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Profa. Ma. Ana Polazzo UNIDADE I Administração do Varejo O destino de grande parte da produção industrial brasileira é o varejo, que busca atender às necessidades de seu público consumidor. A experiência do cliente é o mais importante! As experiências de compra podem ser variadas: Pesquisa de produto no computador ou no smartphone, e, depois, na loja física; Pontos de contato: os meios pelos quais o cliente faz a compra; Lembrando que o cliente deve ter, sempre, a mesma experiência; é por isso que muitas organizações adotaram o varejo omnichannel – todos os canais interligados pela tecnologia e com as mesmas informações sobre o cliente. Administração do varejo Canal de distribuição é uma estrutura de negócios e de organizações interdependentes que vai desde o ponto da origem do produto até o consumidor. Um canal de distribuição é formado por pessoas e companhias que intervêm na transferência da propriedade de um produto, à medida em que ela passa do fabricante ao consumidor final ou ao usuário industrial. O varejo é dependente dos sistemas de distribuição. Deve-se compreender que, em muitos casos, é um dos principais gargalos no oferecimento de serviços de qualidade ao cliente – quando há problemas com as entregas, isso interfere, diretamente, na satisfação do consumidor. Ao selecionar os seus canais, as empresas tratam de conseguir uma vantagem diferencial. Canais de distribuição Especificar a função da distribuição: Uma estratégia de canais deve ser desenhada dentro do contexto da visão global de marketing; Repassam-se os objetivos de marketing. Selecionar o tipo de canal: Uma vez especificada a função da distribuição no programa global de marketing, escolhe-se o canal mais adequado para o produto da companhia; Deve ser decidido se serão utilizados intermediários no canal e que tipos de intermediários. Canais de distribuição Determinar a intensidade da distribuição: Define-se o número de intermediários que participarão nos níveis de venda no varejo ou por atacado em um território. Selecionar os membros específicos do canal: Consiste em escolher determinadas companhias para que distribuam o produto, já que costumam haver numerosas empresas para escolher. Canais de distribuição Fonte: https://www.vendasexternas.com.br/tendencias- logistica-reversa-canais-de-distribuicao-e-novas-tecnologias/ Sistema de distribuição exclusiva: O próprio fabricante escolhe os seus revendedores, autorizando-os a distribuir, de forma exclusiva, os produtos e controlando grande parte das atividades desses revendedores. Nesse caso, o fabricante deve vender por meio de um ou de poucos intermediários. Sistema de distribuição seletiva: Ocorre quando o fabricante vende por meio de um grupo selecionado de intermediários. É utilizado quando a natureza do negócio precisa de valorização. Com isso, entende-se que os intermediários escolhidos são considerados os melhores para vender os produtos com base em sua localização, reputação, carteira de clientes e outros pontos fortes. Sistema de distribuição intensiva: Aplica a lógica de “quanto mais, melhor”. O fabricante vende, por meio de tantos intermediários quanto forem possíveis. É utilizado quando é preciso ter grande disponibilidade do produto em grande número de pontos de venda. Canais de distribuição – Formas de distribuição Ao selecionar os seus canais, as empresas tratam de conseguir uma vantagem diferencial. Distribuição direta: canal formado só pelo produtor e pelo consumidor final. Distribuição indireta: canal constituído pelo produtor, o consumidor final e, ao menos, por um nível de intermediários. Nessa opção, o produtor deverá escolher o tipo de intermediário que melhor satisfaça às suas necessidades. Canais de distribuição Fonte: https://maplink.global/blog/tipos-canal-distribuicao-logistica/ O fluxo entre a indústria e o consumidor está dividido em estruturas de canal de distribuição: Estrutura de canal nível 0: sem intermediários, venda direta, fabricante e consumidor. Na estrutura de canal de nível 0, as empresas conversam, diretamente, com o consumidor, excluindo as distribuidoras, os atacados ou, mesmo, o varejo; Estrutura de nível 1: um único intermediário, fabricante, varejista e consumidor. Nessa estrutura, o grande distribuidor passa a fazer a parte de distribuição e venda, e, nesse caso, pode vender não só como atacado, mas como varejo, pois a fábrica vende o seu produto e a propriedade passa a ser do distribuidor, que vai escolher os seus clientes. Uma tendência crescente são os “atacarejos”, que atendem tanto atacadistas quanto varejistas; Canais de distribuição Estrutura de nível 2: dois intermediários, fabricante, atacadista, varejista e consumidor. Nessa estrutura, a indústria repassa o produto aos seus distribuidores, que irão