Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade Tutorial - A Refinação DO Petróleo E SEU Papel NA Indústria Petrolífera - Texto de Apoio (Pedro Morais, Eng de Refirnação de Petróleos)Processos Tecnologicos de Refinação de Petróleos (Universidade Jean Piaget de Angola) A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade Tutorial - A Refinação DO Petróleo E SEU Papel NA Indústria Petrolífera - Texto de Apoio (Pedro Morais, Eng de Refirnação de Petróleos)Processos Tecnologicos de Refinação de Petróleos (Universidade Jean Piaget de Angola) Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 1 A REFINAÇÃO DO PETRÓLEO E SEU PAPEL NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA Por Pedro Morais1 1. Categorização da indústria petrolífera e posição da Refinação de Petróleos Baseando-se na literatura geral científica e técnica disponível sobre a indústria petrolífera, entende-se que esta indústria é composta por duas grandes áreas principais, nomeadamente o Upstream e o Downstream. Figura 1 - Seguimentos da indústria petrolífera Fonte: Adptado de Dantas e Gurgel, 2013 Como uma breve descrição do diagrama (figura 1), podemos visualizar que a parte Upstream é composta pelas actividades petrolíferas que ocorrem normalmente no mar como a exploração e a produção interligados pelo transporte. E a parte Downstream é composta pelas actividades de refinação, destribuição e comercialização de igual forma interligado pelo transporte. 1 Pedro Morais: Mestre em Gestão Industrial na especialidade de Gestão de Integrada QSA (Qualidade Segurança e Ambiente) e Engenheiro de Refinação de Petróleos, Professor e Investigador – Universidade Jean Piaget de Angola (https://www.unipiaget- angola.org) Contactos: pedro.morais@unipiaget-angola.org / +244 922 228 609 – 222 771 706; Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 2 Um pouco mais tarde, e movida pela necessidade da evolução tecnologica da industria petrólifera em especial nas actividades de transporte de petróleo e o gás natural, nasceu uma terceira aréa denominada Midstream. O Midstream é a área da indústria petrolífera que engloba as actividades do seguimento de transporte de petróleo e o gás natural do Upstream para o Downstream, (DEVOLD, 2013). As refinarias se enquadram dentro da classe de segmentos da área de Downstream da indústria petrolífera. 2. Papel da refinação de petróleos dentro dos segmentos da indústria petrolífera No estado que é extraído do solo, tem poucas aplicações práticas, servindo quase que tão-somente como óleo combustível. Para que o potencial energético do petróleo bruto seja aproveitado ao máximo, ele deve ser processado em uma refinaria de Petróleos, para que obter os diferentes tipos de derivados usados no dia do homem. Uma refinaria é constituída de diversos arranjos de unidades de processamento em que são compatibilizadas as características dos vários tipos de petróleo que nela são processados, com o objectivo de suprir derivados em quantidade e qualidade especificadas. A forma como essas unidades são organizadas e operadas dentro da refinaria define seu esquema de refinação que pode ser simples ou complexa. 3. Matéria-prima e produtos obtidos nas Refinaria de petróleos As matérias-primas das refinarias tem uma composição significativamente variável, portanto as Refinarias de petróleos são sistemas complexos com múltiplas operações que dependem umas das propriedades da carga e outras dos produtos desejados. Atendendo que não existem dois petróleos brutos iguais também não existem duas refinarias iguais no mundo, (SZKLO, 2008). Os objectivos básicos de uma refinaria de petróleo, são: 1. Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas; Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 3 2. Produção de lubrificantes básicos e parafinas. Deste modo os investimentos em refinarias, com estruturas que satisfação a produção de derivados e matérias-primas que satisfação a demanda do mercado, agregam valor a cadeia energética do petróleo, que se estende em operações de exploração de petróleo bruto á distribuição de produtos petroquímicos. E este contexto tem ampla lógica em geografias em que existe a produção de petróleo. É quase impossível pensar o mundo moderno sem a existência das refinarias, estima-se que mais de metade de todas actividades do homem moderno estão relacionadas com algum ou outro derivado do petróleo2: Plásticos, tecidos, borrachas Perfumes, detergentes, insecticidas Fertilizantes, colas, tintas, Medicamentos, Combustível