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apostila - LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA

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LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
2 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO................................................................................................. 4 
DESAFIOS ENCONTRADOS NO ENSINO DE LITERATURA INGLESA EM 
SALAS DE AULA ....................................................................................................... 5 
REALIDADE DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA EM ESCOLAS PÚBLICAS 8 
PANORAMA HISTÓRICO DA LITERATURA INGLESA ................................ 13 
A Idade Média: uma literatura se define ..................................................... 13 
A Renascença: o limite a ser explicado ..................................................... 14 
O Século XVII: grande eloquência e sagacidade ....................................... 15 
A Era Vitoriana: o romance domina a cena ................................................ 18 
O Século XX: variedade e complexidade ................................................... 21 
O Pós-guerra: admirável mundo novo ........................................................... 23 
CONCLUSÃO ................................................................................................ 29 
REFERÊNCIAS: ............................................................................................ 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
4 
 
INTRODUÇÃO 
O conhecimento é uma construção social. Portanto, a indagação, a 
necessidade de responder nossas inquietações e a busca pelo saber estão 
condicionadas à pesquisa consciente e compromissada que envolve todas as 
pessoas. 
Faz-se presente aqui neste trabalho acadêmico a instigação de produzir 
conhecimento e a importância de ampliar a prática da pesquisa que tem como 
consequência, a demonstração de todos os objetivos procurados, que é a 
socialização do trabalho direcionado para o público em geral. 
A importância da literatura na vida e no aprendizado do ser humano é de 
grande valor, visto que ela possibilita, dentre diversas outras importâncias, o poder 
da arte, a arte de escrever, ler, interpretar o mundo, conhecer uma (nova) 
diversidade cultural, provocar emoções. Assim, a literatura é uma forma de 
humanização do homem. Por estes motivos é que se ensina literatura no Ensino 
Fundamental e Médio. Ou pelo menos estes deveriam ser os propósitos de todos os 
educadores. 
É fácil de perceber nas escolas de segundo grau ao longo do país que o 
ensino de literatura portuguesa é, esparsa e obrigatoriamente desenvolvido. Mas a 
função deste trabalho, além da de realçar as importâncias do contato literário, 
principalmente no meio escolar, e a priori do contato de estudantes do segundo 
grau, é o de expor, e questionar o porquê de não se difundir e/ou não se valorizar e 
incentivar o ensino de literaturas de língua inglesa nessas escolas, públicas ou 
privadas. 
Destaca-se a importância de se falar em literaturas de forma pluralizada, pois 
consideramos os vastos campos que elas exercem , assim como as diferenças 
culturais, sociais e históricas que faz com que isso ocorre nas mais diversas nações. 
Pois, nota-se que assim como as diferenças lingüísticas acometidas em uma 
mesma língua, como a exemplo das divergências ocorridas na língua inglesa na 
Europa, na América ou na África, as literaturas dessas línguas se difundem em 
vertentes. 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
5 
Na defesa do ensino da mesma, compara-se aqui a leitura e divulgação 
cultural dos clássicos de língua inglesa e as novas ficções, amplamente conhecidas 
pelos jovens e não aceitas como literatura por maioria dos críticos literários da 
atualidade ? dentro e fora da escola, seja por filmes, leitura ou disseminação cultural 
de grupos sociais. 
Portanto, fazem-se necessárias amplas discussões acerca destas questões 
tão presentes no cotidiano docente, que podem gerar dúvidas e (pré) conceitos 
diversos, o que acarretando o que poderia se chamar de atraso no ensino, ou 
deficiência na busca por novas melhorias nas práticas educacionais, sob foco do 
ensino de língua e literaturas de línguas inglesas. 
 
