adequada? 
– Ouvir o paciente 
– Conhecer a fisiologia 
– Realizar exame físico com olhar holístico 
 
 
 
Alterações Fisiológicas 
Há um declínio grande da capacidade funcionalna 
velhice. Podemos ver o envelhecimento fisiológico e 
patológico (queda maior que o normal). 
 
O idoso vai encolhendo com o tempo. Redução de 1cm 
a 1,5cm por década a partir dos 40-50 anos. O idoso 
“encolhe” e as extremidades aumentam. 
 
▶ Etiologias fisiológicas 
– Redução do arco dos pés – gera perda de 
equilíbrio 
– Aumento da curvatura da coluna 
– Redução dos discos intervertebrais (visto no 
RX)] 
– Aumento de 20-30% da gordura corporal (2-
5% por década a partir dos 40) 
▶ Modificações anatômicas na coluna vertebral no 
raio-X do idoso: há perda 
de 1 centímetro a cada 
década  cifose na região 
superior da coluna 
associada a dificuldade de 
andar. Por isso a atividade 
física é importante. 
▶ Mulher: aumento da gordura abdominal na lateral, 
região da nádega e coxa (pêra) – perde hormônio e 
começa a adquirir gordura. Homens: tendencia a 
região abdominal (maça). 
▶ Há aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis, 
como os benzodiazepínicos, aumentando o risco de 
toxicidade. 
 
Hidratação 
▶ O que acontece aos 25 anos? Perdendo massa 
muscular, óssea, água intracelular e ganhando gordura. 
A agua intracelular é importante, e o idoso é mais 
desidratado. 
Paciente hipertenso costuma usar diurético 
(Furosemida), elimina água, e pra hipertensão não 
deve ser escolha principalmente se for idoso. 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
5 
 
Composição corporal 
– Diminuição da água intracelular 
– Organismo desidratado 
– Cuidado em prescrever fármacos 
hidrossolúveis 
– Musculatura diminui fibras tipo 2 de 
contração rápida (importante) * 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então ele tem: 
 Redução da sensação de sede, 
 Redução de 20-30% da água corporal, 
 Maior redução do conteúdo hídrico 
intracelular, 
 Maior vulnerabilidade de desidratação aguda, 
 Redução dos parâmetros clínicos pra avaliar 
desidratação (enoftalmia, redução do turgor). 
 
Como você avalia o idoso pra desidratação? 
– Volume urinário 
– Salivação 
– Mucosa oral 
– Enoftalmia 
– Urina 
– Sinal da prega (Turgor da pele - de baixo valor 
pois o idoso tem baixa de colágeno, a pele é 
enrugada fisiologicamente, não dá pra avaliar 
hidratação) 
 
Envelhecimento do Sistema Nervoso Central 
Atrofia cerebral, sobretudo cortical: tracionamento 
dos vasos da meninge 
 
Memória: não são todos os pacientes que envelhecem 
com déficit de memória, pode ser fisiológico 
(esquecimento, mas ele se lembra após um tempo) e 
patológico (quando esquece e continua a vida como se 
nada tivesse passado) 
 
Redução dos níveis de neurotransmissores: por isso 
ocorre mais depressão nesses pacientes. Neurônios 
não podem se reproduzir, e os vasos sanguíneos tem 
menos capacidade de se regenerar. 
 Acetilcolina 
 Receptores colinérgicos 
 Acido gama-aminobutírico 
 Serotonina 
 Catecolaminas 
 Dopaminas 
Alterações do sono 
 Redução do sono REM 
 Redução do estágio 3 e 4 
 Sono é mais superficial 
 Alteração da qualidade e quantidade 
 Maior fragmentação 
 Latencia prolongada 
 
Se o paciente dorme 22h, 4-5h da manhã ele já está 
acordado. 
 
▶ O que é fisiológico aqui? 
– Redução do peso e volume cerebral 
– Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros 
– Depósito de lipofuscina 
– Placas senis 
– Emaranhados neurofibrilares 
– Perda neural 
 
Musculatura 
Perda muscular: diminui de 50% entre 20 a 90 anos, já 
começa a perder massa muscular a partir dos 20 anos 
de idade. 
 
Força muscular sofre perda de 15% por década. 
Aumenta o risco de SARCOPENIA, aumenta o risco de 
queda. Precisa fazer prevenção: atividade física, 
proteína se necessário. Vitamina D, B12. 
 
Risco Nutricional 
Redução de olfato e paladar. Na língua há diminuição 
das papilas gustativas, não existe a mesma sensação de 
sabor. 
– Redução da produção salivar 
– Redução do olfato e paladar 
– Redução do metabolismo basal 
– Aumento da necessidade proteica 
– Redução da biodisponibilidade da vitamina D 
– Diminuição da absorção de B12 
– Redução da fome e sede 
– Dificuldade pra obter e preparar alimentos 
– Redução do metabolismo basal (massa magra) 
– Redução do gasto energético (atividades 
físicas) 
Temperatura Corporal 
– Lentificação da resposta aos pirógenos 
– Dificuldade de conservação e produção de 
calor 
– Redução da sudorese 
Resumão – Geriatria 
6 
 
 
▶ Não tem reflexo da febre. Se tem pneumonia, 
avaliamos prostração e desidratação. Quando resolve 
tratar paciente pode estar indo pro CTI. Quando ele faz 
37º é como se fosse 38,5º. 
 
Pele 
Funções da pele 
– Previne perda de agua 
– Regulo equilíbrio hidroeletrolítico 
– Controla temperatura 
– Recebe estímulos sensoriais (tato e pressão) 
 
Alterações na pele: 
– Diminuição do número de melanócitos 
– Redução do turn-over celular 
– Redução da função de barreira – acumulo de 
corneócitos 
– Sensação de pele seca, áspera 
– Prurido 
– Degeneração de fibras elásticas – redução da 
elasticidade por conta do colágeno 
– Redução na quantidade de ácido hialurônico 
– Diminuição da capacidade de retenção de água 
pela pele 
– Diminuição da resistência do turgor pele 
– Rugas, pregueamento, pele frouxa e pendente 
– Diminuição da sensibilidade 
– Redução do fluxo sanguíneo 
– Prejuízo na termorregulação 
 
▶ Prurido: gera escoriações e infecções de pele são 
frequentes. 
– Ceratose actínica – lesão vermelha na pele, vai 
ali e fica coçando, escamando a pele 
– Ceratose seborreica 
– Úlceras varicosas 
 
▶ Pêlos: tendencia a redução de pelos exceto narina, 
sobrancelha e orelha. 
▶ Mulheres idosas: hiperandrogenismo, pelos em 
mento e lábio superior 
▶ Aspecto: perda da pigmentação: cabelos brancos, 
inativação das células bulbo capilar: queda de 
pelos/calvície 
 
– Decréscimo da atividade celular do fibroblasto: 
torna mais lenta a cicatrização. 
– Diminuição das glândulas sebáceas e 
sudoríparas 
– Diminuição da vascularização – vemos a pele 
fina, musculo e osso. A vascularização fica bem 
superficial. Quando puxa a pele, ela esgaça, 
arrebenta, solta. 
– Diminuição das células de Langerhans, perda 
da elasticidade e turgor 
 
▶ LENTIGO SENIL. Aparece por exposição ao sol com o 
tempo. Pode ser removido por dermatologista. Não sai 
com escamação, está aderido a pele. 
 
 
 
 
 
 
 
Visão 
▶ A doença mais prevalente é a catarata. 
 
CÓRNEA: achatamento da curvatura, meridiano 
vertical e visão distorcida. Infiltração circular de 
material degenetivo junto ao limpo – ARCO SENIL. Isso 
é fisiológico. 
 
 
 
PÁLPEBRA: perda da elasticidade com frouxidão, 
flacidez e acumulo de gordura. Geralmente não é 
patológico. Podemos ter ptose palpebral, mas isso 
bilateral não é. 
 
VÍTREO: moscas volantes. Acontece mais com o 
envelhecimento. Parece uma bolinha preta na visão 
que você não enxerga mas ela não existe na realidade. 
 
CRISTALINO: mudança da consistência, perda da 
capacidade de acomodação (presbiopia) e 
opacificação. 
 
CORÓIDE E RETINA: Arteriosclerose dos vasos 
 
▶ Ectrópio/entrópio: frouxidão da 
musculatura da pálpebra inferior, uns 
tem e outros não. Pode passar a ser 
patológico se gerar cegueira, doença, 
infecção. Essa frouxidão é um processo 
fisiológico, pode ser cirúrgico. 
 
