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LESÃO 
+ O que é um edema ósseo? 
Mas porque a história de nosso personagem fictício é tão frequente no dia dia?
A primeira vista, parece banal o retorno ao esporte de uma pessoa que parou de correr, jogar futebol, lutar ou malhar. Afinal, se eu fiquei parado e melhorei, posso retornar sem problemas. Certo?
Errado. Infelizmente, quando você para de treinar, ocorrem alterações estruturais e metabólicas em seu corpo que incluem:
	Catabolismo (perda protéica) nas células musculares e tendíneas;
	Redução da concentração de cálcio nos ossos;
	Redução do volume sistólico (quantidade de sangue ejetado pelo coração durante a contração) com consequente redução da capacidade de transporte de oxigenio para os tecidos.
	Redução da capacidade respiratória;
	Perda da agilidade neuro-motora do sistema nervoso central e periférico.
	Inibição de determinados grupos musculares: hoje sabe-se que determinadas lesões inibem a ação de músculos adjacentes. O exemplo clássico são os músculos da coxa em lesões no joelho. Vale a pena lembrar que esta inibição pode sim se agravar em um pós-operatório não bem reabilitado.
	Desequilíbrio muscular: sabe-se hoje que determinados grupos musculares possuem padrão de equilíbrio. Por exemplo: o grupo muscular anterior da coxa (quadríceps) deve ser de 50 a 70% mais forte que os posteriores. Alterações deste padrão, estatisticamente, podem levar a lesões.
 
Mas, afinal, qual seria a melhor forma de se retornar ao esporte após uma lesão? Existiria algum protocolo pronto?
Ao recolocar o indivíduo nos gramados, pistas de corrida, quadras e trilhas, antes de se pensar em um protocolo, o médico do esporte tem que ter sempre 2 conceitos básicos em mente:
1) O bom senso deve sempre prevalecer. Quanto pior a lesão e maior o tempo do afastamento, maior cuidado deve-se ter.
2) As pessoas são diferentes umas das outras: existe uma gama de variedades, incluindo sexo,  força, equilíbrio, biotipos, índice de massa corpórea, doenças concomitantes, medicações em uso e tudo isso deve ser levado em conta.
 
Pessoalmente e de maneira didática, costumo dividir o retorno ao esporte em 4 fases:
 
Regenerativa
É a fase inicial da reabilitação. Envolve os recursos de cicatrização e controle da dor da fisioterapia como a aplicação de laser e ultrassom. Neste período, também se inicia a ativação muscular. Imprescindível, nesta fase a manutenção do arco de movimento das articulações e controle de edema. Importantíssima a manutenção da performance cardio-respiratória através da natação, deep-running, spinning ou cliclo-ergometro de membros superiores para que a perda da capacidade aeróbica seja minimizada.
 
Preventiva
Nesta fase, fatores que predispuseram o indivíduo a lesão são avaliados e corrigidos. Envolve teste de força e equilibrio muscular, teste de avaliação de pisada (Baropodometria) e testes funcionais biomecânicos. O fortalecimento muscular é intensificado e, se possível, acompanhado por um treinador, evitando-se sobrecargas. Inicia-se também o treino de agilidade motora, também chamado de pliometria baseado no gesto esportivo da atividade que o indivíduo pratica.
 
Retorno inicial ao esporte
Aqui, todo cuidado é pouco. Existe sempre uma grande ansiedade em ganho rápido de performance, mas, como dito acima, as alterações estruturais e metabólicas devem LENTAMENTE serem trabalhadas para que não haja sobrecarga. Para avaliar a função cardio-respiratório, realiza-se o teste ergométrico ou ergo-espirométrico , realiza-se triagem metabólica e hormonal por testes laboratoriais, orientações nutricionais e a planilha de retorno ao treino é feita entre a equipe multidisciplinar e o treinador.
 
Ganho de performance
Aumento de volume e intensidade do treino são controlados e graduais. Idealmente, um profissional da equipe acompanha o treinamento e, com o passar do tempo, vai ocorrendo adequação nutricional ao gasto energético. Exames laboratoriais e cardiológicos regulares são realizados para se avaliar ganhos fisiológicos com o esporte na prevenção do overtraining.

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