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Trauma Pediátrico ● Introdução: ○ Principal causa de óbito entre 1 - 15 anos. ○ Traumas fechados - queimaduras - afogamentos - maus-tratos. ● Diferença da criança em relação ao adulto: É difícil fraturar costelas da criança, quando acontece fratura podemos ja dizer que foi de alta energia e pode ter comprometimento pulmonar. Nas crianças pequenas, podemos ter choque hipovolêmico em casos de TCE. ● Pegadinha: ○ Sinais vitais no paciente pediátrico: ○ Fita de Broselow: mede o tamanho da criança, que estipula o peso e até a dose de medicamento que deve ser administrado. ● Escore de trauma pediátrico - PTS: ○ Escore menor que 9 = maior risco de óbito ■ necessidade de centro especializado ■ 5 - 10% = escore < 9 Onde podemos ter atenção quando for < 9, provavelmente o quadro da criança é mais crítico. ● Especificidade no atendimento da criança: ○ Vias aéreas: o perímetro cefálico é maior na criança, onde em uma superfície reta ela terá um hiperflexão do pescoço podendo comprometer a via aérea, logo, necessita que seja colocado um coxim rapidamente. ○ CAI NA PROVA: ■ Vias aéreas: ● laringe mais alta e anterior ● traqueia enor ● posição de “cheirar” ● aspirar, retirar corpos estranhos, posicionar ● oxigênio suplementar ● cânula de guedel ● coxim sob os ombros ■ Via aérea definitiva: ● anel cricoide = estreitamento - dispensa cuff ● tamanho da cânula de forma adequada. ■ Algumas ajudas práticas: ● diâmetro da narina ● Diâmetro do quinto dedo da mão da criança. ■ Intubação mediada por drogas: ● Atropina: ○ 0,1 - 0,5 mg em menores de 1 ano ● Succinilcolina: ○ 2 mg/kg crianças < 10 kg ○ 1 mg/kg peso superior ● Etomidato: ○ 0,1 mg/kg ou midazolam 0,1 mg/kg (hipovolemia) ● Etomidato: ○ 0,3 mg/kg (normovolêmico) ■ IMPORTANTE: ● Intubação nasotraqueal: ○ contraindicada em idade inferior a 12 anos - risco de lesão de partes moles. ● Cricotireoidostomia cirúrgica: ○ contraindicada em menores de 12 anos - risco de estenose. ● Máscara laríngea: existe a infantil ● tubo esôfago traqueal: ○ contraindicado abaixo de 14 anos (MUITO POUCO USADO HOJE EM DIA). ○ Ventilação: ■ Trauma torácico na criança: ● hipoventilação - causa de óbito ● 10 % dos traumas comprometem o tórax ● maioria - trauma fechado ● necessidade de drenagem - drenos menores. ○ Circulação: ■ Reserva fisiológica aumentada - sinais vitais mantidos mesmo em gravidade. Ou seja, ela vai mostrar instabilidade depois de um certo tempo, quando ja perdeu muito volemia. ■ Sinais de choque após 25% de perda volêmica. ■ Reposição volêmica - punção periférica ■ Punção femoral - cuidado trombose. ■ Opção - infusão intraóssea (menores de 6 anos) ■ IMPORTANTE: ● Reposição volêmica: ○ Volume sanguíneo - 80 mg/kg ○ inicial ○ cristalóides - 20 ml/kg - bolus ● Repetição em 3 vezes - 60 mg/kg ○ concentrado de hemácias - 10 ml/kg ○ plasma = 10 ml/kg ○ plaquetas ● Débito urinário: ○ 1 ml/kg - maiores de 1 ano ○ 2 ml/kg - menores de 1 ano ■ Trauma abdominal na criança: ● sonda nasogástrica (orogástrica no lactante) ● sonda vesical (< 15 kg - sem balonete) ● lavado peritoneal diagnóstico / FAST se estiver ESTÁVEL hemodinamicamente. ● possibilidade de tratamento não operatório (TNO) ● Lesões mais comuns em crianças que em adultos: ■ IMPORTANTE: ● Tratamento não operatório de trauma abdominal: ○ vísceras maciças ○ ausência de peritonite ○ estabilidade hemodinâmica ○ tomografia para identificar as lesões e suas gravidades. ○ monitorização ○ Estado neurológico: ■ GS abaixo de 8 = TCE grave ■ Aumento da pressão intracraniana ■ Trauma de crânio: ● convulsões mais comuns - maioria autolimitada ● menor tendência a lesões focais ● hipertensão intracraniana com maior frequência ● lactantes - suturas abertas → comporta volume (choque) → toleram mais lesão expansiva. ■ Lesão raquimedular: ● Ligamentos mais flexíveis - comuns pseudoluxações ● Pseudoluxações abaixo de 7 anos - C2 e C3. ○ Exposição e prevenção à hipotermia: ■ Fraturas: ● diagnóstico mais difícil ● fratura em “galho verde” ■ Termorregulação: ● maior superfície ● manter a criança aquecida ● Síndrome da criança espancada ( Síndrome de Caffey): ○ Suspeita de abuso: ■ Discrepância entre história e gravidade das lesões ■ Longo intervalo entre agressão e busca ao atendimento ■ Pais com respostas evasivas ■ Traumas repetidos, atendidos em diferentes emergências ■ Hemorragia retiniana ■ Queimadura sde 2 a 3º graus em áreas não usuais ■ Evidências de lesões repetidas (cicatrizes) ■ Trauma genital ou perianal ■ Lesões bizarras, como mordeduras, queimadura de cigarro. ■ Hematomas subdurais e múltiplos ■ Lesões periorais ■ Fraturas em ossos longos em crianças menores de 3 anos
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