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Resumo Biofísica da função renal 2

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A biofísica renal é um campo importante da fisiologia que se concentra nos 
processos físicos e mecânicos envolvidos na função dos rins. Neste texto, 
exploraremos os principais conceitos relacionados à biofísica renal, incluindo a 
função dos rins, a anatomia do néfron, os processos de filtração glomerular, 
reabsorção tubular, secreção tubular, e os mecanismos de contra-corrente nos 
rins.
Introdução
Os rins desempenham um papel vital no controle da homeostase do corpo, 
mantendo a constância do meio interno. Isso é essencial para a regulação do 
volume hídrico, do pH e da osmolaridade. Além disso, os rins atuam como 
glândulas endócrinas e exócrinas.
Função Renal
A função renal envolve a excreção e reabsorção de íons, metabólitos, substâncias 
exógenas e água. Os rins têm um papel crucial na regulação do volume hídrico 
corporal, controlando a quantidade de água excretada ou retida. Eles também 
ajudam a regular o pH sanguíneo, eliminando íons de hidrogênio (H+) ou 
bicarbonato (HCO3-) conforme necessário. Além disso, os rins desempenham um 
papel na manutenção da osmolaridade do sangue.
Processos Renais Principais
Filtragem Glomerular: A filtração glomerular ocorre no glomérulo, onde 
substâncias de baixo peso molecular são filtradas do sangue para o espaço de 
Bowman. Quase todas as proteínas são retidas nesse processo.
1.
Reabsorção Tubular: Após a filtração, o rim seleciona as substâncias que devem 
ser reabsorvidas do filtrado de volta para o sangue. Isso ocorre principalmente nas 
estruturas pós-glomerulares, como os túbulos renais.
2.
Secreção Tubular: Algumas substâncias filtradas que não foram inicialmente 
excretadas pelo rim são secretadas ativamente nas estruturas pós-glomerulares 
para serem eliminadas na urina.
3.
O Néfron
O néfron é a unidade funcional básica dos rins e consiste em uma série de 
componentes envolvidos na filtração, reabsorção e secreção. Esses componentes 
incluem:
Setor de Circulação Sanguínea (A): Artéria aferente (A1), artéria eferente (A2), 
capilares peritubulares (A3), vasos retos (A4) e veia renal (A5).
•
Setor de Circulação da Urina (B): Cápsula de Bowman (B1), glomérulo (B2), túbulo 
proximal (B3), alça de Henle (ramos descendente e ascendente) (B4 e B5) e túbulo 
•
Resumo: Biofísica da função renal
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proximal (B3), alça de Henle (ramos descendente e ascendente) (B4 e B5) e túbulo 
coletor (B6).
Capilar Glomerular (C): A membrana de filtração encontra-se neste local.•
Estruturas em Íntimo Contato Anatômico-Funcional (D): Estas são responsáveis por 
interações importantes na reabsorção e secreção.
•
Funcionamento do Néfron e Formação da Urina
O funcionamento do néfron envolve a formação da urina a partir do sangue. O 
sangue entra na artéria aferente (A1), passa pelo capilar glomerular (C), segue pela 
artéria eferente (A2), circula próximo ao túbulo renal (B), dividindo-se em capilares 
peritubulares (A3) e vasos retos (A4) antes de sair pela veia renal (A5) de volta à 
circulação geral.
A filtração ocorre na membrana de filtração (F), onde uma fração da água e dos 
solutos passa para o espaço de Bowman. O filtrado é continuado no túbulo 
proximal (B3) e segue pelo néfron (B4, B5, B6) onde ocorre reabsorção e secreção 
de substâncias. Parte dos componentes retorna ao setor sanguíneo (A), enquanto 
outras substâncias são direcionadas para o setor urinário (B) e se tornam parte da 
urina.
Fluxo Renal Plasmático (FRP) e Fluxo Renal Sanguíneo (FRS)
O FRP representa a quantidade de plasma que entra na artéria renal por unidade 
de tempo (geralmente ml/min). No adulto masculino, o FRP é de 
aproximadamente 600 ml/min. O FRS, por outro lado, é o volume total de sangue 
na artéria renal, incluindo plasma e hemácias. O FRS é calculado com base no 
hematócrito, que é a porcentagem de volume ocupado pelas hemácias no sangue. 
A relação entre FRS e FRP é expressa pela seguinte equação:
FRS = 100 - (hematócrito / FRP) = 100 / x
Geralmente, cerca de 20% do volume total de sangue do corpo passa pelos rins a 
cada minuto, tornando os rins altamente ativos.
O Funcionamento do Néfron
O funcionamento do néfron envolve processos de filtração, reabsorção e secreção. 
A filtração ocorre na membrana de filtração (F), onde a água e os solutos são 
passivamente filtrados para o espaço de Bowman. A reabsorção é responsável 
pelo retorno de mais de 99% do volume filtrado para o sangue, ocorrendo 
principalmente nas estruturas tubulares. A secreção tubular envolve a expulsão 
ativa de substâncias filtradas que devem ser excretadas.
Reabsorção Tubular
A reabsorção tubular é responsável pelo retorno de 99% do volume filtrado para o 
sangue. Esse processo seletivo permite que algumas substâncias sejam 
reabsorvidas, enquanto outras permanecem na urina. A reabsorção ocorre em 
 Página 2 de RENEW MED 
reabsorvidas, enquanto outras permanecem na urina. A reabsorção ocorre em 
várias partes do néfron, incluindo os túbulos proximais, alça de Henle e túbulos 
distais. As principais substâncias reabsorvidas incluem sódio (Na+), água (H2O), 
cloreto (Cl-) e bicarbonato (HCO3-).
