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Propriedade - Direitos Reais - Direito Civil direitoporpamella

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1 
@direitoporpamella 
Propriedade 
Segundo Luiz Antonio Scavone Junior 
(2018): “O Código Civil não define a 
propriedade, mas o proprietário, o que 
faz a partir dos atributos da 
propriedade. (…) Sendo assim, uma 
diferença entre posse e propriedade é 
que a propriedade nada mais é que o 
direito real de usar, fruir, dispor e 
reivindicar a coisa sobre a qual recai, 
respeitando sua função social”. 
Tudo isso de acordo com o artigo 1.228 
do CC: 
 
Poderes do Direito de 
Propriedade 
Mesmo não sendo possível extrair da 
lei um conceito específico de 
propriedade, é possível conceituar os 
atos que o direito de propriedade 
permite que o proprietário realize: 
Uso: “Usar significa extrair as 
vantagens naturais ofertadas pela 
coisa, extração esta que não importa 
em alteração de sua substância”. Por 
exemplo, “ao utilizar uma casa para 
moradia, o proprietário está utilizando a 
coisa para o fim que se destina sem 
alterar-lhe a substância”. 
Gozo: Gozar ou fruir da propriedade, “é 
a possibilidade de o proprietário extrair 
os frutos ou produtos decorrentes da 
coisa sobre a qual recai o direito de 
propriedade”. Nesse caso, tem-se 
como exemplo mais comum a locação 
do imóvel. 
Dispor: Dispor “significa dar à coisa o 
destino que o proprietário achar 
conveniente”. Portanto, o proprietário 
pode “consumi-la, destruí-la, aliená-la 
onerosa ou gratuitamente (venda ou 
doação), gravá-la com um ônus real 
(….), ou seja, dar a coisa em garantia 
constituindo ônus real. 
Reivindicar: No que tange a esse 
atributo, é possível dizer que o 
proprietário poderá “reivindicar a coisa 
de quem injustamente a detenha ou 
possua”. 
Função Social 
O instituto da propriedade talvez seja 
um dos mais importantes da civilização, 
sendo este aglutinador de direitos e 
deveres modulados no decorrer do 
tempo. 
Além de poder exercer os poderes já 
mencionados sobre a propriedade, o 
agente também precisa respeitar a 
função social do contrato. 
O princípio da função social da 
propriedade impõe que, para o 
reconhecimento e proteção 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade 
de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que 
injustamente a possua ou detenha. 
DIREITO CIVIL – PARTE ESPECIAL 
https://blog.sajadv.com.br/direito-de-propriedade/
2 
@direitoporpamella 
constitucional do direito do proprietário, 
sejam observados os interesses da 
coletividade e a proteção do meio 
ambiente, não sendo possível que a 
propriedade privada, sob o argumento 
de possuir a dupla natureza de direito 
fundamental e de elemento da ordem 
econômica, prepondere, de forma 
prejudicial, sob os interesses 
socioambientais (MACHADO, Hébia 
Luiza. Função socioambiental: solução 
para o conflito de interesses entre o 
direito à propriedade privada e o direito 
ao meio ambiente ecologicamente 
preservado. MPMG Jurídico, 2008). 
O código civil fala da função social da 
propriedade em seu artigo 1.228, §1°: 
 
Características 
Todas as propriedades terão as 
características citadas no artigo 1.231 
do CC: 
Exclusiva: a propriedade é exclusiva, 
já que a propriedade de um afasta a 
propriedade do outro, sendo que uma 
coisa não comporta dois proprietários 
por inteiro. 
Plena: a propriedade é um direito 
absoluto na medida em que o 
proprietário tem o mais amplo poder 
jurídico sobre aquilo que é seu. Nela 
estão insertos todos os atributos dos 
direitos reais. Se assim o é, a partir dela 
surgem todos os demais direitos reais, 
conforme dito alhures. 
Perpétuo: a propriedade é 
considerada, também, um direito 
perpétuo, o que se afirma em razão de 
só se extinguir pela vontade do dono ou 
de disposição legal. 
 
Abrangência 
A propriedade do solo abrange a do 
espaço aéreo e subsolo 
correspondentes, em altura e 
profundidade úteis ao seu exercício, 
não podendo o proprietário opor-se a 
atividades que sejam realizadas, por 
terceiros, a uma altura ou profundidade 
tais, que não tenha ele interesse 
legítimo em impedi-las. 
A abrangência e limitações da 
propriedade estão disciplinadas nos 
artigos 1.229 e 1.230 do CC: 
 
Art. 1.228. § 1 o O direito de propriedade 
deve ser exercido em consonância com as 
suas finalidades econômicas e sociais e de 
modo que sejam preservados, de 
conformidade com o estabelecido em lei 
especial, a flora, a fauna, as belezas 
naturais, o equilíbrio ecológico e o 
patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas. 
 
