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Apostila_Formacao_Pedagogica_EaD

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FORMAÇÃO 
PEDAGÓGICA 
PARA EAD
Centro de Referência
em Educação a Distância
INSTITUTO FEDERAL
Mato Grosso do Sul Cread
Formação Pedagógica para EaD
3
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Indicação de Ícones
Atenção!
DicaFique de Olho
Guarde Bem Isto
Link
Leitura 
Complementar
Vídeo/Áudio Para Refletir...
Download
Você Sabia?
Saiba Mais
Subseções de 
Estudo
Revisando...
GlossárioObjetivos de 
Aprendizagem
Exercícios 
de Fixação
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
4
Formação Pedagógica para EaD
Formação Pedagógica para EaD
5
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Sumário
1. O que é EaD? .......................................................................................... 7
1.1 Modalidades de Ensino/Aprendizagem ............................................................... 8
1.2 Vamos Começar pelas Origens... ......................................................................... 9
1.3 Como Surgiu a EaD no Mundo .............................................................................. 10
1.4 Como Surgiu a EaD no Brasil ................................................................................ 11
1.5 Como Está o EaD no Brasil Hoje ........................................................................... 12
2. Educação a Distância: Princípios e Finalidades ................................. 13
2.1 A Legislação Relacionada à EaD ............................................................................ 14
2.2 O que se Entende por Mediação Pedagógica ..................................................... 15
2.3 A Avaliação em EaD Tem Algumas Características que São Resultado do Para-
digma Educacional Proposto ao Processo de Ensino-Aprendizagem e à Natureza do 
Processo Específico ...................................................................................................... 21
3. A Importância do Feedback ................................................................. 25
3.1 A Importância do Acompanhamento e Satisfação ............................................. 25
4. Você Já se Pegou Refletindo Sobre os Significados do Conceito Tec-
nologia? E o Que Pensa a Respeito? Pare por Alguns Segundos e Tente 
Organizar Suas Ideias Sobre os Entendimentos Que Você Tem Sobre Tec-
nologia... ..................................................................................................... 29
4.1 Evolução das Tecnologias na Educação ............................................................... 31
4.2 No Entanto, a Tecnologia por Si Só Não Resolve. É Preciso a Mediação do Profes-
sor. E Para Isso Temos Que Utilizar a Dialogicidade. ............................................... 32
5. Neste Tópico Você Vai Entender Melhor Que Quando Falamos de Co-
municação Síncrona e Assíncrona Estamos Nos Referindo a Duas For-
mas de Intercâmbio da Informação em Função da Simultaneidade com 
a Que Se Envia e Se Oferece a Mensagem.............................................. 35
5.1 Diferenças Entre a Comunicação Síncrona e Assíncrona .................................. 36
5.2 Tipos de Comunicação Síncrona e Assíncrona ................................................... 37
5.3 Vantagens e Desvantagens Entre Ambos os Tipos ............................................ 37
6. Ferramentas de Comunicação Síncrona e Assíncrona ..................... 39
6.1 Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) ............................................... 40
7. Principais Tecnologias Empregadas nos Cursos EaD ........................ 43
7.1 Vantagens do Uso da Tecnologia na EaD ............................................................ 44
7.2 E Falando em Tecnologia, Você Sabe o Que É Um Podcast? ............................. 45
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
6
Formação Pedagógica para EaD
8. Wiki ......................................................................................................... 47
9. Dialogismo ............................................................................................. 49
9.1 Percebeu a Importância da Linguagem Dialógica e Como Ela Aproxima Estudan-
tes e Professores? ......................................................................................................... 50
10. Atribuições do Professor Mediador Presencial e Mediador a Distân-
cia ................................................................................................................ 53
11. Mitos e Verdades Sobre a Educação a Distância ............................ 59
11.1 Mitos e Verdades Sobre a Educação a Distância – Parte 1 ............................. 59
11.2 Mitos e Verdades Sobre a Educação a Distância – Parte 2 ............................. 60
11.3 Mitos e Verdades Sobre a Educação a Distância – Parte 3 ............................. 61
12. Perfil Do Professor Mediador Na Educação A Distância ................ 63
13. Relação Professor/Estudante na Aprendizagem pela Educação a Dis-
tância .......................................................................................................... 65
14. Como Fazer Um Vídeo Educativo? ..................................................... 69
15. Diretrizes para Elaboração do Material Didático para a Educação a 
Distância .................................................................................................... 75
16. Estudo sobre os Pressupostos Teóricos que Norteiam a Elaboração 
do Material Didático para EaD ................................................................ 81
17. Formas de Avaliação do Estudante no Moodle ............................... 83
17.1 Múltiplas possibilidades ...................................................................................... 83
17.2 Planejamento e Critérios ..................................................................................... 84
18. Perfil do Professor Conteudista e Elaboração de Conteúdos e Mate-
riais na EaD: Reflexões e Possibilidades ................................................. 87
18.1 Recursos Multimídia e suas Potencialidades Didáticas na Unidade Curricular 
EaD: CAMSTUDIO .......................................................................................................... 88
Referências ................................................................................................ 91
Referências de Figuras ............................................................................. 94
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
1. O que é EaD?
EaD é a sigla para Educação a Distância. É uma forma de ensino/
aprendizagem mediada por tecnologias que permitem que o professor 
e o aluno estejam em ambientes físicos diferentes.
Como informa Moran (2017):
“Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado 
por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/
ou temporalmente. Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, 
eles podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente 
as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o cor-
reio,o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnolo-
gias semelhantes”.
Estudar remotamente possibilita que o aluno crie seu próprio ho-
rário de estudo, pois, hoje em dia, as aulas costumam ser ministradas 
pela internet. Em algumas escolas/faculdades, o aluno apenas com-
parece na instituição de ensino para realizar as provas. Em ambientes 
virtuais de ensino e aprendizagem, não é exigida a presença do aluno e 
instrutor no mesmo espaço físico pois tudo é feito a distância. Desde 
a matrícula até a entrega do certificado. 
Ou seja, conforme nos apresenta a história das práticas pedagógi-
cas, as modalidades de ensino são variadas e se modificam mediante o 
decurso do tempo. Sendo assim, vamos conhecer algumas delas, maisligadas ao nosso contexto.
Neste capítulo, vamos aprender o que significa a sigla EaD e as modalida-
des de ensino e aprendizagem em EaD.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
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Formação Pedagógica para EaD
1.1 Modalidades de Ensino/Aprendizagem
VAMOS ENTENDER AS MODALIDADES DE ENSINO ...
Atualmente, podem ser consideradas as seguintes modalidades de 
Educação: presencial, semipresencial e a distância. 
A Educação a Distância constitui um recurso de incalculável 
importância para atender grandes contingentes de alunos, de for-
ma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a 
qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da 
clientela atendida. Isso é possibilitado pelas novas tecnologias nas áre-
as de informação e comunicação, que estão abrindo novas possibilida-
des para os processos de ensino-aprendizagem a distância.
MAS ATENÇÃO!
A EaD não é um fast-food! 
PRESENCIAL: A modalidade presencial é a comumente utilizada nos cur-
sos regulares, na qual professores e alunos encontram-se sempre em 
um mesmo local físico, chamado sala de aula, e esses encontros dão-se 
ao mesmo tempo: é o denominado ensino convencional.
SEMIPRESENCIAL: Algumas instituições oferecem uma modalidade de 
ensino conhecida como semipresencial, na qual os alunos se reúnem em 
uma sala de aula, mas o professor está em outra localidade, transmitin-
do, via satélite, para várias turmas simultaneamente em tempo real.
A DISTÂNCIA: Na modalidade a distância, professores e alunos estão se-
parados fisicamente no espaço e/ou no tempo. Essa modalidade de edu-
cação é efetivada por meio do intenso uso de tecnologias de informação 
e comunicação, podendo ou não apresentar momentos presenciais.
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
E o EaD? De onde veio? Como surgiu?
Conheça as primeiras experiências que deram origem ao EaD no mun-
do e veja como os cursos a distância se desenvolveram no Brasil.
Como sugere Moran (2017):
“Educação a distância não é um “fast-food” em que o aluno se serve de algo 
pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e 
habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa 
perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer 
dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, 
cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos 
cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância 
será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e 
ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de 
pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozi-
nhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante 
compartilhar vivências, experiências, ideias”.
1.2 Vamos Começar pelas Origens... 
Quem vê, atualmente, as pessoas aprendendo por meio do Ensino 
a Distância (EaD) em seus notebooks, tablets e celulares pode não ter 
ideia do quanto esse campo mudou desde a sua criação.
Os registros mais remotos de uma experiência EaD são de um cur-
so por correspondência em 1728! De lá para cá, aconteceram muitas 
mudanças tecnológicas. 
Se no começo da história da EaD o foco estava nos cursos profis-
sionalizantes, hoje essa modalidade está disponível para todos os ní-
veis de escolaridade, desde o ensino fundamental até a pós-graduação.
No entanto, alguns pontos permanecem intactos. Um deles é a 
separação física e temporal entre o professor e seus estudantes, que ca-
racteriza a EaD. Outro é seu potencial de levar formação para pessoas 
que estão longe dos ambientes presenciais de ensino.
Agora você aprenderá mais sobre as origens da EaD no mundo e 
como foram as experiências brasileiras ao longo do tempo. Perceberá 
que a EaD é possuidora de muito tempo de debates e estudos...