Reabsorção de Sódio (Na+)
A reabsorção de sódio ocorre passivamente, com o sódio sendo atraído do lúmen 
tubular para o interior das células tubulares devido a diferenças de gradiente 
elétrico. O transporte de sódio é principalmente passivo, mas também envolve 
transporte ativo para superar gradientes desfavoráveis de osmolaridade e 
elétricos.
Reabsorção de Água (H2O)
A reabsorção de água é altamente dependente da reabsorção de sódio. A água 
segue o sódio através de gradientes osmóticos e hidrostáticos. A maioria da água 
é reabsorvida nos túbulos proximais e nas alças de Henle, com uma pequena 
quantidade reabsorvida no túbulo distal e túbulo coletor sob a influência do 
hormônio antidiurético (ADH).
Reabsorção de Cloreto (Cl-)
A reabsorção de cloreto ocorre acoplada à entrada de sódio e está relacionada aos 
gradientes de água criados pela reabsorção de solutos. Ela pode ser aumentada 
em condições de alcalose intensa.
Reabsorção de Bicarbonato (HCO3-)
A reabsorção de bicarbonato está ligada à entrada de sódio e à secreção de íons 
hidrogênio (H+). O bicarbonato em si é impermeável às membranas tubulares, 
mas é reabsorvido após a conversão de H+ e HCO3- dentro das células tubulares.
Tm de Reabsorção
O Tm (transporte máximo) de reabsorção é a capacidade máxima de reabsorção 
de uma substância. Quando o Tm é atingido, a substância começa a aparecer na 
urina. O Tm para algumas substâncias, como a glicose, é tão grande que é difícil 
de mensurar. O limiar renal plasmático (LRP) é a concentração plasmática na qual 
o Tm é atingido e a substância começa a aparecer na urina.
Secreção Tubular
A secreção tubular ocorre sempre que a quantidade de uma substância na urina 
excede a quantidade no filtrado. Isso é feito para eliminar substâncias em excesso 
do corpo ou para excretar substâncias específicas, como metabólitos e drogas. 
Existem três mecanismos principais de secreção tubular: ácidos orgânicos, bases e 
outras substâncias variadas.
Tm de Secreção
 Página 3 de RENEW MED 
Tm de Secreção
O Tm de secreção (TmS) é a capacidade máxima de secreção de uma substância. 
O TmS é determinado pela equação: TmS = LRP x FEP (onde FEP é o fluxo eferente 
plasmático). Quando o TmS é atingido, a quantidade de substância na urina 
aumenta, indicando que o rim está trabalhando para excretar essa substância em 
excesso.
Mecanismo de Contra-Corrente no Rim
O mecanismo de contra-corrente nos rins envolve uma troca de calor e 
concentração simultânea nos túbulos e alças, além dos vasos retos. Isso permite a 
criação de gradientes de concentração de solutos e a reabsorção eficiente de 
água.
Contra-Corrente Multiplicadora nos Túbulos: Esse mecanismo envolve os 
túbulos proximais, as alças ascendentes e descendentes da alça de Henle e os 
túbulos distais. Ele criagradientes de concentração crescentes, permitindo uma 
reabsorção eficaz de solutos.
•
Contra-Corrente de Troca nos Vasos Retos: Os vasos retos estão dispostos 
paralelamente aos túbulos renais e mantêm uma concentração de solutos 
semelhante à do líquido peritubular. Isso evita a alteração da concentração 
sanguínea de solutos, permitindo que parte do NaCl reabsorvido volte para a 
circulação.
•
Métodos de Estudo na Biofísica Renal
Existem vários métodos de estudo na biofísica renal, incluindo o cálculo da 
depuração, que representa a remoção de uma substância do plasma. Isso é útil 
para medir a função renal e determinar como os rins estão eliminando diferentes 
substâncias. O cálculo da depuração envolve a fórmula DR = U x V / P, onde DR é 
a depuração, U é a concentração na urina, V é o volume urinado e P é a 
concentração plasmática.
Energética Renal
A energia necessária para os processos de concentração na formação da urina 
pode ser calculada usando a fórmula t = -RTln(C1/C2), onde t é o trabalho renal 
de concentração, R é a constante dos gases, T é a temperatura, e C1 e C2 são as 
concentrações iniciais e finais de uma substância. Esse cálculo ajuda a entender a 
quantidade de trabalho que os rins realizam para concentrar a urina.
Em resumo, a biofísica renal é um campo fascinante que envolve a compreensão 
dos processos físicos e mecânicos complexos que ocorrem nos rins para manter a 
homeostase do corpo. A filtração, reabsorção, secreção e os mecanismos de 
contra-corrente são essenciais para o funcionamento renal adequado, e vários 
métodos de estudo nos ajudam a avaliar a função renal e entender os processos 
envolvidos. O estudo da biofísica renal é fundamental para a compreensão da 
fisiologia renal e para o diagnóstico e tratamento de distúrbios renais.
 Página 4 de RENEW MED 
fisiologia renal e para o diagnóstico e tratamento de distúrbios renais.
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