De fato, a propriedade existirá 
independentemente do seu exercício por 
quem de direito. 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange 
a do espaço aéreo e subsolo 
correspondentes, em altura e profundidade 
úteis ao seu exercício, não podendo o 
proprietário opor-se a atividades que sejam 
realizadas, por terceiros, a uma altura ou 
profundidade tais, que não tenha ele 
interesse legítimo em impedi-las. 
Art. 1.230. A propriedade do solo não 
abrange as jazidas, minas e demais 
recursos minerais, os potenciais de energia 
hidráulica, os monumentos arqueológicos 
e outros bens referidos por leis especiais. 
 
3 
@direitoporpamella 
Frutos e Produtos 
Segundo o artigo 1.232 do CC, os frutos 
e produtos pertencem também ao 
proprietário cabendo exceção. 
 
Aquisição da Propriedade 
Imóvel 
São formas de aquisição da 
propriedade de bens imóvel: 
Registro 
O registro de bens imóveis no país é 
regido pela Lei n. 6.015/1973 (LRP), e 
se pauta principalmente no princípio da 
publicidade e da continuidade do 
registro: 
 
Deverá ser feita a averbação na 
matrícula do imóvel. 
Acessão 
Acessão é o aumento do volume ou do 
valor da coisa principal, em virtude de 
um elemento externo, ou seja, será 
incorporado a um bem. 
As espécies de acessão são divididas 
em: 
Formação de Ilhas 
É uma ilha criada por ação da natureza 
em rios. 
 
A acessão de ilha está disciplinada no 
artigo 1.249 do CC: 
 
➢ Se a ilha abranger dois terrenos, a 
ilha será dividida conforme a “linha 
imaginária” da divisão dos dois 
terrenos. 
Aluvião 
A aluvião está prevista no artigo 1.250 
do CC: 
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da 
coisa pertencem, ainda quando separados, 
ao seu proprietário, salvo se, por preceito 
jurídico especial, couberem a outrem. 
Princípio da publicidade (art. 17, LRP): 
qualquer pessoa pode requerer certidão do 
registro sem informar ao oficial ou ao 
funcionário o motivo ou interesse do 
pedido. 
Princípio da continuidade: não 
importante quantas vezes aquele imóvel 
será passado para frente, o imóvel sempre 
terá que ser registrado a cada tradição. 
Precisa ser formação de ilha em rio, pois se 
for mar, pertencerá ao poder público. 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em 
correntes comuns ou particulares 
pertencem aos proprietários ribeirinhos 
fronteiros, observadas as regras seguintes: 
I - as que se formarem no meio do rio 
consideram-se acréscimos sobrevindos 
aos terrenos ribeirinhos fronteiros de 
ambas as margens, na proporção de suas 
testadas, até a linha que dividir o álveo em 
duas partes iguais; 
II - as que se formarem entre a referida 
linha e uma das margens consideram-se 
acréscimos aos terrenos ribeirinhos 
fronteiros desse mesmo lado; 
III - as que se formarem pelo 
desdobramento de um novo braço do rio 
continuam a pertencer aos proprietários 
dos terrenos à custa dos quais se 
constituíram. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6015original.htm
4 
@direitoporpamella 
 
O que caracteriza o aluvião é o fato do 
é o fato de o acréscimo feito pelo rio à 
margem ser de tal modo lento que se 
torna impossível precisar a quantidade 
acrescida no momento anterior. 
 
Avulsão 
Verifica-se avulsão quando a força 
súbita da corrente arranca uma parte 
considerável e reconhecida de um 
prédio, arrojando-a sobre outro prédio 
 
• Possui direito a indenização. 
A avulsãoestá disciplinada no artigo 
1.251 do CC: 
 
 
O lesionado possui 1 ano para reclamar 
(prazo decadência) 
Para melhor fixação, veremos o quadro 
comparativo entre Aluvião e Avulsão: 
Aluvião Movimentos gradativos. 
Sem direito a indenização. 
Avulsão Movimentos bruscos. 
Com direito a indenização. 
 
Acessão por álveo 
abandonado 
É a superfície que as águas cobrem 
sem transbordar para o solo natural e 
ordinariamente enxuto. Está 
disciplinado no artigo 1.252 do CC: 
 
De modo geral, é o rio que seca e vira 
um terreno. 
 
Acessões Artificiais 
As acessões artificiais são basicamente 
alterações feitas pelo homem, como 
construções e plantações. 
Art. 1.250. Os acréscimos formados, 
sucessiva e imperceptivelmente, por 
depósitos e aterros naturais ao longo das 
margens das correntes, ou pelo desvio das 
águas destas, pertencem aos donos dos 
terrenos marginais, sem indenização. 
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se 
formar em frente de prédios de 
proprietários diferentes, dividir-se-á entre 
eles, na proporção da testada de cada um 
sobre a antiga margem. 
 