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
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Formação Pedagógica para EaD
1.3 Como Surgiu a EaD no Mundo
O local: a cidade de Boston, nos Estados Unidos. O ano: 1728. Se 
você estivesse por lá, folheando o jornal da cidade, teria se deparado 
com um anúncio inusitado: o professor Caleb Phillips oferecia um 
curso de Taquigrafia (uma técnica para escrever à mão de forma rá-
pida, usando códigos e abreviações) para alunos em todo o país, com 
materiais enviados semanalmente pelo correio. Esse foi o primeiro re-
gistro que se tem conhecimento de um curso a distância.
Mais de cem anos depois, em 1833, na Suécia, a universidade da ci-
dade de Lund oferecia um curso de composição por correspondência. 
Em 1840, na Inglaterra, começava um curso também de Taquigrafia de 
passagens bíblicas, em que o professor Isaac Pitman incentivava os alunos 
a escreverem postais com textos abreviados, como ensinado no curso.
E se hoje podemos aprender uma nova língua conversando com 
professores pela internet, é interessante saber que as experiências pio-
neiras nesse campo surgiram em 1856, na Alemanha. Ou seja, já era 
possível aprender outro idioma usando a metodologia da EaD há mais 
de 160 anos!
A partir do século XIX, a EaD começou a ser utilizada em vários 
outros países como solução para que pessoas que viviam distantes de 
instituições de ensino pudessem aprender. Além de novos cursos nos 
Estados Unidos, Suécia e Alemanha, surgiram também iniciativas na 
França, na antiga União Soviética, Japão, Austrália, Noruega, África 
do Sul, Argentina, Espanha e muitos outros países.
No começo, os cursos em EaD eram voltados para aperfeiçoamen-
to profissional ou ofereciam conteúdo complementar da formação 
universitária. Com o passar do tempo, foi se tornando possível fazer 
até uma graduação completa a distância.
Um ponto interessante é que a EaD sempre acompanha a evolução 
das tecnologias de comunicação. Se uma sala de aula presencial hoje é 
muito semelhante à de 200 anos atrás, não se pode dizer o mesmo da 
EaD. Veja como o formato tem evoluído:
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
1.4 Como Surgiu a EaD no Brasil
No Brasil, a EaD surgiu com cursos de qualificação profissional. O 
registro mais remoto data de 1904, com um anúncio nos classificados 
do Jornal do Brasil de um curso de datilografia (para usar máquinas de 
escrever) por correspondência.
Na década de 1920, o Brasil já contava com os primeiros cursos 
transmitidos pelas ondas do rádio, a novidade tecnológica da época. 
Os estudantes utilizavam material impresso para aprender Português, 
Francês e temas relacionados à radiodifusão.
Nas décadas de 1940 e 1950 começaram os cursos mais formais, so-
bre temas profissionalizantes, liderados pelo Instituto Monitor, depois 
pelo Instituto Universal Brasileiro e pela Universidade do Ar, patrocina-
da pelo Senac e pelo Sesc. Até hoje, algumas dessas instituições perma-
necem ligadas à formação profissional por meio de cursos a distância.
Nas décadas de 1960 e 1970, surgem várias iniciativas de EaD em 
projetos para ampliar o acesso à educação, promover o letramento e 
a inclusão social de adultos. Com o passar do tempo, os cursos agre-
• Até os anos 1910: cursos por correspondência baseados em materiais 
impressos.
• A partir da década de 1910: uso de slides e audiovisuais como materiais 
adicionais.
• Décadas de 1910 até 1940: neste período, que compreendeu as duas gran-
des guerras mundiais, o rádio foi utilizado para transmitir conteúdos.
• Década de 1950: com a invenção da TV, começaram também as primei-
ras experiências de telecursos.
• Década de 1970: as tecnologias deste período são as TVs via satélite e a 
cabo, que também foram usadas para transmissão de conteúdos.
• Década de 1990: início dos cursos por computador (via CD-ROM) e de-
pois pela internet.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
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FormaçãoPedagógica para EaD
garam outros níveis de ensino, como o fundamental completo. E, no 
final da década de 1970, começou em Brasília a primeira experiência 
de EaD nos cursos superiores.
Nesse período, muitos brasileiros já acompanhavam os telecursos trans-
mitidos pela TV. Esse modelo de EaD convivia com os formatos antigos, 
como o material impresso e o rádio, uma característica que se mantém 
até a década de 1990. Em meados desta década, as instituições passam a 
utilizar a internet para publicar conteúdos e promover interações.
Foi nesse período que várias universidades formalizaram suas ini-
ciativas para a EaD, até culminar com a criação, em 1996, da Secre-
taria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação 
(MEC). Naquele mesmo ano, a EaD no Brasil passou a contar com 
uma legislação abrangente que hoje garante, por exemplo, a validade 
de diplomas emitidos pelos cursos nesta modalidade.
1.5 Como Está o EaD no Brasil Hoje
Atualmente, o EaD é uma modalidade consolidada no Brasil. São 
mais de 1.800 cursos, desde o ensino fundamental até a pós-gradua-
ção, que atendem quase 4 milhões de pessoas.
As tecnologias baseadas na internet permitem a implantação de 
diferentes modelos de EaD, como por exemplo:
• Cursos predominantemente a distância, com encontros presen-
ciais obrigatórios.
• Cursos semipresenciais, que promovem encontros semanais.
• Disciplinas a distância de cursos de graduação presenciais.
A tendência é que a experiência de aprendizagem seja cada vez 
mais híbrida. Ou seja, uma pessoa pode fazer um curso presencial e ter 
uma carga horária de atividades a distância. Um estudante EaD pode 
passar por uma experiência tão rica de contato com seus professores e 
colegas que acaba prevalecendo a sensação de presença e proximidade 
no processo de ensino e aprendizagem.
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
2. Educação a Distância: Princípios e Finalidades
A EaD (Educação a Distância), como prática pedagógica de mul-
tiplicação de saberes, foi desenvolvida por meio de inovações tecnoló-
gicas que o mundo tem apresentado.
“De repente, chega a Internet e os congressos e encontros de Educação a 
Distância ganham notoriedade e são frequentados por milhares de pessoas 
ansiosas em conhecer as novas tecnologias em EaD. Jornais e revistas co-
meçam a dar destaque a projetos de escolas e universidades virtuais. E isto 
não é um fenômeno isolado, brasileiro. Mundialmente as melhores e mais 
caras universidades começam a montar seus campi virtuais e a oferecer 
Educação a Distância via Internet”. (AZEVÊDO, 2006, p. 01).
A EaD cresceu a partir dos meios de comunicação, principalmente 
a Internet, e manteve a interação professor-aluno.
A EaD começou a crescer em um momento em que a educação 
brasileira passava por situações críticas e enfrentava crises. Dois gran-
des eventos contribuíram para esse crescimento: A TV Escola e o Te-
lecurso 2000.
A TV Escola foi determinante para que se estabelecesse a credibili-
dade da EaD no Brasil em setembro de 1995 . O programa oportuni-
zou a capacitação docente com interatividade. A TV Escola permitiu 
que o ensino fosse visto no Brasil, por meio da tela da televisão.
O Telecurso 2000 capacitou milhões de pessoas e, até hoje, pode ser 
visto na rede de televisão. Se o Telecurso 2000 fosse ministrado de forma 
presencial, não atingiria a quantidade de alunos que conseguiu formar.
No final do século XX, a EaD no Brasil se expandiu, oferecendo 
incontáveis cursos para seus usuários, com técnicas de autoaprendiza-
gem. O público participante dessa nova modalidade de ensino é bem 
específico, como cita o autor a seguir:
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
14
Formação Pedagógica para EaD
“Ser um aluno on-line é mais do que aprender a surfar na Internet ou usar 
o correio eletrônico. É ser capaz de atender às demandas dos novos am-
bientes on-line de aprendizagem, é ser capaz de se perceber como parte de 
uma comunidade virtual de aprendizagem colaborativa e desempenhar o 
novo papel a ele reservado nesta comunidade”. (AZEVÊDO, 2006, p. 03).
Verificamos o crescimento da EaD e com ele o crescimento dos 
meios de comunicação. Uma nova metodologia de trabalho e educa-
ção desponta para uma modalidade do futuro. As políticas públicas 
já voltaram seu olhar para a EaD, valorizando este método de ensino 
(SARAIVA, 1996).
“Estamos vivendo um momento fecundo da história, de mudança 
de paradigmas, inclusive na educação” (AZEVÊDO, 2006, p. 05). 
Algumas pessoas se recusam a trabalhar nesse sistema e acabam não 
percebendo as inúmeras vantagens que ele apresenta como marco de 
desenvolvimento de nosso país
2.1 A Legislação Relacionada à EaD
Para que seu entendimento sobre a EaD fique cada vez mais am-
plo, existe uma outra situação que é fundamental!
Você precisa conhecer melhor as legislações e documentos nortea-
dores que regem a Educação a Distância. 
Para isso, vamos beber na fonte! Ou seja, está disponibilizado nes-
te tópico os principais documentos sobre a EaD para que você possa 
conhecê-los melhor.
Vale muito a pena a leitura, pois lhe transmitirá segurança e conhe-
cimento jurídico para lidar com a EaD.