 
DESAFIOS ENCONTRADOS NO ENSINO DE LITERATURA 
INGLESA EM SALAS DE AULA 
 
 A aula é de inglês, mas só se fala em português. As turmas são grandes 
demais, o professor é mal preparado e todos ficam desmotivados. A situação, que 
não promove nenhum aprendizado, foi constatada em um estudo de caso feito por 
uma professora da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) no interior do 
Estado, mas a mesma combinação se repete em aulas de inglês de diversos 
colégios, em especial da rede pública. 
A pesquisa, dissertação de mestrado de Ana Lúcia Ducatti, não traz 
conclusões gerais sobre como está o ensino da língua inglesa nas escolas, mas 
traça um retrato preocupante dos problemas enfrentados em sala. Ela analisou 20 
aulas de uma professora da rede municipal de São José do Rio Preto com mais de 
dez anos de experiência. Formada em Letras, Maria (nome fictício) não pode ser 
identificada por razões éticas. 
O estudo mostrou que o ensino é focado na gramática e não no uso do 
idioma. A oralidade em inglês é ausente. "Não se pode constatar o uso comunicativo 
e espontâneo da língua-alvo. Maria ministra a aula quase toda na língua materna, 
introduzindo o inglês apenas ao ler em voz alta", diz a dissertação. 
A prática em sala de aula se dá tanto pela proficiência oral limitada da professora 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
6 
estudada - em um teste aplicado, ela estava em nível intermediário na parte oral -, 
quanto pelo contexto social. "Um dos motivos pelos quais ela não trabalha a 
oralidade é o fato de a maioria de seus alunos não manifestar interesse em se 
envolver com o que está sendo dado em sala", diz Ana Lúcia. 
A ideia de estudar o tema surgiu quando Ana Lúcia, até então professora de inglês 
apenas em escolas de idioma, foi contratada para dar um curso de capacitação na 
rede pública. "Percebi que os professores estavam insatisfeitos com a própria 
prática e com suas limitações na expressão oral", conta. 
"Afalta de fluência afeta a qualidade da aula." 
Sem preparo adequado, em geral os professores de línguas se sentem inseguros e 
preferem dar aulas apenas de português. "O inglês fica como segunda opção dos 
professores de português, para preencher buracos na grade", conta a pesquisadora. 
Maria diz que, com isso, se sente solitária. "Em toda minha vida como professora de 
inglês sempre me senti sozinha pela falta de interesse dos professores com os 
quais convivi e, em geral, pouco pude trocar ideias ou tirar dúvidas", afirmou a 
professora de inglês em entrevista à AnaLúcia. 
Expectativas. Durante o estudo, a pesquisadora também constatou a baixa 
participação dos estudantes, apesar de a maioria deles terem dito que consideram o 
inglês importante para o mercado de trabalho. "As salas de aula são numerosas e o 
material didático, inadequado. Com tudo isso, a professora não tem expectativas e 
os alunos também não", disse Ana Lúcia. 
Segundo Marília Mendes Ferreira, professora de inglês da Universidade de 
São Paulo (USP), uma das principais barreiras para o aprendizado do idioma nas 
escolas regulares é exatamente a crença de que não se vai aprender. "Esse 
discurso já ficou cristalizado. Pais, professores e alunos já pressupõem que não se 
aprende", afirmou. 
Marília reconhece que uma escola pública não tem como dar a fluência oral 
no inglês, mas defende que isso não invalida o ensino do idioma. "Não podemos 
usar uma escola livre de línguas como parâmetro", diz. "Mas no colégio você tem 
espaço para discussões sobre as diferenças culturais e pode trabalhar a escrita. 
Comunicação não é só falar." 
Para entender: 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
7 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação obriga as escolas a oferecerem o 
ensino de língua estrangeira a partir da 5.ª série (ou 6.° ano) duas vezes por 
semana. Muitas escolas particulares introduzem o idioma no currículo já no jardim 
de infância. O Ministério da Educação não aplica nenhuma avaliação sobre a 
qualidade do ensino de língua estrangeira oferecido no País. 
Por isso, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) incluiu o inglês em suas 
provas. Depoimentos de 03 educadores sobre o assunto: 
1 - Sou professora de língua inglesa há mais de vinte anos ,também cometo o 
sacrilégio de utilizar português nas minhas aulas e o motivo é muito simples, como focar a 
oralidade nas aulas de inglês em um contexto escolar tão desfavorável? Devido ao grande 
número de alunos em sala a compreensão da própria língua já está difícil como nos 
mostram os exames externos. Acredito que comunicação não é apenas falar e a 
compreensão escrita pode ajudar muito o aluno na compreensão do idioma. Acredito que 
nos colégios particulares a situação não está muito diferente, o foco das aulas também é 
compreensão e produção escrita. Portanto, acho que vamos todos queimar no fogo do 
inferno. 
2 - Como coordenadora de línguas estrangeiras da rede municipal de educação da 
cidade de Barretos, SP, concordo com a realidade apresentada pela professora Ana Lúcia 
Ducatti no seu estudo de caso que contempla o ensino e aprendizagem de línguasnas 
escolas públicas. Entretanto, graças ao Secretário de Educação Emilio Carlos do Santos – 
Cacá de Barretos, que teve a iniciativa de proporcionar aos professores de inglês a 
oportunidade de um aperfeiçoamento na língua que ensinam, desde 2009, essa realidade 
está começando a ser mudada. Espero que ação como essa sirva de exemplo para outras 
cidades. 
3 - Concordo que seja inadequado e até incoerente ministrar uma aula de língua 
quase que exclusivamente em português, não importa se em escola pública, particular ou 
curso de idioma. Mesmo assim, acredito que o problema não possa ser atribuído aos 
professores, pois o próprio sistema de ensino coloca o ensino de línguas em papel 
secundário, criando nos alunos e pais uma idéia de menor importância deste em relação às 
demais matérias. Somente quando se levar a sério o ensino de idiomas em escolas públicas 
poderemos ter, de fato, um aprendizado efetivo por parte dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
8 
REALIDADE DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA EM 
ESCOLAS PÚBLICAS 
Este artigo trata-se de uma pesquisa realizada em turmas de 9º ano, de duas 
escolas de rede pública estadual e tem como objetivo analisar as dificuldades encontradas 
pelo professor de língua inglesa ao ensinar a oralidade em sala de aula. A coleta de dados 
foi feita através de observações de aula durante a prática de conversação, de aplicações de 
exercícios e de questionários realizados durante a pesquisa em entrevista a três 
professores. Constatamos, ao final, que são muitas dificuldades encontradas pelos 
professores, desde a falta de estrutura física das escolas, por não disporem de 
equipamentos necessários para o desenvolvimento da habilidade, turmas numerosas, falta 
de motivação intrínseca e a timidez do aluno, prejudicando, assim, a aprendizagem da 
oralidade na língua-alvo. Essa pesquisa está fundamentada nas contribuições teóricas de 
Erickson (1987), Krashen (1987), Lindsay e Knight (2006), dentre outros. 
Numerosas implicações são mencionadas no ensino de língua inglesa nas escolas 
publica, desde a falta de estrutura das escolas até os problemas sócio-econômicos nos 
quais os alunos estão inseridos. Tais problemas interferem diretamente no desempenho das 
atividades orais em sala de aula. 
Neste artigo, mostro o resultado de uma pesquisa que envolveu professores. Eles 
foram abordados com as seguintes questões: Quais os principais problemas encontrados 
pelo professor no ensino de língua inglesa em sala de aula? O que podemos fazer para 
mudar essa situação no ensino público? O ensino da oralidade é relevante para alunos de 
rede pública? As respostas dos professores foram literalmente às mesmas. Como podemos 
comprovar nas seguintes linhas: 
Professor A: ”Em primeiro lugar, a maioria dos alunos das escolas publica, não estão 
interessados em falar inglês ou outras línguas diferentes principalmente se são alunos de 
escolas localizados nas periferias, a timidez deles é um fator crucial na dificuldade do 
ensino da oralidade em sala de aula e em segundo lugar os turnos são numerosos, o que 
impossibilita o desenvolvimento das atividades de interação, em terceiro lugar a falta de 
estrutura e de material didático”. 
Professora B: “Nossa escola não oferece recursos suficientes para o 
desenvolvimento da aprendizagem de línguas estrangeiras, principalmente o 
desenvolvimento da oralidade, por que isso requer prática e interação entre os participantes 
e isso é muito difícil de trabalhar sem recursos e turmas excessivamente grandes”. 
Professor C: “É muito difícil trabalhar a oralidade língua inglesa em sala de aula, por 
que não temos equipamento adequado que nos propicie trabalhar a oralidade”. 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
9 
Professor A: ”Sim, por que temos uma diversidade de interesse dentro de uma sala de aula, 
sendo assim sempre teremos alunos simpatizantes da disciplina que se interessa em 
estudar e questionam a falta de abordagem dessa habilidade. 
Professora B: “Não acredito que isso seja possível devido às turmas ser numerosas 
e temos pouco tempo para trabalhar essa disciplina”. 
Professor C: “Sim, mas precisaríamos de um projeto que nos possibilitasse trabalhar 
essa habilidade com os alunos interessados nessa disciplina”. 
De que maneira às escolas públicas deveriam agir para melhorar o ensino de língua 
estrangeira e oferecer aos alunos mais oportunidades de desempenho? 
Professor A: ”Disponibilizando mais salas de aula para acomodar os alunos 
interessados nessa aprendizagem”. 
Professora B: “As escolas deveriam avaliar a importância do ensino da oralidade em 
língua estrangeira e planejar se possibilidades são viáveis ou não”. 
Professor C: ”As escolas públicas dispor de projetos que motivassem os alunos a 
desenvolver habilidade da fala em língua inglesa com laboratórios, livros, revistas, entre 
outros. Já que o inglês é língua globalizada e é muito importante para carreira profissional. 
Dessa forma, percebemos que a falta de recursos da escola e fatores 
socioeconômicos, a timidez dos alunos e falta de vocabulário são os principais problemas 
enfrentados pelos professores de línguas no ensino público. 
Todavia, para que aconteça uma mudança na qualidade de ensino nas instituições 
públicas não depende só dos professores, mas do poder público e também dos alunos. 
Quanto à questão de relevância do ensino da oralidadeem sala de aula é um assunto em 
discussão. 
A partir desse tema, surgiu o desejo de pesquisar quais os fatores que implicam as 
dificuldades do ensino da oralidade de língua estrangeira em sala de aula. Neste trabalho, 
os dados para analise compreendeu as respostas de três professores a um questionário 
focalizando aspectos que dificultam a prática da fala em sala de aula como: turmas 
numerosas, falta de recursos didáticos e desinteresse dos alunos pela língua, dentre outros. 
Diante desse evidente problemática, tornou-se claro e relevante o desejo de realizar 
este estudo. Portanto o objetivo geral desta pesquisa é mover uma reflexão sobre o tema 
em discussão e tentar encontrar uma solução viável para esse problema. Apesar de 
reconhecer a difícil tarefa de desmistificar a crença de que, aluno de rede pública não 
consegue desenvolver a habilidade da fala de língua estrangeira em sala de aula. 
E levando em consideração que os próprios PCNs constataram a falta de interesse e 
de reconhecimento da importância de aprender uma língua estrangeira em regiões 
brasileiras. 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
10 
 O ensino de língua estrangeira não é visto como elemento importante na formação 
do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, freqüentemente, essa 
disciplina não tem lugar privilegiado no currículo, sendo ministrada, em algumas regiões, em 
apenas uma ou duas séries do ensino fundamental. 
Porém a rede pública de ensino abrange uma sociedade miscigenada, onde atuam 
alunos de vários níveis no âmbito intelectual. Dessa forma, não devemos desconsiderar a 
possibilidade de que muitos alunos da rede pública desejam oportunidades de desenvolver 
suas habilidades na sua instituição de ensino, ou seja, onde eles estão inseridos. 
Assim, pensar em um modo de melhorar a qualidade do ensino de língua estrangeira 
no ensino público não é utopia, mas uma necessidade na área da educação pública no 
Brasil. 
Considerando que a fala é o meio de comunicação mais utilizado no meio social, 
colocá-la de lado no aprendizado de uma língua é um pecado grave que leva a 
conseqüências sérias como: a desmotivação dos alunos ou até mesmo a rejeição pela 
disciplina. Nessa concepção devemos repensar o ensino de língua estrangeira na escola 
pública e melhor valorizar o ensino dessa habilidade, a qual bem desenvolvida pode levar o 
estudante ao sucesso profissional. 
Processo de ensino: 
O ensino corresponde a ações, meios e condições para o desenvolvimento da 
aprendizagem dos alunos. Se restringirmos um ensino mutilado a nossos alunos que tipo 
personalidade está ajudando a criar no aprendiz? Um ser com limitações? Acreditando que 
só porque estuda em rede pública não será capaz de aprender a falar uma língua 
estrangeira? O que o professor deve dizer ao aluno quando ele questiona porque não 
abordamos a fala da língua alvo em sala de aula? São questões como essas que nos 
deparamos todos os dias em sala de aula. 
Obviamente que não podemos mudar essa teoria deformada e promover uma 
educação pública mais completa no âmbito do ensino de língua estrangeira como num 
passe de mágica, mas podemos tentar implantar um sistema onde as quatro habilidades, o 
listening, speaking, reading e writing sejam exploradas igualmente. 
Embora os processos de desenvolvimento dessas habilidades sejam especialmente 
oferecidos aos alunos de escolas de idiomas, estas destinadas a classe social de maior 
poder aquisitivo. Tal realidade tem gerado especulações de brasileiros com respeito à 
categoria de ensino. 
Erickson (1987) define a sensibilidade cultural pedagógica como um conjunto de 
estratégias e abordagem as quais dão confiança a legitimidade ao relacionamento entre 
professor e aluno, dando assim ao professor, o direito de ensinar se o estudante concordar 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
11 
e aceitar este relacionamento. Sendo assim, acredito que os alunos que desejarem 
desenvolver a habilidade da fala da língua alvo na da impedem que se proporcionem meios 
para realização dessa competência. 
A escola em forma dinâmica de organização institucional 
Os estudos lingüísticos sobre a educação referem-se ao sistema educacional como 
instituição de ensino estável e homogêneo; um tipo de cenário para o trabalho de 
professores e alunos na sala de aula. 
Porém, quando esse estudo é direcionado à questão de inovação na dimensão 
organizacional e metodológica, é encontrada resistência e grande dificuldade de adaptação 
a mudanças, ou seja, a renovações de métodos de ensino. 
Nesse caso, notamos os impactos quanto a esse procedimento dinâmico, múltiplo e 
contingente sobre as instituições de maior interesse, como as instituições de ensino público 
no Brasil. 
A dificuldade de adaptação a mudança quando se insere o ensino de uma língua 
estrangeira na escola pública é um fator importante que deve ser estudado com maior 
cuidado de reflexão, para o desenvolvimento de um trabalho melhor onde as unidades 
formais de análise serão privilegiadas no que diz respeito ao estudo de língua estrangeira 
nas instituições publicas de ensino. 
De acordo com Nicolini e Holt (2003, p.2), há duas dimensões fundamentais na 
produção organizada da metodologia de ensino da aprendizagem e conhecimento: perform 
atividade e espacialidade, para a primeira não existe separação entre o ato da fala e o 
conhecimento da aprendizagem, e embora a aprendizagem exija o envolvimento dessas 
duas habilidades de participação dos interlocutores. Enquanto na espacialidade junta-se a 
produção dessa prática, podendo ser temporalmente ou geograficamente, na situação com 
relação aos sujeito e objeto do conhecimento. 
Sendo que a coexistência desses fatores está relacionada ao domínio do 
conhecimento ou de atividades a ser exploradas, em que o sujeito aprende e estabelece os 
relacionamentos ou a interatividade comunicativa descrita por Lave e Wenger (1991). 
A fala é uma habilidade produtiva que envolve duas ou mais pessoas para interagir 
umas com as outras, onde se comunica a mensagem, ou seja, a troca de informação entre 
falantes. Na sala de aula precisamos conduzir nossos alunos na prática de ambas as 
habilidades, fala e interação comunicativa. 
Os devem ser capazes de fazer decodificação e compreensão de sentido, ou seja, 
eles precisam ter o mínimo de conhecimento de mundo par conseguir se comunicar com 
precisão no meio social. Nas escolas públicas, geralmente são abordadas as atividades 
interativas de leitura e compreensão de textos, nunca priorizam a fala. Na sala de aula as 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
12 
atividades que simulam a prática de interação oral dos alunos, são consideradas 
disparidade de atividades. 
Contudo, é importante que os professores dêem aos alunos a oportunidade de livre 
expressão de fala. Dessa forma, acreditamos que podemos motivá-los a prática dessa 
habilidade. Durante a pesquisa foi aplicada uma atividade na qual o professor conduz o 
exercício da fala, os estudantes enquanto assessorados mostraram-se interessados a essa 
prática. 
Porém, as condições desfavoráveis oferecidas pela escola como: as turmas 
numerosas o que dificulta o trabalho do professor quanto a assistir aos alunos em suas 
particularidades, isso é um fato que desestimula os estudantes. 
Não podemos entender por que e como as escolas públicas freqüentemente 
parecem produzir um processador gigante que esmaga e torna o ensino de língua inglesa 
numa ação penosa para os discentes, removendo toda a importância de se aprender uma 
língua estrangeira e dessa forma impedem que os alunos tenham uma visão diferente em 
relação à aprendizagem de uma segunda língua. 
Aprendizagem e produção de prática de conhecimento 
Quando você considera a escola como forma dinâmica de organização institucional, 
produzida por uma série complexa de práticas sociais interconectadas, a questão de 
inovação necessariamente é infalível aprodução de aprendizado e do conhecimento em 
ordem de mudança ou melhoramento, nos termos de Nicolini e Holt (2003, p.3). Todavia, 
isso requer o entendimento do relacionamento entre o conhecimento, aprendizagem e 
mudança nas organizações dos métodos de ensino. 
Stephan Krashen com a teoria de Assimilação Natural concluiu que a aquisição de 
segunda língua deveria ser baseada não só sobre as regras gramaticais, mas dando mais 
importância ao contato direto com situações nas quais os estudantes usem a linguagem 
para se expressarem e se comunicarem. Na teoria chamada Aquisição de Aprendizagem, 
argumenta -se que a gramática não é dispensável, mas tem pouca relevância na 
aprendizagem da linguagem, que o mais importante é se comunicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
13 
PANORAMA HISTÓRICO DA LITERATURA INGLESA 
 