 
Por analogia, se resolve o problema do 
aluvião com a regra de que o acessório 
acompanha o principal. 
É um deslocamento brusco (algum evento 
da natureza que proporcionou o 
movimento). 
Art. 1.251. Quando, por força natural 
violenta, uma porção de terra se destacar 
de um prédio e se juntar a outro, o dono 
deste adquirirá a propriedade do 
acréscimo, se indenizar o dono do primeiro 
ou, sem indenização, se, em um ano, 
ninguém houver reclamado. 
 
Parágrafo único. Recusando-se ao 
pagamento de indenização, o dono do 
prédio a que se juntou a porção de terra 
deverá aquiescer a que se remova a parte 
acrescida. 
 
Art. 1.252. O álveo abandonado de 
corrente pertence aos proprietários 
ribeirinhos das duas margens, sem que 
tenham indenização os donos dos terrenos 
por onde as águas abrirem novo curso, 
entendendo-se que os prédios marginais 
se estendem até o meio do álveo. 
Nesse caso, o terreno será dividido entre 
os dois terrenos que ficavam dos dois lados 
do antigo rio. 
5 
@direitoporpamella 
As acessões artificiais estão disciplinas 
no artigo 1.253 do CC: 
 
São citações possíveis: 
Dono do solo edifica ou planta em 
terreno próprio, com sementes ou 
materiais alheios: nessa situação, o 
dono do terreno (principal) torna-se 
proprietário das sementes, plantas ou 
materiais alheios (acessórios), 
devendo, no entanto, ressarcir o 
material que utilizou e respondendo, 
ainda, por eventuais perdas e danos, se 
agiu de má fé, segundo o artigo 1.254 
do CC: 
 
Dono das sementes, plantas ou 
materiais semeia, planta ou constrói 
em terreno alheio: nessa situação, o 
dono das sementes, plantas ou 
materiais há de perdê-las em proveito 
do proprietário do terreno; entretanto, 
se agiu de boa-fé, terá direito a 
indenização, segundo os artigos 1.255 
e 1.256 do CC: 
 
 
Um terceiro planta ou edifica com 
semente ou material alheios, em 
terreno igualmente alheio: nesse 
caso, o proprietário do terreno adquire 
a propriedade das sementes, plantas 
ou materiais, sendo que o dono destas, 
por sua vez, terá direito a indenização 
paga pelo terceiro, segundo o artigo 
1.257 do CC: 
 
Invasão do solo alheio por 
construção: 
• quando a invasão não é superior a 
5% do solo alheio e o valor da 
construção é superior ao valor do 
solo invadido: se agiu de boa-fé, o 
Art. 1.253. Toda construção ou plantação 
existente em um terreno presume-se feita 
pelo proprietário e à sua custa, até que se 
prove o contrário. 
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou 
edifica em terreno próprio com sementes, 
plantas ou materiais alheios, adquire a 
propriedade destes; mas fica obrigado a 
pagar-lhes o valor, além de responder por 
perdas e danos, se agiu de má-fé. 
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou 
edifica em terreno alheio perde, em 
proveito do proprietário, as sementes, 
plantas e construções; se procedeu de 
boa-fé, terá direito a indenização. 
 
Parágrafo único. Se a construção ou a 
plantação exceder consideravelmente o 
valor do terreno, aquele que, de boa-fé, 
plantou ou edificou, adquirirá a propriedade 
do solo, mediante pagamento da 
indenização fixada judicialmente, se não 
houver acordo. 
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve 
má-fé, adquirirá o proprietário as 
sementes, plantas e construções, devendo 
ressarcir o valor das acessões. 
Parágrafo único. Presume-se má-fé no 
proprietário, quando o trabalho de 
construção, ou lavoura, se fez em sua 
presença e sem impugnação sua. 
 
Art. 1.257. O disposto no artigo 
antecedente aplica-se ao caso de não 
pertencerem as sementes, plantas ou 
materiais a quem de boa-fé os empregou 
em solo alheio. 
Parágrafo único. O proprietário das 
sementes, plantas ou materiais poderá 
cobrar do proprietário do solo a 
indenização devida, quando não puder 
havê-la do plantador ou construtor. 
 
6 
@direitoporpamella 
construtor adquire a propriedade, 
mas deve indenizar o proprietário da 
área invadida. Por outro lado, se 
agiu de má fé, adquire a propriedade 
apenas na impossibilidade de 
demolição e se for para proteger 
terceiros de boa fé. 
 
• quando a invasão é superior a 5% 
do solo alheio: se agiu de boa-fé, o 
construtor também adquire a 
propriedade, devendo igualmente 
indenizar o proprietário da área 
invadida. Por outro lado, se agiu de 
má fé, deve-se demolir a construção, 
sendo o construtor obrigado a 
indenizar em 2 vezes as perdas e 
danos. 
 