repassá-lo, exclusivamente, para o varejo, que, por sua vez, atende ao cliente final. Nesse caso, os direitos do produto, também, são repassados ao distribuidor, mas ele poderá, apenas, vender para o varejo para fazer a distribuição; Estrutura de nível 3: três intermediários, fabricante, agente, atacadista, varejista e consumidor. Essa estrutura é o canal mais tradicional de todos, pois envolve o distribuidor, o representante, o varejo e o cliente. Canais de distribuição Canais de distribuição Fonte: Adaptado de: http://logisticanodiadia.blogspot.com/2012/03/niveis-de-canais-de- distribuicao.html Produtor Produtor Produtor Produtor Atacadista Distribuidor Varejista Consumidor Atacadista Varejista Consumidor Varejista Consumidor Consumidor Como as principais funções dos intermediários na distribuição dos produtos, temos: Reunir as informações sobre os clientes; Desenvolver o programa de comunicação apropriado ao mercado de atuação; Estabelecer os acordos de preço e de formas de pagamento, condizentes com o fluxo de mercadorias e o mercado; Obter os recursos para o financiamento de estoques em diferentes níveis do canal de marketing; Investir e gerenciar as estruturas de abastecimento e estoques. Canais de distribuição Varejo: o comércio que vende pequenas quantidades para o consumidor final e com o preço final mais acessível aos consumidores. Las Casas (2013, p. 17) afirma que: “Independentemente da forma com que as definições varejistas são apresentadas, a essência é que se trata de comercialização, a venda no varejo apresenta certas características diferentes da venda de serviços”. Independentemente da forma pela qual as definições varejistas sejam apresentadas, um aspecto importante a salientar é que se trata de comercialização a consumidores finais. Um comércio varejista que vende por meio de lojas é chamado de varejo lojista, e aquele em que se vende, diretamente, é o não lojista. Conceito de varejo O varejo é o tipo de empresa ou negócio que tem, como uma das principais características, estar relacionado, diretamente, ao cotidiano das pessoas, das comunidades, das regiões, enfim, da sociedade brasileira. Em todas as localidades do país existe algum estabelecimento de comércio que vende bens e serviços ao consumidor final, e que, normalmente, tem uma ligação íntima com uma região e com a própria cultura local. A visibilidade e a importância do varejo na economia são indiscutíveis; por isso, é necessário ter um olhar direcionado para esse setor varejista, de forma que ele possa suprir novas demandas dos consumidores. Conceito de varejo Fonte: https://www.cqcs.com.br/noticia/seguradora-fecha-parceria-com-empresa-de-varejo-para-ofertar-seguro/ A primeira das cinco ondas foi aquela dos serviços oferecidos nas lojas, usualmente, terceirizados, que visavam tornar mais fácil a vida dos clientes, como: câmbio, embalagens para presentes etc. Na segunda onda, o varejo avança disponibilizando os serviços com a sua marca, integrados comos produtos comercializados. Ex.: os projetos de decoração ou móveis modulados e a assistência técnica especializada. A terceira onda é característica dos serviços financeiros oferecidos pelo varejo e inclui todas as alternativas, que vão dos seguros e extensão de garantia, e podem chegar, até, a operação de serviços bancários com a marca do varejo. Na quarta onda, o varejo avança para os serviços pagos que estão fora de seu ambiente original de atuação, aproveitando as informações disponíveis sobre o perfil de consumo de seus clientes, como o especial através do cartão de crédito próprio. Conceito de varejo – Ondas de serviços A quinta onda é aquela em que os serviços pagos, que foram incubados dentro dos pontos de venda das redes, por sua crescente importância nos negócios dos conglomerados varejistas, ganham vida própria e passam a ser oferecidos em pontos próprios exclusivos. A sexta onda, que já se firmou e só tenderá a crescer de importância, é a dos serviços digitais oferecidos por varejistas, como o download de livros, jogos, músicas e filmes, feitos nos sites das empresas varejistas. A sétima onda é aquela marcada pelo avanço da indústria fornecedora de produtos para a atuação no varejo com a integração de serviços para atender às demandas emergentes. São exemplos desse movimento as operações da Nestlé com os seus quiosques de café e sorvetes. Conceito de varejo – Ondas de serviços É característica dos serviços financeiros oferecidos pelo varejo e inclui todas as alternativas, que vão dos seguros e extensão de garantia, e podem chegar, até, a operação de serviços bancários com a marca do varejo. Esta definição refere-se a qual das ondas de varejo descritas a seguir: a) Segunda onda. b) Quarta onda. c) Terceira onda. d) Sétima onda. e) Quinta onda. Interatividade É característica dos serviços financeiros