Aliás, reforçando: A leitura destes documentos é MUITO IM-
PORTANTE!
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Basta clicar no link e você terá acesso aos documentos:
Decreto 9057 /2017:
https://www2.camara. leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-
9057-25-maio-2017-784941-publicacaooriginal-152832-pe.html
Decreto Educação Superior EaD- 9235/2017:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/
D9235.htm
Documentos norteadores do MEC: os Referenciais de Qualidade 2003:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ReferenciaisdeEAD.pdf
Referenciais de Qualidade da Educação Superior EaD de 2008:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf
Então, percebeu como a EaD é regida por uma série de normas? 
Você deve ter ciência dessas normas para atuar como professor me-
diador, tutor ou conteudista em EaD, não se esqueça disso!
2.2 O que se Entende por Mediação Pedagógica
Reflita sobre as informações e citações que seguem:
O planejamento, a organização e o controle da produção, assim 
como a utilização dos vários instrumentos, de acordo com Rumble 
(2003), constituem uma parte importante do trabalho de EAD. Ao 
atuar nesta modalidade de educação, é imprescindível que seja reali-
zado um bom trabalho de mediação pedagógica, para que se garanta 
uma aprendizagem satisfatória dos alunos, e assim sucessivamente o 
êxito das atividades de cursos à distância.
O processo de mediação é enfatizado na Teoria de Vygotsk, (1984), 
que considera o homem como um ser social, que se constitui a partir 
das relações que estabelece com o outro e com o mundo, desempe-
nhando simultaneamente o papel de produto e produtor destas rela-
ções sociais em um processo sócio histórico. Sendo assim, o aprendi-
zado é resultante das relações sociais estabelecidas pelos indivíduos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9235.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9235.htm
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
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Formação Pedagógica para EaD
Figura 2.1
Fonte: Google Sites - Link: https://sites.google.com/site/tccava2013/home/4-fundamentacao-teo-
rica/a-mediacao-pedagogica-no-processo-de-construcao-conhecimento-colaborativo-por-meio-da
-web-2-0 Acesso em: 27/04/2020
A EAD no Brasil também apoia-se na teoria do autor Paulo Freire 
que diz que ninguém educa ninguém, que os indivíduos se educam na 
relação mediatizada pelo mundo, onde professor e aluno são sujeitos 
de um mesmo processo de via de mão dupla, mediando assim, “um” a 
aprendizagem do outro.
Gomes (2004, p.119), discorre que:
[...] a mediação é um processo e neleintervêm diversos agentes com os 
objetos resultantes de suas atividades culturais e científicas. Os agentes são 
produtores e produtos de subjetivação que atuam possibilitando o encon-
tro entre as pessoas.
A mediação realizada pelos Tutores na Educação a Distância é uma 
via de mão dupla, onde os mesmos têm por dever mediar à aprendi-
zagem dos alunos, como também aprender e aprimorar sua prática 
pedagógica de acordo com as relações estabelecidas com os mesmos, 
fazendo assim com a busca de satisfação pessoal em produzir a aquisi-
ção do conhecimento.
Formação Pedagógica para EaD
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Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Então não se esqueça disso:
Princípios metodológicos norteadores para o trabalho do pro-
fessor mediador: 
• Integrar as tecnologias
• Variar as formas e as técnicas utilizadas em sala de aula
• Planejar e valorizar a comunicação virtual
Masetto (2000) define a mediação pedagógica na EaD como:
[...] a Atitude, o comportamento do professor que se coloca como um 
facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem que se apresenta 
com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem.
Para o autor Masetto (2000), o papel da mediação extrapola o âm-
bito da ação pedagógica, abrangendo também, outros fatores envolvi-
dos no processo de ensino aprendizagem, como os materiais didáticos 
e de apoio utilizados, bem como também os alunos envolvidos.
Ou seja, não basta o tutor mediador possuir e transmitir uma gran-
de quantidade de informações é preciso que estas informações sejam 
transformadas em conhecimento, contribuindo assim para a autono-
mia dos sujeitos.
A mediação pedagógica deve ser baseada numa concepção de alu-
no produtor do próprio conhecimento, entendendo-o como um ser 
ativo e capaz de construir e subir os degraus e obstáculos que o leva-
ram ao crescimento intelectual e profissional.
Leia este tópico com calma, devagar, refletindo a cada pará-
grafo ou citação. Entenda que o importante é você se apropriar e 
saber dialogar com estes entendimentos.
Na educação a distância faz-se necessário conhecer e perceber a 
realidade dos alunos, e também encontrar as maneiras mais eficazes de 
se trabalhar com os mesmos visando à apropriação do conhecimento.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
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Formação Pedagógica para EaD
Sendo assim as tecnologias são ferramentas fundamentais para o 
desenvolvimento deste trabalho, assim como também a mediação que 
é realizada neste processo.
Cunha (2007, p. 04) relata que “no trabalho, aqueles que traba-
lham são ao mesmo tempo sujeito e objeto, deste trabalhar, sem que 
seja possível desembaraçar esses dois momentos”.
Dessa forma compreendemos que todos os que se encontram en-
volvidos no processo de aquisição do conhecimento, precisam estar 
engajados e comprometidos na busca do mesmo.
Ao mesmo passo que a tecnologia abre grandes leques de facilidade 
para os alunos, também requer uma atenção maior as mudanças que de-
vem ser realizadas no trabalho dos que atuam na educação, pois devido 
ao fato de as salas serem virtuais, sem a presença de um professor pre-
sente fisicamente, oferecendo mais liberdade aos alunos, é preciso que 
alguém realize uma mediação neste processo de aprendizagem, buscan-
do meios para motivar e estimular a vontade de obter conhecimento.
No caso em especial da Educação a Distância, trata-se do Tutor-Me-
diador, responsável por mediar os processos de ensino e de aprendizagem.
Andrade (2009, p.04) afirma que o papel do tutor-mediador deve 
ser encarado da seguinte maneira:
“Deve ser visto como um professor a distância, com um papel similar ao 
professor do ensino presencial, sendo ele o responsável por promover a 
interatividade, pela troca de experiência entre os alunos e por reforçar a 
comunicação do grupo.”
O tutor mediador tem papel fundamental, na aquisição do co-
nhecimento tendo em vista que o aluno deve buscar a independência 
neste processo. Para tal é de suma importância que o mediador seja 
possuidor de habilidades pedagógica e metodológica, e de conheci-
mentos que correspondam aos quesitos desta modalidade de ensino.
Formação Pedagógica para EaD
19
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Gonzalez (2005) nos mostra que necessariamente o mediador se 
torna um motivador da aprendizagem, para tanto é preciso que me-
diador seja colocado a cumprir funções múltiplas em condições diver-
sas mesmo não sendo preparado para tal papel.
Perrenoud (1993, p.140) refere-se como
[...] ser professor hoje em dia significa saber exercer a profissão em condi-
ções muito diversas, utilizando uma pedagogia diferenciada, exigindo dife-
rentes níveis de competências para alunos de diferentes capitais escolares.
Da mesma maneira que Cechinel (2000, p. 14), acreditamos que o pro-
fessor tutor-mediador da Educação a Distância possui a função de ser um 
“facilitador, mediador, motivador, orientador e avaliador da aprendizagem”. 
O tutor realiza um importante papel na direção dos alunos que 
buscam conhecimento científico, o que implica na necessidade am-
pliar de sua criatividade, e gerenciar o tempo e o espaço educativo.
Para atuar como mediador em cursos em EAD é necessário ser pro-
fissional atuante nas áreas cognitiva, psicomotora e afetiva.
Gonzales (2005, p. 40), define que:
“Cabe ao professor mediar todo o desenvolvimento do curso. É ele que res-
ponde a todas as dúvidas apresentadas pelos estudantes, no que diz respeito 
ao conteúdo da disciplina oferecida. A ele cabe também mediar à partici-
pação dos estudantes em chats, estimulá-los a participar e a cumprir suas 
tarefas, e avaliar a participação de cada um. As dúvidas de cada um devem 
ser divulgadas a todos os participantes em um ambiente apropriado. Para 
isso, o professor-mediador tem que se relacionar constantemente com o 
orientador de ambiente para que essas mensagens, contendo as dúvidas 
dos estudantes sobre o conteúdo, sejam trabalhadas e divulgadas em local 
apropriado [...]. Pode-se também atribuir ao professor-tutor a responsabi-
lidade de avaliar os alunos sob sua tutela [...].”
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
20
Formação Pedagógica para EaD
Nos dias atuais não é suficiente para um tutor mediados possuir ape-
nas conhecimentos da sua área de atuação, é necessário que ele conhe-
ça como se dá o processo de aprendizagem, e também se apropriar 
de estratégias que estimulem a elaboração criativa e ativa do conhe-
cimento, estimulando à resolução de problemas contextualizados.
O tutor mediador deve exercer a função de orientar os acadêmicos, 
acompanhar o desenvolvimento pedagógico e avaliar a aprendizagem 
dos alunos à distância. Para tanto o tutor deve possuir uma identidade 
com capacidades, habilidades e competências inerentes à função. É 
necessário que exerça uma atitude de receptividade diante do aluno 
e que seja capaz de assegurar um clima de motivação entre os alunos.
