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LEISHMANIOSE VISCERAL E TEGUMENTAR


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Camila Gondo Galace – Infectologia (Gaggini) 
LEISHMANIOSE VISCERAL E TEGUMENTAR
LEISHMANIOSE VISCERAL (Calazar)
Infecção zoonótica que afeta animais e o ser humano, causada por protozoário do gênero Leishmania sp.
- transmitida por várias espécies de insetos vetores conhecidos como flebotomínios
- e uma das 6 doenças mais endêmicas do mundo
- alta mortalidade em indivíduos não tratados e crianças desnutridas e emergente em indivíduos portadores de infecção de HIV
- tem ampla distribuição geográfica, ocorrendo na Ásia, Europa, Oriente médio, África e Américas.
• A leishmaniose tegumentar não evolui para forma visceral, são parasitos diferentes que provocam cada forma da doença.
ETIOLOGIA:
A principal etiologia da leishmaniose visceral é a leishmaniose chagásica.
EPIDEMIOLOGIA:
Flebotomínio suga o sangue do indivíduo e passa para a forma promastigota e depois amastigota.
A doença ataca o macrófago presente nessas estruturas: Medula óssea, baço, linfonodos (doença linfohematopoética) linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia.
· A manifestação da LV como doença associada à AIDS pode ocorrer após infecção primária por.......
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Homem: 10 dias a 24 meses, com , média entre 2 e 6 meses.
Cão: 3 meses a vários anos, média de
QUADRO CLÍNICO
Forma assintomática: detectada através de exames, que serão feitos em áreas de transmissão ou inquéritos epidemiológicos (busca ativa de casos).
Forma oligossintomática: desapercebida ou confundida com doenças oncológicas (linfoma), mal estar discreto, febre, anemia, diarreia, emagrecimento, adinamia, poucas alterações laboratoriais. 
Forma clássica: período inicial (febre diária – 15 a 21 dias, hepatoesplenomegalia, anemia discreta), período de estado (febre, anorexia, emagrecimento, desnutrição, palidez, tosse seca, hepatoesplenomegalia), período final (após 3 meses de evolução, pode chegar a óbito).
EXAMES COMPLEMENTARES
- hemograma (pancitopenia)
- AST/ALT
- albumina (hipoalbuminemia)
- globulina (hiperglobulinemia)
- glicemia
- sorologia 
- isolamento do parasito (baço 95% de parasito)
- mielograma (fígado 85% de parasito)
TRATAMENTO
Antimoniato de glucantime (primeria escolha): 15 ml/dia, durante 30 dias IM ou EV.
Anfotericinas B: lipossomal (vem preparada com solução lipídica, podendo usar em altas concentrações em volume de infusão menor, de 3 a 4 mg/kg), desoxicolato (no máximo 200 mg por dia, sendo necessário 1,5g – distribuídos em 20 dias).
A anfotericina é indicada somente quando há contraindicações para antimonato de glucantime: pacientes cardiopatas, crianças <10 anos e adultos >50 anos, pacientes com imunossupressão.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
FONTE DE INFECÇÃO – cães, equinos, muares, preguiça real, tamanduá, gambá, roedores selvagens
VETORES – flebotomínios (Lutzomya umbratilis (Amazônia) e Lutzomya flaviscutellata).
PARASITO - Leishmania braziliensis, Leishmania guyanensis.
PATOGÊNESE: Amastigotas ingeridas pelo flebótomo (4 a 7 dias) transformam-se em promastigotas e, posteriormente
CLÍNICA
- pápula eritematosa
- 1 a 4 semanas
- início adenopatia
- evolui para vesícula, pústula, crosta e úlcera (lesão bem delimitada, endurecida, borda mais elevada que no centro)
· Após o período de incubação de 1 a 4 semanas, inicia-se uma ou múltiplas lesões papuloeritematosa com adenopatia satélite, que evolui para vesícula, pústula, crosta e úlcera (lesão bem delimitada, com borda endurecida e infiltrada, e borda mais elevada que o centro da lesão, podendo ser recoberta por exsudato seroso ou soropurulento). As lesões mucosas geralmente surgem após dois anos da infecção, por disseminação hematogênica. Atinge o septo nasal, com eritema e discreta infiltração, seguido de processo ulcerativo, acometendo mucosas e faces laterais das asas nasais. Pode envolver lábio superior, palato, gengivas, língua e faringe. Na cavidade oral são úlceras vegetantes com granulações grosseiras, separadas por sulcos. 
Leishmaniose disseminada caracteriza-se por múltiplas lesões acneoides, acompanhadas de sintomas gerais, como calafrios, febre e mialgia. 
 Leishmaniose tegumentar difusa, causada pelo parasito L. amazonenses, é caracterizada por lesões múltiplas, do tipo queloidianas, com infiltração e ulceração na mucosa nasal, havendo destruição do septo
DX DIFERENCIAL: Úlcera varicosa, sífilis secundária e terciária, hanseníase virchowiana ou dimorfo virchorwiana, paraccoidomicose.
DIAGNÓSTICO
1. Pesquisa parasitos de esfregaço de lesões pela coloração de Giemsa
2. Reação de Montenegro
3. Histopatológico
4. ELISA
5. PCR
TRATAMENTO
Antimoniato de glucantine (3 semanas)
Anfotericina se houver contraindicação de glucantine
Questões:
1- B
2- Mielograma
3- E
4- C
5- B
6- Baço e mielograma

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