 
Aquisição da Propriedade 
móvel 
Veremos a seguir as formas de 
aquisição da propriedade móvel: 
Ocupação 
Trata-se de modo de aquisição 
originário de propriedade, por meio do 
qual alguém se torna proprietário de 
coisa móvel sem dono ou de coisa 
abandonada. Nesse sentido, de acordo 
com o artigo 1.263 do Código Civil, 
aquele que se assenhora de coisa sem 
dono logo lhe adquire a propriedade, 
desde que essa ocupação não seja 
defesa (proibida) por lei: 
 
Ocupação e Descoberta 
A ocupação é diferente da descoberta, 
pois coisa perdida não se equipara a 
coisa sem dono, sendo assim, a pessoa 
que encontrou tem a obrigação de 
devolver para a pessoa, caso a 
conheça, ou entregar para autoridade 
competente, segundo o artigo 1.233 do 
CC: 
 
Art. 1.258. Se a construção, feita 
parcialmente em solo próprio, invade solo 
alheio em proporção não superior à 
vigésima parte deste, adquire o construtor 
de boa-fé a propriedade da parte do solo 
invadido, se o valor da construção exceder 
o dessa parte, e responde por indenização 
que represente, também, o valor da área 
perdida e a desvalorização da área 
remanescente. 
Parágrafo único. Pagando em décuplo as 
perdas e danos previstos neste artigo, o 
construtor de má-fé adquire a propriedade 
da parte do solo que invadiu, se em 
proporção à vigésima parte deste e o valor 
da construção exceder consideravelmente 
o dessa parte e não se puder demolir a 
porção invasora sem grave prejuízo para a 
construção. 
 
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-
fé, e a invasão do solo alheio exceder a 
vigésima parte deste, adquire a 
propriedade da parte do solo invadido, e 
responde por perdas e danos que 
abranjam o valor que a invasão acrescer à 
construção, mais o da área perdida e o da 
desvalorização da área remanescente; se 
de má-fé, é obrigado a demolir o que nele 
construiu, pagando as perdas e danos 
apurados, que serão devidos em dobro. 
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa 
sem dono para logo lhe adquire a 
propriedade, não sendo essa ocupação 
defesa por lei. 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa 
alheia perdida há de restituí-la ao dono ou 
7 
@direitoporpamella 
 
Tesouro 
O tesouro diz respeito ao depósito 
antigo de coisas preciosas, que estão 
ocultas, e de cujo dono não haja 
memória, segundo o artigo 1.264 do 
CC: 
 
Tendoem vista que o dono é oculto 
(pois caso fosse o contrário seria 
descoberta e não tesouro), o tesouro 
pertencerá ao proprietário do prédio 
onde foi encontrado, segundo o artigo 
1.265 do CC: 
 
Mas, caso seja encontrado em um local 
aforado, o tesouro será dividido entre 
aquele que encontrou e aquele que 
recebeu propriedade por meio de 
enfiteuse, segundo o artigo 1.266 do 
CC. 
 
 
 
Especificações 
A especificação diz respeito a um modo 
particular de adquirir a propriedade de 
bem móvel, que não pode voltar ao 
status quo anterior, subsistindo apenas 
a espécie nova. Trata-se, portanto, de 
um modo de aquisição de propriedade 
dado por meio da transformação de um 
bem móvel em uma espécie nova, seja 
por meio de trabalho ou indústria do 
especificador. 
EX: a confecção de uma escultura a 
partir de um bloco de mármore ou uma 
joia criada por um joalheiro. 
Quem tiver “criado” item novo apartir d 
eitens alheios, será o novo proprietário 
da coisa, segundo o artigo 1.269 do 
CC: 
 
A especificação pode ser praticada 
por: 
Boa-Fé 
Será dele o bem novo, mas será cabível 
a indenização, segundo o artigo 1.270 
do CC: 
legítimo possuidor. 
Parágrafo único. Não o conhecendo, o 
descobridor fará por encontrá-lo, e, se não 
o encontrar, entregará a coisa achada à 
autoridade competente. 
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas 
preciosas, oculto e de cujo dono não haja 
memória, será dividido por igual entre o 
proprietário do prédio e o que achar o 
tesouro casualmente. 
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro 
ao proprietário do prédio, se for achado por 
ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por 
terceiro não autorizado. 
Enfiteuse: Direito real, transmissível por 
ato entre vivo ou por disposição de última 
vontade, por meio do qual o proprietário 
atribui perpetuamente a outrem o domínio 
útil de sua propriedade. A título de 
sinalagma, o enfiteuta deverá pagar ao 
senhor um foro anual. 
Art. 1.266. Achando-se em terreno 
aforado, o tesouro será dividido por igual 
entre o descobridor e o enfiteuta, ou será 
deste por inteiro quando ele mesmo seja o 
descobridor. 
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em 
matéria-prima em parte alheia, obtiver 
espécie nova, desta será proprietário, se 
não se puder restituir à forma anterior. 
8 
@direitoporpamella 
 