O que é patológico? 
– Edema de pálpebra inferior 
– Ptose palpebral 
– Ectrópio/entrópio (quando everte) 
– Pterígio 
– Catarata 
– Glaucoma 
– Degeneração macular 
Resumão – Geriatria 
7 
 
– Ressecamento ocular, conjuntiva fina e friável 
(areia no olho) 
– Descolamento de retina e redução da visão 
periférica e central 
▶ Teste de Snellen: feito com oftalmologista pra 
avaliar visão. Tem que fazer isso com o idoso, pra fazer 
prevenção de catarata. Não precisa saber números e 
distancias. Não confundir com o teste do sussurro 
(prova). 
 
 
 
 
 
 
▶ Catarata: quando tem borrão na visão, enxerga 
lateralmente mas não enxerga no meio da visão. 
 
*Importante: Quando você vai atender um idoso na 
emergência, se ele tem catarata é prejudicial pois pode 
ter papiledema que é raramente observado nas lesões 
expansivas intracerebraisno idoso. É difícil avaliar 
papiledema porque a catarata atrapalha. 
 
Cavidade Oral 
Sempre avaliar a cavidade oral 
– Atrofia das papilas gustativas (reduz olfato e 
paladar 
– Redução da sensibilidade gustativa e condução 
neurossensoral: eleva limiar de percepção dos 
sabores doce e salgado, sente alimento 
amargo e azedo 
– Perda dentária (a depender de hábitos, 
ocupação, dieta, oclusao dentaria e 
composição dos dentes) 
– Cárie 
– Retração da gengiva 
– Baixa mineralização óssea 
– Diminuição da força de mastigação 
– Mucosa oral: atrófica (tênue), lisa e ressecada, 
menos elástica e mais susceptível a lesões 
– Glândulas salivares: perda acinar, ductal e de 
tecido fibrogordroso 
– Xerostomia 
– Mastigação: perda de massa muscular 
– Deglutição: disfunção pela senilidade 
 
 
▶ Varizes sublinguais. É 
fisiológico do envelhecimento 
 
 
 
 
Audição 
No exame físico: procuramos cera, rolha de cerúmen, 
remoção de corpo estranho, avaliar audição pra saber 
se precisa de usar aparelho auditivo ou não. Precisa 
remover a cera. 
 
Outras alterações no envelhecimento mecânico 
auditivo: 
– Atrofia de célula na orelha interna 
– Angioesclerose 
– Calcificação de membrana 
– Presbiacusia 
– Cera de ouvido 
– Perda do número da atividade das glândulas 
– Alterações vasculares 
Temos: 
– Rolha de cerume 
– Esclerose timpânica 
– Otoesclerose 
– Medicamentos ototóxicos 
– Traumatismo sonoro 
– Lesões do SNC 
– Pseudosurdez (depressão) 
– Degeneração de células do equilíbrio (órgão de 
Corti) 
– Degeneração das células da cóclea: 
presbiacusia 
– Pelos do trago: mais espessos, compridos e 
menor mobilidade 
– Estreitamento do espasso articular dos 
ossículos 
– Prurido e zumbido 
– Tontura: hipotensão postural e VPPB 
 
▶ O som de festas muito alto no idoso pode dar surdez, 
precisa tampar o ouvido do idoso nessas ocasiões. 
 
Disfunção auditiva neurossensorial ou condutiva 
sobretudo a sons agudos 
 
Triagem: TESTE DO SUSSURO (sussurrar uma ordem a 
60cm do ouvido e esperar compreensão do comando) 
 OTOSCOPIA: afasta hipoacusia condutiva por 
impactação de cera 
 
Esôfago 
– Hipertrofia da musculatura esquelética em 
terço superior 
– Dificuldade de deglutir 
– Diminuição da motilidade 
– Diminuição das células ganglionares 
mioentéricas que coordenam a peristalse 
– Aumento da espessura da musculatura lisa 
– Aumentam contrações terciárias 
Resumão – Geriatria 
8 
 
– Demora no esvaziamento 
– Disturbios funcionais do esfíncter inferior 
– Reduz pressão de repouso 
 
Estômago 
– Dificuldade de esvaziamento: mais lentificado 
o peristaltismo, tudo que ele come é digerido 
de forma mais lenta, não tem essa 
movimentação 
– Declínio da secreção gástrica 
– Diminuição da motilidade de normal para 
gastroparesia 
– Estômago mais exposto a lesões com gastrite e 
úlcera péptica 
– Declínio da secreção gástrica 
– Gastroparesia: saciedade e redução de apetite 
– Redução da musculatura abdominal aumenta 
o risco de hernia e constipação 
– Redução dos neurônios do plexo mioentérico: 
aumenta o risco de constipação intestinal 
 
Alteração Cardiovascular 
– Calcificação do anel valvar 
– Espessamento das cúspides aórtica e mitral 
– Perda da complacência 
– Deposito de cálcio no nodo sinusal levando a 
bradicardia 
– Deposição de lipídio e gordura no nodo sinusal 
– Diminuição da frequência 
– Bloqueio átrio ventricular 
 
 
 
 
 
 
 
Endocárdio e Válvulas: ↑ lipofucsina 
 ↑ fibrose 
 ↑ lipídios 
 ↑ calcificações 
 
Miocárdio: ↑ fibrose 
 ↑ amiloidose 
 ↑ apoptpse 
 HVE: Dificuldade para palavra ictus 
 
 • Tecido de Condução: perda gradual de fibras 
marcapasso + deposição de tecido fibroso e gorduroso. 
Lentificação do sistema de condução, da frequência do 
marcapasso, diminui velocidade de condução e gera 
risco de bloqueio e arritmias: Bloqueio de ramo, BAV, 
HBAE (prolongamento de PR) e arritmias (fibrilação 
atrial) 
 • Valvas mais rígidas 
 
Artérias 
– Rigidez por conta do envelhecimento 
– Aumenta a resistência vascular periférica 
– Aumento da pressão arterial média 
– Espessura da parede arterial 
– Rigidez Arterial 
– Resistência periférica 
– Pressão sistólica do pulso 
 
▶ Qual droga eu tenho que dar pra diminuir a 
resistência periférica? BCC ou diuréticos tiazídicos, não 
é nem losartana e nem iECA. Se você sabe disso fica 
mais fácil tratar do seu paciente. 
 
Sistema Respiratório 
– Aumento do tecido fibroso 
– Aumento dos espaços aerados 
– Diminui a elasticidade e contratilidade dos 
bronquíolos (redução de elastina) 
– Aumenta a camada de muco e o número de 
glândulas secretoras. 
– Diminui o número de motilidade dos cílios 
– Redução do reflexo de tosse 
– Amento do diâmetro AP e enrijecimento do 
tórax 
– Fatores associados: tabagismo, poluição 
ambiental, exposição ocupacional, doenças 
pulmonares, imobilidade, desnutrição, 
obesidade e aspiração 
 
▶ NO PS: paciente afebril, desanimado. Na ausculta a 
base vê estertor fino unilateral. O estertor de base é 
comum por diminuir elasticidade dos bronquíolos, 
então eu peço pro paciente TOSSIR, examino de novo, 
sumiu os estertores é fisiológico, manteve os 
estertores é patológico. Sempre na BASE. Fica um 
acúmulo de líquido no idoso, por ser acamado e por 
perder elasticidade. 
 
Pulmão: reduz peso de 21%, aumenta espaço morto 
(áreas ventiladas e pouco perfundidas), altera vias 
aéreas com estreitamento de bronquíolos, aumento de 
ductos alveolares, achata sacos alveolares e reduz 
superfície alveolar 
 
Rins 
– Perda de tecido renal 
– Função renal diminuída 
– Diminui fluxo plasmático pela metade 
– Intoxicação medicamentosa 
 
Resumão – Geriatria 
9 
 
▶ Há perda de tecido renal por conta das medicações. 
Toda vez peço FUNÇÃO RENAL: UREIA, CREATININA, 
CLEARANCE. 
Fatores que alteram o ritmo urinário da pessoa idosa 
• Capacidade de concentração renal diminuída 
• Diminuição na produção e excreção do ADH 
• Alterações no receptores do ADH 
• Diminuição da habilidade conservação do sódio 
▶ Paciente faz mais hiponatremia do que o jovem 
 
Problemas comuns com efeito do envelhecimento 
• Incontinência 
• Retenção Urinária 
• Insuficiência Renal 
• Ca de próstata 
• Infecção urinária 
▶ Pode ser hiperplasia que leva a incontinência. 
Pesquisar sempre 
 
Alterações Hematológicas com o Envelhecimento 
 ⬇ Hemoglobina 
 ⬇ Hematócrito 
 ⬇ número de hemácias 
 ⬇ resposta eritropoética à eritropoetina 
 Demora no inicio da eritropoese após sangramento 
vultuoso 
 
▶ Alterações leves são fisiológicas do envelhecimento. 
Se Hb abaixo de 9 e hematócrito abaixo de 28 já não 
consideramos mais dentro do fisiológico. 
 
