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aula 3 DIP_protozoa I

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UNINASSAU- NATAL, RN
Curso Graduação em Enfermagem
Disciplina: Cuidados integrais ao paciente com doenças infecto-parasitárias
Profa Me. Michele Garcia
Doenças causadas por protozoários parte I: Toxoplasma gondii e Plasmodium sp.
Toxoplasmose 
Sinonímia: doença do gato
Agente etiológico: Toxoplasma gondii (protozoário)
Reservatório: felinos.
A Toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita, causada por protozoário. Apresenta quadro clínico variado, desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves. Do ponto de vista prático, é importante fazer uma distinção entre as manifestações da doença.
Período de incubação: 10 a 23 dias.
Modo de transmissão: passivo per oos através da ingestão de alimentos contaminados com oocistos do parasita.
SINTOMAS
Os sintomas normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos. 
Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação e convulsões.
Toxoplasmose febril aguda
A infecção inicial é assintomática. Porém, em muitos casos, pode generalizar-se e ser acompanhada de exantema. Às vezes, sintomas de acometimento pulmonar, miocárdico, hepático ou cerebral são evidentes. As lesões resultam da proliferação rápida dos organismos nas células hospedeiras e, quando há manifestações clínicas, essas têm evolução benigna. Há casos em que ocorrem pneumonia difusa, miocardite, miosite, hepatite, encefalite e exantema maculopapular. 
Linfadenite toxoplásmica
 Geralmente, o quadro se caracteriza por linfadenopatia localizada, especialmente em mulheres e, em geral, envolvendo os nódulos linfáticos cervicais posteriores ou, mais raramente, linfadenopatia generalizada. Esse quadro é capaz de persistir por 1 semana ou 1 mês e pode assemelhar-se à mononucleose infecciosa, acompanhada por linfócitos atípicos no sangue periférico. A linfadenite regional pode estar relacionada à porta de entrada, durante a síndrome febril aguda
Toxoplasmose ocular
A coriorretinite é a lesão mais frequentemente associada à Toxoplasmose e, em 30 a 60% dos pacientes com esta enfermidade, a etiologia pode ser atribuída ao toxoplasma. Dois tipos de lesões de retina podem ser observados: a retinite aguda, com intensa inflamação, e a retinite crônica, com perda progressiva de visão, algumas vezes chegando à cegueira. 
Toxoplasmose neonatal
Resulta da infecção intra-uterina, variando de assintomática à letal, dependendo da idade fetal e de fatores não conhecidos. Os achados comuns são prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia. Se a infecção ocorreu no último trimestre da gravidez, o recém-nascido pode apresentar, principalmente, pneumonia, miocardite ou Hepatite Com icterícia, anemia, plaquetopenia, coriorretinite e ausência de ganho de peso, ou pode permanecer assintomático. Quando ocorre no segundo trimestre da gestação, o bebê pode nascer prematuramente, mostrando sinais de encefalite com convulsões, pleocitose, do líquor e calcificações cerebrais. Pode apresentar a tétrade de Sabin: microcefalia com hidrocefalia, coriorretinite, retardo mental e calcificações intracranianas.
O ciclo do toxoplasma gondii
Formas evolutivas do Toxoplasma gondii
Toxoplasmose no imunodeprimido
Os cistos do toxoplasma persistem por período indefinido e qualquer imunossupressão significativa pode ser seguida por um recrudescimento da Toxoplasmose. As lesões são focais e vistas com maior frequência no cérebro e, menos frequentemente, na retina, miocárdio e pulmões. As condições mais comumente associadas a essa forma são aids, doença de Hodgkin e uso de imunossupressores.
Diagnóstico da toxoplasmose
TORCH
Biópsia de cisto tecidual
Tomografia computadorizada
Exame clínico.
Tratamento para toxoplasmose
Gestante - Utilizar Espiramicina, 750 a 1.000mg, VO, a cada 8 horas, ou Clindamicina, VO, na dose de 600mg a cada 6 horas. Na forma ocular, para reduzir a necrose e a inflamação e minimizar a cicatriz, utiliza-se 40mg/dia de Prednisona, por uma semana, e 20mg/dia, por outras 7 semanas. Está contra-indicado o uso de Pirimetamina no 1º trimestre de gravidez, pois é teratogênica, e de Sulfadiazina, no 3º trimestre, pelo risco de desenvolver kernicterus.
