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FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS 4

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INIBIDORES SELETIVOS DA 
RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA 
(ISRS) 
São os medicamentos pertencentes a classe 
dos ISRS: 
 Fluoxetina 
 Sertalina 
 Paroxetina 
 Escitalopran (Isômero do 
citalopram) 
 Citalopram 
 Fluvoxamina 
- Eles irão bloquear seletivamente a 
serotonina. 
 
ISRS 
Eficácia dos ISRS na depressão: 
semelhante aos ADTs. Porém: 
1) Maior seletividade 
 300 a 3000 vezes mais seletivo para o 
transportador de 5-HT do que de NA. 
 Escasso bloqueio muscarínico, alfa-
adrenérgico e H1. 
 
2) Perfil reduzido de efeitos adversos 
(efeito muscarínico , H1 e adrenérgico): 
 Hipotensão ortostática 
 Xerostomia (Boca seca) 
 Visão borrada 
 Taquicardia 
 Sedação 
NÃO são comumente observados com os 
ISRS (MAS podem acontecer) 
 
 
3) São relativamente seguros, mesmo em 
dosagens excessivas: 
 NÃO causam arritmias (comparado ao 
risco de arritmias dos ADT). 
 
 
OBS: Convulsões podem ocorrer (todos os 
antidepressivos podem reduzir o limiar 
convulsivo)  Isso aumenta a frequência 
de disparo dos neurônios. Isso pode ocorrer 
com qualquer antidepressivo (raramente 
um indivíduo saudável, que NÃO tenha 
predisposição, irão ter convulsão). 
 
ISRS 
Além disso são utilizados no tratamento de: 
 Síndrome do pânico 
 Transtorno obsessivo-compulsivo 
 Transtornos de ansiedade generalizada 
 Bulimia nervosa (na bula, esse efeito 
somente está na fluoxetina - Apesar de 
na prática haver a prescrição de outros) 
 Ejaculação precoce 
 Transtorno de estresse pós-traumático 
 
 
Agente de primeira linha para o 
tratamento da depressão e transtornos da 
ansiedade. 
 
EFEITOS ADVERSOS DOS ISRS 
São os efeitos colaterais dessa classe 
medicamentosa: 
 Náusea 
 Ansiedade 
 Sonolência (Alterações do sono) 
 Insônia 
 Disfunção sexual - “Distúrbio do 
orgasmo” (NÃO chega a ser perda da 
libido). 
 Interação de fármacos  EX: NÃO 
podemos utilizar IMAOS com ISRS 
(Pode dar síndrome serotoinérgica) 
 
CONTRAINDICAÇÃO DOS ISRS 
 Administração concomitante de IMAO, 
isso poderá produzir Síndrome 
serotoninérgica, o qual é caracterizada 
por: 
- Hipertermia 
- Rigidez muscular 
- Mioclonia 
- Flutuações rápidas do estado mental e dos 
sinais vitais. 
 
 Pode precipitar mania no paciente 
bipolar - Embora que o risco seja menor 
do que com os tricíclicos. 
 
ANTIDEPRESSIVOS TORNAM O 
INDIVIDUO BIPOLAR? 
Os antidepressivos podem fazer com que 
alguém que NÃO tenha transtorno bipolar 
antes de tomar o antidepressivo venha a 
desenvolver o transtorno? 
 
 Mais provável: 
Paciente já tinha o transtorno, porém a 
condição NÃO foi diagnosticada/ 
diagnosticada incorretamente. 
Ou seja, a condição foi “desmascarada”, 
porém NÃO causada pelo tratamento 
antidepressivo (A bipolaridade tinha sido 
“mascarada” - e acabada sendo tratado em 
monoterapia, por exemplo). 
 
LIMITAÇÕES DOS 
ANTIDEPRESSIVOS 
 Eficácia clínica: 
- Refratariedade em 34% dos pacientes 
(média de 20-40%), ao 1º antidepressivo 
utilizado (mesmo que o tratamento tenha 
sido instituído de forma correta). 
 
 Efeitos colaterais: 
- Xerostomia 
 
- Constipação 
- Visão turva 
- Sedação 
- Retenção urinária 
- Náuseas 
- Vômitos 
- Cefaleias 
- Disfunção sexual 
- Dentre outros. 
 
 Demora na resposta terapêutica: 
- 3-4 semanas ou meses  Isso pode causar 
desistência do tratamento. 
 
Por que os efeitos clínicos dos 
antidepressivos só são 
observados após semanas de 
tratamento contínuo? 
 Isso porque quando o paciente 
diagnostica a depressão, e inicia o 
tratamento - demora cerca de 2 a 12 
semanas, para o medicamento começar a 
fazer efeito. 
1- Demora devido a ação do autorreceptores 
inibitório. 
2- Os antidepressivos produzem uma 
resposta tardia envolvida com a modulação 
da transcrição génica. 
- Antidepressivo modula genes importantes 
na resposta do controle do humor  A 
transcrição desses genes é alterada com a 
utilização desses antidepressivos. 
- Um aumento da neurotransmissão, 
modula cofatores que afetam a transcrição 
genica  Alguns genes pode ter sua 
transcrição aumentada ou reduzida  EX: 
Os antidepressivos aumentam a quantidade 
de genes responsáveis pela codificação de 
fatores neurotróficos (Contribuindo pela 
maturação, desenvolvimento, proteção). 
- Um desses fatores neurotróficos é o 
BDNF (Fator neurotrófico, derivado do 
cérebro) - este é importante para a 
plasticidade (arborização dentrítica). 
- Em estado depressivo, a arborização 
dendríticas e arborização de um neurônio 
com o outro foi reduzido. O BDNF também 
é reduzido em situações de 
estresse/ansiedade. 
- O tratamento prolongado (semanas-
meses) consegue reverter essa situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-- Os antidepressivos também conseguem 
interferir na transcrição de alguns genes: 
1. Diminui a transcrição do gene 
responsável pelos receptores de 
natureza inibitória (aqueles que 
 
sinalizam para parar de liberar o 
neurotransmissor). 
- Ativando esses receptores de natureza 
inibitória  Para de liberar o 
neurotransmissor (EX: Serotonina) - então 
o melhor é diminuir a quantidade desses 
receptores. 
 
São os receptores inibitórios: 
 5 HT1A 
 Receptors α-2 (ligado a uma proteína G 
inibitória). 
- E por infrarregulação desses receptores 
(após longo período de costume do 
organismo com o medicamento - e 
modulado as vias)  Ocorrerá uma 
diminuição desses receptores. 
 
OBS: No tratamento agudo, esses receptores 
podem ser mais ativados - pois haverá mais 
neurotransmissor na fenda, que poderá 
ativar esses receptores.

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