Endócrino 
 
 
 
• O sistema endócrino coordena respostas 
fisiológicas aos fatores ambientais. 
• Alterações hormonais influenciam: declínio 
funcional, incapacidades e as doenças da 
pessoa idosa. 
 
▶ Exemplo: o normal da tireoide é 5-6,5. No idoso o 
TSH até 10 é fator protetor. Se começo a tratar o 
paciente pode começar a ter problemas. 
 
▶ Se TSH baixo: a temperatura do idoso vai mudar. 
Esse efeito calorigênico diminui com a idade e tende a 
hipotermia, pra manter a temperatura normal 
contamos com o TSH. Lembrando que é hipo 
subclínico, o T4 é normal. 
 
• Redução de testosterona, GH, insulina, 
hormônios tireoidianos 
• Redução da termorregulação 
• Redução na resposta febril 
 
Tireoide 
• Os valores de tiroxina (T4 e T3) estão em níveis 
normais baixos e TSH normais altos. 
• O aumento do colesterol sérico, assim como das 
lipoproteínas de baixa densidade, pode ser devido 
ao declínio da função tireoidiana. 
 
▶ Idoso tem colesterol alto pelo metabolismo e pode 
ser que devido ao hipotireoidismo fique mais alto 
ainda. Se colesterol acima de 10 trato a tireoide e o 
colesterol controla. 
 
Fatores responsáveis pela intolerância à glicose com o 
envelhecimento 
• Alteração nos receptores de insulina: 
1. Diminuição da atividade física 
2. Aumento do nível de glucagon 
3. Aumentoda gliconeogênese hepática 
4. Diminuição do número das unidades 
transportadoras de glicose 
 
▶ Glicose é mais alta fisiologicamente 
 
Unhas 
Frágeis, perda de brilho, com estriações longitudinais e 
descolamento. Espessamento, opacificação, 
escurecimento. Maior risco de onicomicose, redução 
do crescimento. Fâneros: coiloníquia (em formato de 
colher) 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
10 
 
Varizes 
Veias perdem elasticidade, disfunção de válvulas, 
dilatação e tortuosidade 
 
Pés 
Hálux valgo, onicogrifose e 
calos plantares. 
 
Genito-Urinárias 
• Atrofia e fibrose de paredes cervicais e uterinas 
• Redução da elasticidade e lubrificação vaginal 
• Involução de glândulas mamárias 
 
▶ Uso de hormônio local previne atrofia, infecção 
urinária, fungos e a uretra fica mais flexível – fluxo da 
urina é melhor. Então tem indicação de uso de 
hormônio local 1x por semana. 
 
Repercussões Clínicas do Envelhecimento Fisiológico 
• Manifestações atípicas 
• Pluripatologias 
• Fenômeno do Iceberg 
• Polifarmácia 
• Incapacidade Funcional e ausência de autonomia 
• Gigantes da Geriatria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▶ Estomatodinia - Ardência e queimação na boca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
11 
 
Avaliação Geriátrica Ampla Aula 3 
Saber a importância de uma abordagem 
multidisciplinar, individualizada no atendimento ao 
idoso. 
 
Caso Clínico 
AMV, sexo feminino, 76 anos, viúva, natural e 
procedente do RJ, mora com a irmã Carol, 73 anos. Foi 
conduzida ao departamento de Emergência após ter 
escorregado no banheiro durante a madrugada. Após 
a admissão hospitalar, uma fratura de color de fêmur 
foi identificada, sendo indicada para intervenção 
cirúrgica, de onde posteriormente seguiria para a 
enfermaria, na qual receberia os cuidados de 
reabilitação. Carol relatou que a paciente era 
independente em suas atividades, controlava seus 
remédios e o dinheiro, ia a missa todos os domingos e 
saía para conversar com os amigos na praça 
diariamente. Há cinco dias começou a ingerir “remédio 
para dormir”, por conta própria, pois não conseguia 
dormir a noite, desde o falecimento do marido, há dois 
meses. Dado o exposto, responda: 
 
a) A paciente se beneficia da Avaliação Geriátrica 
Ampla (AGA) antes do procedimento cirúrgico? Por 
quê? 
 
Essa paciente é um candidata que se beneficiaria com 
a AGA. Paciente que teve uma queda brusca na sua 
funcionalidade. (fratura de fêmur) 
Vai ser preciso ser internada para cuidados de 
reabilitação pós cirúrgico. 
Imobilização, levando risco de morte 
Nesse contexto a eficácia da utilização da avaliação 
multidimensional reduz o tempo de internação e 
diminuição a mortalidade. 
 
b) Se sim, quais profissionais estão habilitados para 
conduzir a AGA neste caso? 
É imprescindível a elaboração de um plano terapêutico 
de reabilitação, envolvendo diversos profissionais, 
compondo um grupo multidisciplinar. 
 
▶ Queda: é uma síndrome geriátrica 
▶ Temos duas escalas importantes: Atividade Básica 
de Vida Diária e Atividade Instrumental de vida diária 
▶ O que será que levou a queda nesse paciente? 
Medicação, idade, banheiro molhado 
 
Avaliação Geriátrica Ampla 
É um processo diagnóstico, frequentemente 
multidisciplinar e sempre multidimensional, cujo 
objetivo é traçar um plano de cuidado e assistência ao 
idoso a médio e longo prazo. 
Não é diagnóstico, ajuda a diagnosticar e faz 
acompanhamento, importante repetir a AGA 
periodicamente 
 
Inicialmente, são coletados dados sociodemográficos 
e, em seguida, outros domínios importantes são 
avaliados como: 
• capacidade funcional 
• cognição 
• humor 
• estado nutricional 
• equilíbrio 
• marcha 
• suporte social 
• visão e audição 
. O processo de avaliação multidimensional poder ser 
composto por: 
• médico(a) (geriatra) 
• enfermeiro(a) 
• assistente social 
• terapeuta ocupacional 
• fisioterapeuta 
• fonoaudiólogo(a) 
• nutricionista 
• educador(a) físico 
• dentista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A AGA é sempre multidimensional. 
• Objetivo: determinar as deficiências, incapacidades e 
desvantagens apresentadas pelo idoso. (Três pilares 
importantíssimos no início) 
• Planejamento do cuidado e acompanhamento a 
longo prazo. 
• Difere do exame clínico padrão. 
• Avaliar as queixas: mesmo mal caracterizadas 
 
▶ PROVA: Saber quais escalas nós temos, pra que 
servem e a pontuação 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
12 
 
 
Componentes Básicos da AGA 
Quais são os Instrumentos de Avaliação? 
 
▶ Entre as escalas de Katz e Barthel: Barthel pergunta 
se sobe ou desce escada, que não tem dentro de Katz. 
 
Avaliação da Funcionalidade 
Habilidade do indivíduo para realizar, 
independentemente, as atividades da vida diária, nos 
aspectos físico, mental e social. 
As escalas mais usadas AVDs são: escala Lawton e Katz 
 
 
1. Escala de Katz 
 
Escore total é a soma das respostas SIM. 
6 PONTOS (Independente) 
4 PONTOS (Dependência parcial) 
2 PONTOS (Dependência) 
 
2. Atividades Instrumentais De Vida Diária (Lawton) 
• Telefone 
• Chegar a locais distantes 
• Compras 
• Preparar a comida 
• Serviços da casa (limpeza) 
• Pequenos reparos 
Resumão – Geriatria 
13 
 
• Controlar os medicamentos 
• Gerenciar o dinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da Cognição 
• Mini Exame do Estado Mental (MEEM) 
• Teste do Relógio 
• Fluência Verbal 
 
Aspectos Avaliados 
• Orientação temporal e espacial 
• Memória imediata 
• Atenção e cálculo 
• Memória de evocação 
• Linguagem 
 
1. Mini Exame do Estado Mental (MEEM) 
▶ (Vídeo) Pergunta ao paciente: onde está, qual dia do 
mês, qual dia da semana, fala 3 palavras e pergunta 
depois de um tempo pra avaliar se lembra quais são... 
Fala um número e pede pra ir diminuindo de 7 em 7. 
Essa avaliação em pacientes com déficit cognitivo é 
diferente do paciente com a cognição normal. 
 