Kernictericus: também conhecido como encefalopatia bilirrubínica, é uma complicação rara de hiperbilirrubinemia na infância, ocorrendo quando são atingidos níveis séricos superiores a 20 mg/dL no neonato a termo ou até mesmo valores menores em prematuros, resultando em depósito de bilirrubina nos globos pálidos, núcleos subtalâmicos, hipocampo, putâmen, tálamo e nervos cranianos (principalmente III, IV e VI)(6). Os sintomas incluem sonolência, hipotonia, opistótono, rigidez e convulsões.
Orientações quanto a toxoplasmose
Evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos (caprinos e bovinos); eliminar as fezes dos gatos infectados em lixo seguro; proteger as caixas de areia, para que os gatos não as utilizem; lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada; evitar contato de grávidas com gatos.
NÃO É DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!!!!!!
Malária 
Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoário transmitidos por vetores. O quadro clínico típico é caracterizado por febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese profusa e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Em alguns pacientes, aparecem sintomas prodrômicos, vários dias antes dos paroxismos da doença, a exemplo de náuseas, vômitos, astenia, fadiga, anorexia. Inicialmente apresenta-se o período de infecção, que corresponde a fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cansaço e mialgia.
Sinonímia: paludismo, terçã benigna, impaludismo, maleita, tremedeira entre outros.
Agente etiológico: No Brasil, três espécies de Plasmodium causam Malária em seres humanos: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. A Malária por Plasmodium ovale é africana.
Vetor: Anopheles Darling (flebotomíneo).
Anopheles Darling é um mosquito de regiões subtropicais e tropicais, utilizando águas mais profundas para procriação, atacando humanos no período crepuscular.
Índice de casos de malária no Brasil.
Modo de transmissão: através da picada do mosquito ou congênita
Período de incubação:- Varia de acordo com a espécie de plasmódio: P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, de 13 a 17 dias; P. malariae, de 18 a 30 dias.
Período de transmissibilidade: O mosquito é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametócitos circulantes. Os gametócitos surgem, nacorrente sanguínea, em períodos variáveis: de poucas horas, para o P. vivax, e de 7 a 12 dias, para o P. falciparum. 
Formas evolutivas do Plasmodium sp
Esporozoítas: São organismos alongados que medem, em média, 11 pm de comprimento por 1 pm de diâmetro e têm extremidades afiladas.
Merozoítas 
Tanto os que são produzidos na fase pré-eritrocítica, como os resultantes das esquizogonias sanguíneas, são similares e não podem invadir senão hemácias. 
Trofozoíta sanguíneo
No interior das hemácias, observa-se o mesmo processo de desdiferenciação do merozoíta, conduzindo à produção de um trofozoíta amebóide, que emite pseudópodes ora grossos, ora finos e laminares,
Esquizonte 
Célula multinucleada em alguns esporozoários, formada pelo crescimento de um trofozoíta em uma célula do hospedeiro e que se segmenta diretamente em merozoítas. 
Tipos de malária
Terçã benigna- febre a cada 48h
Terçã maligna- febre a cada 48h onde essa elevação da temperatura vem acompanhada de contração muscular, rigidez na mandíbula, insuficiência dos órgãos do corpo e pode levar o indivíduo à morte.
Quartã- febre a cada 72 horas
Sintomatologia 
Três fases podem ser reconhecidas no curso de um paroxismo ou acesso malárico típico:
1) Calafrios marcam a primeira fase. O paciente é rapidamente invadido por forte sensação de frio que o faz buscar cobertores e toda sorte de agasalhos. Esse frio é, no entanto, puramente subjetivo, porque sua temperatura já entrou em ascensão. Mas nada pode aliviá-lo e, ao agravar-se o quadro, o doente fica pálido, cianótico, a pele iria, enquanto os dentes começar a bater e todo o corpo é sacudido por tremores de frio intensos e incontroláveis. O pulso toma-se rápido e fino, podendo sobrevir náusea e vómitos. Depois de 15 minutos a uma hora o frio passa. Começa a segunda fase.
2ª fase da malária
Sensação de calor, o rosto afogueado e cefaléia intensa marcam o novo quadro. A temperatura alcança 39 a 40°C, podendo chegar a 41°C. O pulso agora é cheio, amplo; a pele, quente e seca. Ondas de calor fazem o paciente pedir a retirada das cobertas. Em alguns casos há delírio. A situação permanece estacionária por duas a quatro horas. Algumas vezes mais.
