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Genética Alterações do metabolismo de carboidratos ● Doenças do armazenamento do glicogênio ○ Afetam o fígado e o músculo ● Doenças do metabolismo de monossacarídeos ○ Galactosemia ○ Intolerância hereditária à frutose ● Defeitos na síntese ou quebra do glicogênio ● Causa genética ou adquirida. Ex: deficiência de glicose-6-fosfatase, impede a capacidade do fígado de produzir glicose livre a partir do glicogênio e da glicogênese. Glicogen�e� ● Erro inato do metabolismo ● Classificada em 12 tipos: baseado nos defeitos enzimáticos específicos e nos tecidos comprometidos. Doenç� d� vo� Gierk� ● Glicogenose tipo Ia mais comum ● Defeito na enzima glicose-6-fosfatase ● 4 subtipos: Ia e Ib mais importantes. ● Não há liberação de glicose pelo fígado: o metabolismo da frutose e galactose não fornecerá glicose livre. ● Hipoglicemia de jejum é frequente: cetose não é proeminente. ● Acidose lática, hiperuricemia, hipofosfatemia, hiperlipidemia. ● Aspectos genéticos: ● Déficit da subunidade catalítica de G6P-alfa de expressão restrita ao fígado, rim e intestino. ● Autossômica recessiva ● Diagnóstico ● História da doença: crises convulsivas, quadro neurológico grave ● Hepatomegalia ● Exames laboratoriais: hipoglicemia, hiperuricemia ● Atividade enzimática: biópsia hepática. ● Tratamento ● Através da dieta, manter a homeostase da glicose, prevenir a hipoglicemia por meio de refeições frequentes e ingestão de amido de milho cru ● Restrição da ingestão de frutose e galactose, suplementação de bicarbonato para prevenir a acidose ● Hipertrigliceridemia: dieta, colestiramina, estatinas ● Alopurinol: hiperuricemia. ● Prognóstico ● Não cumprimento do tratamento: crises graves de hipoglicemia causando danos neurológicos ● Tratamento adequado melhora a expectativa de vida. Doenç� d� pomp� ● Glicogenose tipo II ● Distúrbio neuromuscular hereditário raro que causa fraqueza muscular progressiva em pessoas de todas as idades. ● Apresenta três formas: infantil, juvenil e adulta. ● Caracterizada pelo depósito lisossomal de glicogênio devido a deficiência da enzima alfa-glicosidase ácida (GAA) ● Aspectos genéticos: o gene GAA está localizado no cromossomo 17q25 ● Heterogeneidade clínica: identificação de várias mutações e algumas são mais frequentes que outras. ● Autossômica recessiva. ● Sintomas ● As manifestações iniciais podem ocorre intra-útero ou após a quinta década de vida, e a velocidade da progressão pode ser rápida e letal (forma infantil) ou extremamente lenta (forma tardia) ● O mecanismo principal da doença é o acúmulo de glicogênio intralisossômico, resultando em seu acúmulo intracelular maciço. ○ Com o avançar da doença, ocorre ruptura dos lisossomos e formação de ‘’lagos de glicogênio’’ intracelulares, que estimulam a liberação de hidrolases no citoplasma, causando a autofagia e morte celular ● Tecido muscular e nervoso são os mais atingidos. ● Diagnóstico ● Baseado em evidências de deficiência enzimática ○ Linfócitos em amostras de sangue seco, fibroblastos ou amostra de vilosidades coriônicas. ● Genotipagem pelas técnicas de biologia molecular ● Cromatografia de oligossacarídeos ou pelo achado de glicogênio GLc4 na urina pode também auxiliar no diagnóstico. ● Tratamento ● Terapia de reposição enzimática (TRE) com a GAArh, capaz de estabilizar e até mesmo reverter as lesões causadas pelo acúmulo intracelular de glicogênio. ● Tratamento fisioterapêutico: fortalecimento muscular, com exercícios aeróbicos e exercícios em torno de 80% da capacidade física máxima junto com uma nutrição balanceada. Galact�emi� ● Três formas: diferencia na enzima que não está presente ● Tipo 1: deficiência de GALT ○ Galactose-1-fosfato uridil transferase ○ Tipo mais comum e mais grave ○ Problemas renais, hepáticos, neurológicos. ● Tipo 2: defeitos na enzima galactoquinase GALK1 ○ Problemas oculares ● Tipo 3: defeito na enzima uridil difosfogalactose-4-epimerase GALE ○ Forma mais rara ● Variante Duarte: atividade parcial da GALT ○ Varia de acordo com a quantidade de alelos (25 a 50% de atividade) ● Diagnóstico: ● Exame físico: hepatomegalia ● Exames de sangue e urina: níveis elevados de galactose ● Teste enzimático: depende da suspeita do tipo ● Tratamento ● Restrição alimentar: evitar alimentos que contenham galactose ou lactose ● Monitoramento multidisciplinar. ● Complicações ● Catarata, cirrose hepática, atraso neurológico (desenvolvimento da fala), infecções, morte. Intolerânci� hereditári� à frut�� ● A ingestão de frutose leva a alterações no fígado, rins e intestino. ● Acúmulo de frutose-1-fosfato: inibe gliconeogênese e glicogenólise. ● Deficiência de Frutose-1-fosfato Aldolase: mutação no gene ALDOB ● Autossômica recessiva ● Proteína ● Fructose-1,6-bifosfato aldolase ● Enzima glicolítica que catalisa a conversão reversível de frutose. ● Sintomas ● Inchaço e dor abdominal, diarréia, constipação, náuseas, vômitos e sudorese. ● Zinco e vitaminas do complexo B: diminuídos em parte da população com intolerância à frutose. ● Diagnóstico ● Pesquisa de frutose na urina ● Dosagem de fosfato inorgânico sérico ● Glicose sanguínea após ingestão de frutose: risco de convulsões. ● Tratamento ● Evitar a ingestão de alimentos ricos em frutose ● Máximo de 1500 mg/dia ● Complicações ● Distúrbio metabólico agudo: acidose, intoxicação ● Toxicidade hepática e renal: acúmulo de substâncias tóxicas. Deficiênci� d� Glic��-6-f�fat� desidrogenas� ● Pode ser devido a mutações que alteram a estrutura da proteína com redução da sua atividade e/ou redução da quantidade de enzima produzida. ● Doença recessiva ligada ao cromossomo X ● A maioria dos portadores não apresentam sintomas: ● Diminuição da sobrevida dos eritrócitos ● Hemólise devido a ingestão de alimentos ou medicamentos. ● Gene G6PD ● Mais de 200 mutações descritas ● A maioria provoca mudanças de aminoácidos ● Redução: quantidade, função ● Proteína composta por 514 aminoácidos ● Presente em todas as células do organismo ● Participa do primeiro passo da via de hexose monofosfato ● Oxida a glicose-6-fosfato a 6-fosfogluconolactona, reduzindo NADP a NADPH que é um importante mediador do estresse oxidativo na célula.
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