Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Camila Gondo Galace – Dermatologia (Lucas) PÊNFIGOS – Doenças Bolhosas PÊNFIGO FOLEÁCEO Não endêmico ou Cazenave – ocorrência universal, ocorrência familiar, pacientes na 4ª e 5ª décadas de vida. Endêmico ou Fogo selvagem – ocorrência familiar, adultos jovens e crianças. (BR) ETIOLOGIA Fatores ambientais: mimetismo antigênico pela produção de auto anticorpos pós picada de mosquitos hematófagos. Fatores genéticos: característica familiar. Fatores imunológicos: auto anticorpos. PÊNFIGO FOLEÁCEO ENDÊMICO QUADRO CLÍNICO - RN de mães portadoras de PF endêmico ou não, não apresentam lesões ao nascimento. - Bolhas superficiais com rupturas e erosões por todo o corpo - Não acomete mucosas SINAL DE NIKOLSKY + = pressão próxima a lesão há destacamento da pele. - Lesões iniciais em face, pescoço e superior do tronco que podem permanecer por meses ou anos. - Disseminação crânio-caudal - Há sensação de ardor ou queimação (fogo selvagem) - Pode haver confluência das erupções - Há sensibilidade aumentada ao frio e piora com a exposição solar - Alguns evoluem com a forma eritrodérmica predominando o eritema e descamação - Odor característico é como do paciente cheio de escamas DIAGNÓSTICO Suspeita clínica e histológico TRATAMENTO Inicial – corticoide oral (1 a 1,5mg/Kg/dia) - Cuidados gerais - ATB se necessário -Triancinolona nos casos resistentes a Prednisona PÊNFIGO VULGAR • Acomete mais indivíduos entre 4ª e 6ª década de vida • Os RN de mães com pênfigo vulgar podem apresentar QC ao nascimento (transitório). Passagem de AC através da placenta Pênfigo neonatal, desaparece em 3 meses QUADRO CLÍNICO - Geralmente tem início com formação de bolhas na cavidade oral e posteriormente na pele (bolha mais profunda, demora mais para se romper) - Sem tratamento as úlceras progridem levando a ulcerações, infecção e agravamento do estado geral ETIOLOGIA 1. Auto anticorpos contra Desmoglina B 2. Perda da adesão intercelular nas camadas suprabasais 3. Bolha intraepidérmico na camada de Malpighi DIAGNÓSTICO Clínico e histopatológico A clínica é soberana uma vez que os achados laboratoriais são muito semelhantes ao PF. · As lesões mucosas ocorrem em 90% dos doentes durante a evolução · As lesões mucosas são representadas por bolhas flácidas que se rompem formando erosões dolorosas e que sangram facilmente · As lesões mucosas dificultam a alimentação com comprometimento do estado geral SINAL DE NIKOLSKY: A fricção ou pressão exercida sobre a pele aparentemente normal, próxima a lesão, induz o descolamento epidérmico. · Lesões cutâneas podem ser localizadas ou generalizadas · As lesões evoluem com discromias (hiper ou hipocromia), sem cicatriz · A Pênfigo Vulgar é uma doença grave, crônica e com períodos de remissão e exacerbação podendo levar ao óbito se não tratada. COMPLICAÇÕES - Infecção, sepse, choque séptico - Desnutrição e caquexia - Acometimento do estado geral - Retardo do crescimento - Prematuridade e morte intrauterina TRATAMENTO Corticóide 1-2mg/Kg/dia Corticóide IM simultaneamente nos casos mais graves Cuidados gerais: banhos de KmNO₄, pomada de ATB, ATB oral, Bochechos com Nistatina. Dapsona 100mg/dia após controle do quadro com corticoide Controle hematológico Azatioprina e Ciclofosfamida 1-2mg/Kg/dia Ciclosporina associada em casos resistentes a Dapsona Plasmaférese com tratamento adjuvante nos casos graves Tetraciclina 2g/dia associada a Nicotinamida 1,5g/dia - Tratar estrongiloidíase no início do tratamento com corticoide (uma das causas de morte além de septicemia e TB) PÊNFIGO VEGETANTE É uma variante benigna do Pênfigo Vulgar. A evolução acomete flexuras intertriginosas As bolhas são flácidas, rompem e dão lugar as lesões verrucosas ao redor das áreas exulceradas Pode haver pigmentação PÊNFIGO INDUZIDO POR DROGAS Penicilina, Captopril, Rifampicina, Enalapril e outras do grupo sulfidril. - 6 a 12 meses após iniciado o uso da droga, em torno de 7% dos pacientes - Mais semelhante ao PF - Há AC na circulação que desaparecem com a descontinuação da droga TRATAMENTO - Suspensão da droga - Suporte - Corticóides se necessário PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO - Mais relacionado a neoplasias linforeticulares Lesões polimórficas: eritema, escamas, bolhas, erosões, grave comprometimento das mucosas. - Anticorpos anti-desmoplaquina I e II TRATAMENTO - Pela neoplasia de base - Corticóide - Imunossupressores
Compartilhar