Má-Fé 
Podendo separar os bens ou caso não 
possa ser separado, mas o 
especificador agiu de má-fé, o bem 
será de propriedade do dono da 
matéria prima, segundo o §1° do arigo 
1.270 do CC: 
 
Além disso, segundo o artigo 1.271 do 
CC, os prejudicados poderão ser 
sessarcidos dos danos que sofreram, 
mas com exceção do especificador de 
má-fé. 
Confusão, Comistão e Adjunção 
O conceito da confunsão, comistão e 
da adjunção está presente no caput do 
artigo 1.272 do CC: 
 
Confusão 
Trata-se da mistura de coisas líquidas. 
EX: mistura do vinho de um dono com 
o vinho de outro, mistura álcool e 
gasolina, etc. 
Comistão 
Trata-se da mistura de coisas sólidas 
ou secas. 
EX: a mistura de cereais de safras 
diferentes. 
Adjunção 
Trata-se da justaposição de uma coisa 
à outra. 
EX: tinta em relação à parede, ou um 
selo valioso em um álbum de um 
colecionador. 
Caso a confusão, comistão ou a 
adjunção tenha se dado através da má-
fé, a outra aprte terá direito a 
propriedade de todo o bem, pagando o 
que não for seu e abatendo da 
indenização que lhe é devida, ou 
rneunciar o que lhe pertencer para ser 
indenizado, segundo o artigo 1.273 do 
CC: 
 
É importante ressaltar que caso um dos 
três institutos resultar em coisa nova, 
aplicará as leis da especificação. 
Tradição 
Trata-se da entrega da coisa do 
alienante ao adquirente, com a 
intenção de lhe transferir o domínio. 
Ressalte-se que o contrato, por si só, 
não transfere a propriedade, gerando 
apenas obrigações. 
 
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e 
não se puder reduzir à forma precedente, 
será do especificador de boa-fé a espécie 
nova. 
Art. 1.270. § 1 o Sendo praticável a 
redução, ou quando impraticável, se a 
espécie nova se obteve de má-fé, 
pertencerá ao dono da matéria-prima. 
Art. 1.272. As coisas pertencentes a 
diversos donos, confundidas, misturadas 
ou adjuntadas sem o consentimento deles, 
continuam a pertencer-lhes, sendo 
possível separá-las sem deterioração. 
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou 
adjunção se operou de má-fé, à outra parte 
caberá escolher entre adquirir a 
propriedade do todo, pagando o que não 
for seu, abatida a indenização que lhe for 
devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, 
caso em que será indenizado. 
9 
@direitoporpamella 
Espécies 
Real: quando ocorre a entrega da 
própria coisa. 
Simbólica: quando ocorre, por 
exemplo, a entrega das chaves de uma 
casa simbolizando a entrega da própria 
casa. 
Ficta: no caso do constituo possessório 
a partir do qual o vendedor transfere a 
outra pessoa o domínio da coisa, 
conservando-a, entretanto, em seu 
poder. 
A tradição de quem não seja 
proprietário em regra não aliena o bem, 
segundo o artigo 1.268 do CC que 
também traz exeções: 
 
O negócio jurídico é nulo quando 
celebrado por pessoa absolutamente 
incapaz; for ilícito, impossível ou 
indeterminável o seu objeto. 
Agora passaremos a estudar com 
relação a Usucapião: 
Perda da Propriedade 
O código civil prevê as hipóteses de 
perda da propriedade no artigo 1.275 
do CC: 
 
Alienação 
Consiste em um negócio jurídico em 
que ocorre a transmissão do direito de 
propriedade de um patrimônio a outro. 
Podendo, portanto, essa transmissão 
ser a título gratuito (doação) ou oneroso 
(compra e venda). 
 
Tal informação está previsto no 
parágrafo único do artigo anteriormente 
mencionado: 
 
Renúncia 
Trata-se de ato jurídico unilateral pelo 
qual o proprietário declara, de forma 
Art. 1.268. Feita por quem não seja 
proprietário, a tradição não aliena a 
propriedade, exceto se a coisa, oferecida 
ao público, em leilão ou estabelecimento 
comercial, for transferida em 
circunstâncias tais que, ao adquirente de 
boa-fé, como a qualquer pessoa, o 
alienante se afigurar dono. 
§ 1 o Se o adquirente estiver de boa-fé e o 
alienante adquirir depois a propriedade, 
considera-se realizada a transferência 
desde o momento em que ocorreu a 
tradição. 
§ 2 o Não transfere a propriedade a 
tradição, quando tiver por título um negócio 
jurídico nulo. 
 
Art. 1.275. Além das causas consideradas 
neste Código, perde-se a propriedade: 
I - por alienação; 
II - pela renúncia; 
III - por abandono; 
IV - por perecimento da coisa; 
V - por desapropriação. 
 