Para que o ensino a distância alcance o potencial de vantagem que 
pode oferecer, é preciso investir no aperfeiçoamento do tutor e, sobre-
tudo, regulamentar a atividade, além de definir e acompanhar indica-
dores de qualidade.
Neste sentido, Alves, 2003. P, 32 sugere algumas iniciativas:
• alfabetização digital - em todos os níveis de ensino, através da 
renovação curricular para todas as áreas de especialização, de cursos 
complementares e de extensão;
• geração de conhecimentos - voltado para a pós-graduação; e
Figura 2.2
Fonte: Estúdio Site - Link: https://www.estudiosite.com.br/site/moodle/qual-a-relacao-entre-pratica
-pedagogica-e-tutor-da-ead - Acesso em 03/05/2020
Formação Pedagógica para EaD
21
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
• aplicação da tecnologia da informação e comunicação - desde o 
nível médio, especialmente nas áreas próximas das novas tecnologias. 
Conforme Ibanez apudAretio (1996), é de suma importância a 
relação pessoal estabelecida entre os mediadores e alunos e os demais 
profissionais envolvidos no processo da Educação a Distância. Este 
processo requer certas habilidades de um tutor mediador, além de sua 
formação acadêmica, como maturidade emocional, capacidade de li-
derar, nível cultural adequado, capacidade de empatia, cordialidade e 
ser um saber ouvir de seus alunos.
Faz-se indispensável também para o trabalho do Tutor mediador que 
ele, saiba utilizar e tenha domínio de todas as tecnologias que estão ao 
seu dispor, para subsidiar e incentivar a aprendizagem dos alunos.
2.3 A Avaliação em EaD Tem Algumas Características que 
São Resultado do Paradigma Educacional Proposto ao Processo 
de Ensino-Aprendizagem e à Natureza do Processo Específico
Um ensino centralizado no aluno, como é a EAD, traz intensas 
transformações no processo de avaliação. Algumas dessas transforma-
ções são fontes de intermináveis debates entre educadores, políticos e 
empresários da área de ensino. Neste tópico, vamos conhecer alguns 
pontos de vista a este respeito.
Na medida em que o desenvolvimento emancipatório e autôno-
mo implica em um resgate dos conceitos de participação qualifica-
da, de compromisso, de colaboração, estes pressupõem uma relação 
equilibrada, de busca de igualdade real, sem perda da qualidade, da 
autoridade, mas, principalmente, sem perda da autoria e da autono-
mia social e individual construída pela criação de argumentos. É com 
base na construção de argumentos que se trabalha processualmente a 
aprendizagem e, nela, a avaliação. Nessa perspectiva, a aprendizagem 
é continuamente buscada na ação dos sujeitos.
O comentário segundo Gonçalves (1996), tantas vezes repetido, de 
que não é séria a ação de Ensino a Distância, dispensa a exigência da 
avaliação presencial da aprendizagem, confirma a percepção de uma re-
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
22
Formação Pedagógica para EaD
lação de desconfiança, entre professor e aluno, além de a educação ser 
vista como algo externo ao indivíduo. Prossegue ainda em suas asserti-
vas afirmando que há situações em que a presencialidade na avaliação 
é uma condição de aperfeiçoamento da aprendizagem, por exemplo, 
aquelas que envolvem algumas habilidades motoras complexas. Em tais 
situações, a não previsão de avaliação ou de avaliação presenciais poderia 
ser tida como irresponsável; pois, se é imprescindível para a aprendiza-
gem, torna-se um direito do aluno que deve ser respeitado.
Na maioria das vezes, para fins de avaliação da aprendizagem na 
EAD, a presença é exigida. Isto acontece menos por ser necessário e 
mais porque não se conseguiu desenvolver uma forma de avaliar que 
supere a presencialidade. Uma situação de avaliação que, por exemplo, 
permita consultas a documentos de qualquer natureza, não tem por-
que ser presencial – no entanto, a lógica demonstra que, no Ensino a 
Distância, é muito difícil avaliar mudanças de comportamento, me-
morização e atitudes que não de forma presencial.
O sistema de ensino-aprendizagem tradicional prioriza a transmis-
são de informações e imagens mediante definições que devem ser ar-
mazenadas progressivamente, considerando o aluno como receptador 
passivo. No entanto esta perspectiva, ainda existente na EAD, muitas 
vezes, considera a avaliação como um momento determinado, separa-
do do processo de aprendizagem.
A avaliação realiza-se a partir de instrumentos de mensuração do 
conhecimento adquirido em determinados períodos. Muitas vezes é 
estabelecida uma data para aplicação do instrumento de avaliação, 
tais como prova, trabalho, seminário, cujos resultados são julgados 
pelo professor, que estabelece os critérios de julgamento. Na maioria 
das vezes esses critérios não são conhecidos pelos alunos, tornando-os 
subjetivos no entendimento dos estudantes, o que pode levar à des-
confiança em relação à avaliação e provocar desordens entre profes-
sor e aluno. Este modelo possibilita o aparecimento de desconfianças 
quanto às preferências e simpatias pessoais dificultando, ainda mais, o 
relacionamento e o processo de ensino-aprendizagem.
Formação Pedagógica para EaD
23
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Embora persista o processo baseado em conceitos tradicionais que 
privilegiam a relação de autoridade e dependência e objetivam o con-
trole sobre os alunos, distanciando o professor e conferindo-lhe poder 
total para julgar. Neste caso são esquecidos fatores importantes que 
podem influir negativamente na avaliação, tais como a inadequação 
do momento, tempo e local para sua realização.
A avaliação é um processo natural e contínuo, no qual o ser huma-
no está constantemente sendo avaliado e avaliando. Na EAD, devido 
às questões de distância, o professor deve perceber que a avaliação in-
depende de utilizar ou não técnicas formais, quando distribui tarefas, 
define as normas para sua execução, estabelece o assunto a ser pesqui-
sado, aprova ou não o trabalho. Necessita perceber que a avaliação 
é um processo contínuo, cumulativo e compreensivo, decorrente do 
ensino-aprendizagem e que procura verificar as mudanças no com-
portamento, no sentido de valorizar e motivar o desenvolvimento de 
habilidades e atitudes.
O professor não deve somente comparar resultados obtidos com 
aqueles esperados. Para causar um efetivo aprendizado, o aluno deve 
identificar suas deficiências de aprendizagem e as causas dessas defici-
ências, para isso é necessário estabelecer objetivos claros a serem alcan-
çados dentro do aprendizado referente ao conteúdo de determinada 
disciplina e acima de tudo estar determinado.
Ao iniciar um curso na modalidade de EAD imediatamente de-
vem estar idealizadas as formas avaliativas no manual do aluno, com 
o intuito de tornar melhores os objetivos a serem atingidos. Além dos 
objetivos é preciso estabelecer o conteúdo, avaliação, quais os padrões 
mínimos de desempenho esperados do aluno e que formas serão utili-
zadas para alcançar as metas educacionais.
A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem, e possibi-
lita o acompanhamento dos alunos em diferentes momentos, eviden-
ciando os avanços necessários para que eles continuem no seu proces-
so de crescimento. É um tema de vital importância na EaD, destaca-se 
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24
Formação Pedagógica para EaD
como um recurso de: medidas, objetivos do ensino, de métodos, con-
teúdos, currículos, programas e das próprias habilidades do professor.
Os indivíduos buscam seu autodesenvolvimento, procuram atingir 
seus objetivos, vencendo limitações e desafios. Porém, a forma como 
atuam tentando atingir suas metas é diferente. As pessoas têm com-
portamentos e objetivos diferentes, por isso devem ser tratadas de for-
mas diferentes. Os educadores devem dar atenção às diferenças indivi-
duais, pois por este ângulo há uma grande possibilidade de fazer com 
que os alunos produzam com maior satisfação, alcançando o nível de 
aprendizagem.
Quando o professor utiliza técnicas abertas para avaliar o crescimen-
to no processo de aprendizagem do aluno, ele pode obter informações 
que demonstrem as dificuldades ou o avanço que cada um atingiu. Es-
sas evidências criam referências para identificar qual a melhor maneira 
de desenvolver a potencialidade do estudante, satisfazendo também 
suas necessidades de estima e autorrealização pela valorização dos es-
forços pessoais, pela abertura de espaços para a criatividade individual.
Reflita acerca dos argumentos de Gonçalves e Medeiros:
Segundo Gonçalves (1996, p. 140):
“A avaliação, não importa a missão que se lhe proponha cumprir, parece ter 
o dom de despertar nas pessoas suas defesas mais escondidas. É, na educa-
ção, um processo revestido de rituais complexos, que resulta por torná-la 
um mito. No caso da avaliação da aprendizagem, tal mitificação ao invés 
de possibilitaràs pessoas maior consciência de como está se desenvolven-
do internamente o processo de construção do conhecimento, termina por 
confundi-las, tornando-as dependentes de algum veredicto externo que 
determine se estão aprendendo ou não”.
De acordo com Medeiros (1999), cabe a cada ambiente de apren-
dizagem, no seu sentido estrito e amplo, a existência de processos do 
tipo alavancagem, como proposto por Vygotsky em seu delineamento 
dos níveis de desenvolvimento proximal em relação ao real/potencial 
e em direção a uma aprendizagem autônoma e emancipatória.