oferecidos pelo varejo e inclui todas as alternativas, que vão dos seguros e extensão de garantia, e podem chegar, até, a operação de serviços bancários com a marca do varejo. Esta definição refere-se a qual das ondas de varejo descritas a seguir: a) Segunda onda. b) Quarta onda. c) Terceira onda. d) Sétima onda. e) Quinta onda. Resposta Os primeiros registros da atividade do varejo no mundo são da Antiguidade, na época em que Atenas era uma das principais cidades-estado da Grécia, durante o grande período da civilização grega. Em Roma, cuja história abrange mais de dois mil e quinhentos anos desde a sua fundação lendária, em 753 a.C., existiram grandes áreas comerciais. O varejo é uma das atividades pioneiras que a humanidade conhece. Depois que o homem deixou de ser nômade, fixou-se em determinado local para explorar a agricultura e a criação de animais. Sabe-se que a prática de escambo surgiu na Pré-História, durante o período Neolítico (há cerca de 10 mil anos). Foi o surgimento da agricultura e da criação de gado que favoreceu a troca de trabalho por produtos nesse período. A história do varejo Durante a Idade Média, a cultura era controlada pela Igreja Católica. Não ocorreu o desenvolvimento técnico e científico, pois a Igreja impedia esses avanços ao colocar a fé como o único caminho a seguir; por isso, há poucas evidências de que os formatos de varejo tenham evoluído. Mas grandes mercadores promoviam a importação e exportação de mercadorias de todas as partes do mundo. Europeus, árabes e asiáticos comercializavam os seus produtos uns com os outros, e isso abastecia os comércios locais com os produtos importados. No final da Idade Média, houve o período das grandes descobertas marítimas e, consequentemente, a expansão do comércio para os países orientais, como: a Índia, a China, o Japão etc. Com a invenção do navio a vapor, as trocas tornaram-se mais rápidas, mesmo entre os comerciantes distantes. A história do varejo O varejo brasileiro tem as suas raízes nas primeiras comercializações feitas, ainda, no Brasil Colônia, época em que a relação de dependência com Portugal era muito grande. Existiam as chamadas Companhias de Comércio, que foram criadas para atingir certa economia de escala. O ano de 1808 marcou uma mudança profunda nos rumos da Colônia e do comércio. Até então, o comércio dentro da Colônia era bastante limitado e a produção existente era, basicamente, de subsistência, à exceção das culturas de exportação. A vinda da Família Real portuguesa, para o Brasil – fugindo de Napoleão Bonaparte, na Europa – e a abertura dos portos causaram uma intensa movimentação de navios e mercadorias em cidades portuárias, como: Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, Recife e Belém. A história do varejo brasileiro Na virada da década de 1940, surgiu em São Paulo a Sears, loja de departamentos que dispunha de lanchonete e estacionamento, pioneira na utilização do self-selection (traduzido, literalmente, como autosseleção), modalidade de autosserviço em que o cliente escolhe a mercadoria e a venda é finalizada por vendedores especializados em cada departamento. Surgiram as lojas especializadas em roupas, que começaram a se utilizar de vitrines para a exposição de produtos, propagandas em rádios e jornais, e o lançamento de promoções aproveitando as datas comemorativas. O varejo de rua também cresceu muito após a Revolução Industrial. Os formatos de varejo evoluem, paralelamente, às transformações de nossas sociedades. Apesar do crescimento do comércio varejista, o poder de barganha ficou até o início do século XX nas mãos de fabricantes e atacadistas. Com a formação das grandes redes varejistas, o poder de barganha dos varejistas aumentou. A história do varejo brasileiro Fase 1: até os anos 1950 – Concentrado na faixa litorânea das grandes cidades: Faltam bens industrializados; O comércio era, basicamente, constituído de feiras e mercados de vizinhança; As classes dominantes eram agrícolas e comerciais. Fase 2: anos 1970 (localização) – Consumo de produtos massificados: Surgem os primeiros shopping centers; Em 1974, o primeiro hipermercado é inaugurado no Brasil: o Carrefour; O setor do varejo cresce, e a expansão ocorre de forma regional e orgânica; Mappin, Mesbla, Americanas, Arapuã e Pernambucanas começam a dominar o mercado. A história do varejo brasileiro Fase 3: anos 1980 (produto) – Consumo de marcas em alta: No cenário econômico, a hiperinflação e a recessão estão presentes, porém ocorrem os ganhos financeiros; A pressão da indústria ocasiona os conflitos com o varejo; Os modelos em crescimento são os hipermercados, inaugurando as lojas de fábrica; A expansão do comércio varejista ocorre por fusão e aquisição de concorrentes “quebrados”; Carrefour, Eldorado, Paes Mendonça, Bompreço, Jumbo, Pão de Açúcar, Sears, Sandiz, O