A alienação, como ato bilateral voluntário 
transmissivo de direito real, requer a 
solenidade do registro no Cartório de 
Registro Imobiliário. 
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I 
e II, os efeitos da perda da propriedade 
imóvel serão subordinados ao registro do 
título transmissivo ou do ato renunciativo 
no Registro de Imóveis. 
10 
@direitoporpamella 
expressa, a sua vontade de renunciar a 
seu direito sobre a coisa, de forma que 
o bem não seja transmitido a ninguém. 
➢ É solene, unilateral e caso seja um 
bem imóvel, deverá ser averbado na 
escritura pública. 
 
Abandono 
O abandono configura quando o 
proprietário deixa a coisa com a 
intenção de não mais te-lâ consigo, ou 
seja, de não ser mais dono, surgindo o 
conceito de res derelictae, diante da 
derrelição. 
 
Em caso de: 
Móvel 
Será dono aquele que encontrou coisa 
abandonada. 
Imóvel 
O terceiro pode adquirir a propriedade 
de imóvel abandonado através da 
usucapião, arrematação e entre outros. 
 
Perecimento 
O perecimento da coisa constitui a 
perda do objeto, tratando-se, portanto, 
de uma modalidade involuntária de 
perda da propriedade, sendo resultado 
por força natural ou atividade humana. 
EX: deixar uma joia cair em altomar. 
 
Desapropriação 
A desapropriação é a transferência 
compulsória da propriedade particular 
para o Poder Público, seja por utilidade 
ou necessidade pública ou, ainda, por 
interesse social, através de prévia e 
justa indenização em dinheiro. 
 
Posse Trabalho 
A posse trabalho é uma espécie de 
aquisição de propriedade, seja urbana 
ou rural, de uma área extensa, sendo 
a posse ininterrupta, pacífica e boa fé, 
pelo decurso do prazo de mais de 5 
(cinco) anos. 
 
Após a renúncia de um bem, a coisa se 
torna coisa vaga. 
Por não ser um ato expresso como a 
renúncia, o abandono deve resultar de atos 
que atestem a manifesta intenção de 
abandonar, sendo insuficiente o mero 
desprezo físico pela coisa, se não 
acompanhado de sinais evidentes do 
ânimo de abdicar a propriedade. 
Lembrando que a usucapião para coisa 
abandonada é de apenas 3 anos, e a 
pessoa precisa ter a intenção e agir como 
se fosse dono, isso quer dizer pagar os 
impostos do imóvel. 
Costuma acontecer mais com bens 
imóveis, pois se você não está na posse do 
bem provavelmente você também perde a 
propriedade (a coisa deixou de existir). 
É feita por um interesse público. 
A posse deverá ser de um número 
considerável de pessoas, mas, diversas 
pessoas devem fazer o uso daquela área, 
para fins de interesse social e coletivo, 
devendo haver produtividade, 
independente da forma, seja através de 
atividades culturais, seja através de 
moradia e até mesmo fomentando 
situações econômicas, o que adéqua ainda 
mais a finalidade da função social. 
11 
@direitoporpamella 
O proprietário do local perderá o 
terreno, na maioria das vezes e o juiz 
fixará uma multa que é muitas vezes 
simbólica para os ocupantes pagarem. 
A posse trabalho está prevista no artigo 
1.228 §4° e §5° do CC: 
 
 
Conceito 
A usucapião é uma forma de 
estabelecer uma função social (como 
moradia, subsistência, atividade 
econômica ou outro) para alguém que 
toma posse, cuida e preza pela 
manutenção de um bem que, na mão 
de seu dono, não esteja em 
consonância com suas obrigações com 
a sociedade. 
A Usucapião, também pode ser 
chamada de prescrição aquisitiva, que 
é uma modalidade de aquisição 
originária de um direito real: a 
propriedade, que é reconhecida em 
atenção à posse mansa, pacífica e 
prolongada por certo intervalo de 
tempo. 
Fundamento 
O fundamento da usucapião está 
assentado, no princípio da utilidade 
social, na conveniência de se dar 
segurança e estabilidade à 
propriedade, bem como de se 
consolidar as aquisições e facilitar a 
prova do domínio. 
Tipos da Usucapião 
Usucapião ordinária: ocupante 
adquire a propriedade do imóvel se o 
possuir por 10 anos, de forma mansa, 
contínua e incontestadamente, com 
justo título e boa-fé; 
 
Usucapião extraordinária: ocupante 
adquire a propriedade do imóvel se o 
possui por 15 anos, sem interrupção, 
nem oposição, independentemente de 
justo título e boa-fé; 
 