de aviação, automóvel, industrial, Asfaltos, betumes, Lubrificação, Etc Estes processos produzem derivados são processados em unidades de separação e conversão a fim de se encontrar os produtos finais, que dividem se em três grandes classes. As classes de produtos petrolíferos são3: Classe dos Combustíveis (GA, GO, óleo combustível, GLP, QAV, querosene, coque de petróleo e óleos residuais; Classe dos Produtos acabados não combustíveis (solventes, lubrificantes, graxas, asfalto e coque); Classe dos Intermediários da Indústria química (nafta, etano, propano, butano, etileno, propileno, butilenos, butadieno e BTX). Para serem disponibilizados para as etapas e segmentos subsequentes, ou seja, para o mercado de consumo no caso dos combustíveis e produtos acabados não 2 JOSÉ, P, (2017); 3SZKLO et al, (2012, p.29); Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 4 combustíveis ou para as outras fabricas de processamento químico e/ou para-químico no caso dos Intermediários da Indústria química, os produtos petrolíferos devem atender rigorosamente as especificações requisitadas para tal. 4. Principais tipos processos de refinação de petróleo Os esquemas industriais de fábricas de refinação de petróleos são estabelecidos em função dos tipos de processos necessários. Estes são classificados segundo quatro grupos principais, que a seguir são mencionados: Processos de Separação: São sempre de natureza física e têm por objectivo desdobrar o petróleo em suas fracções básicas, ou processar uma fracção previamente produzida, no sentido de retirar dela um grupo específico de compostos.4 Os processos que compõem este grupo são a destilação atmosférica, destilação a vácuo, estabilização de naftas, extracção de aromáticos, desasfaltação a propano, desaromatização a furfural, desparafinação a solvente, desparafinação a solvente, desoleificação e adsorção de N-parafinas. Processos de Conversão: Os processos de conversão são sempre de natureza química e visam transformar uma fracção em outra (s), ou alterar profundamente a constituição molecular de uma dada fracção, de forma a melhorar sua qualidade, valorizando-a. Isto pode ser conseguido através de reacções de quebra, reagrupamento ou reestruturação molecular. Estes Processos de conversão são, em geral, de elevada rentabilidade, principalmente quando transformam fracções de baixo valor comercial (gasóleos, resíduos) em outras de maiores valores (GLP, naftas, querosenes e diesel).5 Os processos que compõem este grupo são viscoredução, craqueamentos (térmico, retardado e catalítico), hidrocraqueamento, e os processos catalíticos, respectivamente reforming isomerização, polimerização e alquilação. 4 ABADIE (2002, p. 8); 5 ABADIE (2002, p. 8) ; Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 5 Processos de Tratamento: Os processos de tratamento têm por finalidade principal eliminar as impurezas que, estando presentes nas fracções, possam comprometersuas qualidades finais; garantindo, assim, estabilidade química ao produto acabado. Dentre as impurezas, os compostos de enxofre e nitrogénio, por exemplo, conferem às fracções propriedades indesejáveis, tais como, corrosividade, acidez, odor desagradável, formação de compostos poluentes, alteração de cor, entre outros. As quantidades e os tipos de impurezas presentes nos produtos são extremamente variados, diferindo também conforme o tipo de petróleo processado que gerou as fracções. À medida que os cortes vão ficando mais pesados, a quantidade de impurezas cresce proporcionalmente.6 Englobam nesse grupo os processos, dessalgação electroestática, os tratamentos cáusticos, merox, bender e DEA/MEA. Processos Auxiliares: São aqueles que se destinam a fornecer bens de consumo à operação dos outros processos anteriormente citados, ou a tratar rejeitos desses mesmos processos. Para a preparação de bens de consumo que constituem as utilidades em uma refinaria, tais como vapor, água, energia eléctrica, ar comprimido, distribuição de gás e óleo combustível, tratamento de efluentes, entre outros. Neste caso as utilidades são indispensáveis ao seu funcionamento.7 Englobam nesse grupo os processos geração de hidrogénio, recuperação de enxofre e utilidades. 