Buscar

MÓDULO 1 INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
1
Globalização da Economia e sua repercussão nos Transportes e na Logística
As economias dos países pobres estão intimamente interrelacionadas com grandes
riquezas naturais, mas sem meios necessários para o seu desenvolvimento: capital e mão de
obra capacitada.
As economías dos países ricos, (que já esgotaram todos ou parte dos seus recursos
naturais mas que dispõem de meios financeiros, tecnológicos e humanos capazes de
aproveitar as riquezas naturais mediante a sua transformação), importam as referidas matérias
primas, processam-as para consumo próprio e para exportação sob a forma de produto
acabado.
Do que resulta um aumento de trocas comerciais entre países e continentes com um
grande aumento nas exportações face à produção mundial
2
2/9/2017
Globalização da Economia e sua repercussão nos Transportes e na Logística
Na década dos anos 80 o crescimento do comércio internacional foi o dobro do
incremento da produção global. As maiores empresas do planeta expandiram-se
muito mais além dos seus mercados originários.
3
2/9/2017
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
 LOGÍSTICA
 PROCESSAMENTO DO PEDIDO
 TRANSPORTE
 STOCK
 LOCALIZAÇÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À LOGÍSTICA
MODOS DE TRANSPORTE
4
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
 LOGÍSTICA
 PROCESSAMENTO DO PEDIDO
 TRANSPORTE
 STOCK
 LOCALIZAÇÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À LOGÍSTICA
MODOS DE TRANSPORTE
5
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
 LOGÍSTICA
 Desde a introdução das empresas, sobretudo as empresas 
industriais, muito foi investido na melhoria das linhas de 
produção por meio de automação de processos, de 
organização de métodos, de novos equipamentos, dentre 
outras soluções.
 Porém as empresas começaram a notar que após tantas 
melhorias no processo de produção podia ser percebido, em 
face da excelência do processo produtivo que as empresas 
conseguiram alcançar, que muito pouco poderia ser ganho 
tentando melhorar a linha de produção.
6
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
 Foi neste instante que as empresas perceberam que muitos 
dos seus custos não se encontravam nas linhas de produção, 
mas sim, em algum lugar fora delas. 
 A busca por esta melhoria fora das linhas de produção levou 
a criação de um novo campo de estudo denominado 
Logística.
 Na Logística, após vários estudos percebeu-se que os custos 
para transportar as matérias primas e os produtos acabados 
e para manter os stocks de matérias primas e de produtos 
acabados estavam na ordem de 30% a 60% do preço do 
produto final, dependendo da venda ser comércio interno e 
comércio internacional, respectivamente.
7
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
Por este motivo, começou uma corrida pelo aumento 
da eficiência do sistema de transportes e de stocks 
visando a redução dos altos custos envolvidos 
nestas operações.
Nesta visão, surge uma necessidade muito grande 
de interação entre a empresa produtora, os 
fornecedores e os clientes, gerando desta forma 
uma integração entre estes três actores.
8
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Definição de LOGÍSTICA
É o processo de planeamento, implantação e 
controle da eficiência, dos custos efetivos de fluxos 
e stockagem de matéria prima, stock circulante, 
mercadorias acabadas e informações relacionadas 
do ponto de origem ao ponto de consumo, com a 
finalidade de atender aos requisitos do cliente.
9
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Definição de LOGÍSTICA
 Entende-se por Logística a colocação do produto certo, na 
quantidade certa, no lugar certo, no prazo certo, na qualidade 
certa, com a documentação certa, ao custo certo, produzindo no 
menor custo, da melhor forma, deslocando mais rapidamente, 
agregando valor ao produto e dando resultados positivos aos 
accionistas e clientes. 
 Tudo isso respeitando a integridade humana de empregados, 
fornecedores e clientes e a preservação do meio ambiente.
 Na empresa envolve a coordenação das diferentes atividades 
componentes da logística tornando-as uma atividade única e 
operacional.
 E a gestão da Logística na empresa envolve a coordenação das 
diferentes atividades componentes da logística tornando-as uma 
atividade única e operacional..
10
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Utilização correcta do termo LOGÍSTICA
É possível especificar a que produto aquele processo 
logístico se refere, portanto, está correto o uso do 
termo
 Logística do Minério de Ferro, 
Logística da Soja, 
Logística do Granito, 
etc.
11
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Utilização errónea do termo LOGÍSTICA
12
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
Pode-se ainda dividir a logística conforme suas aplicações, 
dentre estas divisões, destacam-se:
1. Logística Reversa;
2. Logística de Serviços.
A Logística Reversa é a logística que trata de fluxos 
inversos de itens para reparos e devoluções de material de 
embalagens (paletes, pilhas, recipientes de refrigerantes e 
de agrotóxicos,...).
13
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
 A Logística de Serviços aplica todos os conceitos tradicionais de 
logística na área de serviço.
 No entanto, ele se aplica mais aos inputs para o serviço do que 
propriamente ao serviço em si. 
 Como exemplos têm-se: 
 escritórios de advocacia; 
 escritórios de consultoria; 
 igrejas;
 consultórios médicos, 
 escritórios de contabilidade, 
 empresas de projeto de engenharia,
 gestão das filas de espera num Hospital, etc.
14
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Importância da Logística
A logística só tem razão de existir porque ela gera 
valor para os clientes, para os fornecedores e para os 
accionistas da empresa. 
Um negócio, de maneira geral, gera quatro tipos de 
valor:
1. Forma;
2. Tempo;
3. Lugar;
4. Posse.
15
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Importância da Logística
O valor Forma é gerado pela produção, pela fábrica.
Os valores Tempo e Lugar são controlados pela 
logística, respectivamente, pelo stock e pelo 
transporte. 
O valor Posse é gerado marketing e finanças que 
facilitam a transferência da posse para o 
consumidor.
16
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A Logística controla metade das oportunidades de se agregar valor 
a um produto, que são Tempo + Lugar.
 Todos os produtos só possuem valor caso estejam com o cliente quando 
(tempo) e onde (lugar) ele necessita do produto.
 Para deslocar o produto da indústria até o local que o cliente necessita, 
a logística utiliza diversos modos de Transportes para agregar o valor 
Lugar. 
 Para atender no prazo contratado pelo cliente, a logística vale-se de 
stocks bem distribuídos na sua região de actuação, para agilizar o 
processo de entrega. 
 Assim a manutenção de stocks responde pelo valor Tempo
 Para a grande maioria das pessoas, não tem valor o jornal da semana 
anterior, pois não mais as interessam aquelas informações. 
 Já para um pesquisador, um jornal antigo pode ter muito valor.
 Assim, um diferencial de um prestador de serviço logístico é conseguir 
17
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
O Nível de serviço é um conceito de marketing muito 
importante e de fundamental importância para a gestão 
da Logística.
Nível de serviço pode ser definido como sendo a 
qualidade (prazo combinado/atendido, confiabilidade, 
integridade da carga, atendimento, etc..) na óptica do 
cliente.
Portanto, a primeira informação contratual que deve ser 
estabelecida com o cliente é qual o nível de serviço que 
o cliente deseja comprar. 
Às vezes face à necessidade de um “Nível de Serviço” 
melhor solicitado pelo cliente, ele pode aceitar pagar um 
preço maior.
18
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
O Nível de Serviço determina o mercado que a 
empresa deseja atuar, ou seja, uma empresa pode 
optar por trabalhar com qualidade inferior de 
produtos ou serviços, conquanto tenham 
compradores a pagar menos por produtos de baixa 
qualidade. 
Por exemplo, um cliente pode optar por um Nissan 
Micra ou pode optar por comprarum carro Mercedes 
série 500. 
O segundo, obviamente, é muito mais caro, mas 
oferece um Nível de Serviço muito melhor.
19
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Atenção deve ser dada que existe mercado para 
ambos com margens de lucro diferenciadas.
A principal questão é que a empresa deve escolher 
o seu nicho de mercado e, a partir deste, deve 
estabelecer o nível de serviço que irá oferecer. 
Uma empresa não deve, via de regra, oferecer 
produtos de Nível de Serviço muito diferentes, pois 
isto gera confusão no cliente em relação à imagem 
da empresa no mercado, (posicionamento do brand na 
percepção do consumidor).
20
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Outra questão importante é que o Nível de Serviço deve 
ser estabelecido em contrato antes de se iniciar qualquer 
actividade, principalmente as actividades logísticas. 
Portanto, para se definir o Nível de Serviço, devem-se 
definir todos os itens de controle para avaliação.
Além disso, devem ser estabelecidos os parâmetros 
máximo e mínimo que cada item de controle deve atingir 
para estar dentro da qualidade contratada. 
Um fator muito importante: o Nível de Serviço deve ser 
estabelecido de tal forma que ele possa ser 
numericamente mensurável não deixando margens a 
discussão.