2. Teste do Relógio 
 
3. Fluência Verbal 
Ponto de corte: 
• < que 8 anos escolaridade = 9 itens 
• > ou = 8 anos de escolaridade = 13 itens 
 
▶ Pede pro paciente falar em 1 minuto nome de bichos 
ou frutas, por exemplo, que ele conhece. 
 
 
Avaliação do humor: (GDS) 
▶ É a escala de depressão. Você fala pro paciente: 
dona Maria, a senhora tá triste com a vida, 
desanimada... A senhora está satisfeita com a sua vida? 
Fica triste com frequência? Prefere ficar em casa ou 
sair? Se te chamar pra sair a senhora vai? A senhora 
acha que a sua situação não tem saída 
 
• Escala de depressão geriátrica (Yesavage): 15 
perguntas objetivas. 
• Respostas com conteúdo negativo pontuadas 
• Pontuação acima de 5 sugere depressão; >10 
depressão moderada. 
• Tempo de aplicação: 5-10min 
 
Avaliação Nutricional 
Miniavaliação Nutricional (MAN) 
• Medidas antropométricas: 
• Peso (perda de peso) 
• Altura 
• Informações dietéticas 
• Estilo de vida 
• Medicação 
• Estado de saúde. 
 
Como parâmetro para 
avaliação de massa 
muscular e da sarcopenia 
é utilizada a medida da 
panturrilha. 
Normal= 31CM. 
 
 
 
Avaliação do Equilíbrio e da Mobilidade: 
Timed Get Up And Go Test (TGUG) 
 
▶ Avalio a marcha, peço pro paciente andar. Paciente 
está sentado, peço pra ele levantar sem apoiar com as 
mãos, andar 3m, voltar e sentar novamente na cadeira 
sem apoiar com as mãos novamente. 
 
 
Resumão – Geriatria 
14 
 
Fatores Sócio-Ambientais 
Avaliadas: 
• Relações e atividades sociais 
• Recursos de suporte (social, familiar e financeiro) 
• O isolamento (morbi/mortalidade) 
• Religião 
• Adaptação ao ambiente 
 
História da Medicação 
Lembrar do teste da sacola de remédios. 
 
Apgar Familiar 
Reflete a satisfação de cada membro da família, 
representado pela sigla APGAR que significa: 
• Adaptation (Adaptação) 
• Partneship (Participação) 
• Growth (Crescimento) 
• Affection (Afeição) 
• Resolve (Resolução). 
Avaliação Sensorial 
• Visão: Tabela de Snellen 
• Audição: Teste do Sussurro e Otoscopia 
 
O Que é Multimorbidade? 
Coexistência em ummesmo indivíduo de duas ou mais 
doenças crônicas, sem relação de causas e efeito e sem 
que nenhuma delas possa ser consideradas como 
problema principal. 
 
Síndrome Clínica Tradicional 
 Uma única alteração que resulta em múltiplos 
fenômenos clínicos. 
 
Síndrome Geriátrica 
 Múltiplas alterações que concorrem 
simultaneamente para um único fenômeno 
clínico. 
 
Qual é o Benefício da AGA? 
• Melhora a acurácia do exame físico tradicional 
• Estabelece o grau e a extensão da incapacidade 
• Identifica idosos em risco de declínio funcional – 
identificar incapacidades de AIVD e AVD, quadro de 
depressão, déficit cognitivo, instabilidade postural que 
pode levar a uma incapacidade e riscos. 
• Identifica populações de risco 
• Deve ser utilizado para o planejamento de políticas 
públicas para o envelhecimento 
 
Quem mais se beneficia da AGA? 
Procedimentos invasivos (Avaliar o risco benefício) 
Cirurgias 
Hospitalizado por doenças agudas 
Traumas 
Quedas recentes 
Nonagenário 
Delirium 
 
Complexidade do Idoso 
• Doenças ocultas 
• Coexistência de múltiplas 
doenças (Multimorbidade) 
• Polifarmácia 
• Incapacidade e perda funcional 
• Síndromes Geriátricas 
• Fragilidade 
• Apresentações atípicas 
• Maior probabilidade de morte / final da vida / doença 
sem 
• Perspectiva de cura 
 
Critérios Alvos Recomendados (pra AGA) 
• Idade > 80 anos 
• Síndromes Geriátricas 
• Incapacidade e perda funcional 
• Doenças Crônicas 
• Readmissões em hospitais 
• Visitas frequentes ao consultório e a sala de 
emergência 
• Diagnósticos específicos com DM, IC, DAC 
• Fragilidade 
• Apresentações atípicas das doenças 
• Doenças ocultas 
• Polifarmácia 
• Dificuldades nas ABVD 
 
Gigantes da Geriatria 
• Insuficiência cognitiva 
• Incontinência urinária e fecal 
• Instabilidade postural e queda 
• Iatrogenia 
• Sarcopenia/Fragilidade 
• Incapacidade familiar e comunicativa 
• Imobilidade 
Resumão – Geriatria 
15 
 
7 grandes IS 
Objetivos da AGA 
• Entender a importância e a utilidade da AGA no 
atendimento ao idoso, principalmente o frágil. 
• Compreender como e quando aplicar a AGA. 
• Reconhecer quais as intervenções que podem ser 
planejadas de acordo com as informações obtidas 
através da AGA. 
• Está associada a elevada mortalidade, declínio 
funcional e aumento do uso de serviços de saúde 
ambulatorial e hospitalares. 
• Idosos procuram, na maior parte das vezes, ajuda 
médica para seus vários problemas e não apenas para 
uma doença especial. 
 
O que as síndromes geriátricas levam? 
 Perda funcional 
 Incapacidade 
 Dependência 
 Internação em ILPI (Internação de longa 
permanência – asilo) ou hospital 
 Morte 
 
Benefícios 
• Desenvolver plano de intervenção 
• Diagnóstico-tratamento-reabilitação 
• Seguimento do paciente 
• Necessidade de longo prazo 
• Determinar local de atendimento 
• Melhor uso dos recursos de saúde 
• Reconhecer incapacidades e riscos 
• Planejar assistência e reabilitação 
• Controlar a progressão das doenças crônicos- 
degenerativas 
• Evitar agravos e complicações 
• Gerenciar recursos 
• Promover qualidade de vida 
 
A AGA é a forma mais adequada de se avaliar o idoso e 
planejar as intervenções visando a manutenção e/ou a 
recuperação da capacidade funcional 
 
Resumo da AGA 
Funcionalidade 
• Saúde Mental 
• Saúde física (capacidade sensorial, marcha, 
equilíbrio, continência, estado nutricional, 
comorbidades e medicamentos) 
 
Onde pode ser aplicada a AGA? 
• Ambulatório 
• Emergência 
• Internação 
• Domicílio 
 
Anamnese em geriatria 
• Historia clínica demanda mais tempo e é muito 
complexa 
• Interrogatório sobre diversos aparelhos 
• Checar listas de medicamento 
• Profissionais jovens/pacientes velhos 
 
Avaliação Final 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
16 
 
Queda na população idosa Aula 4 
Definição 
A queda é definida como o deslocamento não 
intencional do corpo para um nível inferior à posição 
inicial como incapacidade de correção em tempo hábil. 
Magnitude do problema 
 50% dos indivíduos que residem em clínicas 
geriátricas caem a cada ano. 
 Incidência anual de 30- 35% nos >65 anos 
 Dos 5 a 10% de quedas que resultam em lesões 
graves as complicações mais comuns: 
lacerações, TCE e fraturas. 
 2/3 dos pacientes com novas quedas/medo em 
50% dos pacientes, e 60-70% caem no ano 
subsequente 
 Metade das quedas em domicílio (quarto, 
cozinha e sala) 
 Quinta causa de morte geral 
PALAVRA DE ORDEM: PREVENÇÃO. Tratar os fatores de 
risco, tirar os obstáculos, acompanhar, tratar doenças, 
evitar doenças... 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
 
Fatores de Risco para Queda 
- IDADE 
 
Risco de fratura com envelhecimento 
 
- VÉRTEBRA, QUADRIL, PUNHO 
-Pode haver subnotificação quando vertebra – 
compressão, osteoporose. 
 