5. Esquemas de típicos de refinarias e condições de implementação De acordo a riqueza energética do tipo de petróleo podemos destacar os seguintes esquemas gerais de produção de produtos petrolíferos8: 6 Id; 7 Id; 8WUITHIER ( 1972, pp. 72-92); Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 6 1. Esquema de fabricação para uma produção máxima de combustíveis (PB ligeiro) Diagrama de processo Figura 2 - Esquema de fabricação para uma produção máxima de combustíveis Fonte: Adaptado de WAUQUIER, 2000 Descrição do esquema O PB ligeiro contem geralmente uma boa porção de GA9 mas estas fracções são geralmente constituídas de parafinas lineares, com o índice de octano baixo. Por esta razão que as fracções ligeiras da GA PI – 70ºC são enviadas na instalação de isomerização catalítica para se transformar as parafinas lineares em iso-parafinas como índice de octano elevado. A fracção de GA 70-180ºC com IO10 não ultrapassando os 40, é enviada para a reformação catalítica, que permite a obtenção de uma GA com IO elevado e paralelamente fracções de Ar11 (BTX12). O processo de reformação catalítica consome e produz H2. A fracção de querosene (180-240ªC) deve ser submetida ao processo da desparafinação para se baixar a sua temperatura de cristalização, e constituir o combustível de aviação.A fracção de GO13 (240-350ºC) deve ser submetida a operação de desidrogenação para a eliminação dos compostos sulfurosos e azotados. O resíduo atmosférico (> 350ºC) é enviado para a instalação de vapocraqueamento, que é um processo térmico que permite a obtenção dum gás rico 9 GA: Gasolina. 10 OI : Índice de Octano; 11 Ar: Compostos aromáticos; 12 BTX: Benzeno Tolueno e Xileno; 13 GO: Gasóleo; Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 7 em olefinas, uma GA com um IO aceitável, um GO e um fuel-oil que responde a especificações comerciais. Todos os gases produzidos na instalação são colectados e enviados para a instalação de tratamento e separação dos gases (gás plant14), onde obtemos H2, C, C2 e o GPL15 (C3, C4) e fracções C3 e propileno que é enviada para a instalação de polimerização, para a produção dum polímero chamado “polimerizado” com o IO maior a 100. A fracção C4 (butano, butèno) é enviada para a instalação de alquilação, onde obtemos um alquilado, que é igualmente uma GA com o IO elevado16. 2. Esquema de fabricação para a produção de combustíveis e óleos lubrificantes (Reservado para o tratamento do PB médio) Diagrama de processo Figura 3 - Esquema de fabricação para uma produção de combustíveis e óleos lubrificante Fonte: Adaptado de WAUQUIER, 2000. Descrição do esquema O tratamento do PB médio é similar com o do PB ligeiro para o que concerne as fracções de GA. Para a obtenção do querosene e do GO, estas fracções devem ser submetidas a uma hidrorefinação, porque o petróleo médio é quase sempre sulfuroso. Os três principais destilados podem servir de base para a preparação dos óleos 14 Gás plant: Traduzido de Planta de Gás é um termo genérico para qualquer instalação de processamento de gás, (FERNANDÁNDEZ, et al, 2009, p. 36 ); 15 GPL: Gás do Petróleo Liquefeito; 16 WUITHIER (1972); Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 8 lubrificantes. Para melhorar o índice de viscosidade, estas fracções são submetidas a operação de extracção de aromáticos por solventes selectivos. Para se baixar o ponto de congelação com vista a utilização em total as estações climatéricas, eles devem ser submetidos a operação de desparafinação. Para melhorar a qualidade (cor, cheiro, estabilidade), estas fracções são submetidas ao tratamento de acabamento, que é quase sempre a hidrorefinação também chamada “Hydrofinishing17”. Antes da comercialização, as fracções de óleo passam pela secção de compouding18 onde se procede a uma mistura de diferentes fracções e onde adicionam-se alguns aditivos para se melhorar algumas propriedades (anti-oxidante, anti-desgaste, estabilidade, anti-espuma, etc…). O resíduo S/V (> 350ºC) é enviado para a instalação de coquefacção, que é um processo térmico que permite a obtenção de um gás rico em olefinas, um GA de baixo IO, que devera ser misturada com GA de reformação catalítica. Obtemos igualmente um GO e o fuel-oil conforme com as especificações e o coque19. 