A Idade Média: uma literatura se define 
A produção literária medieval era feita nos mosteiros e os nomes mais 
representativos são Beda: O Venerável (672-735) que escreveu em Latim a História 
Eclesiástica do Povo Inglês, os poetas Caedmon (século VII) e Cynewulf, que em 
inglês arcaico fizeram versos sobre temas como a história do velho e do novo 
testamento e a vida dos mártires e santos cristãos. 
Na temática religiosa antiga destaca-se Beowuf escrito por volta do ano 700. 
Trata-se de um herói de uma tribo escandinava e suas aventura se passam num 
período distante. O poema revela a sensibilidade de um povo com forte sentido de 
comunidade, que prezava seus guerreiros e as virtudes do Lord que os protegia, 
recebendo dele, em troca, total fidelidade. 
A partir de 1066 – invasão normanda – o dialeto francês ocupa lugar de 
destaque na ilha. O gosto literário é afrancesado, e os “romanescos recitados por 
menestréis”. Um dos exemplos mais conhecido desse gênero, o ciclo arturiano, 
narrando as aventuras do Rei Artur e os cavaleiros da távola redonda. Havia uma 
literatura em francês para a corte e uma literatura em inglês concentrada nas mãos 
da igreja como, por exemplo, o “Ormulum”, escrito no século XII com o objetivo de 
suprir as necessidades das almas das classes mais baixas. 
Na linha do entretenimento, havia para o povo as baladas, canções curtas 
narrando histórias de amor ou aventura de um herói. Um desses é Robin Hood, 
versão popular dos cavaleiros, heróis dos cavaleiros da corte. Outra forma de arte 
popular era a representação de peças sobre milagres ou mistérios da religião, 
escritos em inglês medieval. 
A partir da segunda metade do século XIV, destacam-se os poetas William 
Langrand (Piers Plowman, história de um homem que ao dormir tem visões da 
verdade) e Geoffrey Chaucer, que escreveu The Canterbury Tales, uma coleção de 
histórias onde critica diversos aspectos de sua sociedade como o clero devasso e a 
exploração do pobre pelo rico e repete a temática das alegorias do amor cortesão 
de obras anteriores. 
 
