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AD1 de ALFA 2 2018 1


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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Avaliação à Distância 1 – AD1/ 2018-1
Disciplina: Alfabetização 2
Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo
Nome: 
Matrícula.: 
Polo: 
Questão 1
 “Ambiente Alfabetizador: Novas Perspectivas para a prática alfabetizadora?”
	A partir da década de 80 a alfabetização no Brasil foi marcada por uma mudança de paradigmas inspirados nos estudos de Piaget sobre a psicologia e na epistemologia genética, com base nas pesquisas de Ferreiro e Teberosky sobre a alfabetização, tomando como foco central a compreensão de como as crianças pensam e organizam seus conceitos a respeito da escrita.
Concepção de ambiente alfabetizador;
	Houve um tempo em que se afirmava que, para a aprendizagem da leitura e da escrita, era fundamental um “ambiente alfabetizador” efetivo. Por isso, compreendia-se que as paredes das salas de aula deveriam estar repletas de cartazes com textos e palavras escritas. A exposição só faz sentido se puder informar sobre a escrita e seus usos sociais efetivos. Dentre eles, está o interesse pela leitura. Desde cedo as crianças convivem com diversas formas de informações produzidas e interpretadas pelos adultos, que são jornais, televisão, ela vê letreiros. Para que a criança entenda melhor tudo isso que ela convive ela precisa ter contato fora da escola e dentro então é necessário apresentar todo tipo de material escrito que for possível na sala de aula.
Contribuições de Ambiente Alfabetizador para a instauração de novas práticas alfabetizadoras na escola.
	Como nos afirma Emilia Ferreiro, "Em cada classe de alfabetização deve haver um “canto ou área de leitura" onde se encontrem não só livros bem editados e bem ilustrados, como qualquer material que contenha escrita..." (FERREIRO, 2002, p.33). Deste modo ela vai tendo contato com o material escrito e percebe as coisas de que ela convive no mundo, então vai naturalmente se alfabetizando, sendo muito importante a estimulação para a pré-leitura e pré-escrita.
alunos como sujeitos de conhecimento;
	Porém somente dispor desses materiais num canto da sala não será o bastante para transformá-la num ambiente alfabetizador. É preciso que o professor provoque atividades que incentivem a circunstância, para leitura e escrita, que tenha como princípio o respeito ao contexto social a qual a criança vive, bem como, valorizando o saber, o conhecimento que elas trazem para a escola.
prática alfabetizadora comprometida
	Organizar o ensino procurando criar condições para a apropriação da linguagem escrita como um instrumento de compreensão e intervenção na realidade, implica, em primeiro lugar, a possibilidade de oferecer experiências que tenham relevância e significado para a vida da criança, que torne a leitura e escrita uma necessidade para ela. Não se trata de propor ao docente um novo método de alfabetização ou definir as etapas de uma nova metodologia a ser seguida à risca, porém, trata-se de enfatizar a importância da reflexão coletiva e do permanente preparar-se como condições básicas para o fortalecimento de uma prática alfabetizadora comprometida com as crianças das classes da sociedade.
 Questão 2:
	Emilia Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais, por exemplo) e de motricidade (coordenação, orientação espacial etc.).
	Dessa forma, se atribui peso excessivo para um aspecto exterior da escrita (saber desenhar as letras) e deixa-se de lado suas características conceituais, ou seja, a compreensão da natureza da escrita e sua organização. Para os construtivistas, o aprendizado da alfabetização não ocorre desligado do conteúdo da escrita.
	É por não levar em conta o ponto mais importante da alfabetização que os métodos tradicionais insistem em introduzir os alunos à leitura com palavras aparentemente simples e sonoras (como babá, bebê, papa), mas que, do ponto de vista da assimilação das crianças, simplesmente não se ligam a nada. Segundo o mesmo raciocínio equivocado, o contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela já for capaz de ler as palavras isoladas, embora as relações que ela estabelece com os textos inteiros sejam enriquecedoras desde o início.
	Segundo Emilia Ferreiro, a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita. De acordo com suas conclusões, desempenhos díspares apresentados por crianças de classes sociais diferentes na alfabetização não revelam capacidades desiguais, mas o acesso maior ou menor a textos lidos e escritos desde os primeiros anos de vida.
	E ambos, tanto Paulo Freire quanto Emília Ferreiro, preocupam-se em socializar a função do aprendizado, da “palavra” – linguagem, enquanto objeto social, particular ou plural, mas sempre em prol de uma construção sócio-histórica.
	Por sua vez, Paulo Freire, a dimensão social compreende o letramento não somente como um atributo pessoal, mas como uma prática social que está relacionada ao contexto histórico e social dos indivíduos. Pode-se dizer que é aquilo que as pessoas fazem ou como utilizam a leitura e a escrita no ambiente em que vivem, no seu dia a dia. 	Da mesma forma, a criança mesmo antes de entrar na escola já teve algum contato com a leitura e com a escrita, participa de práticas de letramento. O que diferenciará no seu grau de letramento é o contexto social em que vive, já que o nível social, econômico e cultural da população está diretamente relacionado com o letramento. O que se depreende desta constatação, é a importância da escola, como principal agência de letramento e como fator decisivo na promoção do letramento.
	Portanto, no mundo atual, não basta dar aos indivíduos acesso ao sistema linguístico, de modo que eles possam decifrar as palavras, é preciso ir além: letrar, e isto é feito em consonância com propostas pedagógicas que levem em conta os diferentes textos que circulam na sociedade, com procedimentos metodológicos definidos e adequados. Como propõe o modelo ideológico, a versão forte do letramento e a concepção libertadora de Paulo Freire. Nesse sentido, entende-se a importância da escola como instituição social responsável pela oportunidade dos saberes.

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