3. Esquema de fabricação para a produção de combustíveis e betumes (Reservado para o PB pesado e asfáltico) Descrição do esquema Figura 4 - Esquema de fabricação para uma produção de combustíveis e betumes Fonte: Adaptado de WAUQUIER, 2000 17 Hydrofinishing: Traduzido de Hidrorrefinação, que é uma série processos que consistem na eliminação de contaminantes de cortes diversos de petróleo através de reacções de hidrogenação na presença de um catalisador, que também são conhecidos por Hidrotratamento, (NETO, A. & GURGEL, A., 2018); 18 Compouding: Traduzido de Formulação, que etapa onde procede a uma mistura de diferentes fracções e onde adicionam-se alguns aditivos para se melhorar algumas propriedades; 19WUITHIER (1972) ; Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 9 Descrição do esquema A GA com o PI=180ºC é directamente retirado da destilação porque ela tem um IO bom. O querosene não é produzido porque a fracção 180-240ºC contêm muitos Ar (para os quais o teor é limitado a 18-20% em volume). Na unidade de hidrorefinação é produzido directamente o GO. Uma parte dos produtos desta unidade é enviada para o craqueamente catalítico, de onde sai directamente o fuel-oil, uma GA com NO baixo e GO. O resido (> 450ºC) é enviado para a instalação de desasfaltação ao propano. Nesta instalação obtêm-se o óleo desasfaltado, que é uma fracção pesada depurada de compostos aromáticos policlínicos, que será misturada com a carga de craqueamento catalítico. O asfalto obtido, depois da oxidação fornece o betume20. 6. Indicadores de refinação, Margens de refinação de petróleo e Extensão do impacto das refinarias nos países produtores e refinadores de Petróleos do Sec. XXI - Indicadores de refinação Estimativa de Custo de Processos Indica um custo estimativo para a implantação de uma refinaria, baseando-se nas unidades de processos previstas. Este custo é dado por: 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 = 𝜶 × 𝑪𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 𝑼𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝜷Onde: 𝛼 e 𝛽 : Representam parâmetros adimensionais e são específicos para cada unidade; O custo referido na fórmula é mensurado em Dólar, e ela representa: Estimativa de valores de projectos de refinação “esquemas típicos” até mais ou menos 25%; Estimativas de custos de desenvolvimento de engenharia de implementação da refinaria; O custo resultante da fórmula não inclui Capital de giro, 20WUITHIER (1972); Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 10 inventários, Despesas iniciais, Custo de terra “Superfície”, Preparação do local, Impostos, Licenças, Permissões e Obrigações. Os valores dos parâmetros de acordo o estudo de margens de refinação Kaiser & Gary, actualizável pela Oil & Gas Journal, 23 de abril de 2007, pp 84-94. (As curvas do produto coque21 não estão actualizados), são os seguintes: Figura 5- Custo dos parâmetros Fonte: Jonhn Jechura, 2016 21 Coque: Um material sólido resultante do tratamento de elevada temperatura de fracções de petróleo. Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 11 Índice de complexidade de Nelson É uma medida da capacidade de conversão secundária em comparação com a capacidade primária de destilação de qualquer refinaria. O Índice de complexidade de Nelson22 é um indicador de não apenas a intensidade do investimento ou o índice de custos da refinaria, mas também o valor potencial de implementação de uma refinaria. Este índice é dado por: 𝑵𝑰𝑪 = 𝑭𝒊𝑵𝒊=𝟏 × 𝑪𝒊𝑪𝑪𝑫𝑼 Onde: 𝑁𝐼𝐶: Índice de complexidade de Nelson; 𝐹𝑖 : factor de complexidade; 𝐶𝑖 : é a capacidade da unidade; 𝐶𝐶𝐷𝑈 : é a capacidade de destilação de petróleo bruto da Refinação; 𝑁: é um número de todas as unidades. O Factor de Complexidade é uma constante que o Jornal de Petróleo e Gás calcula anualmente e publica. A última publicação indica os seguintes valores: Figura 6 - O Factor de Complexidade Fonte: Jonhn Jechura, 2016 Equivalent Distillation Capacity “EDC” - (Capidade Equivalente a Distilação) É definida para calcular a referência do requisito de mão-de-obra. O cálculo do EDC é um processo de duas etapas: 22 O Índice de complexidade de Nelson oi desenvolvido por Wilbur L Nelson em 1960 para quantificar originalmente o custos relativos dos componentes que constituem a refinaria. Nelson atribuiu um factor de um para a unidade primária de destilação. Todas as outras unidades são classificadas em termos de seus custos em relação à unidade primária de destilação, também conhecida como unidade de destilação atmosférica. (Disponível em: https://www.ogj.com/home/article/17234421/refining-report- complexity-index-indicates-refinery-capability-value); Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 12 1ª Multiplicação da capacidade de cada unidade da refinaria com o factor de complexidade de Nelson; 2 ª Soma desses produtos para chegar ao EDC para a refinaria no total. - Margens de refinação de petróleo Crud Assay A nível de engenharia química é a avaliação química de matérias-primas de petróleo bruto por laboratórios de testes de