Formação Pedagógica para EaD
25
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
3. A Importância do Feedback
O feedback é uma ferramenta disponível para que o aluno tome 
conhecimento dos resultados alcançados durante o processo de en-
sino-aprendizagem, pois analisando os resultados é possível corrigir 
falhas, reformular o planejamento proposto e evidenciar os acertos 
e resultados positivos, elevando a autoestima. Permite ao indivíduo 
o julgamento de seu comportamento e as correções necessárias para 
alcançar o objetivo final.
Para tanto, o feedback deve ser contínuo, reforçando os acertos, 
elevando a autoestima e identificando as falhas, possibilitando com 
isso uma revisão e uma modernização eficiente por parte do professor 
ou do tutor. A avaliação contínua e cumulativa é parte do processo de 
aprendizagem em EAD, e não somente um momento determinado, 
desvinculado do processo.
Dessa forma, as fontes de satisfação e recompensa ocorrem a partir 
do próprio aprendizado, desencadeando a motivação interna que surge 
e se mantém, principalmente, quando os alunos sabem o que se espera 
deles e como será orientado e avaliado pelo professor. Quando o estu-
dante conhece o objetivo e o conteúdo da disciplina e os padrões de de-
sempenho mínimos que são exigidos, tende a se comprometer buscan-
do realizar um bom trabalho, e sentindo a alegria de ser bem-sucedido.
3.1 A Importância do Acompanhamento e Satisfação
O educador/tutor deve estar sempre atento aos progressos dos alunos 
procurando orientá-los e incentivá-los para o desenvolvimento de suas 
potencialidades, levando-os a atingir os objetivos propostos. O educa-
dor/tutor deve assumir uma postura de motivador do processo, promo-
vendo a aprendizagem progressiva e efetiva do conteúdo abordado.
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26
Formação Pedagógica para EaD
O professor deve demonstrar certeza na capacidade dos alunos, elo-
giar os progressos obtidos antes de apontar as deficiências, que devem 
ser analisadas conjuntamente, indicando sua disposição de auxiliar o 
aluno na busca por resultados positivos. Deve destacar a importância 
do desenvolvimento da aprendizagem e a satisfação do bom trabalho. 
Deve ser um bom ouvinte e comunicador, pois por meio da participa-
ção de um diálogo construtivo, possibilita a efetivação da aprendiza-
gem de forma mais apropriada e satisfatória.
Quando se pretende avaliar aprendizagens, deve-se primeiro com-
preender o que é aprendizagem, como ela ocorre e o que ela acarreta. 
Diante disso, temos a afirmação de que a aprendizagem é um processo 
de aquisição e formulação de novos conhecimentos, de desenvolvi-
mento de competências e que de certa forma, produz modificações 
no comportamento das pessoas. A aprendizagem necessita de fatores 
e estímulos internos do indivíduo, bem como dos estímulos externos.
Para se iniciar um processo de avaliação de aprendizagens, em qual-
quer modelo de ensino, é imprescindível o planejamento. Por meio dele 
pode-se ter claramente a visão dos objetivos que se pretende alcançar. 
Para isso, se considera todos os aspectos do processo de ensino-aprendi-
zagem e todos os elementos que permeiam esta relação. Acompanhar o 
desenvolvimento do aluno, conhecer sua postura e procedimento, saber 
como ele aprendeu o conteúdo, como o utiliza em determinados con-
textos e situações requer auxílio de ferramentas, meios e procedimentos 
que auxiliem o professor na busca destas respostas.
Classificar o aprendiz (aluno) neste processo é uma exigência legal 
dos órgãos de educação. Entretanto, não é um fim da avaliação, que se 
propõe a muito mais. Aqui entram também os aspectos éticos do ato 
de ensinar, de formar cidadãos conscientes, de dar condições para que 
o indivíduo se desenvolva, cresça como pessoa e busque sua autono-
mia e possa atuar em prol do conhecimento, modificando realidades, 
principalmente na Educação a Distância.
Formação Pedagógica para EaD
27
Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - Cread
Por meio de uma visão holística, que considera um todo e transcende o 
fator “nota”, é possível utilizar a avaliação para diagnosticar problemas no 
aprendizado e propor as melhorias, fornecendo o feedback propulsor de 
ajustes e de potencializações das práticas e métodos pedagógicos utiliza-
dos no processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, além de ser constante, formativa, a avaliação deve ser 
diagnóstica, levantar questionamentos e buscar respostas para promo-
ver a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem, verificando os 
sucessos e insucessos de determinadas ações, dos meios, materiais e 
recursos utilizados, bem como da atuação.
Segundo Peters (1997) nas universidades a distância se desenvol-
vem cursos que estabelecem o caminho da aprendizagem dos estu-
dantes, nos quais estes podem acompanhar os conteúdos oferecidos e 
exercer sua autonomia. Com este princípio, os cursos são planejados, 
desenvolvidos e experimentados conforme esta concepção, apresen-
tando, além dos conteúdos, intervenções didáticas.
No ambiente de EAD, a avaliação precisa ser específica e estender 
sua análise sobre os outros tipos e variedades de aprendizados como a 
questão da tecnologia empregada e sobre seu mecanismo próprio de 
ensino-aprendizagem. Atualmente, tanto a percepção e o modo de se 
avaliar exigem uma nova postura, uma nova atuação dos avaliadores. 
Os processos mudaram e com eles as oportunidades de se levar conhe-
cimento às mais remotas partes do país e do mundo.
Existem diversas formas de avaliação que englobam tanto as con-
dições qualitativas quanto as quantitativas. Não se deve restringir o 
método de avaliação a uma ou outra modalidade. Na verdade, as com-
binações de diversos instrumentos podem oferecer subsídios ao ava-
liador, dotando-o de conteúdos que possam ajudá-lo a formular um 
conceito mais aproximado do real e do ideal.
Não existem fórmulas, e cada caso é um caso. Há de se avaliar o 
projeto pedagógico proposto e seus objetivos, o ambiente onde será rea-
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Formação Pedagógica para EaD
lizada determinada ação educativa, os recursos e tecnologias envolvidas 
e muitos outros itens para planejar a melhor estratégia de avaliação.
Devemos considerar o processo de aprendizagem centralizado no 
aluno, para humanizar o processo, tendo em vista seu desenvolvimen-
to contínuo. Avaliar dentro destas possibilidades prevê o melhoramen-
to do processo educacional, admitindo as expressões do conhecimento 
do indivíduo e o enriquecimento em todos os sentidos.
Na Educação a Distância (on-line), a avaliação de aprendizagem de-
manda a estruturação e a construção de novos conceitos e práticas pe-
dagógicas que possam considerar os recursos interativos e os processos 
colaborativos de aprendizagens com as práticas de avaliação que vislum-
brem a construção do conhecimento, e não apenas a sua reprodução 
memorizada, como vemos em muitos cursos na modalidade a distância.
A prática avaliativa deve fazer parte do processo de aprendizagem 
durante todo o percurso, e não apenas ser vista como uma atividade 
externa ao processo pedagógico. Deve ser formulada especificamente 
para atender a determinadas características dos cursos e contextos pró-
prios para poder avaliar de forma a considerar as individualidades e oreal processo de construção do conhecimento, no qual se torna mais 
importante o significado do instrumento dentro do processo avaliati-
vo, do que o tipo a ser utilizado.
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4. Você Já se Pegou Refletindo Sobre os Significados do 
Conceito Tecnologia? E o Que Pensa a Respeito? Pare por 
Alguns Segundos e Tente Organizar Suas Ideias Sobre os 
Entendimentos Que Você Tem Sobre Tecnologia...
O termo “tecnologia” vem do grego tekhne que significa “técnica, 
arte ou ofício”, em conjunto com a palavra logos, também grega, que 
refere-se ao “conjunto dos saberes”. 
De acordo com o dicionário Michaelis, “tecnologia” é 1. Tratado 
das artes em geral. 2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma 
determinada arte ou indústria. 3. Linguagem peculiar a um ramo de-
terminado do conhecimento, teórico ou prático. 
A tecnologia é um objeto de estudo constante de todas as ciências 
e envolvem vários instrumentos, técnicas e métodos que visam a resol-
ver situações problemáticas e criar novos produtos e entendimentos.
No geral, o termo “tecnologia” tem sido utilizado dentro das ativi-
dades que podemos chamar de “atividades meio”, que são as organiza-
cionais, estruturais, de informática, de treinamento, etc. e também em 
atividades que denominamos “atividades fim”, que são os produtos, o 
processo, os equipamentos, etc.
Historicamente, podemos citar a máquina a vapor como uma im-
portante inovação tecnológica do século XVIII, pois com ela foi possí-
vel aumentar a escala de produtividade em diversos quesitos na época. 
Recentemente, o uso indiscriminado do termo “tecnologia” tem feito 
a palavra em si perder seu verdadeiro significado, pois estamos asso-
ciando “tecnologia” somente com o setor de serviços e informática, 
quando a tecnologia não tem a ver só com informática, celulares de 
última geração, internet e afins.
Agora aproveite para aprender um pouco mais sobre a origem deste 
conceito.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - IFMS
30
Formação Pedagógica para EaD
Figura 4.1
Fonte: Artes e Artistas. Link: https://arteear-
tistas.com.br/mona-lisa-leonardo-da-vinci/ 
Acesso em: 30/04/2020
Por exemplo, você consegue ver 
tecnologia nesta obra?