21
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
CORRECTO INCORRECTO
Deve ser entregue no dia 28/02/2017 
às
09:00 no armazém de Marracuene, 
endereço …
Deve ser entregue
rápido
É permitido 2% de perda de peso de 
material até a entrega no armazém do 
cliente
Não pode perder muito 
produto
Não pode ter qualquer tipo de avaria 
no produto durante o processo 
logístico
Não pode estragar 
muito o produto
22
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Desta forma, pode-se entender que a qualidade do 
serviço logístico pode ser vista como sendo o 
cumprimento de todos os itens de controle do Nível de 
Serviço estabelecidos em contrato.
Uma questão importante, a empresa prestadora do 
serviço logístico não deve a pretexto de fidelizar o cliente 
realizar um nível de serviço acima do estipulado em 
contrato por duas razões principais:
1. Perda de potencial receita;
2. Prejudicar o próprio cliente.
23
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
 Primeiramente, se o cliente contratou um serviço numa 
qualidade, entende-se que ele aceita pagar por aquele nível 
de serviço e este lhe basta. 
 Se quisesse mais qualidade iria negociar de novo e a 
empresa prestadora de serviço poderia auferir mais receitas, 
cobrando mais um pouco por um serviço de melhor 
qualidade, caso ela também pudesse oferecer.
24
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
 No segundo caso, no intuito da empresa prestadora de serviço 
oferecer um serviço melhor, por exemplo, entregar antes da data 
combinada, pode-se transformar em um transtorno para o cliente, 
pois ele pode não estar preparado para recebê-lo antes do prazo 
combinado, não tendo área de stockagem, não tendo 
equipamentos e pessoal, entre outras.
 Assim, uma vez estabelecido o Nível de Serviço, ele é o item vital 
para ser mensurado e alcançado em logística, nem menos, nem 
mais do que o combinado, mas exatamente o combinado.
 Portanto, uma empresa de logística tem qualidade no serviço 
logístico quando cumpre integralmente o nível de serviço 
contratado, nem mais, nem menos.
25
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Para se estabelecer o Nível de Serviço 
são preconizadas três etapas:
1. Pré-Transação;
2. Transação;
3. Pós-Transação.
26
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Na etapa de Pré-Transação ocorre a negociação, o 
estabelecimento do Nível de Serviço contratado, tudo posto de 
maneira formal e por escrito.
Na etapa de Transação é que o processo logístico realmente se 
realiza. Para tanto, é preciso administrar os níveis de stock, 
administrar prazos, administrar o transporte, caso tenha sido 
contratado, deve ocorrer o rastreamento do produto (tracing)e 
por fim dispor de informações atualizadas de todo o processo 
logístico.
Por fim, na etapa de Pós-Transação devem ser observadas as 
garantias, reparações e peças de reposição que foram 
contratadas. 
Muitos serviços logísticos são contratados com a montagem do 
equipamento na empresa do cliente, que é realizada nesta 
etapa.
27
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
É nesta etapa que ocorre o atendimento a 
queixas e reclamações do cliente, bem 
como, o que deve ser sempre feito, uma 
pesquisa de satisfação do cliente para 
verificar se tudo que foi combinado está a 
contento e se pode haver melhorias e 
mudanças no contrato que possam ser 
melhores para ambas as partes ou, até 
mesmo, descobrir um novo serviço que 
pode ser prestado.
28
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
As actividades da logística podem ser 
definidas com base na função que elas 
exercem na logística. 
Basicamente têm-se três actividades na 
logística e destas várias outras acontecem.
1. Gestão do Processamento do Pedido;
2. Gestão de Transporte;
3. Gestão de Stock.
29
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
Pode ser visto de maneira esquemática na 
Figura seguinte na que as atividades da 
logística são estabelecidas com base no Nível 
de Serviço, por isso ele se encontra no centro 
da figura.
Pode-se perceber que tudo se inicia no centro, 
ou seja, no Nível de Serviço, depois as 
actividades da logística são estabelecidas. 
Cada uma das três atividades da logística 
demanda uma ou mais atividades 
complementares.
30
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
31
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
 No esquema da Figura anterior pode ser visto que se têm as 
seguintes actividades complementares:
 Compras, Armazenagem, Embalagem de Proteção, Manuseio de 
Materiais, Transporte e Manutenção da Informação. 
 Estas actividades complementares serão estudadas dentro das 
atividades da logística que estão mais diretamente relacionadas 
com elas.
 Na actividade Gestão do Processamento do Pedido ocorre a 
gestão da actividade complementar Manutenção da Informação 
onde é estabelecida a infra-estrutura necessária para recebimento 
e tratamento dos pedidos recebidos, os padrões para colocação de 
pedidos, as normas de tratamento e o fluxo das informações dentro 
da empresa.
32
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
Na actividade Gestão do Transporte ocorrem as 
atividades complementares de:
Transporte, Armazenagem, Embalagem de Proteção e 
Manuseio de materiais.
A actividade complementar Transporte diz respeito à 
parte mais operacional da cadeia.
Nela são tomadas as seguintes decisões: a selecção do 
modo de transporte, o dimensionamento da frota, a 
escolha dos veículos da frota, os roteiros a serem 
percorridos, a decisão por se utilizar, ou não a 
intermodalidade e multimodalidade e a programação de 
saída para circulação da frota, dentre outras.
33
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
Na actividade Gestão de Stock são 
estabelecidas as políticas de stockagem de 
inputs (matérias primas) e de produtos 
acabados, a previsão de vendas, a definição da 
quantidade e do tamanho dos armazéns para 
atender a logística. 
Actividades complementares que mais estão 
relacionadas com a Gestão de Stocks são: 
Compras, Armazenagem, Embalagem de 
Proteção e Manuseio de Materiais.
34
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
Na actividade Compra, faz-se a escolha dos 
fornecedores, define-se o momento de se comprar e de 
quanto comprar.
Na actividade Armazenagem, definem-se o espaço 
necessário para os produtos que vão ser armazenados, 
o layout do armazém, a distribuição dos produtos neste 
layout, os cuidados com a integridade da carga, o 
número de docas/portas para atender a demanda de 
veículos a serem atendidos e as medidas de segurança 
patrimonial contra roubo, incêndios e explosões.
35
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
Na actividade Manuseio deMateriais são feitas a 
escolha do tipo de equipamento de manuseio, as 
políticas de guarda e recuperação de produtos e 
as políticas de coleta de pedidos.
Na actividade Embalagem de Proteção é 
elaborado o projeto de embalagem que facilite o 
manuseio, a armazenagem e a segurança 
patrimonial das mercadorias movimentadas 
dentro dos armazéns e durante o transporte.
36
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Actividades da Logística
 A logística uma actividade única e sistémica, todas as atividades da 
logística, directa ou indirectamente, fazem uso ou necessitam de todas 
as atividades complementares. 
 Os anteriores slides estão organizados numa perspectiva didática para 
facilitar a exposição, mas na prática elas ocorrem simultaneamente e no 
mesmo grau de importância para a logística.
 A força de uma corrente é à força do elo mais fraco e, assim 
também o é na logística. 
 A operação logística tem uma enorme chance de falhar como um todo 
se pelo menos uma das suas atividades falhar, independente de qual 
seja ela.
 O dimensionamento de todas as actividades da logística é estabelecido 
sempre a partir do Nível de Serviço vendido ao cliente e estabelecido na 
pré-transação. 
 Este dimensionamento refere-se ao tamanho da frota, aos roteiros, ao 
volume de stock a ser gerido, aos métodos de recebimento e ao 
tratamento dos pedidos recebidos.
37
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
O Processo logístico é visto como sendo o conjunto de 
todas as etapas e todos os integrantes que compõem a 
logística de algum produto de alguma empresa. 
Assim, ele é composto pelos seguintes actores: a 
empresa, indústria ou órgão público, os fornecedores e 
os clientes. 
Na Figura seguinte podemos ver esquematicamente os 
atores do processo, sendo que sempre o foco é que a 
empresa estabeleça parcerias com os fornecedores 
com vistas a atender ao usuário.
38
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
39
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
 Para que os fornecedores saibam o que a empresa quer, quando 
quer e onde quer, é necessário haver troca de informação entre 
eles.
 Uma vez que o fornecedor tenha tudo que a empresa precisa, ele 
envia os produtos solicitados por meio de um modo de transporte. 
 Este processo é denominado Suprimento Físico (termo mais usado 
nos Estados Unidos da América) ou Administração de Materiais, 
(termo mais usado em outros países).
 A empresa para vender para seus clientes precisa saber o que os 
clientes querem, quando querem e onde querem. Para isso, é 
necessário haver troca de informações. A mesma situação que 
ocorre para os fornecedores.
