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Lis Martins - 6º Período - Medicina ERUPÇÕES ERITÊMATO-ESCAMOSAS Camadas da pele: Epiderme: Queratinócitos 90% (Da camada basal até a superfície o queratinócito leva em média 40 a 50 dias) langerhans, melanócitos, Merkel Derme: Arterias, veias, nervos, elastina, fibroblasto Hipoderme: Adipócitos (Gordura) Lesões elementares: Pápula, placa, manchas, vesícula, bolhas. Desmossomo e hemidesmossomo DERMATITE SEBORREICA Também é conhecida como eczema seborreico. É uma doença crônica frequente, recorrente, não contagiosa e comum em áreas mais gordurosas (áreas de grande atividade de glândulas sebáceas) e também em áreas intertriginosas. → Área de predomínio de glândulas sebáceas: Zona T da face Etiologia desconhecida (alteração sebácea, hereditariedade e imunológica) e maior incidênte entre os 18 e 40 anos; Fatores desencadeantes: Componente imunológico, pré disposição familiar, discreta predominância no sexo masculino, calor, umidade e roupas oclusivas, tensão emocional, doenças neurológicas, carboidratos, DM, obesidade, alcoolismo, alimentos condimentados; Parkinson; HIV+ é resistente a tratamento. (Quando a dermatite não controla por nada e não tem imunosupressão tem que pedir sorologia para HIV) Fisiopatologia: Multiplicação celular acelerada com a presença de células nucleadas na camada córnea; Variação funcional das glândulas sebáceas se relaciona à eclosão do quadro; Participação de leveduras lipofílica do gêneroMalassezia em adultos e Candida albicans em crianças; Agentes microbianos (M. furfur, C. Albicans, P. Ovale, bactérias); Como identificar infecção secundária? Apresenta pus, secreção, sanguinolente, edema, rubor... Como diferenciar a dermatite de psoríase? Na dermatite a escama é menos aderida e na psoríase é mais aderida; Formas clínicas: Dermatite seborreica do lactente: Surgem precocemente no neonato ou nos primeiros meses de vida; Caracterizadas por escamas gordurosas e aderentes sobre base eritematosa no couro cabeludo, não afetando os cabelos, constituíndo a crosta láctea; Ocorrem também manchas eritematoescamosas na face, tronco, áreas de dobras e regiões intertriginosas (pescoço, nuca, axila, inguinal e genital); Em lactentes os andrógenos maternos estimulam as glândulas sebáceas; Cândida albicans e fx células T deprimida; Eritema, descamação, crosta amarelada (crosta láctea), blefarite(escamação nos cílios); Eritema ruborizado - infecção superposta; Lis Martins - 6º Período - Medicina De 1 mês até 1 ano, autolimitada; Doença de Leiner - Quadro grave, eritrodérmico, com diarreia, vômitos, anemia e febre, deficiência de C3. Dermatite seborreica do adulto: Lesões eritematoescamosas; Atigem couro cabeludo, face, particularmente sulco nasogeniano e glabela, área retroauricular, região pubiana e axilar; Quadro crônico com fase de acalmia e fase de recaída. Dermatite mediatorácica de Brocq - Lesões figuradas Pseudotínea amiantácea - Aderentes e espressas no couro cabeludo (Dr. preferi cortar pois não saia) DIAGNÓSTICO Clínico Histopatologia: Paracetose, acantose e espongiose, exocitose, infiltrado mononuclear na derme DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Psoríase, ptiríase rósea, dermatite atópica, candidíase e dermatofitose, doença de Letter-Siwe (Histiocitose), dermatite infectiva (HTLV1) e síndrome de Leiner. TRATAMENTO Lactentes • Remover as escamas com: Emolientes (óleo mineral ligeiramente aquecido); • Limpar com solução de Burow / Solução de permanganato de potássio / Água boricada; • Utilizar creme corticoide de baixa ou média potência - Cetoconazol 2% creme; • Xampus ou sabonetes com antifúngicos podem ser indicados; • Medidas gerais: intensificar troca fraldas, evitar excesso roupas e em casos graves a fraldas devem ser eliminadas até melhora clínica; • Terapia sistêmica: Em casos mais intensos - Prednisona por tempo limitado 0,5 a 1mg/kg/dia e com redução gradual. Se houver infecção bacteriana, o uso de antibióticos é necessário. Adultos • Couro cabeludo, zona T face, retroauricular, tórax, blefarite, conduto auditivo externo; • Síndrome de Leiner: Internação, antibioticoterapia, fototerapia em doses suberitematosas e corticoterapia tópica, manutenção do estado geral • Blefarites: Pomadas oftalmológicas com hidrocortisona e antibiótico; • Fototerapia para formas resistentes; • Prednisona 05 a 1 mg/kg/dia para formas disseminadas; Lis Martins - 6º Período - Medicina • Tetraciclina 1g/dia por 10 dias e depois 500 mg/dia por 20 dias; • Isotretinoína nos casos resistentes. Profilaxia: Ouvir no áudio da aula PSORÍASE Lesão elementar: Placas (eritemato-escamativas) com escamas nas superfícies