 
 
 
 
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14 
 
A Renascença: o limite a ser explicado 
A Renascença inglesa se inicia no século XII, mas é no Reinado de Elizabeth 
I, de 1558 a 1603, que ele produziu condições materiais favoráveis para o 
desenvolvimento intelectual. O nacionalismo colabora para que o latim seja 
suplantado pela língua inglesa. 
A poesia alegórica dá lugar a lírica com Sir. Thomas Wyatt, que trouxera da 
Itália o soneto, forma de expressão breve. A prosa ficcional se desenvolve e muitas 
traduções, historiografia e a ensaística em que brilha Sir. Francis Bacon (1561-
1626). Na linha pastoril narrativa a obra de maior destaque é “Euphues”, de John 
Lyly, um tratado de moral, onde cada incidente é usado como ocasião para um 
ensinamento. O teatro é o gênero de maior destaque nesta época sendo incentivado 
pela Rainha. Embora toda a literatura inglesa renascentista estivesse sujeita a uma 
rígida censura política, zelosa para que o pensamento oficial não fosse contestado. 
Em 1559, Elizabeth I proíbe peças teatrais cujo tema fosse a história inglesa, 
temendo-se referências indiretas ao presente, através do paralelismo histórico. Não 
é, portanto, na Dinamarca que Shekespeare localiza seu “algo de podre”. 
O primeiro tragediógrafo é Cristopher Marlowe. Seus temas eram a sede de 
poder, o poder do dinheiro e as tentações do saber. A comédia bilha na obra 
de Bem Jonson (1573-1637) com sátiras que não poupa poetas, advogados, 
mercadores, nobres hedonistas e os novos ricos provincianos. 
Suas peças mais famosas são Every Man In His Humour, Volpone e The 
Alchimist. O dramaturgo maior foi Willian Shakespeare, em cuja obra está muito de 
sua biografia. Suas primeiras obras não são dramáticas, são longos os 
poemas Vênus and Adonis e The Rape of Lucrece, dedicados ao seu patrono o 
Conde de Southampton. É possível que motivos financeiros levaram-no a ver 
melhores possibilidades no teatro. Num primeiro momento Shekespeare vai buscar 
assunto na história inglesa. 
Em suas comédias o poeta fala de emoções que somos capazes de 
reconhecer como nossas. Entre 1601 e 1608 Shekespeare escreve tragédias de 
intenso pessimismo em relação a vida como Hamlet, Hotel, MacBeth, King Le ar, 
Julius Cancer e Timon of Afins. Neste período o elemento trágico conhece profunda 
 
 
 
 
 
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exacerbação e a vida humana parece apenas como um conto narrado por um idiota, 
cheio de alarido e fúria, nada significando. 
Hamlet é uma história sensacionalista de assassinato, suicídio e loucura. É o 
estudo de uma personalidade dividida entreação e ponderação, é uma síntese do 
homem do século XVI, perdido entre os mandamentos da velha ordem medieval e 
de uma nova ordem humanista e que se reforça por ser racional. 
A partir de 1608, Shekespeare readquire, em parte, seu otimismo. Nas 
últimas peças que escreve – Péricles, Cymberline, The Winter’s Tale, The 
Tempest – ele volta a por em cena seu censo de humor, porém mais filosófico. O 
tema da resignação e do perdão é constante que podem ser reconhecidas como 
tragicomédias. É com ela que se despede dos palcos cinco anos antes de sua 
morte. Seu desinteresse se deve aos ataques violentos dos puritanos. 
 
O Século XVII: grande eloquência e sagacidade 
 
O gênero que mais se destaca é a poesia. Em 1611 a comissão de eruditos 
nomeados por Jaime I completou o trabalho da tradução da Bíblia em inglês que 
muito influenciou leitores e escritores britânicos. Na corte de Carlos I, antes da sua 
execução, pelos puritanos, cantava-se o amor em poemas livres, em que um 
cavalheiro louvava as belezas de sua dama e a convivência, com palavras corteses, 
atribuir seu amor galante. 
Um expoente da poesia da época, John Donne tinha a capacidade de 
transformar qualquer assunto em poesia. Escreveu inclusive poesia religiosa dando 
a impressão de discussão com Deus, temperado pelo medo e pela dúvida maior do 
que devoção sincera. 
John Milton (1608-1674) participou da luta entre puritanos e anglicanos e 
passou grande parte de sua juventude entre livros, o que explica seu intelectualismo 
e pouca simpatia às fraquezas humanas de sua poesia. 
Entre suas primeiras obras destaca-se Comus, peça de moralidade encenada 
em casas particulares, que revela sua visão de mundo: uma jovem virtuosa tentada 
pelos prazeres mundanos descritos pelo mágico Comus, resiste com as virtudes da 
 
 
 
 
 
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austeridade, que triunfa no final. São deste período Lycida, elegia pastoril e os 
poemas L’Alegro e Il Penseroso. 
Durante a Guerra Civil de 1642 a 1647, Milton escreve panfletos defendendo 
a causa puritana, o regicídio, o divórcio e a liberdade de imprensa. 
Após a restauração da República, Milton se dedica a poesia e 
escreve Paradise Lost – épico que narra a queda de Adão. Em seguida, 
escreve Paradise Regained – outro épico contando a vida de Cristo. Seu último 
trabalho foi Sanson Agoniste, herói bíblico, tentado pelos prazeres, mas lutando 
para manter seus princípios morais.A revolução puritana fracassou com a restauração da monarquia, mas mudou 
o espírito da Inglaterra. Novos tempos de tolerância, diminuição do poder do Rei e 
da Igreja. 
A Restauração e Século XVII: a razão e o artificialismo 
Depois da aventura republicana, o mais importante poeta da restauração foi 
John Drydem (1531-1700). Ele foi o primeiro saudar a nova era comparando-a ao 
ocorrido no Império Romano de Otávio Augusto César (31 A. C). 
Há em seus poemas uma preocupação com a forma, com a elaboração de 
versos nos quais a simplicidade e a elegância se unem em busca do equilíbrio. 
Seus cânones classicizantes influenciam a poesia do século XVII, especialmente, 
Alexandre Pope (1688-1700),o mais clássico dos poetas ingleses, com perfeição 
formal, mas com uma visão de mundo que deixa a desejar. 
O poema de Pope mais conhecido é The Rape of The Lock, em que satiriza 
os hábitos ridículos e pretensiosos da sociedade em que vive. 
Uma das primeiras providências de Carlos II foi a de reabrir os teatros 
fechados pelos puritanos. A melhor criação teatral dessa época foi comédia de 
costumes, com seus estereótipos – o velho solteirão e avarento, o herói debochado, 
a jovem rica e cheia de pretendentes. 
São de Sir Geoge Etherege (1635-1692) as primeiras comédias de costumes 
inglesas retratando o mundo galante e fútil das damas e cavalheiros da corte inglesa 
como é o caso The Man of Mode e Love in the Tub. 
Willian Congreve (1670-1729) atinge a perfeição da comédia de 
costumes. The Way of the World torna-o mais conhecido, com sua denúncia de uma 
 