40
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
Uma vez que a empresa tenha tudo que o 
usuário precisa ela envia por algum meio de 
transporte os produtos comprados até o local 
combinado. 
Este processo é denominado Distribuição
Física.
Assim, têm-se dois processos na logística: 
Distribuição Física 
Administração de Materiais.
41
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
42
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Administração de Materiais
Para começar a entender o que é 
Administração de Materiais devemos 
primeiro definir o que é material.
 Material é todo bem que pode ser 
contado, registado, que tem por função 
atender as necessidades de produção ou 
prestação de serviço de uma empresa ou 
entidade pública.
43
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
 Com a definição feita anteriormente de material pode-se, então, 
definir o que vem a ser Administração de Materiais na Logística. 
 Assim, tem-se a seguinte definição: 
 A Administração de Materiais é o conjunto de atividades que tem 
por objetivo planejar, executar, controlar os materiais adquiridos e 
usados por uma empresa privada ou por um órgão público com 
base nas especificações dos produtos a serem adquiridos até o 
uso deles na empresa ou órgão público. 
 Todo este processo deve ser feito de forma mais eficiente e 
económica que se possa conseguir realizar.
44
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
O Processo Logístico
Em resumo pode-se dizer que a Administração de 
Materiais é um conjunto de actividades que têm por 
finalidade o abastecimento de materiais para a empresa 
ou entidade pública no tempo certo, na quantidade certa, 
na qualidade solicitada, sendo tudo isso conseguido ao 
menor custo possível.
Cabe à Administração de Materiais todas as atividades 
para aquisição de matérias primas para abastecimento da 
empresa, indústria ou repartição pública desde o controle 
do stock e a decisão de repô-lo, a escolha de 
fornecedores, os processos de compra, a armazenagem 
e a entrega para produção, tudo isso sincronizado com as 
necessidades de produção.
45
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A Administração de Materiais em sua visão mais 
operacional tem por objetivo resolver as seguintes
questões:
1. O que comprar (qual o produto a ser comprado)?
2. Quem necessita da compra (departamentos e 
repartições que necessitam do produto)?
3. Quantas unidades devem ser compradas (não só um 
pedido, mas o lote económico de compra)?
4. Quando comprar (prazo limite que o produto deve 
chegar menos o tempo do processo de compra)?
5. Quais são os possíveis fornecedores (pesquisar os 
fornecedores, classificá-los para poder fazer consultas e 
dar notas em função da sua confiança/credibilidade)?
46
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A Administração de Materiais em sua visão mais 
operacional tem por objetivo resolver as seguintes
questões:
6. Qual o preço justo para a compra ? Fazer uma 
sondagem no mercado local e nacional e eventualmente 
internacional, somando-se os valores de frete para se ter 
um parâmetro do valor que sirva como base para o 
processo de compra.
7. Como realizar o processo de compra? (No caso do 
serviço público deve-se sempre toda a legislação 
pertinente e, assim, deve-se saber á priori se será por 
ajuste ou por licitação).
47
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
8. Como receber os produtos do fornecedor vencedor do 
processo de compra (vai ter teste no produto, exame do 
Ministério da Agricultura, testes em laboratório de ensaios 
físicos (resistência de uma cadeira de sala de aula, teste 
de microcomputadores, etc.)?
9. Como entregar os produtos aos solicitantes (tudo de 
uma vez, entrega parcial, etc.)?
10.Como controlar o stock/armazenagem dos produtos 
stockados pela empresa?
48
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Administrador de Materiais. 
É a pessoa que ficará responsável por executar 
procedimentos que respondam às dez perguntas 
elaboradas anteriormente, sempre buscando a economia 
dos custos da empresa por meio de compras realizadas a 
custos mais baixos, à criteriosa gestão de stocks, à 
gestão de armazém por forma a evitar roubos, avarias, 
perda de validade, etc, bem como estruturar todos os 
procedimentos para que a Administração de Materiais 
seja padronizada e normalizada dentro da empresa 
direcionada para a implantação do Sistema da Qualidade 
Total.
49
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A Distribuição Física 
Trata do processamento de pedidos, do transporte, 
stockagem de produtos acabados e da armazenagem 
dos produtos finais da empresa desde o instante que o 
pedido é colocado pelo comprador até o momento no 
qual toma posse do produto.
A Distribuição Física cobre todas as atividades que vão 
desde a saída do produto acabado da fábrica até a 
entrega final no usuário.
O transporte e a gestão de stocks são as principais 
atividades que compõem a distribuição física, 
movimentando os produtos desde o fim da produção até 
o mercado de clientes.
50
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Atividades envolvidas na Distribuição Física:
serviço ao usuário, 
previsão de demanda, 
controle de stocks, 
processamento de pedidos,
suporte aos serviços e reposição de partes, 
seleção de locais de fábricas e armazéns,
empacotamento, 
manuseio de bens de stocks, 
gestão de produtos rejeitadas pelo cliente e sobras.
51
LOGÍSTICADOS TRANSPORTES
Logística Reversa 
É o processo de trazer de volta para a indústria produtos 
com defeitos e/ou rejeitados pelos clientes.
52
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Distribuição Física 
Pode variar sua forma de actuar em função do mercado, 
assim, temos:
Distribuição Física para mercado de usuários finais, 
Distribuição Física para mercado de indústrias
Distribuição Física para mercado de intermediários.
Os usuários finais são aqueles que usam o produto para 
satisfazer suas necessidades.
Geralmente adquirem pequenas quantidades e são em 
grande número. 
53
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Distribuição Física 
Os consumidores industriais são aqueles que compram 
para produzir novos produtos, geralmente adquirem 
grandes quantidades e são em menor número.
Os intermediários compram em grandes quantidades e 
distribuem para os consumidores finais e/ou indústrias e 
são em pequeno número. 
Os intermediários não consomem o produto, mas 
oferecem para revenda para outros intermediários, 
indústrias ou consumidores finais.
54
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Canais de Distribuição 
Um canal de distribuição corresponde a um conjunto de 
empresas que participam do fluxo de produtos desde o 
fornecedor da indústria passando pela própria indústria 
que produz até o usuário final.
São formados por 
atacadistas, 
varejistas, 
revendedores, 
distribuidores. 
etc. 
55
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Canais de Distribuição 56
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Sistema de transporte na Distribuição Física 
Distribuição “um para um” e Distribuição “Um para 
muitos”.
No tipo Distribuição "um para um" o veículo é 
totalmente carregado no depósito da indústria ou num 
centro de distribuição (lotação completa) e a carga é 
transportada para um único ponto de destino, podendo 
ser qualquer empresa do canal de distribuição. 
O veículo é carregado de maneira a ocupar toda sua 
capacidade (volume e/ou peso) e, consequentemente, 
tem uma tendência a diminuir o custo de transporte. 
Na prática, este tipo de distribuição "um para um" é 
denominado transferência de produtos.
57
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Sistema de transporte na Distribuição Física 
No tipo Distribuição "um para muitos", também 
conhecido como distribuição compartilhada, ocorre a 
situação na qual o veículo é carregado no depósito da 
empresa ou num centro de distribuição, nem sempre com 
lotação completa e a carga é transportada para diversos 
pontos de destino do canal de distribuição. 
Como exemplo, pode-se ter diversos atacadistas em 
municípios diferentes ou diversas lojas varejistas. 
Para cumprir esta distribuição, é elaborado para cada 
veículo da frota um roteiro específico de entregas por 
meio de ferramentas matemáticas de roteirização de 
veículos.
58
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Distribuição “um para muitos” 
Neste tipo de entrega, nem sempre se conseguir o 
melhor aproveitamento da capacidade do veículo. 
Deve-se aos diversos tamanhos, formas e pesos das 
cargas a serem transportadas, dificultando, assim, a 
acomodação da carga de forma a usar ao máximo a 
capacidade do veículo.
O camião deve ser carregado na ordem inversa das 
entregas, o que impede a melhor ocupação do espaço 
interno. 
Para minimizar este problema existem os camiões tipo 
siders, que abrem toda a parte lateral e não só a parte 
traseira. 
59
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Tempo do Ciclo do Pedido
Na língua inglesa é conhecido como Lead Time.
O Ciclo do Pedido no conceito de Logística é o conjunto 
de actividades de Planeamento e de Apoio Operacional 
da Logística, que devem ser realizadas para que o 
produto solicitado possa ser entregue ao usuário no Nível 
de Serviço contratado.
60
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Tempo do Ciclo do Pedido
O Tempo do Ciclo do Pedido é o tempo medido a partir do 
momento que o usuário faz a colocação do pedido até o 
momento que o mesmo usuário recebe o pedido dentro 
das condições de qualidade solicitadas quando da 
colocação do pedido, ou seja, o Nível de Serviço que o 
usuário contratou.