Boticário, Forum, Zoomp, McDonald’s, KFC e Bob’s dão os seus primeiros passos no território brasileiro. A história do varejo brasileiro Fase 4: anos 1990 (consumidor) – O presidente Fernando Collor de Mello proporciona a abertura do mercado: Fase de grande inflação e perda de poder de compra; Posteriormente, o Plano Real traz uma estabilidade aos preços; Ocorre o acirramento da concorrência com os investimentos estrangeiros; Grande pressão do varejo em busca de ganhos operacionais, produtividade e eficiência. A história do varejo brasileiro Lojas de especialidade: comercializam uma linha estreita de produtos com um profundo sortimento dentro dessa linha, como: roupas, materiais esportivos, móveis, floriculturas e livrarias. Lojas de departamentos: vendem várias linhas de produtos, tipicamente, roupas, móveis e utilidades domésticas, e cada linha é gerenciada como um departamento separado, administrado por compradores especializados etc. Supermercados: relativamente grandes, operam com um custo baixo, margem pequena, volume elevado e autosserviço projetado para atender às necessidadestotais dos consumidores em termos de alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, e produtos para a manutenção do lar. Funções e tipos de varejo Lojas de conveniências: ocupam os espaços relativamente pequenos, localizando-se próximo de áreas residenciais, permanecendo abertas além do horário normal e sete dias por semana. Lojas de descontos: vendem mercadorias padronizadas a preços mais baixos porque trabalham com pequenas margens e com grande volume. Varejistas off-prices (de liquidação): compram a preços abaixo de atacado e transferem parte da vantagem aos consumidores. Trabalham com sortimento variável e mutante de produtos de alta qualidade. Superlojas: visam atender à necessidade total dos consumidores para as compras rotineiras de alimentos e de itens não alimentícios. Geralmente, oferecem uma gama variada de serviços, como: lavanderias, sapateiros, caixas eletrônicos de bancos etc. Funções e tipos de varejo Showroom de vendas por catálogos: Vendem uma seleção ampla de bens de marcas conhecidas, que, por meio de catálogos, permitem margens altas, giro rápido e descontos nos preços. O sortimento oferecido inclui joias, ferramentas elétricas, câmeras fotográficas, malas de viagem, pequenos eletrodomésticos, brinquedos e materiais esportivos. Os consumidores escolhem os produtos nos catálogos que, depois, são retirados na área de expedição do showroom. Funções e tipos de varejo Novos tipos de lojas surgem para atender às preferências variadas em relação a diferentes níveis e tipos de serviços. Varejo de autosserviço: Usado em muitas operações varejistas, especialmente, para oferecer bens de conveniência e, em alguma extensão, bens de compra comparada. Muitos consumidores estão dispostos a assumir o seu próprio processo de localizar, comparar e selecionar os produtos para economizar dinheiro. Varejo de autosseleção: Envolve os consumidores à procura de bens, com alguma assistência de vendedores. Esse tipo de varejo tem custos operacionais mais elevados do que os varejos de autosserviço, pois exige maior número de funcionários. Tipos de operações em varejo Varejo de serviço limitado: Fornece mais assistência de venda porque possui maior número de produtos de compra comparada, os quais demandam a informação de vendedores. Lojas desse tipo oferecem privilégios de crédito e de devolução de mercadorias, o que não é comumente encontrado em lojas que oferecem poucos serviços. Com isso, os varejos de serviço limitado possuem custos operacionais, ainda mais, elevados. Varejo de serviço completo: É composto de lojas que possuem vendedores preparados para orientar o consumidor em todas as fases do processo de localização, comparação e seleção de compra. Os consumidores que gostam de ser atendidos preferem esse tipo de loja. Devido ao grande número de serviços diferenciados, esse tipo de varejo apresenta um custo extremamente elevado. Tipos de operações em varejo Autosserviço: No Brasil, as primeiras experiências com o conceito de autosserviço ou self-service surgiram, em 1947, com o Frigorífico Wilson, em São Paulo, que vendia os tradicionais produtos de mercearia por meio do sistema de autosserviço e as carnes, em um balcão frigorífico fechado e com atendimento pessoal; Os supermercados Sirva-se S.A. foram os primeiros a utilizar layout e equipamentos similares aos norte-americanos. Com 800 m2 de área de vendas, a loja apresentava as características dos supermercados modernos, como as divisões por seções, espaços para as propagandas de produtos e a utilização das pontas de gôndolas para a promoção de produtos. Foi o pioneiro a vender, no mesmo local, carne, frutas e verduras, além da linha de mercearia; A partir do Sirva-se surgiram outras