 
 
 
 
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sociedade em que o esperto vence o honesto, o elegante derrota o simples e a 
obediência à convenção social é o único modo de um homem chegar ao sucesso. 
Richard Brinsley Seridan (1751-1816) é considerado um dos maiores 
comediógrafos ingleses. Sua técnica está bem representada em The School for 
Scandal, The Rivals, The Critic. 
A mais original comédia de costumes do século XVII é The Beggar’s 
Opera de John Gay (1685-1732) um misto de teatro e ópera. O teatro sai de cena e 
o romance caminha para o centro das atenções da literatura do século XIX. Desta 
época destaca-se Pilgrim’s Progress, de John Brunyan (1628-1688): uma alegoria 
sobre a trajetória docristão pelo mundo até chegar ao paraíso. Daniel Defoc (1660-
1731) é considerado como o primeiro romancista inglês. Ele foi jornalista e trouxe 
para a ficção a impressão de fato verdadeiro. Em Robin Crusue, Defoe nos mantém 
preso ao estilo documental com que narra as aventuras de um naufrágio numa ilha 
deserta. 
Jonathan Swift (1667-1745) satiriza o formalismo religioso. 
Samuel Richardson (1689-1761) introduz o romance no universo da arte. Sua 
primeira obra foi o romance epistolar “Pámela”. O público feminino reconhece na 
sua obra a sua própria condição. Com Clarissa, Harbowe, a burguesia e o romance 
iniciam um longo namoro, somente rompido com o experimentalismo formal do 
século XVII. 
Henry Fielding (1707-1754) é considerado o maior romancista. Escreveu 
Joseph Andrews e Tom Jones. O Romantismo: aventura da imaginação 
O poeta romântico foi individualista sem perder a visão do social. 
Uma voz prenunciava o romantismo na Inglaterra: William Blake (1757-
1827). Blake foi defensor da superioridade da imaginação, cujo exercício permitiria 
ao homem atingir a verdade; louvou as revoluções francesa e americana vendo 
nelas a redenção do homem prometido pela bíblia. Em The Marriage of Heaven and 
Hell estão seus provérbios contundentes, nos quais revela uma visão aguda dos 
males da sociedade. Em Song of Innocence e Song of Experience relata as duas 
faces experiência, do ponto de vista da criança, estágio ideal, e a do ponto de vista 
do adulto, em que predomina a mesquinharia e a repressão. Samuel Taylor 
Coleridge trouxe para o romantismo o exótico e o sobrenatural. Seus poemas dá 
total liberdade, compondo versos cheio de magia e mistério. Interessou-se também 
 
 
 
 
 
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pela filosofia e à crítica literária. George Gordon (1788-1824), mais conhecido como 
Lord Byron, é o protótipo da imagem libertária e aventureira. 
É um dos responsáveis pelo “mal do século”. Sua obra mais conhecida é 
Childe Harold’s Pelgrimage, onde relata suas peregrinações pela Europa. Sua obra 
prima é o poema Don Juan, onde critica a hipocrisia, a cobiça e a opressão que vê 
na sociedade da época Keats (1795-1821) foi o cantor inspirado da beleza de sua 
transitoriedade, da alegria e do amor. 
Sua poesia se destaca pela elegância dos versos e pelo sensualismo. A 
imortalidade do belo, como o canto do rouxinol, em Ode Tonightngaze, ou La Belle 
Dame Sans Merci. Neste a mulher fatal dos românticos é idealizadamente sedutora, 
é mais uma vez a causa da destruição do homem. Alguns veêm na Bella Dame a 
personalização da tuberculose que destrói o poeta aos 26 anos de idade. 
Walter Scott (1771-1832) iniciou sua carreira como poeta, mas consagrou-se 
como iniciador do romance histórico. Escreveu vários romances sobre a história do 
seu país, a Escócia, como Waverlay, The Bride of Lammermoor e Guy Manering. 
Jane Austen (1775-1817) descreve as casas dos nobres e abastados provincianos. 
Sua obra é aparentemente menos ambiciosa. Criou personagens reais com vícios e 
virtudes. O assunto de seus romances é trivial. Emma, Pride and 
Prejudice e Persuation podem ser descritoscomo as aventura de uma jovem a 
procura de um marido. 
 
A Era Vitoriana: o romance domina a cena 
Charles Didkins (1812-1870), o maior entre os vitorianos possui obra 
diversificada, caracterizada pelo humor e pala vida. A publicação em fascículos 
mensais deu à sua obra uma estrutura episódica. Em sua primeira obra, Pickwick 
Papaer, em que narra as aventuras quixotescas de Mr. Pickwick e seu impagável 
criado Sam Weller; a consciência do poder do mal em Oliver Twist; o 
sentimentalismo e a denúncia social nas aventura de David Copperfield, o ataque ao 
poder do dinheiro em Bleak House e Great Expectation (o mais estruturado de seus 
romances) 
As irmãs Bronte deram importante contribuição feminina ao romance inglês. 
Além de alguns poemas Emily escreveu um só romance, Wuthering Heights. 
 
 
 
 
 
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Charlote conheceu o sucesso com Villette, Shirley e Jane Eyre. Este último delineia 
a personalidade pragmática de Jane, a jovem governanta apaixonada pelo patrão e 
que pensas não ter ilusão. Sutilmente questiona alguns mitos da época. 
Alude a injustiça da posição da mulher instruída que só parece ser 
governanta. A poesia vitoriana foi influenciada por John Ruski (1819-1900) pensador 
que defendeu o culto do prazer estético. Entre esses poetas destaca-se Dante 
Gabriel Rossetti (1828-1882). Para ele, a poesia era a celebração do belo não 
havendo lugar para o discurso dos problemas da época. 
The Blessed Damozel é sua melhor obra. Também se destaca nos versos 
vitorianos Alfred Tennyson (1809-1892), o os Bowning, Robert eElizabeth. 
O Fim do Século: continuadores, opositores e profetas Com a morte da 
Rainha Vitória a cena literária sofre mudanças. Novas tendências influenciam e 
convivem com padrões consagrados. Os continuadores e os oponentes 
representam o que as denominações indicam: continuar ou criticar o espírito 
vitoriano. 
Os profetas são os artistas que mantenha uma afinidade com os pré-
rafaelistas ou uma George Eliot, preconizando novos rumos. Para o individualismo e 
a sensibilidade se apresenta o valor mais alto que o espírito social e moralidade. 
A literatura produzida por eles será mais consciente e artística, mais 
propriamente insular. Rudyard Kipling (1865-1936) poeta, contista e romancista e 
um continuador. Transparece em sua obra a certeza de que os grandes triunfos da 
era vitoriana não desaparecerão nunca e que nenhum preço é demais para garantir 
a supremacia britânica. Sua ideologia pode nos ferir a sensibilidade. 
ThomasHardy (1840-1928), romancista e poeta, pode ser considerado o 
último dos vitorianos pela cronologia. Porém, e um antivitoriano, enquanto despreza 
os valores da época que se extinguia, como o otimismo materialista e imperialista. 
Sua visão de mundo é pessimista, perpassada por um acentuado sentido trágico da 
vida. 
Entre os oponentes destaca-se Samuel Butler (1835-1902). Poucas das 
instituições vitorianas escaparam às suas irônicas investidas. Erewhon – anagrama 
de “nowere” é um dos seus maiores conhecidos romances, nele encontramos uma 
sátira a moda de Thomas More. 
 