O Tempo do Ciclo do Pedido é um dos indicadores mais 
importantes de qualidade da logística, pois mede a 
eficiência de todo o processo logístico e por meio dele os 
clientes calculam o momento no qual eles devem colocar 
um pedido a fim de repor seu stock.
61
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Equilíbrio de Custos sob a óptica da Logística
A logística para ser realizada gera diversos custos. 
Para ser feita uma análise destes custos, eles podem ser 
divididos nos custos das actividades primárias, 
desconsiderando para efeito de custo operacional a 
actividade Localização.
O que se busca na Logística não é somente minimizar o 
custo de transporte, ou de stock, ou de processamento de 
pedido, mas sim minimizar, a soma dos três custos.
Invariavelmente os custos de transporte e stock 
comportam-se de maneira inversa, quando um aumenta, 
o outro diminui. 
62
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Minimização de Custos da Logística63
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Minimização de Custos da Logística
No gráfico da Figura do slide anterior, o eixo vertical 
representa os custos e o eixo horizontal representa a 
quantidade em stock no armazém. 
Existem quatro curvas de custos representadas:
1. Custo de Transporte;
2. Custo de Stock;
3. Custo de Processamento do Pedido;
4. Custo Global.
64
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Minimização de Custos da Logística
A curva de Custo de Processamento do Pedido está 
representada no gráfico porque compõe o Custo Global, 
no entanto, o valor do Processamento de Pedido face ao 
Custo de Transporte e do Custo de Estoque pode ser 
considerado zero.
Analisando as duas curvas mais relevantes, Transporte e 
Stock, pode-se notar que à medida que se aumenta o 
número de armazéns, existe uma tendência a utilizar 
transportes ponto a ponto, fábrica para armazém, 
valendo-se de modos de transportes que transportem 
maior volume de carga com uma tendência natural de 
diminuição do frete. 
Assim, a curva de Custos de Transporte tende a diminuir.
65
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Minimização de Custos da Logística
Em contrapartida, com o aumento dos armazéns, há uma 
tendência para aumentar a quantidade em stock, pois o 
stock está distribuído geograficamente. 
Com o aumento de armazéns e com o aumento da 
quantidade em stock, a curva de Custo de Stock tende a 
aumentar.
Analisando o gráfico da Figura do slide 63 pode-se 
perceber o comportamento das duas curvas.
66
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Minimização de Custos da Logística
Como o custo global é a soma dos três custos, precisa-se 
procurar o menor custo global. 
O menor Custo Global não é o menor Custo de 
Transporte, nem o menor Custo de Stock e, sim, 
usualmente, quando as duas curvas de custo se 
encontram.
67
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
A primeira análise é em relação às características do 
modo de transporte. 
Consideram-se as seguintes características: 
a velocidade
e a confiabilidade do modo de transporte escolhido.
Analisando o gráfico da Figura do slide seguinte, no eixo 
horizontal tem-se o nível das características do modo de 
transporte e no eixo vertical tem-se o custo.
As três linhas do gráfico representam o Custo de Stock, 
Custo de Transporte e o Custo de Stock mais Transporte.
68
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
69
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
A primeira análise é em relação às características do 
modal de transporte. 
Para análise, consideram-se as seguintes características: 
a velocidade e a confiabilidade do modo de transporte
escolhido.
Analisando o gráfico da Figura do slide anterior, no eixo 
horizontal tem-se o nível das características do modo de 
transporte e no eixo vertical tem-se o custo.As três linhas do gráfico representam o Custo de Stock, 
Custo de Transporte, e o Custo de Stock mais Transporte, 
que representa os custos significativos logísticos.
70
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
O transporte marítimo e o ferroviário para justificarem a 
circulação transportam grandes volumes de carga. 
Desta forma, é necessário que seja formado um grande 
stock para encher os navios e vagões e, assim sendo, o 
custo do material stockado mais o custo de 
armazenagem fazem o Custo de Stock subir.
Em contrapartida, como o transporte é realizado com 
maior volume de carga e uma maior eficiência energética, 
consegue-se custos de frete menores.
71
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
No caso do Rodoviário, o volume de carga movimentada 
é menor e, portanto, o volume de stock formado para que 
os camiões circulem é menor, consequentemente 
reduzindo o Custo de Stock. 
No entanto, como se transporta menos volume de carga
por veículo, existe a tendência de o frete rodoviário ser 
mais caro que o frete marítimo e ferroviário fazendo a 
curva de transporte subir.
72
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
No transporte aéreo, como o volume transportado é 
usualmente menor que os outros modos, o volume de 
stock é baixo, e o Custo de Stock reduz muito. 
Mas, como as aeronaves consomem muito combustível, 
além das tarifas aeroportuárias e pessoal especializado, 
o frete é muito mais caro que o dos outros modos, 
fazendo, assim, que a curva de Custo de Transporte 
aumente muito.
Tipos de fretes aéreos:
Bens perecíveis, flores, frutas, etc, 
Bens de elevado valor em que a parcela transporte não 
seja significativa
73
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
Produtos de baixo valor tendem a ser transportados por 
via marítima ou ferroviária, pois mesmo tendo que formar 
stocks maiores, a formação destes não impacta tanto o 
custo de stock e reduz significativamente a componente
transporte.
Produtos de alto valor agregado, por sofrerem um 
impacto muito grande com o aumento do stock em função 
do seu valor, tendem a aceitar um valor de frete maior, 
aeroviário, em detrimento a ter que formar um grande 
stock.
74
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
O modo rodoviário deve atender, sobretudo, as pontas 
dos modos marítimo, ferroviário e aéreo, 
complementando estes modos nos extremos da cadeia 
de transporte intermodal.
 Outra função importante do modo rodoviário é a 
distribuição de pequenos volumes em pequenas 
distâncias, sobretudo, no mercado interno, tráfego capilar. 
Apesar desta análise, apercebe-se quer em Moçambique, 
quer na Europa, quer no Brasil, um grande uso do modo 
rodoviário para qualquer tipo de carga, o que não é, 
certamente, uma boa opção logística.
75
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função do modo de transporte 
escolhido
Em função da curva de Custo de Stock e da curva de 
Custo de Transporte, chega-se a curva de Custo de 
Transporte mais Stock, que é a que se deseja minimizar. 
Para minimizá-la, tem que se achar o equilíbrio entre 
stock e transporte em função da escolha do modo. 
O ponto mínimo de custo, então, depende das 
características do modo influenciado pelo valor do 
produto e não é possível dizer, à priori, que existe um ou 
outro modo que sempre leve ao custo mínimo.
Para cada itinerário há sempre um modo de transporte 
vocacionado para o custo final mínimo.
76
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação 
de custo em
função do 
modo de 
transporte 
escolhido
77
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Serviço
Analisando o gráfico da Figura seguinte, no eixo 
horizontal está à medição da qualidade do Nível de 
Serviço que cresce da esquerda para a direita (menos 
qualidade à esquerda e mais qualidade à direita) e no 
eixo vertical tem-se o custo.
As três linhas do gráfico representam o custo referente à 
Perda de Venda (estimado), Custo Logístico para a 
movimentação da mercadoria, e o Custo Total, que 
representa todo o custo logístico.
À medida que a curva de Perda de Venda tende a zero, o 
Custo Logístico aumenta significativamente e à medida 
que a curva de Perda de Venda vai aumentando, a curva 
78
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Serviço
79
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Serviço
O marketing tende sempre a oferecer um melhor Nível de 
Serviço a fim de conquistar novos mercados.
A logística tende a reduzir os custos logísticos. 
Então, o que se busca nesta análise é uma negociação 
entre o marketing e a logística buscando um custo 
mínimo que contempla um nível de Perda de Venda 
aceitável para o marketing e que ainda mantenha um 
custo logístico razoável.
80
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Stocks
Analisando o gráfico da Figura seguinte, o eixo horizontal 
representa o nível de stock que a empresa está operando 
e no eixo vertical tem-se o custo.
As três linhas do gráfico representam o Custo referente à 
Perda de Venda (estimado), Custo de Manutenção do 
Stock, e o Custo de Stock mais o custo da Perda de 
Venda.
Para que a curva de Perda de Venda tenda a zero, deve-
se aumentar em muito o volume do stock para manter, 
sempre, todos os pontos de venda abastecidos e, assim, 
não haver Perda de Venda.
81
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Stocks
82
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do Nível de 
Stocks
Quando o custo da Perda de Venda tender a zero, o 
custo de stock aumenta muito. 
O que se busca nesta análise é uma negociação entre o 
marketing e a logística buscando um custo mínimo que 
contempla um nível de Perda de Venda aceitável para o 
marketing e que ainda mantenha um custo de 
manutenção de stock em patamares razoáveis.
83
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do tamanho 
do lote de produção
Analisando o gráfico da Figura o slide seguinte, o eixo 
horizontal representa o lote de produção que a empresa 
está produzindo e no eixo vertical tem-se o custo.