lojas, como o Peg-Pag, em 1954, que veio a se tornar o padrão dos supermercados em termos de formatação de loja, atendimento e treinamento de funcionários. Tipos de operações em varejo Normalmente, os shopping centers pertencem, apenas, a um proprietário (que não é uma pessoa física única, mas pode ser um único conglomerado financeiro), que efetua o contrato de utilização de suas lojas com os lojistas e é responsável pelo comando do seu negócio, e, de acordo com as condições estabelecidas em contrato, pode ter maior ou menor autonomia em seu próprio negócio. Mesmo em casos em que os lojistas têm grande autonomia, são realizadas auditorias sobre o funcionamento das lojas e das informações, regularmente, fornecidas pelo lojista sobre as vendas realizadas, fazendo com que o proprietário do shopping, ainda, mantenha o controle sobre o negócio. Tipos de operações em varejo – Shopping centers A administração do shopping atua como o síndico, e as lojas são os condôminos ou os locatários. O condomínio é dirigido por meio de normas e regimentos internos, associados ao contrato de locação; em caso de descumprimento, podem ocasionar punições às lojas. Como são proprietários das lojas, os administradores têm maior poder de decisão e controle da gestão em relação aos lojistas, já que o seu lucro depende do desempenho comercial de todos. É comum realizarem um acompanhamento mensal dos lojistas quanto ao desempenho comercial, e à adequação visual e operacional das lojas de acordo com os padrões preestabelecidos. Tipos de operações em varejo – Shopping centers O estabelecimento varejista que vende várias linhas de produtos, tipicamente, roupas, móveis e utilidades domésticas, em que cada linha é gerenciada como um departamento separado, refere-se a qual tipo de varejo: a) Loja de departamentos. b) Supermercados. c) Lojas de especialidades. d) Lojas de descontos. e) Lojas de conveniência. Interatividade O estabelecimento varejista que vende várias linhas de produtos, tipicamente, roupas, móveis e utilidades domésticas, em que cada linha é gerenciada como um departamento separado, refere-se a qual tipo de varejo: a) Loja de departamentos. b) Supermercados. c) Lojas de especialidades. d) Lojas de descontos. e) Lojas de conveniência. Resposta A solução está em dar ênfase à conveniência e ao atendimento ao cliente. Observe tais aspectos a seguir: Personalização e conexão com o consumidor; Criação de formatos flexíveis; Melhor colaboração entre os investidores imobiliários e varejistas; Fusão de lojas físicas e e-commerce. Marketing varejo – Shopping center Reavaliação de um novo modelo de aluguel. O frequentador passa mais tempo no shopping. Shoppings como comunidades. Engajamento de millenials: a população jovem é considerada como a maior geração em número de pessoas em diversos países, a exemplo dos EUA. Para esse público, não existem barreiras entre o on-line e o off-line e, para melhor atendê-los, os shoppings estão se baseando nos conceitos de personalização, customização e sustentabilidade. Marketing varejo – Shopping center As modalidades mais praticadas de venda direta são: Door to door ou porta a porta: o revendedor vai até a residência ou o local de trabalho do consumidor, para demonstrar e vender os produtos; Catálogo: o revendedor deixa o catálogo ou o folheto na residência do consumidor, e, depois, passa para retirar o pedido; Party plan: o revendedor promove um chá na casa de uma consumidora para ela e as suas amigas, para demonstrar e revender os produtos. Marketing varejo – Vendas diretas Os revendedores podem lucrar de duas maneiras: Sistema mononível: o revendedor compra o produto e o revende com uma margem de lucro média de 30%; Sistema multinível: além da margem de lucro, o revendedor que indicar outros revendedores ganha uma porcentagem sobre essas vendas. Nesse sistema, os ganhos são proporcionais ao esforço empregado. (ABVED, 2015) Marketing varejo – Vendas diretas Breve história da venda direta: No mundo: Marketing varejo – Vendas diretas No mundoFim do século XVIII Na Inglaterra, aparecem os primeiros registros oficiais sobre a venda direta, quando a editora da Enciclopédia Britânica adota a prática de vender, de porta em porta, suas coleções 1886 Em Nova York, o vendedor de livros a domicílio David McConnell passa a oferecer perfumes como brinde para quem compra seus produtos. Logo percebe que as pessoas compram os livros para ganhar as fragrâncias, e então decide vender cosméticos de porta em porta 1887 Com uma equipe de 12 vendedoras, McConnell funda a Perfumes Califórnia 1897 A Perfumes Califórnia lança seu primeiro catálogo de ofertas, com perfumes e outros produtos de beleza Década de 1930 No Japão, por conta de um surto de infecções intestinais que provoca um aumento do índice de mortalidade infantil, o pesquisador Minoru