Figura 4.2
Fonte: Ebiografia - Link: https://www.ebiografia.
com/m_c_escher/ 
Acesso em 30/04/2020
Pois saiba que existe muita, mas muuuuuuuuuuita tecnologia empregada 
nestas obras!
E nesta?
Veja agora algumas definições de teóricos que refletiram sobre este 
conceito:
 
Martino (1983): “Meios para prover os produtos necessários para 
o sustento e conforto do homem”.
Longo (1984): “Tecnologia é o conjunto de conhecimentos cientí-
ficos ou empíricos empregados na produção e comercialização de bens 
e serviços”.
Blauner (1964) e Fleury (1978): “Se refere ao conjunto de objetos 
físicos e operações técnicas (mecanizadas ou manuais) empregadas na 
transformação de produtos em uma indústria”.
Formação Pedagógica para EaD
31
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Percebeu o quanto o conceito de tecnologia é amplo? 
Aprender uma nova tecnologia pode ser desafiador em um primeiro mo-
mento, mas elas estão aí para facilitar nossas vidas!
Abetti (1989) e Steensma (1996): “um corpo de conhecimentos, 
ferramentas e técnicas, derivados da ciência e da experiência prática, 
que é usado no desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de 
produtos, processos, sistemas e serviços”.
Kruglianskas (1996): “Conjunto de conhecimentos necessários para 
se conceber, produzir e distribuir bens e serviços de forma competitiva”.
4.1 Evolução das Tecnologias na Educação
Percebeu como novas tecnologias, com o tempo, passam a ser ha-
bituais em nossas vidas? O estranhamento inicial do uso de uma nova 
tecnologia é normal, porque é desconfortável lidar com o desconhe-
cido. Mas aos poucos vamos nos habituando...
Você viu na palestra de abertura deste curso que a professora Va-
nessa Batestin, do IFES, falou a respeito das tecnologias educacionais 
e que há uma infinidade destas tecnologias que podem ser utilizadas 
tanto no ensino presencial quanto na educação a distância. 
E como dito pela professora Vanessa Battestin “seja no curso pre-
sencial ou a distância dificilmente conseguiremos trabalhar sem o 
uso da tecnologia educacional”. 
Temos muito a aprender a respeito das tecnologias, não é mesmo? 
E sei que essa é uma vontade sua, que se matriculou neste curso!
Lidar com os Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem (AVEA) e ou-
tras tecnologias usadas pela EaD é algo fundamental, principalmente nes-
tes tempos de pandemia. Todos(as) estão percebendo que no contexto 
que estamos vivendo a demanda pela EaD é enorme! Por isso é funda-
mental se capacitar e se informar bem sobre este assunto. 
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32
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Saiba Mais!
Se você quiser saber mais a respeito de como utilizar o Moodle, 
você pode fazer o curso que o Cread preparou específico para 
esta plataforma: Moodle para Educadores. Vale a pena, vai te deixar 
apto a usar esta plataforma caso você não conheça tantas funcionalida-
des que ela proporciona para a EaD.
A base mais conhecida e popular para a oferta dos cursos a distância 
e para a oferta das unidades curriculares é o Moodle. Assim, é bom irmos 
nos acostumando com esse ambiente virtual de ensino e aprendizagem.
Este curso vai te apontar muitos caminhos e dicas para que você 
possa sempre conhecer mais sobre as potencialidades da EaD.
4.2 No Entanto, a Tecnologia por Si Só Não Resolve. É Preci-
so a Mediação do Professor. E Para Isso Temos Que Utilizar a 
Dialogicidade.
Se não houver a mediação do processo de aprendizagem pode não 
haver conhecimento novo. Então cuidado! É preciso promover a re-
flexão com dialogicidade, mas sem exageros.
Já pensou como seria se abrisse um monte de fóruns para o es-
tudante participar e você tivesse que interagir com cada postagem? 
Conseguiria dar o feedback a todos? Conseguiria promover a reflexão 
necessária? Talvez o resultado de uma situação como essa seria sua 
frustração e a desmotivação de seus estudantes. Então a dica é: es-
colha as ferramentas que serão úteis no cumprimento dos objetivos 
da unidade curricular. Eleja ferramentas como fóruns, wiki, podcast, 
entre outros.
Ah e por falar nisso, você percebeu que estamos aos poucos expe-
rimentando essas ferramentas aqui? E ainda vamos experimentá-las 
muito mais!
Use-as como base, observe-as, aprenda a lidar com elas, pelo exemplo!
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A tecnologia educacional (TE) é a incorporação de tecnologias da in-
formação e comunicação (TIC) na educação para apoiar os processos de 
ensino e aprendizagem em diferentes contextos de educação formal e 
não formal.
O termo tecnologia educacional remete ao emprego de recursos 
tecnológicos como ferramenta para aprimorar o ensino. É usar a tec-
nologia a favor da educação, promovendo mais desenvolvimento só-
cio-educativo e melhor acesso à informação.
Informática educacional
O grande aparato que traz inúmeros benefícios sociais e educacio-
nais é o computador. Incorporá-lo aos processos pedagógicos é o que 
podemos chamar de informática educacional. Com o computador, vem 
o mundo cheio de possibilidades da internet que, bem utilizada, pode 
facilitar demais o aprendizado de qualquer conteúdo ou matéria escolar. 
A internet pode levar o(a) aluno(a) a lugares onde, talvez, ele jamais che-
garia, ou não tão rapidamente; A internet propicia o acesso a bibliotecas 
internacionais, pessoas de outras culturas, outras línguas, ilustrações de 
mapas, países, vídeos sobre o passado e até sobre o futuro.
Essa dinâmica provoca e estimula o(a) aluno(a) a querer mais. O 
começo é de emails, chats, pesquisas básicas.Depois, com a ajuda 
fundamental dos(as) professores(as), eles(as) podem avançar para jo-
gos educativos, uso de softwares educacionais, redes sociais específicas, 
salas de aula virtuais. Em escalas superiores, é possível falar em cursos 
à distância. Não faltam opções quando falamos em tecnologias educa-
cionais. Com elas, a curiosidade é aguçada e os caminhos ficam bem 
mais acessíveis.
Tecnologia educacional no Brasil
Muitas cidades brasileiras, principalmente as grandes capitais, já 
desfrutam da Tecnologia Educacional para o Ensino Público. Porém, o 
avanço da tecnologia educacional no Brasil encontra ainda alguns obs-
táculos como falta de estrutura das escolas, dificuldade no acesso a essas 
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novas tecnologias, e até a falta de preparo de gestores(as) e dos pró-
prios(as) professores(as). Este de fato é um grande desafio a ser superado!
Programas educativos
Para impulsionar o sistema público de ensino na busca por mais 
tecnologias educacionais e programas educativos de qualidade, o Mi-
nistério da Educação lançou, em 2009, um Guia de Tecnologias Edu-
cacionais, composto por informações que auxiliam na gestão educa-
cional como um todo. A ideia é que gestores(as) e diretores(as) de 
escolas identifiquem aquelas tecnologias que possam contribuir para a 
melhoria da educação em suas redes de ensino.
Tecnologias educacionais
A Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT) também 
atua nesta frente e tem como objetivo principal a ampliação do uso das 
tecnologias educacionais nos processos de ensino-aprendizagem de todo 
o país. Segundo a ABT, ainda há resistência por parte de alguns(umas) 
profissionais da educação, que temem ser substituídos(as) pela tecno-
logia. Mas é preciso saber que “tecnologia é apoio e não substituta da 
ação”. Aliar tecnologia educacional a bons professores(as) é a solução 
para o ensino, tanto da rede pública, quanto da rede particular.
Figura 4.3
Fonte: Giphy. Link: https://giphy.com/gifs/adweek-robots-sprint-can-you-hear-me-now-XZMJpDHMf-
GKuXX8920/links. Acesso dia 29 de abril de 2020.
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5. Neste Tópico Você Vai Entender Melhor Que Quando 
Falamos de Comunicação Síncrona e Assíncrona Esta-
mos Nos Referindo a Duas Formas de Intercâmbio da 
Informação em Função da Simultaneidade com a Que 
Se Envia e Se Oferece a Mensagem.
Neste sentido, segundo explica Jesús Valverde Berrocoso em Fer-
ramentas de comunicação síncrona e assíncrona, “a comunicação sín-
crona é aquela “na qual os usuários, através de uma rede telemáti-
ca, coincidem no tempo e se comunicam entre si mediante texto, 
áudio e/ou vídeo”. Por exemplo, numa videoconferência, os(as) in-
terlocutores(as) implicados(as) conversam ao mesmo tempo, sendo 
necessário que, tanto emissor(a), como receptor(a) se encontrem co-
nectados(as) ao mesmo tempo.
Pelo contrário, na assíncrona, contínua o autor, “os participantes 
utilizam o sistema de comunicação em tempos diferentes”. Será o 
caso do correio eletrônico, por exemplo, pois o(a) receptor(a) pode ler 
a mensagem em qualquer momento depois de que o(a) emissor(a) a 
envie, sem que se produza essa simultaneidade na comunicação.
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5.1 Diferenças Entre a Comunicação Síncrona e Assíncrona
Assim, como refere Joel Shore, no artigo Synchronous Vs. Asynchro-
nous Communication: The Differences, 
“enquanto as comunicações assíncronas não esperam uma res-
posta, a execução síncrona requer que as partes ou os componen-
tes funcionem simultaneamente em tempo real”.