As três linhas do gráfico representam o Custo de 
Produção, Custo de Manutenção do Stock, e o Custo de 
Stock mais o Custo da Produção.
84
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de 
custo em 
função da 
melhoria 
do tamanho 
do lote de 
produção
85
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do tamanho 
do lote de produção
Quando uma indústria aumenta o lote de produção da 
fábrica, há uma tendência natural para se reduzir os 
custos de produção, (curva de experiência ou curva da 
economia de escala). 
Isto deve-se, principalmente, à redução do tempo de set 
up entre mudanças de produtos fabricados.
No entanto, ao se produzir mais de um único produto por 
vez, pode ser que não seja possível, imediatamente, 
repassar todo o stock para as vendas, necessitando que 
o nível de stock aumente.
86
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Relação de custo em função da melhoria do tamanho 
do lote de produção
Assim, à medida que se reduz o Custo de Produção pelo 
aumento do lote de produção, tende-se a aumentar o 
Custo de Manutenção de Stock por ter sido produzido, 
eventualmente, mais que a demanda pede.
Neste caso o equilíbrio deve haver entre a produção que 
almeja reduzir os custos de produção e a logística que 
tende a reduzir o custo de stock. 
Então, se ambos cederem, é possível chegar a um custo 
mínimo para a empresa. 
87
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
Em essência, a Logística é gestão de processosou 
administração de processos, tanto em questões 
administrativas como em questões operacionais.
Para se gerir processos só existe uma maneira eficaz: 
controle efetivo e quantitativo das operações/processos. 
Para se efetivar este controle, a melhor maneira é por 
meio de itens de controle, pela óptica da qualidade, ou 
simplesmente, indicadores de qualidade. 
Na língua inglesa, estes indicadores são conhecidos 
como KPI (Key Performance Indicator).
88
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
Os indicadores podem ser agrupados em três categorias:
1. Custos;
2. Serviço ao cliente;
3. Desempenho;
89
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
Para que qualquer um dos indicadores adotados possa 
trazer benefícios para a gestão da empresa, eles devem 
observar os seguintes itens para ter sucesso na sua 
implantação:
1. Por quê medir?
2. Como analisar o resultado;
3. Como medir (preferência por algo matemático, bem 
definido e fácil de ser medido);
90
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
4. Fonte confiável, de preferência única;
5. Periodicidade (minutos, horas, dias, turno, mês, ano, 
etc.);
6. Divulgação (canal único de informação);
7. Forma de apresentação (preferência por visualização 
gráfica);
8. Justificações para os possíveis desvios;
9. Ações a serem tomadas para desvio.
91
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
Destacam-se alguns para acompanhamento das 
operações logísticas a seguir, que definitivamente não 
podem ser os únicos a serem considerados, pois cada 
empresa pode adoptar o índice que melhor se adeque as 
suas necessidades:
1. Custos;
a. EBTIDA;
b. EVA;
c. ROI;
d. Custo de Perda de Venda;
92
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
2. Valor
a. Custo de logística;
b. Custo de transportes;
c. Custo de transporte por quilómetro rodado;
d. Custo de transporte por tonelada transportada;
e. Custo por pedido (Custos de processamento do pedido / 
número de pedidos);
93
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
3. Desempenho
a. Lead Time (tempo total entre a colocação do pedido 
até sua a entrega);
b. Quantidade de pedidos entregue no prazo;
c. Índice de ocupação dos armazéns;
d. Distância média percorrida pelos veículos;
94
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
3. Desempenho
e. Rotação de stocks;
f. Número de entregas por veículo;
g. Índice de avarias;
h. Quantidade de devoluções
 i. Acuracidade dos documentos;
 j. Separação de pedidos por hora;
k. OTIF (On time in full).
95
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico
OTIF (On time in full).
O OTIF mede quantos pedidos foram realizados 
conforme o que foi solicitado/contratado em termos de 
prazo e qualidade. Assim, calcula-se para cada pedido 
dois itens: On time, se o pedido foi entregue no prazo e 
In full, se o pedido foi entregue completo e perfeito 
conforme contratado.
Se ambos estiverem de acordo, no prazo e em perfeito 
estado, o OTIF deste pedido é 1, caso contrário é zero. 
O OTIF da empresa é então calculado somando os OTIF 
de cada pedido e dividindo-se pelo número de pedidos.
96
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico: OTIF (On time in full).97
PEDIDO 1 PEDIDO 2 PEDIDO 3 PEDIDO 4 PEDIDO 5
ON TIME 1
No prazo
1
No prazo
0
Fora do 
prazo
0
Fora do 
prazo
1
No prazo
IN FULL 0
Fora da 
qualidade
1
Dentro da 
qualidade
1
Dentro da 
qualidade
0
Fora da 
qualidade
0
Fora da 
qualidade
OTIF POR 
PEDIDO
0 1 0 0 0
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Controle no Processo Logístico: OTIF (On time in full). 
Com base na Tabela do slide anterior calcula-se o OTIF da 
empresa da seguinte forma: 
OTIF da empresa = Número de OTIF por pedido perfeito / 
Número de pedidos, ou seja, OTIF da empresa = 1 / 5= 0,20.
Um número muito baixo de operações perfeitas, somente 
20%. 
Pode-se analisar e perceber se a empresa está errando mais 
em entregar fora do prazo ou se está errando mais em não 
entregar o pedido conforme o combinado (quantidade e 
qualidade).
No exemplo citado a empresa errou mais por entregar fora do 
prazo (0) na Tabela 2, 3 vezes, do que em qualidade, 2 vezes.
98
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto
Os produtos possuem certas características que 
impactam diretamente na gestão da logística. 
Como características principais dos produtos, destacam-
se:
1. Peso;
2. Volume;
3. Relação Peso/Volume;
4. Valor;
5. Grau de Substituição;
6. Grau de Risco.
99
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto
Relação peso/volume
O peso e o volume são características importantes do 
produto, sobretudo, quando olhados na totalidade da 
carga a ser movimentada. 
No entanto, muito mais importante do que estes valores é 
a relação entre eles. 
A Relação Peso/Volume pode ser interpretada como o 
Peso Específico. Representa, de forma simples e na 
visão operacional da logística, a quantidade de peso que 
é possível carregar em uma unidade de volume.

100
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto
Relação peso/volume
Desta forma, é usual expressar o Peso Específico em 
toneladas/m 3.
Em termos logísticos esta medida é uma das importantes 
para se dimensionar a capacidade de transporte e 
armazenagem de cargas, sobretudo, de cargas a granel.
101
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto
Relação peso/volume
Outra situação específica da logística é que certos 
produtos lotam o veículo por peso, mas não lotam por 
volume, ou vice-versa. 
Por exemplo, o produto gusa que tem peso específico 
muito alto, usualmente, quando carregado no porão do 
navio só pode ser carregado até a metade do volume, 
pois, caso contrario, excederia a capacidade de carga do 
navio.
No transporte em contentor é comum que os 
transportadores adotarem uma tabela denominada 
w/m(weight/measurement). 
102
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto
Relação peso/volume
Ou seja, o transportador adota uma tabela com valor pelo 
peso transportado e uma outra em função das medidas 
da mercadoria (volume).
Assim, quando se solicita o preço do frete, calcula-se o 
preço baseado na tabela de peso e preço pela tabela de 
volume do produto, o que der o maior valor, será o valor a 
ser cobrado.
103
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto: 
Valor
O valor do produto tem uma importância grande para a 
logística primeiramente porque o custo de seguro em 
todas as etapas é onerado, tendo em vista os mesmos 
serem cobrados sobre o valor. 
Além do valor que está sendo analisado, o seguro é 
afectado pelo risco da carga.
Outro ponto importante é que muito dos preços cobrados 
na armazenagem são calculados não só em função da 
área ocupada, como também, em função do valor da 
mercadoria.
104
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto: Grau de Substituição
O Grau de Substituição, também conhecido como 
Substituibilidade, é medido como sendo a percepção da 
qualidade do produto em relação ao seu preço. 
Quando o cliente não consegue perceber diferença de 
qualidade do produto analisado em relação ao outro que 
justifique a diferença de preço entre ambos, ele opta pelo 
de menor preço.
Muitos produtos são suscetíveis às campanhas de 
marketing, as demandas podem variar muito de região 
para região em função das campanhas promocionais, 
dificultando o papel da logística que tem que trabalhar 
com alto grau de incerteza. 
105
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto: 
Grau de Risco
O Grau de Risco representa o grau de possibilidade da 
carga movimentada pela logística ser extraviada ou se 
deteriorar. 