Shirota desenvolve o leite fermentado Yakult, que inibe bactérias nocivas e equilibra a flora intestinal. O produto é distribuído por sistema de entrega domiciliar 1939 A Perfumes Califórnia, com distribuidores em quarenta estados americanos, muda seu nome para Avon 1946 O engenheiro americano Earl Tupper lança uma linha de utensílios plásticos para cozinha, a Tupperware, e o sistema de reuniões domiciliares 1959 Os jovens empreendedores Jay Van Andel e Rich DeVos fundam a Amway e desenvolvem o método de oferecer aos vendedores condições de montar sua própria rede de negócio na distribuição de uma variada linha de produtos 1963 A texana Mary Kay Ash funda a empresa que leva seu nome, com o objetivo de estimular mulheres a montar seu próprio negócio Breve história da venda direta: No Brasil: Marketing varejo – Vendas diretas No Brasil 1942 A empresa brasileira Hermes começa a desenvolver no país o conceito de venda direta, por meio do reembolso postal 1959 A Avon inaugura sua fábrica em São Paulo. Sua primeira produção foi o batom Fashion, na cor clear red 1966 A Yakult desembarca no Brasil, apresentando seu sistema de vendas aos consumidores locais 1968 A Yakult constrói uma fábrica em São Bernardo do Campo 1969 Com um laboratório para produzir cosméticos e uma pequena loja em São Paulo, é criada a Natura 1974 A Natura inicia o sistema de venda direta, o ponto de partida para o crescimento da empresa 1976 A Tupperware chega ao Brasil com seu método de reuniões domiciliares 1980 A Natura entra no mercado de maquiagem e perfumaria e inicia operações no Chile 1984 É a vez da Nu Skin Enterprises iniciar suas atividades no Brasil Década de 1990 Com o sucesso da venda direta no país, chegam empresas como Amway, Nature’s Sunshine, Herbalife, Mary Kay e Fibrative A participação do comércio eletrônico no varejo brasileiro aproxima-se de 3%, contra quase 8% nos EUA e 12% no Reino Unido. Isso revela a oportunidade de crescimento e de penetração dos canais digitais. A Black Friday, que ocorre em uma sexta-feira, no mês de novembro, foi introduzida no Brasil, a fim de oferecer produtos com desconto. A internet é um agente de comunicação, informação e relacionamento, e o principal modo de fazer negócios. Como ela é democrática, permite às pequenas empresas estarem lado a lado com as grandes corporações de cada setor, e, também, a ampliarem as suas fronteiras. Varejo eletrônico O componente de interatividade e via de mão dupla, que a internet apresenta, aponta para uma revolução no relacionamento das empresas com os seus consumidores, e as empresas que desejam permanecer nesse novo mercado. A criação de um site para os negócios não fornece à empresa o acesso instantâneo a um universo de clientes. O que o meio oferece é uma forma de municiar os seus clientes de um serviço de informações e uma nova possibilidade de comercializar os seus produtos. A gestão de uma loja eletrônica se assemelha, em muito, à gestão de uma loja física. A loja eletrônica é o ponto de contato entre o varejista e o consumidor, em que a homepage é a apresentação externa. Varejo eletrônico O comércio eletrônico é formado por diversas modalidades: Business to business (B2B): é o comércio realizado de empresa para empresa, por exemplo, a loja de varejo Ricardo Eletro, com quase mil lojas espalhadas pelo Brasil, faz os seus pedidos via sistema para a Consul entregar os seus refrigeradores; Business to consumer ou business to customer (B2C): ocorre entre as empresas e o consumidor final, por exemplo, a compra de pneus pelo consumidor no sistema de vendas do Extra.com; Consumer to consumer (C2C): é a comercialização de bens ou serviços entre os consumidores finais, sem intermediários; o Mercado Livre é um dos principais exemplos; Varejo eletrônico O comércio eletrônico é formado por diversas modalidades: Government to consumers (G2C): ocorre entre os governos e os consumidores, por exemplo, o pagamento de impostos, multas e tarifas públicas; Government to business (G2B): ocorre entre o governo e as empresas, por exemplo, as compras pelo Estado na internet, por meio de licitações, tomada de preços etc. Varejo eletrônico Vantagens para o consumidor: Disponibilidade de acesso à loja 24 horas por dia; Mais informações sobre o produto e a empresa; Preço do produto/serviço potencialmente menor; Comodidade na hora da compra e no recebimento. Varejo eletrônico Fonte: https://digitalks.com.br/noticias/10-tendencias-para-o-varejo-em-2017/ Vantagens para o varejista: Sem qualquer importância da localização e tamanho do pedido; Custos de operação baixos; Amplo alcance do público-alvo; Perfil mais elevado de renda dos consumidores; Loja aberta a todo o instante; Maior oportunidade de realização de gestão de relacionamento com o cliente; (CRM – Customer Relationship Management). Varejo eletrônico