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Veículos autônomos

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AULA 6 
VEÍCULOS AUTÔNOMOS (AGV)
Prof. Tiago Koike 
2 
TEMA 1 – ATIVIDADES ECONÔMICAS LIGADAS AOS AGVS 
O uso dos AGVs (Automatic Guided Vehicles) vem crescendo de forma 
acelerada nas indústrias e no mercado de trabalho, substituindo os transportes e 
manuseios insalubres de maior periculosidade ou trajetos muitos longos por 
processos automatizados, que não precisam descansar e não param para comer 
ou dormir. Atualmente, essa demanda por veículos autônomos está cada vez 
maior, em um mercado de trabalho que tem cada vez mais equipamentos e novas 
tecnologias. A expectativa é que esse tipo de trabalho repetitivo deixe de ser 
realizado por humanos na próxima década, sendo substituídos pelos robôs 
móveis. 
Com base nesse cenário, o Boston Consulting Group tem a perspectiva de 
que um em cada quatro empregos será substituído por robôs ou softwares até o 
ano de 2025. A Universidade de Oxford realizou outro estudo que aponta para a 
mesma direção, defendendo que, nas próximas duas décadas, cerca de 35% das 
profissões serão automatizadas. 
Ainda é difícil compreender claramente a influência que a automação 
exerce sobre o mercado de trabalho. Mas, ao contrário do que diz o mito (que a 
robótica vai roubar todos os empregos humanos), o mercado de trabalho tem sido 
menos impactado do que o esperado, gerando empregos em áreas que antes nem 
existiam, com demanda por outros serviços menos braçais. 
Figura 1 – Manutenção sistema logístico 
Crédito: Travel Mania/Shutterstock. 
A criação das novas profissões do futuro e o desenvolvimento de 
ramificações dentro das áreas de engenharia, a computação e automação 
industrial vêm ganhando cada vez mais espaço. Segundo um estudo realizado 
 
 
3 
pela Mckinsey Global Institute, estima-se que até o ano de 2030, entre 3% e 14% 
dos trabalhadores em todo o mundo precisarão mudar de função. 
São necessários novos engenheiros capazes de organizar os processos, 
assim como programar e otimizar o trabalho dos AGVs. Do ponto de vista dos 
cargos técnicos, o número de empregos para a manutenção tende a continuar 
crescendo. 
1.1 Negócios relacionados aos AGVs 
A automação não vem criando apenas profissões. Existe todo um mercado 
que gira em torno dos AGVs, assim como os demais mercados de consumo no 
mundo. Um bom exemplo é o carro, que, para ser produzido, necessita de uma 
cadeia complexa de fornecedores, montadoras, revendedoras e oficinas de 
manutenção. Os AGVs também possuem uma cadeia de valor semelhante e 
complexa, que vem crescendo e se desenvolvendo. 
A cadeia de manufatura dos AGVs é muito ampla e começa com os 
fornecedores de matérias-primas e componentes específicos vindos de empresas 
de usinagem de precisão, que respeitam as tolerâncias dos projetos feitos por 
projetistas mecânicos dos AGVs, que, por sua vez, consideram em seus projetos 
todos os sistemas eletrônicos e motores especificados pelos projetistas elétricos, 
que foram desenvolvidos por empresas de componentes eletrônicos para 
automação. As empresas fabricantes de AGVs, além de projetar, são modernas 
montadoras, pois recebem componentes e partes provenientes de fornecedores 
de todos os segmentos, passando por um rigoroso controle de qualidade até que 
os engenheiros de software integrem os sistemas para que os AGVs funcionem 
perfeitamente. 
Os fabricantes de AGVs, por meio dos seus técnicos de venda e 
engenheiros de aplicação, ajudam a especificar qual dos modelos atendem 
melhor às demandas e quais acessórios físicos, customizações e software devem 
ser considerados para cada aplicação. 
Esses AGVs são comprados por empresas de automação, chamadas de 
integradoras, que possuem uma equipe interna de engenheiros, projetistas, 
montadores, programadores e técnicos especialistas em automação. São 
responsáveis pela escolha do melhor AGV para aplicação, desenvolvimento dos 
projetos e simulação das rotas e soluções conforme cada demanda dos seus 
clientes. As integradoras, com seus técnicos, definem as rotas, programam e 
 