Fatores de risco 
Intrínsecos: neuropatia periférica, doenças ligadas ao 
envelhecimento cardiovascular, causas neurológicas: 
ICC, DAC, HAS, arritmia, insuficiência vertebro-basilar, 
hipotensão ortostática, desidratação, diurético, 
sangramento oculto. 
Hematoma subdural, demência, Parkinson, AVE, 
delírio, neuropatia periférica, hipo e hiperglicemia, 
distúrbios hidroeletrolíticos, infecções, depressão, 
medicação, deformidade dos pés, anemia, hipotermia, 
alcoolismo, incontinência, maus tratos. 
 
Extrinsecos: 
• Iluminação inadequada 
• Tapetes soltos ou com dobras 
• Degraus altos ou estreitos 
Resumão – Geriatria 
17 
 
• Ausência de corrimão 
• Obstáculo no caminho 
• Piso irregular 
 
Avaliação Clínica 
• Avaliar acuidade visual 
• Pesquisar hipotensão postural 
• Exame neurológico (prova de Romberg, 
propiocepção, força muscular) 
• Examinar os pés 
• GET UP AND GO TEST 
Diagnóstico 
• Etiologia Multifatorial 
• Ausência de teste único ou avaliação rápida do 
risco de queda. 
Quando indico AGA? 
 
Abordagem diagnóstica do paciente pós queda 
• Anamnese 
• Orientação (data, local) 
• Sinais vitais (PA de pé e deitado) 
• Sinais de localização neurológica 
• Hidratação, anemia, estado nutricional 
• Exame físico tradicional incluindo (cabeça, 
coluna, costelas, pelve e quadril) 
• Exame dos pés 
▶ Quais são os sinais vitais? PA, FC, FR, oximetria, 
temperatura, dor. 
 
 
Avaliação Laboratorial 
Para todos os pacientes. Preciso investigar. 
• Hemograma 
• Glicemia 
• Eletrólitos 
• Função Renal 
• TSH 
• Vitamina B12 
• Vitamina D (72% de deficiência em clínica de 
queda) 
• Níveis Terapêuticos de Drogas 
• INR em caso de anticoagulação 
• EAS / ECG / HOLTER 24 HS 
• RX TÓRAX /ECOCARDIOGRAMA 
• Sensibilidade do seio carotídeo 
Exame Complementar 
Pacientes que apresentam quedas e achados 
neurológicos recentes: 
• TC/ RM 
• Pacientes com anormalidade significativa da 
marcha: 
• Radiografias vertebrais – idoso muito idoso 
• RM (para exclusão de espondilite cervical, 
estenose lombar). 
 TC e RNM só quando bate a cabeça ou tenho 
duvida se bateu ou não. 
Tramol no idoso: muitos efeitos colaterais. 
 
Efeito Sentinela 
▶ Ele cai -> entra em declínio funcional -> inicia outra 
doença -> depressão, ulcera de pressão, pneumonia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quedas excluídas desta definição 
• AVC 
• Atropelamento 
• Acidentes em exercícios de alta 
• performance 
• Causas violentas 
• Convulsão 
Resumão – Geriatria 
18 
 
Resumo do que falamos: 
QUEDA: SÍNDROME GERIÁTRICA 
• Marcador de doença aguda (infecção, hipotensão 
postural) 
• Manifestação de doença crônica (Parkinson, 
Demência e Neuropatia Diabética) 
• Marcador de mudanças relacionadas ao 
envelhecimento, da visão, marcha e equilíbrio. 
 
▶ É uma síndrome geriátrica porque tem sinais e 
sintomas. 
▶ É um marcador de doença aguda porque a queda 
leva a uma investigação de doenças de base, podendo 
fazer um diagnóstico. 
 
Mudanças associadas ao envelhecimento que 
aumentam o risco de queda 
• Redução da velocidade de marcha e da amplitude 
do passo. 
• Flexão plantar diminuídana fase final de apoio. 
• Diminuição do balanço dos braços, da rotação da 
pelve e do apoio unipodal. 
 
Fraturas mais comuns 
VERTEBRA > QUADRIL > PUNHO 
Quadril, úmero proximal, radio distal, costelas, quadril, 
colapso vertebra. 
 
Medicamentos associados de risco de queda 
• Antipsicóticos 
• Sedativos (bensodiazepínicos) 
• Antidepressivos 
• Ansioliticos 
• Antiarrítmicos 
• Anticonvulsivantes 
• Antiepiléticos e diuréticos 
• Insulina 
 
▶ Clonazepam, betabloqueadores, antibióticos, 
quinolona causa lesão no nervo aquileo, levofloxacina, 
diuréticos. 
 
TESTE “GET UP AND GO” 
Repercussão das quedas 
• Temor de novas quedas 
• Imobilidade 
• 2/3 cairão novamente nos 6 meses subsequentes. 
• Dentre os hospitalizados, risco de óbito no ano 
seguinte entre 15 e 50% 
 
Síndrome de pós-queda PROVA!!! 
 
Medidas preventivas 
• Intervenções multifatoriais 
• Otimização medicamentosa 
• Exercício Físico 
• Correção de fatores de risco ambientais 
• Correção visual 
• Reposição de vitamina D 
• Aeróbicos: (aumento da expectativa de vida, 
independência funcional, diminui o risco 
cardiopatia, osteoporose, fraturas e depressão. 
• Equilíbrio 
• Alongamento (aumentar flexibilidade) 
• Musculação 
• Tai Shi Chuan 
• Pilates 
 
CONSEQUÊNCIAS 
• Fobia de quedas 
• Fraturas 
• Imobilização prolongada 
• Perda de independência 
• Risco de institucionalização 
• Aumento de morbimortalidade 
 
 
Resumão – Geriatria 
19 
 
Caso Clínico 
Paciente, JLA de 85 anos, masculino, natural de Minas 
Gerais, do interior, aposentado, viúvo, relatava que 
morar sozinho desde o falecimento da esposa há 3 
anos. Foi levado ao pronto-socorro, por conta de uma 
queda da própria altura sobre o quadril direito. 
Durante avaliação, relatou a ocorrência de três quedas 
no último ano e sensação de “cabeça leve”. De 
antecedentes médicos tinha hipertensão arterial 
sistêmica, insônia e catarata discreta. Fazia uso de 
hidroclorotiazida 25mg/dia e clonazepam 0,5mg para 
dormir. No exame físico encontrava-se alerta e 
orientado, com pressão arterial de 140/70 mmHg, sem 
hipotensão postural, frequência cardíaca de 52 bpm, 
em ritmo regular. Observado também, no exame 
segmentar, hematoma em face lateral de quadril 
direito, encurtamento e rotação externa do mesmo 
membro. Durante avaliação paciente referia muita dor, 
não permitindo que o membro fosse mobilizado. A 
radiografia indicou fratura no colo do fêmur direito. 
1) Como você abordaria esse paciente? 
Entender os fatores que levaram à queda. 
• Identificar sinais de alarme como: síncopes e 
convulsões 
• Exame físico minucioso (injúrias graves, 
fraturas etc) 
• Paciente que não realizam a correção cirúrgica, 
fratura de quadril tendem a evoluir com 
imobilismo e complicações como sarcopenia. 
• Prescrever profilaxia de trombose venosa 
profunda 
 
2) Quais fatores desse paciente podem ter 
relação com as quedas sofridas? 
 Idade avançada, quedas frequentes, uso de 
benzodiazepínicos, bradicardia, vertigem, 
catarata. 
 
3) Quais modificações você faria nesse caso 
clínico? 
Troca do anti-hipertensivo? trocar 
benzodiazepínico? CUIDADO! Sempre 
perguntar se houve troca de medicação. 
Aumentar iluminação da casa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
20 
 
Iatrogenia 
Iatrogenia / Erro médico 
 
•São usados como sinônimos porém dizem respeito as 
situações distintas 
 
Definição 
Iatrogenia é qualquer prejuízo que o paciente tenha 
que não é decorrente de uma doença, mas sim da ação 
ou da omissão de qualquer intervenção por parte de 
algum membro da equipe de saúde, seja ele médico, 
enfermeiro, auxiliar de enfermagem, fisioterapeuta, 
etc 
 
Exemplos de Iatrogenia 
• Epigastralgia por uso de AAS 
• Cistite após passagem de sonda vesical 
• Fibrilação ventricular por intoxicação digitálica 
• Subdiagnóstico de depressão no idoso por associar a 
uma perda de energia ocasionada exclusivamente pelo 
envelhecimento. 
 
