Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS) São os medicamentos pertencentes a classe dos ISRS: Fluoxetina Sertalina Paroxetina Escitalopran (Isômero do citalopram) Citalopram Fluvoxamina - Eles irão bloquear seletivamente a serotonina. ISRS Eficácia dos ISRS na depressão: semelhante aos ADTs. Porém: 1) Maior seletividade 300 a 3000 vezes mais seletivo para o transportador de 5-HT do que de NA. Escasso bloqueio muscarínico, alfa- adrenérgico e H1. 2) Perfil reduzido de efeitos adversos (efeito muscarínico , H1 e adrenérgico): Hipotensão ortostática Xerostomia (Boca seca) Visão borrada Taquicardia Sedação NÃO são comumente observados com os ISRS (MAS podem acontecer) 3) São relativamente seguros, mesmo em dosagens excessivas: NÃO causam arritmias (comparado ao risco de arritmias dos ADT). OBS: Convulsões podem ocorrer (todos os antidepressivos podem reduzir o limiar convulsivo) Isso aumenta a frequência de disparo dos neurônios. Isso pode ocorrer com qualquer antidepressivo (raramente um indivíduo saudável, que NÃO tenha predisposição, irão ter convulsão). ISRS Além disso são utilizados no tratamento de: Síndrome do pânico Transtorno obsessivo-compulsivo Transtornos de ansiedade generalizada Bulimia nervosa (na bula, esse efeito somente está na fluoxetina - Apesar de na prática haver a prescrição de outros) Ejaculação precoce Transtorno de estresse pós-traumático Agente de primeira linha para o tratamento da depressão e transtornos da ansiedade. EFEITOS ADVERSOS DOS ISRS São os efeitos colaterais dessa classe medicamentosa: Náusea Ansiedade Sonolência (Alterações do sono) Insônia Disfunção sexual - “Distúrbio do orgasmo” (NÃO chega a ser perda da libido). Interação de fármacos EX: NÃO podemos utilizar IMAOS com ISRS (Pode dar síndrome serotoinérgica) CONTRAINDICAÇÃO DOS ISRS Administração concomitante de IMAO, isso poderá produzir Síndrome serotoninérgica, o qual é caracterizada por: - Hipertermia - Rigidez muscular - Mioclonia - Flutuações rápidas do estado mental e dos sinais vitais. Pode precipitar mania no paciente bipolar - Embora que o risco seja menor do que com os tricíclicos. ANTIDEPRESSIVOS TORNAM O INDIVIDUO BIPOLAR? Os antidepressivos podem fazer com que alguém que NÃO tenha transtorno bipolar antes de tomar o antidepressivo venha a desenvolver o transtorno? Mais provável: Paciente já tinha o transtorno, porém a condição NÃO foi diagnosticada/ diagnosticada incorretamente. Ou seja, a condição foi “desmascarada”, porém NÃO causada pelo tratamento antidepressivo (A bipolaridade tinha sido “mascarada” - e acabada sendo tratado em monoterapia, por exemplo). LIMITAÇÕES DOS ANTIDEPRESSIVOS Eficácia clínica: - Refratariedade em 34% dos pacientes (média de 20-40%), ao 1º antidepressivo utilizado (mesmo que o tratamento tenha sido instituído de forma correta). Efeitos colaterais: - Xerostomia - Constipação - Visão turva - Sedação - Retenção urinária - Náuseas - Vômitos - Cefaleias - Disfunção sexual - Dentre outros. Demora na resposta terapêutica: - 3-4 semanas ou meses Isso pode causar desistência do tratamento. Por que os efeitos clínicos dos antidepressivos só são observados após semanas de tratamento contínuo? Isso porque quando o paciente diagnostica a depressão, e inicia o tratamento - demora cerca de 2 a 12 semanas, para o medicamento começar a fazer efeito. 1- Demora devido a ação do autorreceptores inibitório. 2- Os antidepressivos produzem uma resposta tardia envolvida com a modulação da transcrição génica. - Antidepressivo modula genes importantes na resposta do controle do humor A transcrição desses genes é alterada com a utilização desses antidepressivos. - Um aumento da neurotransmissão, modula cofatores que afetam a transcrição genica Alguns genes pode ter sua transcrição aumentada ou reduzida EX: Os antidepressivos aumentam a quantidade de genes responsáveis pela codificação de fatores neurotróficos (Contribuindo pela maturação, desenvolvimento, proteção). - Um desses fatores neurotróficos é o BDNF (Fator neurotrófico, derivado do cérebro) - este é importante para a plasticidade (arborização dentrítica). - Em estado depressivo, a arborização dendríticas e arborização de um neurônio com o outro foi reduzido. O BDNF também é reduzido em situações de estresse/ansiedade. - O tratamento prolongado (semanas- meses) consegue reverter essa situação. -- Os antidepressivos também conseguem interferir na transcrição de alguns genes: 1. Diminui a transcrição do gene responsável pelos receptores de natureza inibitória (aqueles que sinalizam para parar de liberar o neurotransmissor). - Ativando esses receptores de natureza inibitória Para de liberar o neurotransmissor (EX: Serotonina) - então o melhor é diminuir a quantidade desses receptores. São os receptores inibitórios: 5 HT1A Receptors α-2 (ligado a uma proteína G inibitória). - E por infrarregulação desses receptores (após longo período de costume do organismo com o medicamento - e modulado as vias) Ocorrerá uma diminuição desses receptores. OBS: No tratamento agudo, esses receptores podem ser mais ativados - pois haverá mais neurotransmissor na fenda, que poderá ativar esses receptores.
Compartilhar