O risco pode ser dividido em cinco tipos:
1. Roubo;
2. Inflamável;
3. Explosão;
4. Combustão espontânea;
5. Perecível.
106
LOGÍSTICADOS TRANSPORTES
Características do Produto: 
Grau de risco-Roubo
No caso de Roubo, principalmente no transporte 
rodoviário, o índice de roubos a veículos de carga vem 
aumentado sistematicamente sem nenhuma sinalização 
de melhoria. 
No transporte ferroviário e marítimo estes números não 
são tão expressivos.
107
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Características do Produto: 
Grau de risco-Combustão espontânea
Na Combustão espontânea, existem produtos que 
conforme a temperatura ambiente e o tempo de 
armazenamento podem entrar em combustão 
instantaneamente. 
Como exemplos, citam-se: 
carvão mineral; 
algodão, 
outros.
108
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Conforme pode ser visto na Figura do slide seguinte, o 
ciclo de vida do produto pode ser dividido em quatro
etapas:
1. Introdução;
2. Crescimento;
3. Maturidade;
4. Declínio.
109
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 110
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Introdução
Na etapa de Introdução, o produto ainda não possui uma 
demanda conhecida, o produto pode ou não ser aceito 
pelo mercado. 
Assim, a logística tem por função manter todos os pontos 
de venda abastecidos, pois, caso contrário, todo o 
esforço do marketing de convencer o cliente em comprar 
o produto pode ser frustrado se o cliente aceitar a ideia 
da compra, mas ao chegar ao ponto de venda não 
encontra o produto.
111
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Crescimento
Uma vez que o produto tenha sido consolidado no 
mercado, a etapa de Introdução pode ser considerada 
encerrada e passa-se para outra etapa, denominada 
Crescimento. 
Obviamente, é desejável que se passe para o 
crescimento, mas alguns produtos não vingam no 
mercado e são tirados do mercado antes mesmo de se 
consolidarem.
112
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Crescimento
Como exemplo, cita-se o padrão de gravação de alta 
definição de DVD, onde a Toshiba lançou o aparelho 
padrão HD-DVD e a Sony lançou o aparelho padrão Blu-
Ray. 
Ambas introduziram o produto juntas no mercado. 
No entanto, a Toshiba percebendo que o produto por ela 
lançado não conseguia mercado, parou de fabricar o HD-
DVD em 20 de fevereiro de 2008 e abriu mão do 
mercado, deixando o aparelho padrão Blu-Ray da Sony 
na faixa de crescimento para ocupar o mercado potencial.
113
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Crescimento
Uma vez na etapa de Crescimento, cabe à logística a 
tarefa mais árdua, manter a distribuição sem saber ao 
certo em quais regiões o produto será mais ou menos 
aceito.
Além disso, não se sabe o ritmo de crescimento da 
demanda, a taxa de inclinação da curva.
Por conta do exposto anteriormente, não se consegue 
nesta etapa uma otimização muito boa da logística, pois 
ainda não existe uma consolidação do mercado.
114
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Maturidade
Uma vez que o produto tenha o seu crescimento 
estabilizado, pode-se dizer que ele entra na etapa de 
Maturidade. 
Espera-se que etapa seja a mais longa possível, como o 
caso da Maisena que já está no mercado há quase 100 
anos com a mesma fórmula e embalagem.
Cada dia que passa, os produtos tem tido a etapa de 
Maturidade mais curta, pois a cada dia surgem novos 
produtos com novos avanços tecnológicos.
115
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Maturidade
Esta é a melhor etapa para a logística trabalhar, pois 
nesta etapa o produto já tem sua demanda por região 
bem estabelecida com pequenas oscilações. 
Assim, a gestão da logística pode realizar planos 
otimizados e ir a cada dia criando novas melhorias de 
procedimentos e equipamentos que visem uma maior 
otimização da logística com consequente redução de 
custos e melhoria do serviço a fim de criar mais valor 
para o produto.
116
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: Declínio
Com o decorrer dos anos o produto chega a um ponto que 
o mercado começa a não o aceitar ou por estar fora de 
moda, ou por estar obsoleto ou porque aparece um novo 
produto de um concorrente que leve o cliente a migrar para 
o novo produto e, assim a demanda começa a declinar. 
Esta etapa é denominada Declínio.
Nesta etapa, a grande função da logística é tentar evitar ao 
máximo a geração de stock obsoleto invendável, 
analisando a demanda que está caindo e verificando quais 
as regiões que ainda estão comprando o produto e, assim, 
deslocando os stocks existentes das regiões que estão 
com queda acentuada para as regiões que ainda 
demandam o produto.
117
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Como exemplos de produtos com ciclo de vida mais 
curto, citam-se os computadores e eletroeletrónicos que 
estão a todo o momento alterando tecnologia e design, 
entre outros.
Como exemplos de produtos com ciclo de vida mais 
longo: 
Coca Cola
Colgate
Maisena, 
Pomada Tigre, 
Perfume de Alfazema, 
Gilete, entre outros.
118
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
É interessante notar, que uma regra não exata, mas 
razoável, é lançar um produto novo no mercado 
aproximadamente no meio da expectativa de duração da 
etapa de Maturidade. 
Isto porque quando um produto estiver com sua demanda 
em declínio, o novo produto estará crescendo e a soma 
dos dois produtos, um crescendo e o outro declinando 
podem manter a receita da empresa nos mesmos 
patamares anteriores, ver Figura do slide seguinte.
119
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 120
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Ciclo de Vida do Produto: 
Caso esta situação ocorra, a logística deve ter a 
preocupação de ir desmontando a logística do Produto 1, 
em declínio, e transferi-la para o Produto 2, em 
crescimento. 
Evitando, assim, de se fazer novos investimento para o 
Produto 2 e perder os investimentos realizados para o 
Produto 1.
121
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Tipos de Carga
Em função das características dos produtos, a carga a 
ser transportada pode ser classificada em:
1. Carga a Granel;
2. Carga Geral;
3. Carga Contentorizada.
122
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga a granel
A Carga a Granel é definida como sendo uma carga na 
qual não se conta unidades. 
Por exemplo, minério de ferro não se conta quantas pedras 
de minério, simplesmente se mede a tonelagem total. 
Podem-se citar como exemplo de cargas a granel as 
seguintes cargas:
minério de ferro, 
soja, farelo de soja, 
álcool, gasolina,
 gusa, 
toretes de madeira, entre outras.
123
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga a granel
A Carga a Granel, usualmente, assume o formato da 
embalagem que ele estiver inserido. 
Por exemplo, o minério de ferro quando colocado dentro 
do porão de um navio, ele assume o formato do porão do 
navio. Porém, se o mesmo minério estiver em um vagão 
gôndola, ele assume o formato do vagão gôndola.
124
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga a granel
A Carga a Granel pode ser dividida em função dos seus 
diferentes estados em subtipos.
Citam-se os seguintes estados e, por conseguinte, os 
seus subtipos:
1. Sólido;
2. Líquido;
3. Gasoso.
125
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral
A Carga Geral é definida por uma carga em que se 
contam as unidades e que ela não assume a forma da 
embalagem. 
Por exemplo: blocos de granito, bobinas de aço, sacaria 
diversa, fardo de celulose, pneus, placa de aço, latas de 
óleo, garrafas de refrigerante, vidros de perfume, entre 
outras.
Na Carga Geral, visando o manuseio e transporte, foram 
criadas formas de unitização da carga, ou seja, maneiras 
de agrupar diversas pequenas cargas em um grande 
volume único que é movimentado uma única vez. 
126
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral
Assim, existem duas formas principais de unitização:
1. Palete;
2. Big bag;
3. Contentor.
127
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTESCarga geral : 
Paletes
A Palete é uma plataforma de madeira, ou outro material, 
onde a carga é arrumada sobre ele. 
Possui certos pontos de entrada dos garfos das 
empilhadeiras para que estas possam fazer o 
levantamento e movimentação.
V. Figura slide seguinte, mostrando empilhadeira de garfo 
movimentando palete de madeira com pneus.
128
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : paletes129
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : 
Big bag
Big bags são grandes sacos de pano ou sintéticos nos 
quais são acondicionados graneis ou sacaria visando 
formar uma nova embalagem de manuseio que facilite, 
também, o carregamento e a descarga.
V. Figura do slide seguinte, mostrando o carregamento de 
big bags num Terminal de Produtos Diversos.
130
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : Big bag131
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : Contentor
O contentor, basicamente, é uma caixa metálica com 
dimensões padrões onde a carga é acondicionada dentro 
dela, e as portas são lacradas. 
O contentor, de maneira formal, pode ser definido como 
um recipiente construído de material resistente, destinado 
apropiciar o transporte de mercadorias com segurança, 
inviolabilidade e rapidez, dotados de dispositivo de 
segurança aduaneira e devendo atender às condições 
técnicas e de segurança previstas pela legislação 
nacional e pelas convenções internacionais.