Desvantagens para o consumidor: A impossibilidade de contato com o produto antes da compra; O tempo de espera para o recebimento de um produto, já que, na loja física, ele compra e leva na hora (o que ocorre com os produtos). Desvantagens para o varejista: Know-how de gerenciamento, ainda, baixo; Logística mais complexa; Baixo índice de compras por impulso; Legislação incipiente; Não adaptabilidade de perícia do varejo tradicional; Pressão nas margens de preços das lojas; Pós-venda mais difícil (principalmente, para as vendas internacionais). Varejo eletrônico O revendedor vai até a residência ou o local de trabalho do consumidor, para demonstrar e vender os produtos. À qual modalidade de venda direta esta afirmação se refere: a) Party plan. b) Venda consignada. c) Venda casada. d) Door to door. e) Catálogo. Interatividade O revendedor vai até a residência ou o local de trabalho do consumidor, para demonstrar e vender os produtos. À qual modalidade de venda direta esta afirmação se refere: a) Party plan. b) Venda consignada. c) Venda casada. d) Door to door. e) Catálogo. Resposta É um modelo empresarial baseado na venda de licença de uso de um negócio com marca, know-how, estruturas, rotinas e produtos/serviços desenvolvidos por um franqueador. É uma estratégia de mercado para aqueles que desejam iniciar um novo projeto, já com bases mais consolidadas, aplicações testadas e certo reconhecimento pelo público-alvo. Quem adquire esses direitos torna-se um franqueado. A franquia segue um modelo padrão de negócio já desenvolvido e testado, podendo ser replicado em sua totalidade ou em partes. O sistema é padronizado: arquitetura; comunicação visual; marketing integrado; serviços; condições comerciais; preços; recursos humanos; sistema de gestão etc. O objetivo do franqueado é representar a marca e desenvolver o negócio na totalidade, em sua região de atuação, desenvolvendo, com maior rapidez, e atingindo melhor desempenho, comparando-se à gestão própria. Franquias Fonte: https://www.portaldofranchising.com.br/franquias/o-que-e- franquia/ Na década de 1950, houvea explosão do franchising, nos EUA, e as franquias de fast-food, como McDonald’s e Kentucky Fried Chicken (KFC), proliferaram durante esses anos. Lavanderia e limpeza, serviços e lojas de conveniência de supermercado estavam entre as outras empresas que experimentaram um crescimento significativo por meio de franchising durante esse período. Redes de hotéis, viagens, lazer e, até, empresas de acampamentos eram ofertados a uma população, cada vez mais, móvel. Holiday Inn, por exemplo, desenvolveu uma rede de quase 1.400 empresas em menos de vinte anos. Franquias Até a década de 1950, a utilização do franchising era quase que, exclusivamente, uma prática norte-americana. No Brasil, o sistema começou a funcionar na década de 1960, com o destaque para as escolas de idiomas como Yázigi e CCAA, que introduziram a modalidade de negócio no país. A expansão do setor pelo Brasil ocorre em quase todas as cidades, mesmo nas menores, atendendo à demanda dos empresários que, nele, encontram motivação para iniciar os seus negócios. Franquias Estrutura das franquias: A franquia segue um modelo padrão de negócio já desenvolvido e testado, podendo ser replicado em sua totalidade ou em partes; O sistema é padronizado: arquitetura; comunicação visual; marketing integrado; serviços; condições comerciais; preços; recursos humanos; sistema de gestão etc.; O objetivo do franqueado é representar a marca e desenvolver o negócio na totalidade em sua região de atuação, desenvolvendo com maior rapidez e atingindo melhor desempenho, comparando-se à gestão própria; As redes de franquias têm características que lhe são próprias. Durante o processo de análise, esses pontos devem ser observados com atenção. Franquias Tempo de contrato: os contratos de franquia têm prazo definido, podendo ser renovados ou não a critério do franqueador. Know-how: a transferência de know-how, ponto fundamental nas franquias, só é possível se o franqueador tiver, de fato, experimentado o modelo. Treinamentos: o know-how deve ser transmitido por meio de treinamentos e ser descrito em manuais para que o franqueado possa aplicá-lo no dia a dia do negócio. Franquias Pagamento de taxas: para fazer parte de uma rede de franquias, o candidato a franqueado deve estar ciente de que deverá arcar com o pagamento de taxas, como royalties e contribuição para o fundo de propaganda. Padrões: todo franqueado deverá manter os padrões exigidos pela franquia, dando livre acesso ao supervisor de campo, para que ele possa conferir se a unidade está operando de acordo com as determinações da franquia. Ponto comercial: para o comércio, a escolha do ponto representa um fator crítico para o sucesso do negócio. E a experiência da franqueadora é vital para