Ultrapassa a linha de implantação ( a professora mostrou na foto que sai da área do couro cabeludo e segue na região cervical) Psoríase vulgar ou em placas: Vídeo que ela mostrou • Dermatose inflamatória crônica, recorrente e imunologicamente mediada, associada ampla gama de manifestações sistêmicas e tem ocorrência universal; • Quanto a predisposição genética, há associação de HLA B13, B17, BL37 e DR7; Psoríase artropática - HLA B27 • Acomete ambos os sexos e pode iniciar qualquer idade, sendo mais comum na terceira e quarta década de vida; • Causa desconhecida, mas apresenta fatores genéticos e ambientais; • Rara em negros e japoneses e quase inexistente entre indígenas; • Fatores de exarcebação: trauma cutâneo (Koebner), infecções, drogas (lítio, AINE), tensão emocional, álcool, clima, distúrbio endócrino e metabólico; • Condição mediada por célula T; PATOGÊNESE A imunopatogênese da psoríase é complexa e envolve alterações do sistema imunológico inato (queratinócitos, células dendríticas, macrófagos, neutrófilos, mastócitos, células endoteliais) e adquirido (linfócitos T) As células do sistema imune inato ativadas produzem fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas, que atuam sobre as células do sistema imune adquirido e vice-versa. Ocorre aumento da proliferação epidérmica, encurtamento do tempo de renovação celular e aceleração do ciclo germinativo epidérmico. Fatores que favorecem o aparecimento: Obesidade, tabagismo, consumo excessivo de alcool, alterações climáticas, fatores psicológicos, uso de determinados medicamentos, como lítio, interferons, beta-bloqueadores, anti-inflamatórios não esteroidais, tetraciclinas, retirada abrupta de corticosteroides, infecções como HIV e estreptococos. Prevalência de comorbidades em pacientes com psoríase: HAS, obesidade, dislipidemia, depressão, enxaqueca, ansiedade, doença hepática não alcoólica, diabetes melitus, insuficiência coronariana, tentativa de suicidio, asma ou DPOC, doença inflamatória intestinal e hepatopatia crônica. QUADRO CLÍNICO Psoríase em placas (vulgar) Placas eritematosas infltradas com escamas secas, prateadas, aderentes, estratificadas, bem delimitadas e simétricas Pricipais áreas afetadas: Cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região dorsal, genitais, lábios e unhas Lis Martins - 6º Período - Medicina Psoríase em gotas: Mais comum em crianças, no tronco. Normalmente precedida de um infecção estreptocócica, comumente de vias aéreas superiores. Podem evoluir para psoríase em placas. Nessa última foto o pacienttte ja estava em tratamento. DIAGNÓSTICO: Clínico Curetagemmetódica de Brocq (Nome da manobra) Lis Martins - 6º Período - Medicina Sinal da vela: Pela raspagem da lesão, destacam-se escamas esbranquiçadas, semelhantes a raspagem de um vela Sinnal de Auspitz; do orvalho sangrante: Quando após a retirada das escamas, surge uma superfície vermelho brilhante, com pontos hemorrágicos. HISTOPATOLOGIA • Hiperceratose; • Paraceratose confluente (não focal); • Neutrófilos no extrato córneo (microabscessos de Munro) e na camada espinhosa (pústulas espongiformes de Kogoj); • Adelgaçamento suprapapilar da epiderme; • Acantose regular; • Dilatação dos capilares das papilas dérmicas; • Linfócitos perivasculares. TRATAMENTO Drogas ativas - formas de apresentação Lis Martins - 6º Período - Medicina • Corticosteroides - Pomada, creme, gel, loção cremosa, loção capilar, fita oclusiva, injeção intralesional,xampu de curto contato; • Análogos da vitamina d (calcipotriol) - Pomada • Coaltar e lcd - Xampu, loção capilar, formulações magistrais; • Antralina (Ditranol)- Formulações magis* • Imunomoduladores (tacrolimus, pimecrolimus) - Pomada e creme; Tratamento mais extenso: • Fototerapia • Metotrexano • Acitretina • Biológicos PTIRÍASE RÓSEA • Pedir VDRL para diferenciar de sífilis secundária que é o principal diagnostico diferencial • Doença eritemato-descamativa, benigna, limitada, bordas ligeiramente elevadas e de centro amarelado • De 6 a 8 semanas para ir embora naturalmente • Mais frequente dos 20 aos 30 anos • Poupa face e palma e planta (mas não é lei) • Geralmente tem uma “placa mae” ou “medalhão” que vai originando outras menores (configuração ou disposição em árvore de natal - segue os planos de clivagem) • A causa ainda é desconhecida • Tem que oferecer produtos sem cheiro, para evitar alergias A maisena é um hidratante natural! DIAGNÓSTICO - Clínico A placa inicial pode ser confundida com dermatofitose e, em dúvida, deve ser feito exame micológico TRATAMENTO Antialérgico se o paciente tiver queixa de prurido + uso de hidratante
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