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ANEMIA FERROPRIVA

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INTRODUÇÃO
	A anemia é uma doença muito comum no Brasil. É caracterizada por uma diminuição no número de glóbulos vermelhos ou na concentração de hemoglobina no sangue. 
A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo. 
Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença. 
FISIOPATOLOGIA
O ferro é um importante fator para a síntese de hemoglobina, sem ele a síntese fica comprometida. Consequentemente, a síntese de hemácias também fica comprometida, já que a hemoglobina é a proteína que capacita o transporte de oxigênio pelas hemácias.
Com a deficiência de ferro, ocorre uma depleção dos estoques, primeiramente. Posteriormente, com o fim dos estoques, reduz-se a síntese de hemoglobina. Caso não tratado, essa deficiência de ferro causará a anemia ferropriva.
Isso acontece de maneira lenta, em estágios: depleção dos estoques de ferro, eritropoiese deficiente em ferro e, o último estágio, anemia ferropriva. Na depleção, as reservas de ferro estão diminuídas ou ausentes, porém sem comprometimento da reserva de ferro para eritropoiese. No segundo estágio, já existe um grau de comprometimento da eritropoiese, porém sem diminuição dos valores da hemoglobina. Atinge-se a anemia ferropriva quando os valores de hemoglobina passam a se alterar, juntamente com as alterações anteriores, a níveis menores que 14 g/dl em homens e 12 g/dl em mulheres.
SINTOMAS
Os sintomas da anemia ferropriva tendem a se desenvolver gradualmente e são similares aos sintomas produzidos por outros tipos de anemia, tais como fadiga, fraqueza e palidez. Muitas pessoas com anemia ferropriva grave apresentam um quadro denominado síndrome de pica. Pessoas com essa síndrome têm desejo de ingerir algo, geralmente gelo, mas, às vezes, substâncias que não são alimentos, como terra, lama ou giz.
Os sintomas no corpo geralmente são: fadiga, letargia, mal-estar ou tontura, mas também é comum: cefaleia, falta de ar, irritabilidade, queda de cabelo, síndrome das pernas inquietas ou unhas quebradiças. 
Inicialmente a anemia ferropriva apresenta sintomas sutis que nem sempre são percebidos pela pessoa, mas à medida que a falta de ferro no sangue vai se agravando, os sintomas se tornam mais aparentes e frequentes.
CAUSAS
A principal causa da doença é a baixa ingestão de alimentos ricos em ferro, como os de origem animal.
O ferro é um mineral essencial para a saúde, obtido por meio da ingestão de carne vermelha, verduras e leguminosas como feijão e lentilha. O ferro é responsável pela produção dos glóbulos vermelhos, que entre outras funções, transportam nutrientes para todas as células do corpo. Quando há falta de ferro no sangue, a anemia se instala, causando os sintomas.
A diminuição da quantidade de ferro circulante no organismo também pode ser devida à perda de sangue contínua e prolongada dentro do sistema digestório, sendo essa causa comum em caso de hérnias ou úlceras estomacais, por exemplo. No entanto, a menstruação abundante ou o sangramento de escape que persiste por mais de 8 dias também pode causar a deficiência de ferro.
FATORES DE RISCO
Alguns dos fatores de risco são: Baixa ingestão de ferro na dieta; Dificuldade na absorção de ferro (Doença celíaca; Gastrite; Cirurgia bariátrica; Uso de drogas; Infecção por H. pylori); Perda sanguínea (Menorragia; Trauma; Hemorragia digestiva; Hemoptise; Hematúria; Hemodiálise); Fases de alto consumo de ferro: Infância e adolescência; Gestação; Uso de agentes estimuladores da eritropoiese; Desnutrição e condições inflamatórias crônicas, como câncer e doença renal crônica. 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da anemia ferropriva é feito por meio do hemograma, em que se observa principalmente a quantidade de hemoglobina e os valores de RDW, VCM e HCM, que são índices presentes no hemograma, além da dosagem de ferro sérico, ferritina e transferrina.
Estes parâmetros acima citados, quando alterados, muitas vezes exigem exames complementares à fim de procurar causas para a carência de ferro. Uma boa anamnese alimentar (entrevista sobre os hábitos alimentares do paciente) pode confirmar uma alimentação pobre em ferro. Quando não parece ser a falta de ferro na alimentação, causas secundárias devem ser investigadas. 
O principal parâmetro utilizado para confirmar a anemia é a hemoglobina. Em relação aos parâmetros relacionados com o ferro, na anemia ferropriva é percebida pela diminuição de ferro sérico e da ferritina e aumento da transferrina.
Os parâmetros analisados são: 
- Hemoglobina: A hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos, pelos glóbulos vermelhos. Ela é o componente mais abundante destas células, responsável por sua tonalidade avermelhada. 
- RDW: avalia a diferença do tamanho dos eritrócitos, medindo o grau de anisocitose (variação de tamanho) na amostra sanguínea.
- VCM (Volume Corposcular Médio): Indica o tamanho médio das hemácias. Podem ser classificadas como: Normocíticas (normais); Microcíticas (pequenas) ou Macrocíticas (grandes). A anemia ferropriva se apresenta com hemácias microcíticas.
- HCM (Hemoglobina Corposcular Média): é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.
- Ferro Sérico: tem como objetivo verificar se a pessoa apresenta diminuição ou sobrecarga de ferro. 
- Ferritina: é uma glicoproteína de alto peso molecular, que armazena 20% a 25% do ferro do organismo. Sua concentração sérica correlaciona-se com os estoques de ferro total do organismo. 
- Transferrina: é uma glicoproteína sintetizada principalmente no fígado e é a principal proteína plasmática transportadora de ferro.
TRATAMENTO
Independente da presença ou não de sintomas, todos os pacientes com anemia ferropriva devem ser tratados. A causa da deficiência de ferro deve ser identificada e o manejo individualizado. 
Além disso, deve ser estimulada uma alimentação mais baseada em alimentos ricos em ferro, associados a alimentos ricos em vitamina C, que ajudam na absorção. Comer alimentos ricos em vitamina C potencializa a absorção do ferro. Em contrapartida, existem alguns alimentos que prejudicam a absorção do ferro como, por exemplo, os taninos e a cafeína encontrados no café e o oxalato presente no chocolate. Assim, a melhor sobremesa para quem tem anemia é uma laranja, e as piores são café e chocolate. A alimentação pode ser orientada por um nutricionista.
A suplementação de ferro, no geral por via oral, é feita em todos os pacientes. Existem diversas opções de fórmulas disponíveis, com diferentes medidas de ferro elementar: maltol férrico, fumarato ferroso, gluconato de ferro, sulfato ferroso e complexo polissacarídeo-ferro. 
O tratamento costuma durar cerca de 3 a 6 meses, podendo ser tomado uma dose diária ou em dias alternados. A dose terapêutica costuma variar de 2 a 5mg/kg/dia, ou seja, cerca de 150 a 200 mg de ferro elementar por dia.
- Efeitos colaterais: Mais de 70% dos pacientes prescritos com suplementação oral de ferro, especialmente de sulfato ferroso, podem vir a ter sintomas gastrointestinais como efeito colateral. Para isso, pode-se optar pela suplementação endovenosa ou aumentar dias de intervalos entre doses.
Os efeitos colaterais incluem: gosto metálico, náusea, flatulência, constipação, diarreia, distensão epigástrica e vômito.
- Transfusão de sangue: A transfusão sanguínea é uma opção restrita àqueles pacientescom anemia grave (Hb<7), com risco de vida. Eles devem ser tratados com transfusão associada à reposição de ferro. Em geral, se transfunde 300ml de sangue, com 200mg de ferro, sendo capaz de causar um aumento de 1g/dl de hemoglobina.
 