Será uma ação de declaração e a 
sentença será o título para registrar o 
imóvel. 
Usucapião especial urbana: 
ocupante, que não é proprietário de 
outro imóvel urbano ou rural, passa a 
ter o domínio de área urbana de até 
250m², quando o ocupa por no mínimo 
5 anos ininterruptos e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de 
sua família; 
Art. 1.228 § 4 o O proprietário também 
pode ser privado da coisa se o imóvel 
reivindicado consistir em extensa área, na 
posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de 
cinco anos, de considerável número de 
pessoas, e estas nela houverem realizado, 
em conjunto ou separadamente, obras e 
serviços considerados pelo juiz de 
interesse social e econômico relevante. 
§ 5 o No caso do parágrafo antecedente, o 
juiz fixará a justa indenização devida ao 
proprietário; pago o preço, valerá a 
sentença como título para o registro do 
imóvel em nome dos possuidores. 
 Precisa de justo título e boa-fé. 
Não precisa de justo título e boa-fé. 
12 
@direitoporpamella 
 
Usucapião especial rural: estabelecer 
moradia habitual ou tornar a terra 
produtiva por seu trabalho e/ou de sua 
família de área rural não superior a 
cinquenta hectares por 5 (cinco) anos 
ininterruptos e sem oposição, desde 
que não seja possuidor de nenhum 
imóvel, rural ou urbano; 
 
Usucapião especial urbana por 
abandono do lar: semelhante à 
usucapião especial urbana pro misero, 
porém com a ocupação por 2 anos de 
imóvel cuja propriedade divida com ex-
cônjuge ou ex-companheiro 
abandonador; 
 
Usucapião especial urbana coletiva: 
vários ocupantes (população de baixa 
renda) que não sejam proprietários de 
outro imóvel mas possuem uma área 
urbana com mais de 250m², por 5 anos, 
ininterruptamente e sem oposição. 
 
Requisitos 
Posse com intenção de ser dono 
A posse do imóvel ocupado não pode 
decorrer de mera tolerância, como por 
exemplo, contrato de locação, 
comodato e entre outros. Pelo 
contrário, o ocupante deve ter a 
intenção de dono em relação à área 
ocupada, como se quisesse ser o 
proprietário. 
Posse mansa e pacífica 
“Posse Ad Usucapionem”. 
O indivíduo que ocupou o imóvel deve 
seu possuidor sem que o proprietário 
do imóvel tenha contestado sua 
permanência nele, ou seja, o dono não 
se manifestou de nenhuma forma 
contrária. 
 
Coisa hábil ou suscetível de 
usucapião 
Significa dizer que o bem precisa ser 
possível de aplicar a prescrição 
aquisitiva, ou seja, aqueles que não são 
impedidos de se usucapir, como por 
exemplo, os bens públicos são 
impedidos, segundo o artigo 102 do 
CC: 
 
Justo Título e Boa-Fé 
A boa-fé quer dizer que o ocupante 
ingressou no imóvel como se dono 
fosse, de maneira lícita, com a crença 
Só poderá usucapir uma vez na vida, nessa 
modalidade, além de não poder ter outro 
imóvel. 
Só poderá usucapir uma vez na vida, nessa 
modalidade, além de não poder ter outro 
imóvel e tornar a área produtiva e para 
moradia. 
Não poderá usucapir imóvel individual e 
sim imóvel comum do casal. 
Geralmente é feita por famílias. As ações 
poderão ser coletivas ou individuais. 
A contestação do proprietário pode ser feita 
mediante registro em Cartório de Registro 
de Imóveis. Se houver tal contestação, a 
usucapião é descaracterizada. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão 
sujeitos a usucapião. 
https://www.aradvogadosreunidos.com.br/tudo-sobre-direito-da-familia/
https://www.aradvogadosreunidos.com.br/tudo-sobre-direito-da-familia/
13 
@direitoporpamella 
de que é legítimo possuidor para 
exercer domínio sobre o imóvel. 
O justo título diz respeito à existência 
de um ato/documento/contrato 
podendo ser, como por exemplo, uma 
promessa de compra e venda entre o 
possuidor e o antigo 
possuidor/proprietário do imóvel, um 
contrato de cessão de direitos, entre 
outros documentos que justifiquem o 
exercício da posse de boa-fé. 
 
Decurso do Tempo 
O ocupante precisa estar no imóvel 
sem nunca o ter desocupado. Ou seja, 
a posse deve ser contínua e duradoura. 
Cada tipo de usucapião possui um 
prazo mínimo. Para melhor fixação, 
veremos o quadro a seguir: 
Prazos da Usucapião 
Usucapião 
Ordinária 
10 anos que diminui para 5 anos quando adquirido 
onerosamente por registro em cartório imobiliário. 
Usucapião 
Extraordinária 
15 anos que pode diminuir para 10 anos caso os possuidores 
tenham estabelecido moradia ou realizaram investimentos de 
interesse social e econômico no imóvel. 
Usucapião 
Especial Urbana 
5 anos. 
Usucapião 
Especial 
Coletiva 
5 anos. 
Usucapião 
Urbana por 
Abandono 
2 anos. 
Coisa Móvel 
A usucapião de bem móvel é um meio 
de aquisição originária da propriedade 
de coisa móvel, nos termos do 
art. 1260 a 1262 do CC. 
A usucapião de bem móvel se divide 
em duas espécies: 
Usucapião ordinária: é aquela que 
permite a aquisição da propriedade de 
uma coisa móvel a quem possuí-la 
como sua contínua e 
incontestavelmentepor três anos com 
justo título e boa-fé. Está disciplinada 
no artigo 1.260 do CC: 
 