 
 
 
 
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O “país” criadopor Butler é isolado do mundo e aí a religião é praticada nos 
bancos e todos o habitantes pensam da mesma maneira. 
Mas é no livro publicado postumamente – o grande romance The Way of All 
Flesh que a moralidade de Butler atinge em cheio os mais sagrados mitos 
vitorianos, ao analisar a hipocrisia de um pai de família que, ainda por cima é pastor 
anglicano. 
Os integrantes do movimento esteticismo são oponentes ao vitorianismo e os 
profeta enquanto defendem a arte pela arte. O maior representante desse 
movimento é Oscar Wilde (1854-1900). Poeta e pensador Wilde se destaca com o 
romance The Picture of Dorian Gray. Nele o herói hedonista, repetindo europeu 
de Fausto, vende sua alma em troca de preservação de sua beleza física. 
Condenado a prisão por homossexualismo, Wilde escreve De Profundis, em forma 
de longa carta. Para o teatro escreveu comédias como A Waman of No Importance 
e The Importance of Being Earnest. 
Falar em teatro é falar de George Bernad Shaw (1856-1950). Fez defesa 
apaixonada ao individualismo em ensaios e peças. Foi socialista e um dos 
fundadores da Fabian Society. Modernizou o mito de Pigmaleão. 
O teatro irlandês teve grande influência no desenvolvimento do teatro 
moderno na Inglaterra. Uma grande expressão do romance como grande arte 
foi Joseph Conrad (1857-1824). Publica seu primeiro romance Almayer’s Folly, aos 
40 anos de idade. Em Lord Jim e The Heast of Darkness, Conrad usa o mar e as 
viagens como meio de exploração do maior dos mistérios: o homem. 
Há muitos romancistas no período como H. G.Wells (1866-1946) criou a 
moderna ficção cientifica, em obras The Time Machine, a fascinante história de um 
viajante no tempo. The War of The Worlds, que trata da invasão de marcianos. 
Samerset Mougham (1874-1965) é exemplo do desapreço que a crítica começa a 
dedicar a romancistas que têm grande sucesso de público. 
E. M. Forster (1874-1970) é o autor de Aspects of the Novel, um agradável e 
inteligente estudo do romance, gênero em que também se destacou como 
autor. Forster fecha o período do romance pós-vitoriano que se iniciou 
com Kipling. Em seu melhor romance, A Passage to Índia, Forster revela uma 
atitude anti-imperialista e contrária ao autoritarismo, ao retratar o conflito entre o 
indiano Dr. Aziz, e as convenções da sociedade inglesa colonialista. Questiona-se ai 
 
 
 
 
 
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o império louvado por Kipling e profetiza-se uma atitude de ênfase no indivíduo 
como medida do mundo. Continuadores, oponentes e profetas deixaram sua marca 
na literatura inglesa. 
 
O Século XX: variedade e complexidade 
 
A grande figura da nova poesia é T. S. Eliot (1888-1965), poeta, crítico, 
dramaturgo. Em sua poesia há aliança da superficialidade e da seriedade que 
louvara na poesia de John Done. Suas imagens são complexas e ao mesmo tempo 
um tom de conversação usando palavras comuns. Seus poemas mais significativos 
são: Prufrock na Other Observation, livro publicado em 1917, The Lost Song of J. 
Alfred Prufrock, em que enfatiza a frustração e a trivialidade da vida individual num 
mundo onde impera a decadência. 
A obra máxima foi publicada em 1922 com o título The Waste Land. Esse 
longo e complexo poema não segue uma organização rígida, e, desse ângulo reflete 
o caos do mundo moderno. 
Em 1927, o norte americano Eliot naturaliza-se inglês e converte-se ao 
anglicanismo e seus poemas passam a tratar dos problemas da fé e da significação 
do cristianismo numa era materialista em The Four Quartets. Mas a fé não o impede 
de uma diagnostico contundente sobre nossa época em The Hollow 
Men (1925). Cathedral, The Family Reunion, The Confidencial Clerk e The Elder 
Statiman. 
No século XX, com a expansão do público leitor o artista não compartilha 
mais com ele um conhecimento comum, ele não pode mais narra com autoridade de 
seus predecessores nem mesmo usar a mesma técnica sob pena de falsear a 
realidade. 
Virgínia Woolf (1882-1941) é um exemplo das novas características do 
romance. A voz cheia de autoridade do narrador convencional é substituída pelo 
registro de pensamentos e emoções dos personagens. Woolf notabilizou-se pelo 
emprego do fluxo de consciência, técnica narrativa que consiste na apresentação, 
na literatura, de padrões do pensamento humano que seja ilógico, não gramaticais e 
associativo. Grande parte das ações nos romances de Virginia Woolf se dá na 
 
 
 
 
 
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mente dos seus personagens. Mrs. Dalloway, por exemplo, passa-se num só dia e 
há pouca ação. Em To The Lighthou, onde tudo gira em torno da possibilidade de 
um passeio da família Ramsay a um farol não podemos dizer que existe ação no 
sentido convencional. 
O que preocupa a autora é a buscado sentido da vida assim como o fluir do 
tempo. Em seus romances a sequencia temporal é quebrada e o passado coexiste 
com o presente na consciência da autora. 
James Joyce (1882-1941) moderniza o romance a ponto de tornar sua leitura 
dificílima. Em Finnegans Wake procura reproduzir a estrutura de um sonho: 
palavras são distorcidas juntadas umas às outra, o ritmo é tão importante quanto à 
poesia. 
Em Ulisses, Joyce reúne os temas da sua cidade. Tudo se passa em Dublin, 
no dia 16 de junho de 1904. Foi um escândalo literário, não só pela audácia das 
formas como pela franqueza com tratava os pensamentos mais íntimos dos 
personagens, expostos claramente no registro do fluxo de suas consciências. 
H. Lawrence (1885-1930) revolucionou o romance especialmente pela concepção 
de mundo. 
Nos romances como Lady Chatterley’s Lovers, The Rainbow e Women in 
Love, a paixão e o sexo são visto como a única defesa possível da vida contra as 
forças destrutivas da civilização. Em Sons and Lovers, trata do amor edipiano. 
Aldous Husley (1894-1963) captou bem certos aspectos do mundo entre guerras, 
onde já se dera a ruptura da estabilidade otimista vitoriano. 
O progresso científico é visto criticamente, para quem a ciência não poderá 
nunca eliminar a tolice do homem. Brave New World passa uma visão de um futuro 
em que a tecnologia acabou com o sofrimento, mas também com a grandeza do 
homem. 
George Orwell (1903-1950) escreveu, inicialmente, romance de cunho social 
enfocando aspectos da realidade dos anos 30. 
Seu último romance–1984- é uma previsão de um futuro sonbrio, com um 
Estado totalitário fiscalizando tudo. 
O poeta mais representativo desse período é W. H. Auden (1907-1973). 
Auden foi capaz de dar voz à atmosfera de seu tempo, trazendo a vida política para 
a poesia. Suas melhores obras são: The Age of Anxiety e None. 
 