132
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : Contentor
Uma das maiores vantagens dos contentores é a 
padronização de suas dimensões. 
Existem basicamente, dois tipos de contentores: 
20 pés = 1 TEU
ou 40 pés= 2 TEUs
O contentor é medido em uma unidade específica 
denominada TEU (twenty equivalent unit) que representa 
um contentor de 20 pés. 
Portanto, um contentor de 40 pés representa dois TEUs.
133
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Carga geral : Contentor
O contentor pode ser de variados tipos. 
Carga seca; 
Tanque; 
Refrigerado; 
Open top; 
Plataforma; 
Outros.
Em face da grande importância que o contentor adquiriu 
no transporte e na logística de uma maneira geral, a 
Carga Geral foi desmembrada em Carga Geral e Carga 
Contentorizada.
134
135
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda representa a quantidade de mercadoria que um 
consumidor ou conjunto de consumidores deseja e está 
disposto a comprar. 
Caso não existisse demanda, não haveria sentido em 
existir a empresa, muito menos a logística.
A demanda é o parâmetro básico e essencial para o 
cálculo do volume do stock, pois este é totalmente 
dependente da demanda. 
136
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Assim, será feita, nesta secção, uma análise dos 
principais tipos de demandas e seu impacto na logística 
da empresa, principalmente no stock. 
Os principais tipos de demanda são: 
Demanda Regular;
Demanda Sazonal; 
Demanda Irregular; 
Demanda Declínio; 
Demanda Derivada.
137
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
A Demanda Regular, às vezes denominada Demanda 
Permanente, ocorre em produtos que possuem um 
mercado constante por longos períodos, onde sempre se 
tem um consumo constante ou com variações muito 
pequenas (farinha, arroz, massa, etc..).
Também, ocorre em Bens Industriais, pois muitos destes 
produtos tem contrato de longo prazo, de dez a trinta 
anos de fornecimento. 
Como exemplos, temos: minério de ferro, carvão, entre 
outros.
138
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Os stocks para esse tipo de demanda regular são 
razoavelmente fáceis de serem estimados e devem ter
duas preocupações:
Manter o ressuprimento atentando para o prazo de reposição 
da matéria prima;
 Níveis de serviço a serem atendidos e os prazos de 
atendimento em relação ao prazo de fabricação.
139
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Produtos que possuem um mercado marcado por 
períodos de grande consumo e de outros com baixo ou 
nenhum consumo.
Reincidente 
todo ano no mesmo período ocorre o aumento de 
consumo; Natal, Fertilizantes, Cerveja, água engarrafada, 
etc.
Esporádica
copa do mundo, olimpíada, eleição (camisetas, santinhos, 
etc.)
140
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Para os produtos de Demanda Sazonal Reincidente, os 
estoques podem ser vistos de 3 formas:
1. Formados na época de baixo consumo visando 
“desová-lo” na época de alto consumo (mantendo assim 
a produção constante);
2. Serem zerados e a produção parar também na época 
de baixo consumo, retomando a produção na época de 
alto consumo;
3. Outro produto, também sazonal, é produzido na época 
de baixa do produto e depois ele pára para voltar ao 
produto original.
141
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda Sazonal Esporádica
Para os produtos de Demanda Sazonal Esporádica a 
situação é mais complexa, pois uma vez terminado o 
evento, o produto perde praticamente todo o valor de 
venda e transforma-se em stock morto, ou seja, sem fins 
comerciais.
Neste caso, a logística deve ficar atenta para que não 
haja a formação de stock e suficientemente ágil para 
distribuir o stock de forma eficiente para atender a todas 
as necessidades em prazos razoavelmente curtos.
142
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda Irregular
Na Demanda Irregular, os produtos possuem um 
mercado onde não existe nenhuma ou muito pouca, 
previsibilidade da demanda no mercado. 
Nesta situação, a logística fica sem muita margem para 
um planeamento de longo prazo, tendo que se adaptar a 
todo o momento aos sabores da demanda do mercado.
143
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Demanda Irregular
Neste caso, para definição do stock, a logística deve 
trabalhar com seu instinto e conhecimento do mercado, 
ocorrendo, então, duas situações:
1. Alto stock “apostando” no incremento da demanda, 
correndo o risco de ter o seu stock “encalhado”;
2. Baixo stock “apostando” no declínio da demanda, 
correndo o risco de haver “Perda de Venda” por não ter 
ressuprimento a tempo.
A “mágica” da logística é fazer a “aposta” certa na 
demanda e isto só ocorre com profissionais bastante 
qualificados e conhecedores do mercado.
144
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Demanda em Declínio
Conforme visto em seção anterior, o produto passa por 
quatro etapas durante sua vida: introdução, crescimento, 
maturidade, e declínio. 
A Demanda em Declínio ocorre quando o produto está na 
etapa de Declínio. Quando o produto está em declínio 
pode-se ter uma previsão de quando não será mais 
possível colocar o produto no mercado. 
O stock neste caso deve acompanhar a curva de declínio 
e ir diminuindo gradativamente o seu tamanho para não 
ter grandes quantidades que deverão ser liquidadas 
posteriormente a preços muito baixos ou gerar stock 
obsoleto ou morto (monos).
145
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda em Declínio
Outra função da logística é ao diminuir a logística do 
produto em declínio tentar transferi-la para outro produto 
que esteja em crescimento no mercado.
Produtos que possuem um mercado derivado de outro 
mercado (fertilizante em relação a área plantada, 
autopeças em relação a produção de automóveis).
O stock nesse caso é calculado em função da demanda 
do produto principal e pode ser classificado em um dos 
outros tipos de demanda, dependendo da demanda do 
produto principal.
146
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
1. SKU “single keeping unit” 
SKU é uma sigla em inglês da frase “single keeping
unit” que representa a forma como a empresa irá gerir 
seu stock em termos de unidades movimentadas. 
Um supermercado pode controlar o stock pela quantidade 
detubos de pasta de dentes que ele movimenta.
Neste caso, o SKU é igual a um tubo de pasta de dentes.
Um atacadista pode controlar o stock por caixas de tubos 
de pasta de dente, com vinte unidades dentro da caixa. 
Neste caso, o SKU é igual a uma caixa de tubos de pasta 
de dentes
147
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
2. Perda de Venda.
A Perda de Venda ocorre quando o usuário vai até o 
ponto de venda para comprar certo produto, mas ao 
chegar ao ponto de venda ele percebe que o referido 
produto acabou.
Como a necessidade dele é, geralmente, grande, ele opta 
por comprar outro produto similar. 
A Perda de Venda ocorre, pois a empresa deixou de 
vender aquele produto. Mas o maior problema é ter dado 
a oportunidade o usuário experimentar o produto do 
concorrente e, se, eventualmente, ele gostar mais, ele 
deixa de adquirir permanentemente o nosso produto e 
passa a comprar o novo produto da concorrência.
148
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Planeamento da logística
O planeamento da logística visa definir, baseado no Nível 
de Serviço, 
os modos de transporte a serem utilizados, 
a rede de distribuição e suprimento, 
os níveis de stock, 
os modelos, tamanhos e quantidade de armazéns
 e a localização física das instalações
 fábrica,
 armazéns
e garagens.
149
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Planeamento da logística
Para elaborar um planeamento logístico devem ser 
levantados alguns parâmetros básicos e essenciais para 
um planeamento o mais acertado com a realidade futura 
do mercado e da empresa. 
Dentre os principais parâmetros utilizados, citam-se os 
seguintes: 
Nível de Serviço, 
demanda, 
características do produto,
 opções de modais de transporte,
 estabilidade político-económica.
150
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
O Nível de Serviço é um dos factores que podem 
determinar a demanda. 
Porque o Nível de Serviço determina o nicho de mercado 
em que a empresa actua e pode influenciar a demanda.
Além disso, para patamares mais altos de Nível de 
Serviço, há uma tendência de aumento dos custos dos 
serviços logísticos.
151
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A demanda projectada do produto em certo Nível de 
Serviço no futuro é, sem dúvida, o principal parâmetro 
para qualquer projeto logístico. 
No entanto, em muitos produtos, principalmente no varejo 
estimar a demanda é algo extremamente complexo em 
face das inúmeras variáveis e do grau de incerteza delas. 
Sem o cálculo da demanda, em quantidade e local que 
ele ocorrerá, pode-se dizer que é impraticável elaborar 
um planeamento de logística.
As características do produto influenciam todas as 
decisões de transporte e de armazenagem, além de 
questões de risco que podem elevar os custos logísticos.
152
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Opções de modais
As opções de modais disponíveis são muito 
importantes, pois com base nelas pode-se escolher um 
ou mais opções de transporte. 
Tendo mais de uma opção de modal de transporte, pode-
se decidir, até, por uma operação intermodal. 