➢ Precisa de justo título e boa-fé. 
➢ O justo título pode ser uma herança, 
por exemplo. 
Usucapião extraordinária: é aquela 
que permite a aquisição da propriedade 
de uma coisa móvel pela posse 
contínua e incontestada por 5 anos, 
A boa-fé e o justo título é dispensável. 
 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel 
como sua, contínua e incontestadamente 
durante três anos, com justo título e boa-fé, 
adquirir-lhe-á a propriedade. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650995/artigo-1260-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650920/artigo-1262-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
14 
@direitoporpamella 
independentemente da existência de 
justo título e boa-fé. 
➢ Não precisa de justo título e boa-fé. 
Ação Declaratória 
Ação devida para a usucapião é a ação 
declaratória visando ao 
reconhecimento da relação jurídica 
dominial sobre determinados bens. 
➢ O rito será sumário. 
 
Art. 246. § 3º Na ação de usucapião de 
imóvel, os confinantes serão citados 
pessoalmente, exceto quando tiver por 
objeto unidade autônoma de prédio em 
condomínio, caso em que tal citação é 
dispensada. 
15 
@direitoporpamella 
https://blog.sajadv.com.br/posse-e-propriedade/ 
http://genjuridico.com.br/2019/12/16/caracteristicas-da-
propriedade/#:~:text=b)%20Car%C3%A1ter%20exclusivo&text=Essa%20caracter%
C3%ADstica%20significa%20que%20n%C3%A3o,tempo%2C%20da%20inteireza%
20da%20coisa. 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1361/Formas-de-aquisicao-da-
propriedade-
imovel#:~:text=1245%2C%201246%20e%201247%20a,havido%20como%20dono
%20do%20im%C3%B3vel 
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-
de-imovel-por-acessao-1 
https://www.aradvogadosreunidos.com.br/requisitos-principais-usucapiao/ 
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-
movel-1 
https://jus.com.br/artigos/92144/da-perda-da-propriedade-imovel-e-movel 
https://blogmarianagoncalves.jusbrasil.com.br/artigos/728416410/usucapiao-
conhece-a-modalidade-posse-
trabalho#:~:text=A%20posse%20trabalho%2C%20ou%20posse,de%205%20(cinco)
%20anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://blog.sajadv.com.br/posse-e-propriedade/
http://genjuridico.com.br/2019/12/16/caracteristicas-da-propriedade/#:~:text=b)%20Car%C3%A1ter%20exclusivo&text=Essa%20caracter%C3%ADstica%20significa%20que%20n%C3%A3o,tempo%2C%20da%20inteireza%20da%20coisa
http://genjuridico.com.br/2019/12/16/caracteristicas-da-propriedade/#:~:text=b)%20Car%C3%A1ter%20exclusivo&text=Essa%20caracter%C3%ADstica%20significa%20que%20n%C3%A3o,tempo%2C%20da%20inteireza%20da%20coisa
http://genjuridico.com.br/2019/12/16/caracteristicas-da-propriedade/#:~:text=b)%20Car%C3%A1ter%20exclusivo&text=Essa%20caracter%C3%ADstica%20significa%20que%20n%C3%A3o,tempo%2C%20da%20inteireza%20da%20coisa
http://genjuridico.com.br/2019/12/16/caracteristicas-da-propriedade/#:~:text=b)%20Car%C3%A1ter%20exclusivo&text=Essa%20caracter%C3%ADstica%20significa%20que%20n%C3%A3o,tempo%2C%20da%20inteireza%20da%20coisa
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1361/Formas-de-aquisicao-da-propriedade-imovel#:~:text=1245%2C%201246%20e%201247%20a,havido%20como%20dono%20do%20im%C3%B3vel
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1361/Formas-de-aquisicao-da-propriedade-imovel#:~:text=1245%2C%201246%20e%201247%20a,havido%20como%20dono%20do%20im%C3%B3vel
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1361/Formas-de-aquisicao-da-propriedade-imovel#:~:text=1245%2C%201246%20e%201247%20a,havido%20como%20dono%20do%20im%C3%B3vel
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1361/Formas-de-aquisicao-da-propriedade-imovel#:~:text=1245%2C%201246%20e%201247%20a,havido%20como%20dono%20do%20im%C3%B3vel
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-de-imovel-por-acessao-1
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-de-imovel-por-acessao-1
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-movel-1
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-propriedade/aula/aquisicao-da-propriedade-movel-1
https://jus.com.br/artigos/92144/da-perda-da-propriedade-imovel-e-movel

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