 
 
 
 
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O Pós-guerra: admirável mundo novo 
 
Terminada a guerra, a economia inglesa estava destruída e só foi se 
refazendo aos poucos com a ajuda norte-americana. O lento aquecimento da 
economia impacientava os jovens. Reagindo a esse estado de coisa, aparece na 
literatura inglesa um grupo de jovens romancistas, teatrólogos e poetas chamados 
de “Angry Young Man”. 
Considera-se Lucky Jim (1954) de Kingsley Amis, como o primeiro romance 
angry. Jim é um anti-herói, protótipo dos que aparecerão em muito dos romances 
dos jovens irados. É um professor que vê frustrado seus desejos de ascensão 
social. Para escapar do sistema que o bloqueia, depois de perceberque seus 
ataques contra ele são inúteis, Jim opta pelo casamento com uma jovem rica. 
O romance Saturday Night ande Sunday Morning (1958), de Alan Selletoe dá 
uma visão do proletariado inglês que sofre com as injustiças sociais do pós-guerra. 
O único teatrólogo angry de importância é John Osborne. Sua intensa expressão 
dramática é encontrada já na sua primeira peça Look Back in Anger (1956), com 
seu atormentado Jimmy Porter, vítima das transformações por que passava a 
sociedade inglesa. Em peças posteriores como Luther (1961) ou A Patriot For Me, 
Osborne deixa delado sua ira contra as causas da problemática econômica e social 
e dedica-se mais aos conflitos de caráter pessoal como a solidão ou a coerência 
ideológica, já se afastando do teatro tipicamente angry. 
Na poesia os jovens irados propunham a volta aos temas tradicionais e a 
linguagem despojada. Destaca-se Philip Larkin, com seu The Less Deceived (1965) 
denuncia os perigos do engajamento político. 
Aos poucos, a situação da sociedade inglesa foi se atenuando. Convivendo 
com os jovens irados muitos já ignoravam sua postura continuando na direção que a 
literatura tomara antes da guerra ou apontavam-lhe novos rumos. 
Os principais romancistas que escrevem antes e durante e depois dos jovens 
irados, destacam-se Evelyn Waugh e Graham Greene. 
 
 
 
 
 
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A mais importante figura da literatura inglesa atual, Doris Lessing, tem se 
mostrado uma ficcionista fecunda, tendo produzido até ficção científca, na série 
Canapus in Argos: Archives. De tendência socialista, já une esse temas em seus 
primeiros romances, como a trilogia Children of Violence, iniciada em 
1952. Lessing também se preocupa com a condição da mulher em nossa 
sociedade, em romances como The Golden Notebook (1962) ou The Summer 
Before the Dark (1973). 
Antony Burgess revela suas preocupações com temas sociais. Seus 
romances The Enemy in the Banker (1958) e Beds in the East tratam do fim do 
império britânico. Em A Clockwork Orange (1961),Burgess faz considerações a 
respeito da natureza da liberdade humana. 
O teatro percorre diversos caminhos, entre os quais sedestaca o teatro do 
absurdo, cujo maior representante é Samuel Beckett. Sua peça mais conhecida 
é Waitting for Godot (1953), uma contundente análise da condição humana atual. 
Dois mendigos esperam pelo misterioso Godot, numa metáfora ao desespero do 
homem em sua inútil espera de algo que lhe dê sentido à vida. Também a esse 
teatro pertence Harold Pinter. Em peças como The Caretaker (1960), The Collection 
(1962) ou Old Time (1960), Pinter tem abordado dilemas de nosso tempo como a 
alienação, o isolamento e falta de comunicação entre as pessoas. 
O engajamento político volta em cena, especialmente com Arnold Wesker. 
Em Chidken Soup with Barley (1958), trata da luta de classe e em Old 
Time (1961) analisa os males do capitalismo. O teatro épico e seu convite a que a 
plateia participe da peça refletem a influência de Brecht. Robert Bold, com A Man 
For All Seasons (1961), discute o problema da integridade e da coerência 
ideológica. 
Peter Shaffer, em The Royal Hunt of the Sun (1965), discute as 
incompreensões resultantes do contato entre valores culturais diferentes. Os 
conflitos psicológicos, tão característicos de nosso tempo, estão presentes 
em Equus (1962). 
 
 
 
 
 
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A poesia tem conhecido diversas manifestações, como a continuação da 
tradição romântica com Dylan Thomas, ou as experiências concretistas de Jan 
Hamilton Finlay. 
Ted Hughes tem produzido uma poesia que reflete a angústia do homem 
atual. Seu poema mais famoso é Crow (1970), em que rejeita a irracionalidade e a 
violência, em que rejeita os valores de nossa civilização. 
 
 
LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XVIII 
A narrativa inglesa do século XVIII conta com duas obras fundamentais da 
literatura universal: Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe (1660-1731), e as 
Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift (1667-1745). Longe de as 
escreverem como relatos de aventuras ou narrativas infantis, ambos os autores as 
conceberam como obras moralizadoras e satíricas destinadas a adultos. 
O inicio da novela moderna de cunho burguês teve lugar com o surgimento 
de Pamela ou A virtude Recompensada (1740), de Samuel Richardson (1689-1761), 
sob a forma de cartas moralizadoras, mas dotadas de uma grande introspecção 
psicológica. As novelas satíricas, realistas e vigorosas de Henry Fielding (1707-
1754), especialmente Tom Jones (1749), marcam um importante avanço no 
panorama da narrativa deste século. 
As Viagens de Gulliver, atraente para crianças e adultos pela sua aparente 
moldura de viagem fantástica ao país dos anões, dos gigantes ou dos cavalos, é, na 
realidade, uma amarga sátira contra os usos, costumes e instituições da sociedade. 
 
LITERATURA INGLESA ROMANTISMO 
 
A mudança da paisagem da Inglaterra trazida pela máquina a vapor teve duas 
consequências mais significativas: o crescimento explosivo da industrialização com 
a expansão das cidades, e a consequente queda da população rural como resultado 
 
 
 
 
 
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da limitação ou privatização dos pastos. Muitos dos camponeses dirigiram-se para 
as cidades para trabalhar nas novas fabricas. 
Esta abrupta mudança é revelada pela mudança de cinco palavras: industry 
(que significava "criatividade"), democracy (que era utilizada como desprezo como 
"multidão"), class (agora também usada com uma conotação social), art (que 
significava "artesanato"), culture (que se referia somente a fazendas). 
Mas as pobres condições dos trabalhadores, os novos conflitos de classe e a 
poluição ambiental causada como consequência do urbanismo e industrialização 
levam os poetas a redescobrir as belezas e valores da natureza. Mãe terra é vista 
como a única fonte de conhecimento, a única solução problemas causados pelas 
maquinas. 
A superioridade da natureza e instinto sobre civilização foi pregada por Jean 
Jacques Rousseau e sua mensagem foi adotada por quase todos os poetas 
Europeus. Os primeiros Ingleses foram Lake Poets, um pequeno grupo de amigos 
incluindo William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. Estes novos Poetas 
Românticos trouxeram uma nova emoção e introspecção, e seu surgimento marcou 
o primeiro manifesto romântico na literatura Inglesa, O Preface to the Lyrical 
Ballads. Esta coleção se deveu mais da contribuição de Wordsworth, embora 
Coleridge deva ser creditado seu longo e impressionante Rime of the Ancient 
Mariner, uma trágica balada sobre um demônio que primeiro mata e então possui 
um grupo de marinheiro em um bote nos mares do sul. 
Coleridge e Wordsworth, porem, compreendiam o romantismo de duas 
maneiras inteiramente diferentes: enquanto Coleridge procurava tornar o real 
sobrenatural (muito parecido com filmes de ficçãocientífica que usam efeitos 
especiais para tornar coisas impressionantes criveis), Wordsworth procurava 
mesclar a imaginação dos leitores através de figuras bem terra a terra retirada da 
vida real (por exemplo, no The Idiot Boy), ou na beleza de Lake District que inspirou 
profundamente suas produções (como em Tintern Abbey). 
A "Segunda geração" de poetas românticos incluem Lord Byron, Percy 
Bysshe Shelley, Mary Shelley e John Keats. Byron, contudo, era ainda influenciado 
por sátiras do século 18 e era, talvez o último 'romântico' dos três. Seus amores 
 