auxiliar os franqueados. Franquias Layout: A previsão de alteração de layout e as regras, para a atualização da marca e do projeto arquitetônico, costumam ser previstas no contrato de franquia, e a melhor maneira de apresentar isso é por meio de um Manual de Identidade Visual; Uma das garantias de sucesso de uma rede de franquias relaciona-se à sua capacidade de manutenção dos padrões que ela determinou para o atendimento ao cliente, layout das lojas, postura dos atendentes, qualidade dos produtos e qualquer outro fator, que mantenha a cultura da empresa e os valores que ela deseja que sejam percebidos pelos seus clientes. Franquias Marca reconhecida no mercado: o franqueado tem a possibilidade de aproveitar-se da vantagem competitiva de seu franqueador, pois os seus serviços e/ou produtos já são utilizados no mercado. Aumento nas chances de sucesso: as chances de um franqueador obter sucesso em um sistema de franquia são bem maiores do que uma pessoa que constrói um negócio independente. O franqueador abre um negócio com uma marca que já possui estabilidade e sucesso após vários testes de seus produtos em uma rede de distribuição própria. Existência de um plano de negócio: normalmente, o pequeno empreendedor independente não prevê fatos político-sociais e econômicos que possam afetar o seu negócio. Franquias – Vantagens Maior garantia de mercado: o franqueado tem a garantia da vantagem competitiva do franqueador, que já testou os produtos e as marcas no mercado, já planejou a sua expansão e possui informações sobre os seus tipos de clientes. Melhor planejamento dos custos de instalação: a franquia é formatada; por isso, o franqueador calculará e informará o custo a ser rateado com os outros franqueados; a franquia fornecerá o projeto arquitetônico e as plantas de engenharia de construção. Normalmente, em um negócio independente, os custos fogem, completamente, à previsão, causando os problemas de fluxo de caixa ao empreendedor. Franquias – Vantagens Economia de escala: com a verba destinada aos custos de propaganda, quem toma conta são os franqueadores da rede, o que promove a redução nos investimentos e mais qualidade da propaganda. Independência jurídica e financeira: apesar de não ser total, o franqueado possui uma independência jurídica e financeira em relação ao franqueador. A organização do franqueado terá a sua própria razão social, sendo uma pessoa jurídica distinta, e todas as operações financeiras são de responsabilidade dessa empresa. Possibilidade de pesquisa e desenvolvimento: o custo com as pesquisas e o desenvolvimento de produtos novos ou o aperfeiçoamento dos já existentes são de responsabilidade do franqueador. Franquias – Vantagens Pouca flexibilidade oferecida: no sistema de franchising, é formatado o sistema operacional do franqueado, que é permanente. Risco de ocorrência de falhas no sistema: o franqueado sempre está correndo o risco de haver falhas nos sistemas. Localização forçada: mesmo que o franqueado tenha ótimas sugestões de lugar para a abertura do negócio, o fato de o franqueador ter a palavra final sobre a localização faz com que o ponto seja, sempre, decidido por ele. Franquias – Desvantagens A evolução de franchising, no Brasil, leva a uma mudança de postura por parte de franqueados e franqueadores. Pelo lado do franqueador, entende-se, cada vez mais, que é preciso ser criterioso na análise de perfil dos candidatos, buscando os parceiros, não apenas os investidores. Pelo lado dos franqueados, percebe-se que, muitos, têm buscado mais informações e capacitações para gerir a empresa, por compreenderem que a gestão é uma responsabilidade sua. Um dos aspectos mais importantes de uma rede de franquias é o estabelecimento dos territórios de atuação, de cada unidade e da franqueadora, definindo os limites, a preferência ou a exclusividade sobre eles. Um território pode ser limitado a um quiosque ou a uma loja dentro de um shopping, e se expandir até outras regiões, como ocorre com os contratos de masters franqueados. Franquias Pode ser considerada uma desvantagem no sistema de franquias: a) Maior garantia de mercado. b) Economia de escala. c) Independência jurídica e financeira. d) Melhor planejamento. e) Pouca flexibilidade oferecida. Interatividade Pode ser considerada uma desvantagem no sistema de franquias: a) Maior garantia de mercado. b) Economia de escala. c) Independência jurídica e financeira. d) Melhor planejamento. e) Pouca flexibilidade oferecida. Resposta ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE VENDAS DIRETAS (ABEVD). Venda direta. São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.abevd.org.br/venda-direta/. Acesso em: 05 mai. 2017. LAS CASAS, A. L. Marketing de varejo. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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