Epidemiologia das RAM em idosos 
• 3x mais chances de uma avaliação emergencial 
• 7x mais propensos a interação medicamentosa 
• Mais da metade das hospitalizações 
 
Fatores de risco relacionados à ocorrência de 
iatrogenia em idosos internalizados 
 Idade (principalmente) 
 Complexidade das patologias (atípicas) 
 Tempo de Internação 
 Funcionalidade prévia 
 Número de Comorbidades 
 Polifarmácia 
 Gravidade da doença que demandou internação 
 
Quais os fatores de risco associados as reações 
adversas? 
• Reações adversas prévias 
• Idade maior ou igual a 85 anos 
• Números de medicamentos prescritos 
• Farmacodinâmica e Farmacocinética 
• Baixo peso corporal ou baixo índice de massa 
corporal (IMC) -> quanto menor o imc mais a droga fica 
circulante, pior pro paciente. 
• Seis ou mais condições crônicas simultâneas -> 
polifarmácia 
• Clearence creatinina estimado < 50ml/min 
• Falta de coordenação entre os diferentes prescritores 
-> paciente que vai em mais de um médico 
 
Normas para terapêutica farmacológica 
É uma ferramenta da geriatria que apresenta as drogas 
potencialmente inapropriadas para o idoso e drogas 
que podem ser usadas no paciente assim como a 
digoxina (não é contraindicação absoluta, depende da 
dose, uso 0,125) 
 
Critérios de Beers 
• Alta gravidade: 
 
 Amitripitilina  efeito anticolinérgico e 
hipotensão. É contraindicado. 
 Clorpropramida  Hipoglicemiante prolongado, 
retenção urinária e noctúria. Ainda é usado mas é 
contraindicado. Pode gerar hipoglicemia, queda e 
óbito. 
 Diazepam 
 Clonazepan (meia vida 30 - 40h)  meia vida longa 
 Alprazolan 2mg  Lorazepam > 3mg 
 Hioscina  Antiespasmódico 
 Cimetidina: paciente chega com delírio e confusão 
mental pensam que é delírio, mas se ele esta em 
uso de cimetidina posso remover a medicação e ele 
pode melhorar 
 Sulfato ferroso: não é vitamina, não deve ser feito 
da mesma forma que suplemento vitamínico. 
 Metildopa: anti-hipertensiva. Efeito colateral de 
boca seca e tonteira. Aí ele toma labirin pra tratar 
a tonteira... Faz-se uma iatrogenia 
medicamentosa. 
 Antiinflamatório: quando usa vários juntos, não 
protege mucosa gástrica, começa a sangrar. 
 Oxibutina: antiespasmódico urinário, sedação e 
fraqueza. 
 Estrógeno. 
 Inibidor de recaptação de serotonina: a fluoxetina 
tem a meia vida muito longa, é outro problema. 
Escolher o que tem a meia vida mais curta 
 Benzodiazepínicos 
 
Tipos de Iatrogenia 
•Iatrogenia em procedimento diagnósticos 
Ex.: PSA em assintomático +90 anos 
 
•Iatrogenia por omissão: 
Ex.: deixar de realizar o ajuste da analgesia em paciente 
em cuidados paliativo 
 
•Iatrogenia da palavra 
Ex.: Falar pro paciente que ele tem 3 meses de vida 
Resumão – Geriatria 
21 
 
 
 
RAM (OMS) 
Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se 
manifeste após a administração do medicamento, em 
doses utilizadas no homem para profilaxia, diagnostico 
ou tratamento de uma enfermidade 
 
Quais são os idosos que mais sofrem Iatrogenias? 
• Múltiplas doenças crônicas 
• Farmacodinâmica e Farmacocinética 
•Sintomas atípicos de doenças 
• Reserva funcional diminuída (diminuição da 
homeostase diminui resposta) 
• Dificuldade de comunicação 
• Hipocondríacos 
• Múltiplos médicos 
 
É importante lembrar que nos idosos… 
 
 
 
 
Iatrogenia 
Alterações nos processos: 
Farmacocinética: 
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção. 
É a via. 
 
Farmacodinâmica: 
Efeito dos fármacos nos órgãos e tecidos 
(Sítio receptor, mecanismo de ação e efeitos) 
 
Exemplo: O diltiazem (bloqueador de canal de cálcio 
não di-idropiridínico) inibe a isoenzima 3A4 do 
citocromo P450 (CYP3A4). A atorvastatina e várias 
outras estatinas são metalizadas pela CYP3A4. Assim, 
se um paciente estiver em uso de diltiazem e 
atorvastatina esta irá se acumular 
 
porque a enzima que a metaboliza se tornou menos 
ativa. 
 
▶ Explicação: O diltiazem inibe a enzima3A4 (maioria 
dos medicamento caem nessa enzima) do citocromo 
P450. O diltiazem tem a coenzima 3A4. Aí ele toma 
junto outras estatinas que também são metabolizadas 
no mesmo local. O que acontece? Se o paciente usa 
ambos vai acumular a atorvastatina. Por que? Um inibe 
e outro ativa. O paciente então não vai absorver a 
atorvastatina porque o diltiazem inibe a enzima que a 
metaboliza. Todo medicamento é obrigado a vir na 
bula quem inibe, quem estimula, qual CYP age e qual a 
interação medicamentosa que existe. 
 
Interações medicamentosas mais comuns em idosos 
 
 
Consequências da Iatrogenia 
• Complicações e Incapacidades 
• Aumento de tempo de internação e de terapêutica 
 
Para piorar 
• Interação com alimentos 
• Interação com fitoterápicos 
• Interações com medicamentos de venda livre 
• Interações medicamentos doença 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
22 
 
Princípios de prescrição no idoso 
• Ter certeza de que o sintoma novo requer tratamento 
não se deve a efeito colateral de outro medicamento 
 
• Iniciar o tratamento com doses baixas, com aumento 
lento e gradativo considerando a farmacocinética do 
idoso 
 
• Evitar iniciar 2 drogas ao mesmo tempo 
 
• Rever periodicamente a prescrição e suspender os 
medicamentos desnecessárias 
 
• Instruir familiares e o cuidador para que auxiliem 
e controlem o idoso na obediência à prescrição médica 
 
Cascata Medicamentosa 
 
Ex. 2: Paciente do consultório: em uso de IECA, 
enalapril 10mg 2x ao dia, anlodipino 5mg e cortalidona. 
Aí ela foi porque estava tossindo muito há meses, 
tonteira e hipotensão. Trocou a medicação (anlodipino 
por felodipino; enalapril por candersartana BRA 12mg, 
mantive cortalidona). A tosse e a tonteira 
desapareceram. 
 
 
▶ Hipertensão arterial secundária a droga: CEARÁ 
 
C – coarctação de aorta 
E – causas endócrinas 
A – apneia do sono 
R – doenças renais (estenose de a. renal) 
A – medicamentos (antiinflamatórios, corticoides, 
 anticoncepcional oral) 
 
▶ Paciente no PS não indico usar medicação venosa. 
Paciente já é idoso, magro com IMC baixo a droga vai 
só circular. 
 
