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In�e�ção do Tra�� Uri�ári� na in�ân�i� (IT�) Definição: consiste na multiplicação de um germe patogênico em qualquer segmento do trato urinário com intenso processo inflamatório, que pode deixar cicatriz renal, pielonefrite e sepse. Os bacilos gram negativos são os principais causadores: ● Escherichia coli; ● Klebsiella; ● Enterobacter; ● Proteus ● Citrobacter Grupo: proteus, pseudomonas, staphylococcus aureus → associado com obstrução urinária, litíase renal e bexiga neurogênica. Epidemiologia Grande morbidade (uma das 5 maiores) Maior incidência no 1º ano de vida: ● Até os 6 meses de idade: predomínio no sexo masculino. ● Após os 6 meses: predomínio no sexo feminino (20:1), com reincidência em . Pico de incidência: 3 a 5 anos de idade e adolescência (alterações hormonais e início da atividade sexual). Recorrência: Infecções recorrentes levam a lesão renal (cicatrizes renais); Fatores de risco: malformações, refluxo vesico-ureteral e disfunção vesical. Febre no lactente: febre sem sinais de localização, acima de 38,5ºC Fisiopatologia: ➔ Refluxo vesico-ureteral (RVU) → a urina volta para o ureter e atinge o rim; ➔ Obstrução do fluxo urinário; RVU Disfunção anatômico funcional da Junção Uretrovesical JUV) → permitindo retorno da urina armazenada na bexiga → para dentro do ureter e parênquima renal. Obstrução do fluxo urinário Válvula de uretra posterior → causa uma obstrução da uretra → a urina volta para a bexiga → pressão aumenta → rompe à capacidade da JUV segurar essa urina → a urina volta pro rim (hidronefrose). Classificação/clínica Cistite (ITU baixa); ● Disúria; ● Polaciúria; ● Urgência miccional Pielonefrite (parênquima renal); ● Febre; ● Prostração; ● Dor lombar Bacteriúria assintomática ● Crescimento bacteriano; ● Ausência de sinais clínicos; ● Sem necessidade de tratamento. Manifestações clínicas de acordo com a idade Recém-nascido: ● Sepse; ● Ganho de peso insuficiente; ● Irritabilidade; ● Hipoatividade; ● Convulsões; ● Anorexia; ● Alta mortalidade. Lactente: ● Febre isolada; ● Baixo ganho ponderal; ● Vômitos; ● Raramente sintomas urinários. Pré-escolar (2 a 5 anos): ● Febre; ● Sintomas urinários; ● Sintomas sistêmicos; ● Cistite x Pielonefrite (é possível diferenciar) Adolescente: ● Disúria; ● Urgência miccional; ● Polaciúria; ● Hematúria; ● Febre; ● Dor suprapúbica; ● Atividade sexual → grande associação com ITU; Exame Físico ➔ Palpação abdominal: pode ser identificado aumento de rim e aumento da bexiga; ➔ Realizar punho percussão lombar (giordano) → pielonefrite ➔ Jato urinário → se tiver o jato normal não tem válvula de uretra posterior; ➔ Vulvovaginite; ➔ Balanopostite Exame subsidiário Exame de urina (EAS), também chamado de Urina I; Em pré-escolar ou escolar: Desprezar o primeiro jato; Coletar o jato médio. Em lactentes: ● Utilização do saco coletor → pode dar falso positivo, pois há risco de contaminação do saco; Alto valor preditivo negativo, isto é, se vier negativo é certeza, mas se vier positivo ainda não é certeza. ● Cateterismo vesical → invasivo, agressivo e preciso; Padrão ouro: Urocultura Exame de urina rotina: ● Piúria ou leucocitúria (Piúria é a presença de leucócitos degenerados ou pus na urina.) ● Nitrito positivo; ● Hematúria (microscópica); ● Cilindrúria; ● Esterase leucocitária ● Bacterioscopia positivo > 100.000 UFC (infecção) Tratamento ● Resolução dos sintomas agudos; ● Reconhecimento da bacteremia; ● Identificação de anormalidades do trato urinário; ● Prevenção de infecções recorrentes; ● Prevenção do dano renal. Antimicrobianos ➔ Classe: gram negativos; ➔ Dose correta; ➔ Tempo correto ( 7 a 14 dias) Recém-nascido: Sempre hospitalizados; Acima de 3 meses sem toxemia Ambulatorial; Oral Febre alta e toxemiados (lactentes jovens) Considerar hospitalização Profilaxia: quando indicar ● Investigação de malformações; ● Anomalias obstrutivas; ● RVU grau III e V; ● ITU de repetição; ● Cintilografia alterada Complicações: Lesão renal x RVU ● USG trato urinário → não invasivo, alterações anatômicas, baixa sensibilidade RVU; ● Uretrocistografia miccional → morfologia do trato urinário, identificar a RVU, invasivo; Medicina nuclear Cintilografia renal (DMSA) ● Morfologia; ● Funcional quantitativa; ● Cicatriz renal. Cintilografia renal (DTPA) ● Sistema excretor; ● Processos obstrutivos; Cistografia direta ● Avaliar RVU ● UCM normal
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