CONCLUSÃO
Felizmente, a anemia ferropriva é geralmente tratável e muitas vezes podem ser corrigidas com medidas simples, como a suplementação de ferro, melhoria na alimentação e, em casos mais graves, transfusões de sangue. No entanto, a prevenção desempenha um papel crucial na redução da incidência dessa condição. 
Educar as pessoas sobre a importância de uma dieta equilibrada, rica em fontes de ferro, e o gerenciamento adequado de condições que possam levar à deficiência de ferro é fundamental para diminuir a prevalência da anemia ferropriva.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://bvsms.saude.gov.br/anemia/#:~:text=Anemia%20%C3%A9%20definida%20pela%20Organiza%C3%A7%C3%A3o,zinco%2C%20vitamina%20B12%20e%20prote%C3%ADnas.
https://www.eumedicoresidente.com.br/post/anemia-ferropriva
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/anemia/anemia-ferropriva
https://pebmed.com.br/anemia-ferropriva-fisiopatologia-e-fatores-de-risco/
https://www.hemocentro.unicamp.br/doencas-de-sangue/hemoglobinopatias/#:~:text=A%20hemoglobina%20%C3%A9%20a%20prote%C3%ADna,respons%C3%A1vel%20por%20sua%20tonalidade%20avermelhada.
https://nutritotal.com.br/pro/rdw-e-avaliacao-nutricional/
https://www.sanarmed.com/interpretacao-do-hemograma-entenda-os-resultados-colunistas
https://www.tuasaude.com/ferro-serico/
https://www.tuasaude.com/anemia-ferropriva/
https://www.eumedicoresidente.com.br/post/anemia-ferropriva#:~:text=Existem%20diversas%20op%C3%A7%C3%B5es%20de%20f%C3%B3rmulas,di%C3%A1ria%20ou%20em%20dias%20alternados.

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