3ª fase da malária
Finalmente, a sudorese aparece, ao mesmo tempo que a temperatura cai. A pele úmida logo é regada por abundante transpiração que empapa a roupa do paciente e molha os lençóis. Passa a dor de cabeça, e uma sensação de alívio substitui o mal-estar anterior. Como resíduo da crise, o doente pode manifestar certo grau de fadiga ou, então, recuperar-se totalmente. Por vezes, retoma o trabalho como se nada houvesse sucedido. O intervalo apirético dura até que se complete um ciclo esquizogônico nas hemácias, repetindo-se o mesmo quadro no terceiro dia, ou seja, dia sim, dia não, no caso de infecção por P. vivax ou P. ovale, e a cada 72 horas nas infecções por P. malariae.
Na terçã benigna, observa-se algumas vezes um ritmo cotidiano. As crises sobrevêm cada 24 horas, o que indica a existência de dois ciclos eritrocíticos independentes e alternados no tempo: um completando-se nos dias ímpares, outro, nos dias pares. O ritmo cotidiano representa, pois, a soma de dois ciclos normais, cada qual com seu intervalo de 48 horas. Se um dos ciclos desaparecer, a curva térmica passará a ser típica. Também na terçã maligna e na quartã podem ocorrer ritmos aditivos. Nesta última, três ciclos, cada um atrasado de 24 horas em relação ao outro, dão em resultado uma febre diária. O ciclo do P. falciparum é menos sincronizado que os demais, visto que as esquizogonias se realizam com intervalos variáveis de 36 a 48 horas. Por isso a febre é com frequência irregular, e os paroxismos, mais demorados que nos outros casos.
Diagnóstico diferencial da malária
Febre tifóide, febre amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, calazar, doença de Chagas aguda e outros processos febris. Na fase inicial, principalmente na criança, a Malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos respiratório, urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre intermitente, pode ser confundida com infecções urinárias, tuberculose miliar, salmoneloses septicêmicas, calazar, endocardite bacteriana e leucoses. Todas apresentam febre e, em geral, esplenomegalia. Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia.
Diagnóstico clínico
Gota espessa
Esfregaço delgado
Teste rápido para detecção de componentes antigênicos do Plasmodium. 
Tratamento para malária não complicada 
Tratamento para malária complicada- febre terçã malígna
A Malária grave deve ser considerada uma emergência médica. Portanto, a permeabilidade das vias aéreas deve estar garantida e os parâmetros da respiração e circulação avaliados. Se possível, o peso do paciente deve ser aferido ou estimado, para facilitar os cálculos dos medicamentos a serem administrados. Um acesso venoso adequado deve ser providenciado e as seguintes determinações laboratoriais solicitadas: glicemia, hemograma, determinação da parasitemia, gasometria arterial e parâmetros de função renal e hepática. Exame clínico neurológico minucioso deve ser realizado, com especial atenção para o estado de consciência do paciente, registrando-se o escore da escala de coma (por exemplo, a escala de Glasgow). 
Complicações 
Adultos não imunes, bem como crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção, podendo ser fatal no caso de P. falciparum. Infecções por P. vivax e P. malariae são geralmente benignas e os raros casos relatados de morte por essas espécies ocorreram em função de complicações peculiares, como a ruptura espontânea do baço ou concomitância com outra entidade patológica de evolução fatal. Qualquer doente que, em consequência da Malária, esteja inapto a receber medicação oral, apresente algum grau de disfunção orgânica ou apresente parasitemia elevada encontra-se sob risco de morrer por uma das complicações da doença. O aparecimento de hipertermia, forte cefaleia, sonolência, convulsões, anemia intensa, dispneia, vômitos repetidos, insuficiência renal aguda, edema pulmonar agudo, hipoglicemia, disfunção hepática, hemoglobinúria (hemólise intravascular aguda maciça), hipotensão arterial, oligúria, icterícia, distúrbio da consciência e choque constituem sinais clínicos de alerta de Malária grave.
Bibliografia 
BRASIL. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
REY, Luíz. Parasitologia: Parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos ocidentais. 4ª ed, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 2008.

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