 
 
 
 
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com um número proeminente de senhoras casadas era também um modo de 
verbalizar sues dissentimento da hipocrisia de uma alta sociedade que esta 
aparentemente religiosa mas de fato altamente libertina, a mesmo que tinha 
ridicularizado sua condição física. 
Sua primeira viagem para Europa resultou em seus dois primeiros cantos 
de Childe Harold's Pilgrimage, um épico anti-herói das aventuras de um rapaz na 
Europa, mas também uma refinada sátira da sociedadeInglesa. A despeito do 
sucesso de Childe Harold' no seu retorno para Inglaterra, acompanhado pela 
publicação de The Giaour e The Corsair seu alegado romance incestuoso com sua 
meia irmã Augusta Leigh em 1816 acabou forçando-lhe a deixar a Inglaterra para 
seu bem e buscar asilo no continente. Onde ele juntamente com Shelley, sua 
esposa Mary, com seu secretário John Polidori nas praias do Lago Geneva em 
1816. 
Embora seja justamete uma cura história, Polidori deve ser considerado 
creditada para introdução de TheVampire para literatura Inglesa. Shelley, como 
Mary, tinham muito em comum com Byron: Ele era um aristocrata de uma família 
famosa e antiga, tinha abraçado o ateísmo e o livre pensar, como ele, tentando 
escapar de escândalos na Inglaterra. 
Percy Shelley foi expulso da Universidade de Oxford por declarar 
abertamente seu ateísmo, no tratado "A Necessidade do Ateísmo", e da Inglaterra 
por defender a independência da Irlanda. Em 1811, com 19 anos, Shelley se casa 
com Harriet Westbrook, de quem ele iria se separar, três anos depois, para se casar 
com Mary (Harriet tirou sua própria vida após isto). 
Depois do nascimento da primeira filha do casal, Harriet não dava atenção 
aos interesses de Shelley. Mary era diferente: filha de William Godwin, um filosofo e 
revolucionário, ela compartilhava de seus ideais, era um poeta, e uma feminista 
como sua mãe, Mary Wollstonecraft, características que faltavam em Harriet. 
Manteve um caso com Mary, com quem mais tarde tornaria pública a união. 
O melhor livro de Shelley foi Ode to the West Wind. A despeito de sua aparente 
recusa em acreditar em Deus, este poema é considerado uma homenagem ao 
panteísmo, o reconhecimento de uma presença espiritual na natureza. 
 
 
 
 
 
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Mary Shelley não voltava na história para sua poesia, mas para dar o nascimento 
a ficção científica: o desenho para um romance é dito ter vindo de um pesadelo 
durante uma tempestade noturna no lago Geneva. 
Sua ideia de fazer um corpo com partes humanas roubadas de diferentes 
corpos e então anima-locom eletricidade foi talvez influenciado pela invenção 
de Alessandro Volta e experimento de Luigi Galvani com sapos mortos. A história 
requentada de Frankenstein também sugere modernos transplantes de órgãos, 
regeneração de tecidos, lembrando-nos das implicações morais levantadas pela 
medicina de hoje. 
Mas a criatura Frankenstein é também incrivelmente romântica. Embora "o 
mostro” seja inteligente, bom e apaixonado, ele é evitado por todos devido a sua 
feiura e deformidade e o desespero que resulta da exclusão social o torna em uma 
maquina assassina que eventualmente mata seu próprio criador. 
Provavelmente John Keats não compartilhava os ideais revolucionários de Byron e 
Shelley, mas seu culto do panteísmo e tão importante quanto para Shelley. Keats 
era apaixonado pelas antigas pedras do Parthenon que Lord Elgin tinha trazido 
para Inglaterra da Grécia, também conhecida como a Mármores de Elgin. 
Ele celebrava a Grécia antiga: a beleza da liberdade de casais de jovens 
amantes como aqueles da arte clássica. A grande atenção de Keats para arte, 
especialmente em sua Ode on a Grecian I é algo muito novo no romantismo, e isto 
irá inspirar a crença de Walter Pater e então de Oscar Wilde no valor absoluto da 
arte como independente da estética. 
Jane Austen Escreveu romances sobre a vida da classe rural, vista do ponto 
de vista de uma mulher, e de maneira irônica focada em práticas sociais, 
especialmente focadas em temas sociais, especialmente o casamento e o dinheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
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CONCLUSÃO 
Já em atenção ao que foi visto, percebe-se que o ensino de literaturas, a 
priori, as de língua inglesa, assume sempre suma importância, pois além de se 
desenvolver a comunicação, o desenvolvimento crítico dos leitores, criar 
mecanismos linguísticos para a interação comunicativa, possibilita o conhecimento 
de uma nova cultura. 
Assim, compreendemos que tanto os clássicos quanto as novas ficções, 
estas infelizmente não aceitas como literatura por muitos críticos modernos, vem 
contribuir e subsidiar a aprendizagem e ampliar o conhecimento de mundo tanto de 
estudantes do ensino médio quanto de estudantes do curso de Letras de língua 
inglesa. 
Ao longo deste trabalho, foi possível perceber as fortes influências 
socioculturais que as literaturas exercem nos ambientes humanos. Realizá-lo, 
impulsionou-nos de forma objetiva a buscar e compreender vertentes que fazem das 
literaturas, fator de suma importância, uma vez que estão ligadas comunicação e 
linguagem humana. 
Como resultado da pesquisa realizada, pôde-se inferir que as literaturas de 
língua inglesa podem criar diversas identidades culturais em estudantes do Ensino 
Médio, tornando os indivíduos capazes de socializarem-se como agentes sociais de 
seus próprios grupos e de novas comunidades pelo mundo. Portanto, o ensino de 
literaturas de uma nova cultura, neste caso da língua inglesa, para com os 
estudantes tem o poder de fazer interagir, participar e formar seres sociáveis e 
críticos. 
Enfim, pretendeu-se que este trabalho proporcionasse de forma sintética, 
objetiva e estruturante, entender a notória importância das literaturas enquanto fator 
que interfere e modela os aspectos que dizem respeito ao homem e a sua 
sociedade, desde a própria percepção dele como ser social até seu maior 
introspecção com o mundo e seus semelhantes a sua volta. 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
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REFERÊNCIAS: 
 
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1997. 
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Resource book of ideas and activities. Cambridge: Cambridge University Press, 
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LAZAR, Gillian. Literature and Language Teaching: a guide for Teachers and 
Trainers. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. 
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PRADO, Clara Versiani dos Anjos. Leitura de clássicos e produção de resenhas em 
um curso de administração. Disponível em acesso em 15/03/2012. 
RAMOS, Heloísa Cerri. Machado de Assis, um clássico para todos. Edição 215. 
Setembro 2008. Disponível em Acesso em 23/04/2012.

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