Deste modo, a simultaneidade da conversação é a distinção cha-
ve entre a comunicação síncrona e assíncrona. 
Sem embargo, existem outras diferenças entre estes dois tipos de 
transmissão da informação através da Internet: 
• A comunicação síncrona é temporalmente dependente, quer dizer, 
para que tenha lugar, é necessário que os comunicadores coincidam ao 
mesmo tempo, o que não ocorre na assíncrona.
• Na comunicação síncrona, os dados transferem-se em forma de paco-
tes, enquanto que, na assíncrona, os dados são enviados de byte em byte.
• A transmissão síncrona necessita de um sinal de relógio entre o emis-
sor e o receptor para informar ao segundo sobre a chegada do novo 
byte ou mensagem. Em contrapartida, na assíncrona, não se requer este 
sinal de relógio externo, posto que os dados se sincronizam através de 
sinais, que indicam o início do novo byte ou mensagem.
• A velocidade de transferência da comunicação assíncrona é mais lenta 
que a da transmissão síncrona.
• Pelo contrário, a transmissão assíncrona é mais simples e econômica 
que a síncrona.
• A comunicação síncrona é mais eficiente e tem uma sobrecarga me-
nor, em comparação com a assíncrona.
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5.2 Tipos de Comunicação Síncrona e Assíncrona
Não obstante, dentro da comunicação síncrona e assíncrona tam-
bém podemos realizar uma distinção. Em concreto, como afirma Ro-
berto de Miguel Pascual, em Fundamentos da comunicação humana, os 
serviços que proporcionam a comunicação na Internet podem agru-
par-se nestas outras quatro categorias:
• Comunicação assíncrona de usuário a usuário: quando o conteúdo é en-
viado por um emissor a um receptor concreto, como ocorre com um SMS.
• Comunicação assíncrona entre múltiplos usuários: no caso de que a 
mensagem seja dirigida a um grupo de pessoas, como é o caso de um 
fórum de discussão numa página web.
• Comunicação síncrona de usuário a usuário: trata-se de conversações 
personalizadas e simultâneas, como uma chamada por Skype.
• Comunicação síncrona entre múltiplos usuários: são aquelas conver-
sações eletrônicas interativas com vários participantes, como um Han-
gout grupal.
5.3 Vantagens e Desvantagens Entre Ambos os Tipos
A comunicação síncrona e assíncrona apresentam uma série de 
vantagens e inconvenientes. Quanto aos prós de ambas, cabem desta-
car os seguintes:
• Comunicação assíncrona:
 • É mais simples, já que não requer sincronização de ambos os 
lados da comunicação.
 • Resulta mais barata, porque necessita menos hardware para o 
seu funcionamento.
 • A configuração do software é mais rápida do que a de outras 
transmissões, pelo que é ideal para aplicações onde as mensagens se 
geram a intervalos irregulares.
• Comunicação síncrona:
 • Sofre menos sobrecarga.
 • Apresenta um maior rendimento.
 • A comunicação é mais rápida, ao produzir-se em tempo real.
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Relativamente aos contras de ambos os tipos de comunicação, en-
contramos:
• Comunicação assíncrona:
 • Leva aparelhado um maior risco de sobrecarga.
 • A transmissão de informação não é tão fluída como na síncrona.
 • Resulta menos eficiente.
• Comunicação síncrona:
 • Envolve um processo mais complexo.
 • Necessita de um maior conhecimento informático.
 • Supõe um maior custo, dado que requer um software mais so-
fisticado.
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6. Ferramentas de Comunicação Síncrona e Assíncrona
Quais são os diferentes sistemas de comunicação síncrona e assíncro-
na? Trata-se de ferramentas de frequente uso na comunicação corpora-
tiva. Assim, dentro da comunicação síncrona, utilizamos as seguintes:
• Áudio-conferência: consiste numa chamada de voz, quer seja por tele-
fone ou por algum outro programa informático; permite falarem duas 
pessoas em tempo real a partir de diferentes locais.
• Vídeo-conferência: possibilita manter conversações com áudio e vídeo de 
forma simultânea e é habitual para reuniões entre trabalhadoresou forne-
cedores, que fisicamente se encontram em zonas geográficas diferentes.
• Chat: permite a várias pessoas comunicarem-se em tempo real, atra-
vés de mensagens de texto. É empregue tanto para a comunicação in-
terna dos trabalhadores, como para o atendimento a clientes.
• Mensagem instantânea: através dela, os interlocutores podem trocar 
informação, principalmente texto, mas também áudios, vídeos e docu-
mentos, em tempo real. WhatsApp será o caso mais popular, ainda que 
no âmbito empresarial também seja frequente a utilização do Slack.
Quanto aos instrumentos de comunicação assíncrona, encontramos:
• Email: é o meio assíncrono mais estendido e permite a um emissor enviar 
informação a uma pessoa, que a verá quando abra a mensagem concreta.
• Listas de distribuição: utilizando o mesmo sistema de correio eletrônico, 
as listas de distribuição permitem fazer que a mensagem chegue a mais 
de um destinatário, previamente determinados por categorias ou filtros.
• Fóruns de debate: consistem em sítios web onde os trabalhadores po-
dem colocar perguntas, esperando que outra pessoa lhe dê resposta, ou 
responder a questões previamente realizadas por outros companheiros.
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6.1 Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 
Pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, 
utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs 
são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de 
automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de 
publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, co-
municação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendi-
zagem, na Educação a Distância).
O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operaciona-
lização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. 
No entanto, foi a popularização da internet que potencializou o uso 
das TICs em diversos campos.
Através da internet, novos sistemas de comunicação e informação 
foram criados, formando uma verdadeira rede. Criações como o e-mail, 
o chat, os fóruns, a agenda de grupo online, comunidades virtuais, web 
cam, entre outros, revolucionaram os relacionamentos humanos.
Através do trabalho colaborativo, profissionais distantes geografi-
camente trabalham em equipe. O intercâmbio de informações gera 
novos conhecimentos e competências entre os profissionais.
• Wikis: Trata-se de webs cujo conteúdo pode ser editado por qualquer 
usuário.
• Documentos partilhados: Faz referência a espaços web na nuvem ou 
na Intranet, onde os empregados podem aceder a diferentes documen-
tos online para sua edição conjunta.
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Figura 6.1
Fonte: FalandoTI. Link: https://www.falandoti.com/10-tendencias-no-mundo-das-tic/ 
Acesso em 15/05/2020
Novas formas de integração das TICs são criadas. Uma das áreas 
mais favorecidas com as TICs é a educacional. Na educação presencial, 
as TICs são vistas como potencializadoras dos processos de ensino – 
aprendizagem. Além disso, a tecnologia traz a possibilidade de maior 
desenvolvimento – aprendizagem - comunicação entre as pessoas com 
necessidades educacionais especiais.
As TICs representam ainda um avanço na educação a distância. 
Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos têm 
a possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências. 
Os professores e/ou tutores tem a possibilidade de realizar trabalhos 
em grupos, debates, fóruns, dentre outras formas de tornar a aprendi-
zagem mais significativa. Nesse sentido, a gestão do próprio conheci-
mento depende da infraestrutura e da vontade de cada indivíduo.
A democratização da informação, aliada a inclusão digital, pode 
se tornar um marco dessa civilização. Contudo, é necessário que se 
diferencie informação de conhecimento. Sem dúvida, vivemos na Era 
da Informação.
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7. Principais Tecnologias Empregadas nos Cursos EaD
De acordo com o último Censo da Educação Superior, existem 
mais de um milhão de alunos matriculados em cursos de graduação 
a distância no Brasil e o número não para de crescer. São milhares de 
novos cursos superiores autorizados pelo MEC todo ano e essa mo-
dalidade de ensino tem tornado possível o sonho do diploma para 
muitas pessoas que antes não tinham acesso a uma universidade, seja 
por morarem longe dos grandes centros, por falta de tempo ou de 
condições para se locomover até a faculdade todos os dias.
 
O sucesso do Ensino a Distância (EAD) só está sendo possível devi-
do à evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). 
Através delas, é possível ter acesso aos conteúdos de maneira rápida, 
em um ambiente de aprendizagem interativo e inovador.
 
Conheça algumas das principais tecnologias empregadas nos cur-
sos EAD: 
1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
São ambientes online que o aluno acessa, pelo computador, para assis-
tir às aulas e realizar as atividades. O estudante recebe uma senha de 
acesso e entra na “sala de aula virtual” de qualquer lugar e em qualquer 
horário, basta estar conectado à Internet. É neste ambiente que ficam 
disponíveis os conteúdos do curso e outras ferramentas de interação, 
como vídeo-aulas, áudio e videoconferências, chats, fóruns e bibliotecas 
virtuais.
 
2. Vídeo-aulas
Como o próprio nome indica, são aulas gravadas em vídeo que o aluno 
pode acessar quando quiser. Elas podem combinar a fala do professor 
com apresentações, imagens, sons e interatividade. Geralmente são pla-
nejadas de forma a tornar o conteúdo do curso mais atrativo, prenden-
do a atenção do aluno pelo tempo necessário para que ele compreenda 
aquela matéria.