petróleo. Cada tipo de óleo bruto possui características exclusivas, o analisador produz em forma de listagem resumo de todas as características testadas no petróleo ao que chama-se de Crud Assay do Petróleo Bruto analisado. Uma das características a ser analisadas é o percentual a nível de composição de elementos químicos que correspondem a uma família de hidrocarbonetos e consequentemente a um tipo de derivado que constituiu o petróleo bruto e quantifica-os. Para a refinação destes petróleos estas quantidades representam os rendimentos. Em Termos de Engenharia de Petróleos estes rendimentos indicam a capacidade de transformação deste Petróleo a quando da sua refinação. Vejamos o Exemplo: Vazão diária para unidade de Destilação Atmosférica 650 Crud Assay fornecido pelo Produtor e suas significâncias Rendimentos obtido pelo Refinador Ex: Obtenção pela Refinaria de Luanda em 19 de Setembro de 2012 ao processar PB Palanca Margem de “comodi- dade’ de Refinação BDSP % Fracção Fracção em % no Crud Assay Vazão volumétrica diária em BDSP do Crud Assay de Projecto Vazão volumétrica diária em BDSP do Crud Assay obtida no processamen- to diário Capacidade de refinação (%) 21.000 100 Nap 22 4.703 3.104 15 63 Jet 16 3.424 2.123 10 GO leve 20 4.220 3.376 16 Go pesado 7 1.375 179 19 Resíduo 35 7.278 4.512 40 Atmosférico Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 13 - Extensão do impacto das refinarias nos países produtores e refinadores de Petróleos do Sec. XXI O futuro das refinarias hoje no Sec. XXI, é agregado a extensão do impacto das refinarias passa por dois modelos de investimento e implementação de indústria. Estes são: Integração da indústria petrolífera; Implementação de Refinarias Modulares. Integração da indústria petrolífera Consiste no investimento em refinarias acopladas com petroquímicas para maior aproveitamento da cadeia de valor das matérias-primas ou seja o petróleo bruto. Trata-se de uma idealização e criação de investimentos que visualizam a capitalização de financiamento e implementação de negócios que envolvem que parte das actividades em Upstream as petroquímicas de 2ª e 3ª geração, embora maior atenção vai para integração das Refinarias e Petroquímicas. Isto porque o ciclo de aproveitamento de petróleo e seus derivados produz derivados finais que se estendem das refinarias as petroquímicas. Implementação de Refinarias Modulares Consiste no investimento em Mini - refinarias que objectivam produção de derivados finais específicos para um mercado. Os módulos representam uma sequência de processos com a finalidade específica de suprir um tipo de derivado ou seja, combustível (leve ou pesado) ou lubrificante. Essas refinarias têm um custo de implementação e de actuação menor, garantem retornos de investimentos, embora têm um tempo de vida útil menor e produção de resíduos com potencial energético maior, mas salvaguardam a satisfação da necessidade específica de demanda do derivado a ser produzido. Descarregado por Pedro Morais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747 14 Referencias ABADIE, Elie. Curso De Formação De Operadores De Refinaria - Processos de Refino. Curitiba: Petrobras. 2002; FAHIM, M., et al. Introdução ao Refino de Petróleo. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012; GOMES, et al. O Universo da Indústria Petrolífera da Pesquisa à Refinação.2ª Edição Revista e Actualizada, Lisboa: Avenida Berda, 2011.ISBN 978- 972-31-1398-3; HUME, N. et al.Angola e a Importação de combustíveis (Traduzido) Financial Times, Dezembro de 2016, disponível em https://www.ft.com/content/8c09155a-c38b-11e6- 9bca-2b93a6856354, John Jechura. 2016. Petroleum Refining Overview. Colorado School of Mines; LONDA, Emir. ABC da Indústria Petrolífera. 2015. ISBN : 978-989-611-374-2; REFINARIA DE LUANDA. Visita a Refinaria de Luanda. Luanda. 2010. SPEIGHT, J. G. Petroleum chemistry and refining. Washington, DC: Taylor & Francis, 1998. SZKLO A, ULLER, V. E BONFÁ, M. Fundamentos do refino de Petróleo. Rio de Janeiro: Editora Interciência. 2012 SZKLO, A Fundamentos do refino Fundamentos do refino de petróleo. 3ª Edição. São Paulo: Editora Interciência. 2005. SZKLO, A. Et al. Desafios e Oportunidades Tecnológicas para o Refino de Petróleo: Caso de uma Refinaria no Brasil. 4º PDPETRO. Campinas, SP: Universidade Federal de Rio de Janeiro, 2017. WUITHIER, P. Le Petroleum Raffinage Et Genie Chimique. Tome 1 EditTechnip. 1972. Descarregado por PedroMorais (pgmorais01@gmail.com) lOMoARcPSD|6332747
Compartilhar