▶ Timolol: colírio com muitos efeitos colaterais 
Resumão – Geriatria 
23 
 
Prevenção 
• Avaliar de forma criteriosa o uso dos medicamentos 
prescritos 
• Optar por fármacos cujo o limiar de concentração da 
dose terapêutica seja distante do limiar de 
concentração da dose tóxica 
• Estar atento às terapias não farmacológicas 
complementares 
• Pedir ao paciente que leve às consultas ou 
internamente todos os medicamentos de uso habitual, 
sejam prescritos ou não pelo médico 
 
Caso Clínico 
 
Paciente M.E.S, 87 anos, masculino, sem 
comorbidades prévias, admitido no pronto socorro 
com quadro de agitação psicomotora e desorientação 
havia 2 dias. Feita suspeita diagnóstica de delirium 
hiperativo secundário e ITU, e iniciada 
antibioticoterapia venosa com ceftriaxone, além de 
prescrição de haloperidol 5mg via intramuscular para 
a agitação. Evoluiu nas 12 horas seguintes com 
sonolência e baixa aceitação da dieta oral, sendo 
necessária sondagem nasoenteral. Em episódio de 
agitação subsequente, paciente retirou a sonda, que 
foi novamente posicionada após contenção mecânica 
no leito. Foi encaminhado para unidade de terapia 
intensiva por necessidade de monitorização contínua, 
onde foi obtido cateter venoso central em veia 
subclávia direita. A radiografia de tórax de controle 
evidenciou pneumotórax hipertensivo pós-punção, 
com necessidade de drenagem torácica. 
Evoluiu nos dias seguintes com constipação intestinal 
sem resposta satisfatória ao uso de laxativos, sendo 
necessário o uso de solução de glicerina via retal. 
Durante a permanência hospitalar, realizou tomografia 
de tórax e abdome com contraste para elucidação 
diagnosticas para outras complicações. Após uso de 
contraste, apresentou redução do débito urinário e 
elevação de escórias nitrogenadas, sendo tratado 
conservadoramente com hidratação venosa e 
diuréticos sem necessidade de terapia de substituição 
renal. Recebeu alta hospitalar após 14 dias, com 
melhora clínica e laboratorial, mas ainda apresentando 
lesão por pressão em região sacral grau 2, além de 
perda ponderal evidente e dificuldade na 
deambulação, necessitando de apoio bilateral. 
Entregue ao familiar receita de quetiapina 50mg para 
uso á noite e orientado curativo de lesão sacral. 
 
A) Identifique as potenciais iatrogenias encontradas, 
relacionando-as conforme sua classificação 
 Iatrogenia diagnóstica: tomografia com 
contraste e consequente lesão renal aguda. 
 
 Iatrogenia terapêutica: haloperidol 
intramuscular em dose mais alta que a 
necessária com consequente sedação (reação 
adversa a medicamento); Sonda nasoenteral 
com consequente contenção mecânica ao 
leito; passagem de cateter venoso central com 
consequente pneumotórax. 
 
 Iatrogenia em ocorrência: contenção mecânica 
ao leito com consequente redução da 
mobilidade e lesão por pressão em região 
sacra. 
 
B) Identifique as cascatas iatrognênicas contidas no 
caso. 
 Haloperidol intramuscular  sonolência  
UTI  passagem de CVC  PNEUMOTÓRAX 
 
 Haloperidol intramuscular  sonolência  
Redução de ingesta  passagem de SNE  
Contenção mecânica no leito  redução da 
mobilidade  Obstipação  TC abdome  
lesão renal aguda. 
 
 Haloperidol IM  sonolência  UTI  
complicações  internação por 14 dias  
perda de massa muscular com impacto 
funcional. 
 
C) O que poderia ter sido feito de diferente para evitar 
as iatrogenias identificada? 
 
1) Paciente com delirium deveria priorizar a VO 
2) Dose do haloperidol 0,5 a 1mg. 
3) Na presença de sedação deveria suspender a o 
antipsicótico 
4) Evitar a passagem de SNE já que o quadro seria 
transitório. 
5) A TC não acrescentou benefícios e complicou com 
lesão renal aguda devido contaste iodado 
6) Para a investigação da evolução do pneumotórax 
poderia ter realizado apenas Rx de tórax de 
controle. 
7) Para constipação intestinal mudar alimentação e 
avaliar a hidratação 
8) Paciente se encontrava bem hemodinamicamente 
e sem uso de medicações que não pudesse ser 
administrada por VO ou acesso venoso periférico e 
não por CVC. 
 
 
 
 
Resumão – Geriatria 
24 
 
Alterações atípicas das doenças no idoso Aula 6 
Doenças que tem apresentações diferentes no idoso 
como infecção urinaria, febre, DAC... Se você conhece 
a sintomatologia das doenças mais prevalentes dessa 
população fica mais fácil pra dar o diagnóstico. 
 
Definição 
Quando o idoso apresenta um estado de doença em 
que faltam algumas das características centrais 
tradicionais (sintomatologia normal), visto em 
pacientes mais jovens 
 
As apresentações atípicas costumam incluir uma de 
três características: 
1. Apresentação vaga da doença 
2. Apresentação alterada da doença 
3. Não apresentação da doença 
 
A maioria das doenças em idosos se apresentam de 
forma habitual, muitas vezes atípicas 
• Doenças que acometem um sistema pode 
manifestar-se em outro sistema. 
• Sinais de sintomas incomuns podem ser a primeira 
ou a principal manifestação. 
• Sinais e sintomas podem ser menos intensos. 
 
Exemplos: 
Depressão  irritabilidade 
Abdome agudo  não tem dor, não localiza a dor, não 
tem efeito rebote à palpação pela parede abdominal 
mais flácida, uso de opióides e analgésicos mascaram a 
dor 
 
O médico geriatra precisa ter habilidades para 
abordar: 
1. Comorbidades 
2. Multimorbidades 
3. Síndromes Geriátricas 
4. Apresentações atípicas 
 
 
 
Apresentação clínica não específicas que pode indicar 
doenças graves e potencialmente fatais em idosos 
• Taquipneia 
• Astenia 
• Anorexia 
• Delirium 
• Instalação da incontinência urinária 
• Quedas recorrentes 
• Alteração no declínio funcional 
• Ausência de dor 
 
O que torna diferente o idoso do jovem? 
Múltiplos processos patogênicos que se interagem 
entre si e não de um único processo patogênico 
específico. 
Delirium: no jovem tem uma causa bem determinada, 
no idoso podeser por diversos fatores predisponentes. 
Só a intervenção multifatorial pode ser eficaz. 
 
As principais características das síndromes geriátricas 
são: (PULOU ESSE SLIDE) 
1. Contribuição de múltiplos fatores de risco, 
dentre eles a diminuição da reserva funcional 
dos órgãos. 
2. Não constituem risco à vida iminente, mas se 
associam a maior mortalidade e a importante 
comprometimento da qualidade e de vida. 
3. Aumentam o risco de que doenças, em 
especial as afecções agudas, manifestem-se de 
forma atípica. 
4. Podem ocorrer concomitantemente e 
compartilham fatores de risco entre si, sendo 
comum uma síndrome geriátrica contribuir 
para o aparecimento de outra. 
5. Têm desfecho comuns como perda funcional, 
incapacidade, dependência, necessidade de 
cuidados de longa duração, hospitalização e 
morte. 
 
Fatores predisponentes pra que doenças se 
manifestem de modo atípico 
• Idade avançada 
• Diminuição da reserva funcional dos órgãos e 
sistemas: diminuição da homeostase, a capacidade 
funcional por qualquer problema declina muito 
rápido 
• Incapacidade de manter a homeostase 
• Percepções equivocadas sobre o envelhecimento 
• Multimorbidade: quanto mais doenças eu tenho 
mais difícil é definir a clínica 
• Incapacidade funcional 
• Deficiência cognitiva 
• Polifarmácia 
• Fragilidade 
 
Pacientes diabéticos o que se recomenda pela SBGG? 
• Recomenda a não prescrição de medicamentos 
para o controle de hemoglobina glicada abaixo de 
7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional 
ou cognitivo. 
 
▶ Paciente com 60 anos, hígido, sem comorbidade 
nenhuma, faz atividade física normal e não tem 
polifarmácia: TRATAR IGUAL O JOVEM 
 
Resumão – Geriatria 
25 
 
▶ Paciente idoso, com múltiplas comorbidades, em 
uso de polifarmácia e déficit funcional e cognitivo a 
minha glicada é outra. 
 
 
 
Pacientes diabéticos 
• Polaciúria, polidipsia e polifagia são raros nessa 
população. 
• São comuns sinais de sintomas atípicos como: 
(incontinência urinária, fadiga, perda de peso, 
tonturas, quedas, declínio cognitivo, depressão e 
fraqueza muscular) 
 
Propostas razoáveis seriam: 
• 7,0% - 7,5% em idosos saudáveis e longa 
expectativa de vida 
• 7,5%- 8,0% naqueles com menos de 10 anos de 
expectativa de vida 
• 8,0% - 8,5% em indivíduos com múltiplas 
comorbidades e baixa expectativa de vida 
 
Alvo glicêmico 
• Saudável independente: < 7,0% 
• Dependente: 2 AVD < 8,5% e 2 IAVD < 8,5% 
• Demência: 8,0- 8,5% 
• Cuidado de fim de vida: Não aferir 
 
▶ Na aula ela falou que o 8 é o padrão. Tirar 8,5 pra 
não confundir. 
 