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7.1 Vantagens do Uso da Tecnologia na EaD
A utilização destas tecnologias traz uma série de vantagens, como 
por exemplo:
• Os alunos tem a possibilidade de buscar informações por conta 
própria, desenvolvendo a autonomia.
• Os métodos de ensino utilizados na EAD possibilitam a troca de 
experiências entre os alunos, professores e tutores.
• As aulas ficam disponíveis para qualquer aluno que desejar acessá
-las novamente, e, com isso, aqueles que perderam alguma aula ou não 
entenderam algum conteúdo poderão revisá-los quando necessário.
• O aluno tem a comodidade de assistir às aulas, realizar atividades, 
contribuir com coletas, esclarecer dúvidas e consultar materiais de es-
tudo em qualquer horário e lugar.
3. Áudio e Videoconferência
É um tipo de tecnologia que permite aos alunos e professores estabele-
cerem uma comunicação bidirecional, através de dispositivos de comu-
nicação, como o computador. No ensino a distância, a audioconferência 
e a videoconferência permite um contato e alunos e tutores ou profes-
sores em tempo real.
 
4. Chats e Fóruns
Com ferramentas de bate-papo e fóruns de discussão, os alunos podem 
esclarecer suas dúvidas diretamente com os professores ou tutores, ou 
promover discussões em grupo. Essas conversas geralmente são armaze-
nadas e ficam disponíveis para o aluno acessar o histórico quando quiser.
 
5. Bibliotecas Virtuais
Para atender às necessidades dos alunos 24 horas por dia, 7 dias por 
semana, as faculdades que oferecem cursos superiores a distância con-
tam com acervos virtuais, onde é possível descarregar (baixar) materiais 
de estudo e de consulta em formato digital, gratuitamente.
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7.2 E Falando em Tecnologia, Você Sabe o Que É Um Podcast?
Podcast é um arquivo digitalde áudio transmitido através da 
internet, cujo conteúdo pode ser variado, normalmente com o pro-
pósito de transmitir informações. Qualquer usuário na internet pode 
criar um podcast.
As publicações dos arquivos podcast são feitas através de podcas-
ting, um sistema que segue um padrão de feed RSS, ou seja, permite 
que os internautas possam subscrever determinado post de seu interesse 
e acompanhar automaticamente todas as recentes atualizações deste.
Como dito, os podcasts podem ter diferentes temas, sendo que os 
mais populares costumam falar sobre cinema, TV, literatura, ciências, 
games, religião, humor, esporte, etc.
Em suma, o podcast é parecido com um programa de rádio, mas a 
diferença está no fato desta mídia digital ser disponibilizada na internet, 
podendo assim ser acessada a qualquer momento. Diferente dos feeds 
de texto, os podcasts são feeds de áudio, ou seja, “textos para ouvir”.
Existem três principais meios de ouvir um podcast: acessando o 
site onde o arquivo está disponível; fazer download do podcast para 
o computador ou smartphone, podendo assim ouvir o seu conteúdo 
mesmo offline; ou através da instalação de um agregador de podcasts, 
um software que organiza e comunica quando houver atualizações nos 
podcasts que a pessoa acompanha.
A origem do termo podcast teria surgido a partir da junção de 
iPod, dispositivo da Apple de reprodução de arquivos MP3 (áudio), e 
broadcast, palavra em inglês que significa “transmissão” (de rádio). Os 
créditos para a criação deste conceito foram atribuídos ao ex-VJ da 
MTV Adam Curry.
Agora que conheceu mais esse recurso que tal utilizá-lo em suas 
aulas? Mas lembre-se, os podcasts são textos para ouvir.
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8. Wiki
Wiki é uma aplicação web para gestão e edição de conteúdo, pro-
duzindo informações de forma colaborativa. Pode oferecer acesso livre 
ou somente por usuários cadastrados. A Wiki garante aos usuários au-
tonomia na sua utilização, segundo Heloisa Luck (2006, p. 98) “Não 
existe autonomia quando não existe responsabilidade”. Assim, o uso 
da Wiki na escola busca desenvolver nos alunos o sentido de respon-
sabilidade, autonomia e solidariedade. O termo Wiki significa “super
-rápido” em havaiano.
Wiki no ambiente escolar:
• Estimula o trabalho coletivo e a reflexão, pois é necessária a discussão 
antes de fazer modificações;
• Construção de pesquisas, crônicas, dicionários, poesias, textos;
• Divulgar os projetos desenvolvidos na instituição;
• O trabalho pode acontecer entre professor/professor, professor/aluno 
e entre alunos e professores de outras instituições.
Características da Wiki:
• Facilidade de acesso e edição;
• Guardar históricos das alterações;
• As edições podem ser feitas por um grupo restrito de usuários;
• Permite que o visitante comente sobre o que está sendo construído.
Uma Wiki pode ser criada em um ambiente on-line como o Wikis-
pace que oferece o serviço gratuitamente, instalado em servidor com 
banco de dados como as plataformas Deki Wiki, Twiki ou Tikiwiki.
Sabemos que o fato de termos uma plataforma livre não é garantia 
da construção de uma cultura livre, faz-se necessário também, con-
cebermos e realizarmos estratégias pedagógicas que proporcionem o 
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Saiba Mais!
A Wikipédia é um projeto da Wikimedia que é uma enciclopédia 
global na internet, livre e multilíngue. É o mais antigo e maior 
projeto da Wikimedia, antecedendo a própria Wikimedia Foundation. A 
Wikipédia muitas vezes descrita como um Wiki, mas na verdade é uma 
coleção de mais de 200 Wikis, uma para cada idioma, todas rodando 
com o software MediaWiki. 
desenvolvimento de projetos e atividades em ambientes colaborati-
vos que incentivem a partilha de informações e a construção coletiva. 
Neste contexto, a Wiki configura-se como um software livre capaz de 
oferecer ferramentas para concretizar essas ações.
Em seguida, entre no Moodle e tente construir um Wiki com 
seus(suas) alunos(as). É bem simples, está nas opções do link adicio-
nar recurso ou tarefa. Não perca esta oportunidade de aprender sobre 
esta opção bem interessante!
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9. Dialogismo
O conceito de dialogismo foi elaborado pelo linguista russo Mi-
khail Bakhtin, que o explica como o mecanismo de interação textual 
muito comum na polifonia, processo no qual um texto revela a exis-
tência de outras obras em seu interior, as quais lhe causam inspiração 
ou algum influxo.
O dialogismo está presente tanto nas obras impressas como na pró-
pria leitura, esferas nas quais o discurso não é observado em um con-
texto de incomunicabilidade, mas sim em constante ação recíproca com 
textos semelhantes e/ou imediatos. Este elemento aparece quando se 
instaura um processo de recepção e percepção de um enunciado, que 
preenche um espaço pertencente igualmente ao locutor e ao locutário.
Assim, os participantes de uma conversação elaboram um fluxo 
dialógico ao posicionarem o ato da linguagem em uma interação fren-
te a frente. Bakhtin acredita que o diálogo engloba qualquer transmis-
são oral, de toda espécie. Este conceito é praticamente a alma de sua 
teoria linguística.
Para o estudioso russo, todos os personagens que circulam no âmbito 
da linguagem constituem elementos sociais e históricos que têm o po-
der de conferir significados reais e se estruturam regularmente na obra 
ficcional, expressando seus pontos de vista sobre a realidade concreta.
Bakhtin identifica no romance os diálogos puros, além da inter-re-
lação dialogizada e da hibridização, que pode ser definida como uma 
miscelânea de duas linguagens, sendo considerada uma das vertentes 
mais importantes do mecanismo de modificação dos meios de expres-
são do pensamento.
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A hibridização dos diálogos prepondera na análise da obra; ela é 
compreendida como um processo de aliança que procura elucidar 
uma linguagem com o auxílio de outra e, assim, estrutura a represen-
tação natural e vivaz desta outra forma de expressão. É fundamental 
que se utilize, neste procedimento, o uso de diversas linguagens, para 
esclarecer ainda mais o texto original.
O linguista russo salienta também a importância da estilização, 
um recurso dialógico interior que produz um estilo renovado, com 
significância e destaque nascentes. Esta linguagem surge com ecos pe-
culiares, pois enquanto alguns de seus aspectos são iluminados, outros 
são preservados imersos em névoas.
A paródia é outro recurso específico, no qual o dialogismo por ela 
simbolizado desvela o texto que está sendo figurado. As mais variadas 
linguagens regidas pelas inter-relações, aspirações orais e racionais que 
residem nos enunciados estão situadas no espectro que se desenrola 
entre a estilização e a paródia.
O dialogismo não se desenvolve apenas socialmente, mas igual-
mente na esfera temporal, na dinâmica da vida e da morte. A convi-
vência entre as pessoas e a progressão no tempo se aliam na unicidade 
consistente de uma multiplicidade paradoxal, a qual se manifesta por 
meio de variadas linguagens.
9.1 Percebeu a Importância da Linguagem Dialógica e Como 
Ela Aproxima Estudantes e Professores?
O estudante precisa perceber que você está perto, mesmo estando 
longe, entendeu?
Você já aprendeu que a memória de trabalho é fundamental no 
processo de dialogicidade. 
Na EaD é fundamental utilizarmos essa linguagem para diminuirmos a 
distância transacional.
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Figura 9.1
Fonte: Cultura

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