 
4 
conectam os AGVs ao ambiente de trabalho dos clientes, colocando em operação 
e dando manutenção aos AGVs instalados para que eles possam operar 
initerruptamente. 
Figura 2 – Integração automação logística 
 
Crédito: Panuwat Phimpha/Shutterstock. 
Existem também empresas que são especialistas em prestação de serviço 
de manutenção dos AGVs, outras em programação e até empresas que realizam 
reformas e comercializam AGVs usados. É um mercado muito abrangente que 
depende de mão de obra especializada e muito treinada. 
À medida que a indústria instala mais AGVs, a demanda por fabricar, 
instalar e dar manutenção nesses veículos autônomos só aumenta, puxando todo 
um mercado que gira atualmente dezenas de bilhões de dólares e em um futuro 
próximo deve chegar a centenas de bilhões de dólares. De acordo com a Merrill 
Lynch, o aumento no volume de todo o mercado robótico fixo e móvel se deve a 
uma redução de 27% no custo nessa última década, e deve cair mais 22% na 
próxima, fruto dos avanços e redução nos custos trazidas pelas melhorias 
tecnológicas em chips de silício, sensores e na computação. 
 
 
 
5 
1.2 Inovação no modelo de negócios 
Não é apenas a tecnologia e os empregos que estão mudando ou 
evoluindo. Esse avanço tecnológico também está inovando o modelo de negócio, 
mudando a forma como as indústrias vêm adquirindo ou trabalhando com a 
Logística, expandindo para uma economia de compartilhamento. 
No mundo da logística, já era muito comum o modelo de locação, onde 
grandes empresas de equipamento e até os próprios fabricantes de 
empilhadeiras, transpaleteiras e até equipamentos 100% manuais locavam esses 
equipamentos para as indústrias, armazéns e empresas de logística, 
responsabilizando-se pelo serviço de manutenção e substituição deles em caso 
de quebra. O que vem mudando hoje com a chegada dos AGVs e AMRs é a 
necessidade de projetos específicos, com integração junto às rotas e às atividades 
diárias, muitas vezes envolvendo os softwares de gestão das fabricas e WMS 
(software de gestão de almoxarifados). Essa mudança tem influenciado empresas 
a entender os AGVs como um serviço e não um ativo, onde estes são locados 
para serviços específicos por períodos predeterminados de tempo. 
Essa mudança de produto para serviço criou um novo modelo de negócios, 
pois implementar AGVs de forma adequada em processo industrial exige uma 
equipe especializada, com engenheiros, programadores e profissionais 
capacitados para manutenção. A locação de serviço inclui o uso compartilhado 
entre vários clientes de um time completo com expertise em automação e AGVs, 
o que reduz drasticamente os custos e torna os clientes mais competitivos. 
Já com muitos adeptos, esse modelo de negócios é usado por empresas 
de médio e pequeno porte que automatizaram seus processos logísticos com 
AGVS e estão obtendo ganhos financeiros superiores ao custo da locação, 
quebrando o mito de que só grandes empresas conseguem ter AGVs e serem 
mais competitivas. 
TEMA 2 – CARROS AUTÔNOMOS 
Quando se fala em veículos autônomos, o primeiro pensamento que nos 
vem à cabeça são os carros sem motoristas, que possuem a capacidade de se 
dirigir sozinhos. Isso parece um futuro distante: projetos implementados apenas 
em universidades ou centros de pesquisa? 
 
 
6 
Vamos ver, neste tema, que esse tipo de tecnologia, que muito se 
assemelha ao seu irmão de menor porte, os AMRs, vem evoluindo de forma rápida 
em muito prática, já sendo um produto oferecido por algumas montadoras. 
Mas, afinal, o que é um carro autônomo? 
2.1 O que é um carro autônomo? 
Assim como os robôs autônomos moveis, um carro autônomo é um veículo 
dotado de uma rede de controle, sensores e atuadores que substituem o motorista 
humano no processo de dirigir o carro. 
O processo e o princípio parecem muito simples, já implementados por 
vários modelos de AMRs que seutilizam de sistemas de navegação autônoma, 
que nada mais fazem do que simular os sentidos de visão e audição do motorista. 
Por meio de um controlador central, roda um software de inteligência artificial, 
simula os reflexos e capacidade cognitiva do cérebro, fazendo com que os 
atuadores e motores que substituam os comandos gerados por braços e pernas, 
possam acelerar, frear e virar o AMR na direção desejada. Mas por que ainda não 
vemos carros autônomos andando por todos os lados, se a tecnologia já está 
aqui? 
Figura 3 – Forma de detecção ambiente carros autônomos 
 
Crédito: Metamorworks/Shutterstock. 
 