Exemplo comum na assistência geriátrica 
Perda súbita da capacidade na execução de atividades 
da vida diária podem estar relacionadas com: 
pneumonia, infeção urinária, AVC, IAM, abdome 
agudo. 
 
Exames laboratoriais 
Podem apresentar resultados diferentes do normal 
sem significar doença 
 
 
Sinais e sintomas atípicos em idosos com infecção 
 
• Encontrar idosos gravemente enfermos sem 
sintomas indicativos da doença é frequente e, quanto 
mais inespecífico, como delirium e incontinência 
urinária dominam o quadro clínico. 
 
EX: Percentuais menores de octogenários à admissão 
hospitalar por pneumonia com febre e/ou tosse do 
que com delirium. Isso ocorre porque o 
envelhecimento reduz o reflexo da tosse e altera a 
termoregulação corporal. 
 
Meningite e rigidez de nuca——- prejudicada em 
idosos por que? alteração na coluna vertebral doença 
de Parkinson 
▶ Rigidez de nuca pode ter artrose 
 
Parasitoses intestinais ——— sintomas inespecíficos 
anemia, inapetência e emagrecimento podem ser 
sintomas prevalentes 
▶ Tem sinais inespecíficos que podem ser os mesmos 
de doenças graves, induz ao diagnóstico e exames 
errados, a exames desnecessários. 
 
Insuficiência Cardíaca ——— paciente com 
osteoartrite e sedentário 
▶ IC não tem cansaço aqui porque o paciente não faz 
esforços físicos 
 
Dispneia súbita ou piora dela sem dor torácica ——— 
SCA 
 
Deformidades torácicas próprias do envelhecer como 
cifose e escoliose ——— dificultam a ausculta 
cardíaca 
▶ Paciente com estenose mitral moderada com 
ausculta normal, sem hiperfonese de bulhas sem sofro 
ruflar diastólico. Se eu não peço ECO faz edema agudo. 
 
Bradicardia ———- provoca sintomatologia vagal 
como vertigem e visão turva. 
Bradicardia acha que é labirintite, passa labirin? 
Resumão – Geriatria 
26 
 
Pra recaptular 
• INFECÇÃO: sintomas vagos, sem febre e sem 
alterações dos leucócitos e sem sinais de localização. 
(pode ser consequência da resposta inflamatória 
acentuada pelo envelhecimento). O que aparece? 
Incontinencia 
Dificuldade de caminhar 
Agitação 
Queda 
Anorexia 
 
• ANGINA: tontura, confusão, fadiga 
Cansaço 
Dispneia? 
Precordialgia? 
 
• INFECÇÃO URINÁRIA 
Confusão, anorexia e incontinencia. 
Não tem disúria. 
 
Não esquecer que sintomas inespecíficos como 
confusão mental, depressão, fadiga, perda de peso e 
imobilidade são constantemente atribuídos à idade e 
ignorados como indicadores de quadro clínico 
passível de tratamento. 
 
▶ Outra pergunta 
Paciente com B3 é normal no idoso? B3 é ritmo de 
galope, penso em sobrecarga volumétrica, paciente 
com insuficiência cardíaca. Não é fisiológico. Mas B4 é 
fisiológico. 
 
Desidratação 
• É o problema hídrico e eletrolítico mais comum do 
idoso. 
• São mais propensos: infecção, sondas alimentares 
e medicação. 
• Fatores de risco: delirium, dificuldade na 
mobilidade. 
 
Quais os sinais devem ser observados no idoso com 
desidratação? 
• Sinais vitais: (podem não ser reveladores) 
• Turgor cutâneo (não é confiável) 
• Boca seca 
• Constipação 
• Hipotensão ortostática 
 
Quais os sinais devem ser observados na insuficiência 
cardíaca? 
Sintomas inespecíficos como confusão mental, 
depressão, fadiga, perda de peso e imobilidade são 
atribuídos a idade e ignorados como indicadores de 
quadro clínico passível de tratamento. 
Confundindo o diagnóstico 
• Aumento do TSH: o normal é ter pele seca, perda 
de memória, pensamento alentecido, fraqueza 
muscular, fadiga e cãibras, intolerância ao frio, 
alteração da voz. Pode confundir com outras 
sintomatologias 
• Anemia, IC, depressão, demência, IR, desnutrição, 
efeitos adversos a medicação. 
• No hipertireoidismo: sem características 
hipercinéticas típicas observadas nos mais jovens. 
• Perda ponderal, astenia, depressão, letargia, 
insuficiência cardíaca, taquicardia e fibrilação 
atrial. 
 
RX de tórax a consolidação do parênquima torna-se 
evidente? Não. Assim como febre, leucócito. 
 
Depressão 
Clínica do idoso: 
• Ansiedade 
• Diminuição do autocuidado 
• Irritabilidade 
• Perda de peso 
• Insônia 
• Alterações cognitivas 
 
Dificuldades diagnósticas na dor abdominal aguda 
HISTÓRIA: 
– Febre e alterações eletrolíticas pouco 
significativas 
– Déficits cognitivos e demências - transtornos 
psiquiátricos 
– Polifarmácia: opiáceos e benzodiapepínicos - 
intoxicações. 
– Distúrbios auditivos e linguagem 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
– Ausência de febre apesar de infeção 
bacteriana grave 
– Risco 4 x maior de hipotermia 
– Ausência de leucocitose 
– Percepção alterada da dor e menor localização 
dela 
– Comorbidades 
– Reação peritoneal menor devido à fraqueza da 
musculatura abdominal 
– Supressão da taquicardia por doença 
cardiovascular ou medicação 
(betabloqueadores) 
 
▶ Quando eu tenho infecção: normalmente tenho 
taquicardia, normalmente no idoso que toma 
medicações como betabloqueadores ele inibe o reflexo 
de taquicardia 
Resumão – Geriatria 
27 
 
Causas mais comuns de dor abdominal são: 
• Colecistite, obstrução intestinal, doença diverticular, 
complicações de câncer e medicações. 
• Dor pode ser (difusa, leve e totalmente ausente) 
• Pode ter ausência de febre e não apresentar aumento 
dos leucócitos e apresentar hipotermia. 
• Rebote reduzido secundário a redução da 
musculatura da parede abdominal. 
• A taxa de mortalidade e as complicações são muito 
maiores nos idosos. 
 
Quando se depararcom paciente geriátrico com dor 
abdominal é importante lembrar (Importante) 
• Raciocínio com base na anatomia 
• Fisiopatologia 
• Alterações do envelhecimento 
• Multimorbidade 
• Medicamentos usados 
 
PONTOS CHAVES: 
 
ABDOME AGUDO NO IDOSO: 
1. DEFINIÇÃO: síndrome caracterizada por dor 
abdominal súbita e intensa, de tratamento cirúrgico na 
maioria das vezes. 
2. FATORES DE RISCO: idade avançada 
(percepção dolorosa menos intensa ou ausente), 
quadros demenciais, DM, imunossupressão, uso de 
medicamentos que podem mascarar sinais de alerta 
ex: betabloqueadores mascarando taquicardia reflexa, 
analgésicos mascarando febre 
 
1. `APRESENTAÇÃO CLÍNICA: usualmente se 
manifesta de forma atipica- declinio cognitivo e 
funcional. 
2. SINAIS E SINTOMAS como febre, náuseas, 
vômitos e dor podem estar ausentes. 
3. LABORATORIALMENTE podem cursar sem 
leucocitose, sem alterações de provas de funçao 
hepática ou hiperamilasemia. 
4. DIAGNOSTICO: poder ser difícil, muitas vezes 
levando a atraso no início do tratamento e a pior 
prognostico, com taxas de mortalidade mais elevadas 
entre os idosos. 
CONCLUSÃO 
• A abordagem devem ser baseadas em problemas 
não em diagnóstico. 
• Necessário na anamnese a familia e cuidador 
• Exame físico deve ser criterioso e focado nos 
problemas 
• A analise crítica das informações prévias. 
• Deve-se ter em mente que um sintoma ou grupo 
de sintomas resulta de varias doenças e de 
múltiplas fatores e que as síndromes geriátricas e 
sinais e sintomas inespecificos podem ser a 
apresentação de qualquer doença em idoso. 
 
 
Sobre a prova: 
Importante: Síndrome pós-queda 
Tabelas do AGA: saber pontos de corte

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