Além disso, podem ser previstos novos investimentos em 
ferrovia, porto, armazém e outras facilidades logísticas.
A estabilidade político-económica de um país é um fator 
muito importante, pois ela determina os riscos dos 
investimentos e as oscilações de demanda. 
153
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Opções de modais
Os países com alto grau de instabilidade político-
económica praticamente inviabilizam planeamentos de 
médio e longo prazo com algum de grau de precisão. 
Estes planeamentos são feitos somente como uma 
análise e visão do que pode vir a acontecer sem valores 
financeiros e sem quantitativos, somente com estimativas 
de valores e a sentimento.
154
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Objectivos do planeamento logístico
O planeamento da logística deve buscar três objetivos 
macros:
1. Redução de custos;
2. Redução de investimento;
3. Melhorias de serviço.
155
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
No objectivo Redução de custos busca-se, sobretudo, a 
redução de custos variáveis associados ao transporte e 
armazenagem. 
Normalmente, frente a várias alternativas para transporte 
e armazenagem, escolhe-se pela alternativa de menor 
custo. 
No entanto, espera-se que mesmo reduzindo os custos, o 
Nível de Serviço seja mantido no mesmo patamar onde 
se situava antes de se efetuar a redução de custos. 
Desta forma, sendo alcançado o objetivo de reduzir os 
custos, aumenta-se a margem de lucro do produto ou 
pode-se analisar a redução de preços visando uma fatia 
maior de mercado, (maior quota de mercado).
156
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
 No objetivo Redução de Investimento busca-se investir o mínimo 
possível nos processos logísticos. 
 Assim, investimentos com armazenagem e frota são evitados e a 
empresa utiliza serviços de terceiros sem investir. 
 O risco deste objectivo é que ele pode aumentar os custos 
variáveis e a vantagem é aumentar o retorno sobre o capital 
investido. 
 Esta estratégica sob o ponto de vista financeiro pode ser até 
interessante, mas sob o ponto de vista operacional é muito 
perigosa, pois se pode não conseguir terceiros para realizar os 
serviços contratados em momentos de pico de demanda por 
transporte e armazenagem. 
 Na época de alta de demanda por serviços logísticos também 
ocorre um aumento do valor dos mesmos.
157
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Melhorias de Serviço.
 No objectivo Melhorias de Serviço, a empresa visa aumentar 
ou manter a receita através de uma melhoria do Nível de 
Serviço prestado. 
 Este objetivo é perigoso pelo ponto de vista de marketing, pois 
uma melhoria do Nível de Serviço pode implicar numa 
mudança de nicho de mercado pela empresa. 
 Torna-se interessante quando o preço final é mantido e com 
isso se ganha vantagem competitiva oferecendo mais ao 
usuário pelo mesmo preço.
158
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Perguntas a serem respondidas em um planeamento 
logístico
O Planeamento logístico deve responder a três 
perguntas:
1. O que deslocar de um ponto para outro ponto?
2. Quando realizar este deslocamento?
3. Como fazer este deslocamento?
O profissional de logística deverá sempre estar atento 
para as três perguntas citadas, buscando sempre 
reduzir os investimentos, reduzir os custos variáveis e 
manter ou melhorar o Nível de Serviço prestado.
159
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Perguntas a serem respondidas em um planeamento 
logístico
Dentre estas, citam-se: 
Nível de Serviço oferecido, 
Demanda real e da demanda projetada, 
Localização dos possíveis fornecedores, 
Facilidades logísticas, sobretudo modais de transporte,
 Facilidade de contratar mão-de-obra capacitada local, 
Infra-estrutura de energia, 
Pré-requisitos ambientais, 
Benefícios governamentais, 
Segurança das instalações e da carga.
160
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Objectivos do planeamento logístico
O planeamento da logística deve buscar três objetivos 
macros.
Cada tipo é definido em função do horizonte de 
planeamento. 
Assim, têm-se os seguintes tipos de planeamento 
logístico:
Estratégico
Tático 
Operacional.
161
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Objectivos do planeamento logístico
O Planeamento Estratégico é de longo prazo, porém 
não existe um consenso entre os autores do que é longo 
prazo, sendo que alguns definem longo prazo como 
sendo maior que um ano, outros definem como maior que 
cinco anos. 
Neste Curso adoptamos o conceito de Planeamento 
Estratégico como maior que cinco anos. 
O Planeamento Tático é aquele que ocorre num 
horizonte máximo de um ano. Normalmente, acompanha 
o orçamento anual das empresas. 
O Planeamento Operacional é o dia a dia das 
empresas, com horizonte máximo de uma a no máximo 
duas semanas.
162
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Níveis de planeamento logístico
Estes três níveis de planeamento devem ser aplicados às 
três dimensões da logística:
a localização, 
a manutenção destock 
e o transporte. 
Para cada uma dessas três dimensões alguns tópicos 
devem ser analisados na hora do planeamento, ver 
Figura do slide seguinte.
163
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
164
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Objectivos do planeamento logístico: Localização.
Na Localização devem ser tomadas as seguintes decisões:
 Número, dimensão e localização das instalações, 
alocação de armazéns para atender a certas áreas. 
Com base nos dados anteriormente listados, apesar do 
alto grau de complexidade do problema, é possível definir 
qual o número de armazéns, suas dimensões e suas 
localizações.
Também é possível definir as garagens dos veículos de 
transporte e os pontos de transbordo das mercadorias.
165
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Localização.
É possível, pela óptica da logística, definir quais são os 
fornecedores em melhor condição logística para atender 
ao suprimento da fábrica. 
Também, é possível definir a melhor a localização da 
própria fábrica. 
Uma vez definidas as instalações logísticas, pode-se 
alocar quais pontos de demanda serão atendidos por que 
armazéns, definindo zonas de actuação para cada
armazém.
166
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
No transporte, devem-se tomar as seguintes decisões: 
Escolha do modal, 
Escolha das rotas (roteirizição) 
e Tipo de Embarque. 
A escolha do modal de transporte define os tipos de 
transporte que podem ser usados, marítimo, ferroviário, 
rodoviário ou aéreo. 
Esta decisão pode influenciar projetos de construção de 
infra-estrutura para ser usada pelo empresa no seu 
planeamento. Pode-se, ainda, tomar a decisão de não usar 
um meio de transporte, mas sim, vários meios de transporte 
utilizando-se de intermodalidade ou multimodalidade. 
167
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
No transporte, devem-se tomar as seguintes decisões: 
A segunda decisão diz respeito a escolha de rotas, ou 
roteirização, ou roteamento, ou itinerário, que é a definição por 
aonde a frota de veículos circulará. 
Existem dois níveis de roteirização, 
um que prevê somente a sequência de pontos que serão 
visitados pela frota sem definir efetivamente os caminhos a 
serem seguidos. 
outro nível mais operacional define cada rua e cada caminho 
que será percorrido pelos veículos podendo ser rastreado por 
satélite e aumentando a segurança da carga transportada. 
168
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
No nível mais operacional que define cada rua e cada 
caminho que será percorrido pelos veículos, recorre-se 
a diversos softwares que a partir dos pontos de 
demanda, clientes, realiza o serviço de roteirização e, 
usualmente, estão incorporados a um software GIS 
(Geographic Information System) que realiza a entrada 
de dados e apresenta os resultados de forma visual em 
um mapa da região a ser atendida.
169
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
A terceira decisão diz respeito à definição do tipo de 
embarque. 
Os embarques podem ser totais ou fracionados. 
Os embarques totais ocorrem quando o veículo 
transportador é ocupado somente por cargas de um 
cliente.
Uma outra opção é carregar o veículo de transporte 
com cargas de diversos clientes, fracionados, e 
consolidando para a viagem e /ou operação ferroviária.
170
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nas decisões referentes à manutenção de stocks, 
destacam-se: 
 Nível de stock e
 Distribuição do stock. 
Tendo as definições de localização das facilidades, dos 
modais de transporte e o tipo de embarque, pode-se 
estudar o nível de estoque que se pretende operar. 
Normalmente este nível é influenciado pelo Nível de 
Serviço vendido, pelos lotes mínimos de produção, 
pelos modais disponíveis, pela localização das 
facilidades entre outros.
Outra definição que deve ser feita refere-se à 
distribuição do stock, ou seja, definir ponto a ponto da 
rede logística o nível de stock necessário.
171
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
 As diversas decisões devem ser tomadas simultaneamente, 
pois cada uma delas gera influência nas outras, não havendo 
uma ordem certa para se planear. 
 Ressalta-se que todas as decisões são razoavelmente 
complexas apesar das inúmeras ferramentas de pesquisa 
operacional e computação para apoiá-la a tomada de 
decisão. 
 Assim, apesar do uso intensivo de ferramentas e 
computadores, a experiência dos tomadores de decisão é 
muito importante e deve ser ouvida.
172

Continue navegando