 
7 
Realmente, por mais complexa que a tecnologia de navegação natural, ou 
seja, a tecnologia que os robôs móveis autônomos utilizam para ler o ambiente 
em que se encontram, localizar-se e navegar apenas utilizando sensores 
embarcados, elas funcionam perfeitamente bem, atendendo a todas as normas 
regulatórias de segurança e possibilitando a operação lado a lado com os seres 
humanos. 
Não muito diferente dos AMRs, os carros autônomos precisam das 
mesmas tecnologias para funcionar: câmeras, sensores laser ou 
LIDAR, GPS, inteligência artificial e um processador central, os quais, operando 
de forma integrada, geram controles precisos para fazer o carro mudar de pista 
quando necessário, reconhecer a sinalização nos semáforos, pedestres, animais, 
objetos na pista e tomar decisões em situação perigosas. 
Figura 4 – Integração de sensores para carro autônomo 
 
Crédito: Metamorworks/Shutterstock. 
2.2 Níveis de autonomia e automação 
O grande objetivo das montadoras e empresas de tecnologia é garantir que 
no futuro existam poucos ou nenhum acidente de trânsito. Para isso, estão 
apostando pesado em todas as tecnologias mencionadas acima. Essa evolução, 
que surgiu com a invenção dos cintos de segurança, vem automatizando os carros 
e os levando em direção à pilotagem autônoma. A seguir, estão listados os cinco 
 
 
8 
principais níveis até o maior estágio de automação de um carro com 100% de 
direção autônoma. 
• Nível 0 – Carro sem automação: o veículo é dirigido de forma 100% manual 
por um humano; 
• 1º Nível – Sistema de assistência ao motorista: encontrado atualmente em 
muitos veículos, é o grau mais simples de automação, oferecendo ao 
motorista recursos como piloto automático e controle de cruzeiro adaptativo 
(ACC); 
• 2º Nível – Carro semiautônomo: é uma automação parcial em que o veículo 
controla a direção e os pedais de aceleração e freio sozinhos, possibilitando 
trafegar sem interferência humana por poucos quilômetros, mas 
necessitando do motorista em caso de perigo; 
• 3º Nível – Automação condicional: uma evolução do nível 2, em que o 
carro, por meio dos sensores, toma decisões sozinho possibilitando 
trafegar sem interferência humana vários quilômetros. Porém a 
responsabilidade continua sendo do motorista, que deve assumir o controle 
do veículo em caso de perigo; 
• 4º Nível – Alta automação de direção: o veículo pode operar sozinho, o 
motorista pode dormir, mexer no celular ou ler um livro, enquanto a 
inteligência artificial dirige o carro de forma 100% autônoma. Funciona 
apenas em estradas bem-sinalizadas, levando os passageiros de uma 
cidade a outra sem interferência. Já nos trechos urbanos, o motorista 
assume a direção; 
• 5º Nível – Carro 100% autônomo: é capaz de dirigir sem interferência 
humana na cidade e rodovias, toando decisões e corrigindo possíveis 
falhas e evitando perigos. São carros muito mais seguros, pois conseguem 
monitorar 360° ao seu redor de forma instantânea várias vezes por 
segundo, tomando decisões a cada milissegundo, muito mais rápido que o 
cérebro humano consegue processar. 
 
 
 
9 
Figura 5 – Navegação autônoma de carros 
 
Crédito: Metamorworks/Shutterstock. 
2.3 Desenvolvimento nacional 
O setor automotivo no Brasil não é focado no desenvolvimento de novas 
tecnologias. Os departamentos de inovação aqui são dedicados à tropicalização 
e à nacionalização de veículos projetados em suas matrizes. Dessa forma, a 
geração de inovação e de tecnologia acontece no meio acadêmico e 
governamental em instituições como: 
• Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); 
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
(CNPq); 
• Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados 
Críticos (INCT-SEC). 
Essas instituições financiam projetos como o CARINA (Carro Robótico 
Inteligente para Navegação Autônoma), um veículo utilitário elétrico 100% 
nacional, iniciado em 2011 que rodou aproximadamente 1 km em modo 
autônomo. Em 2012, o CARINA II, montado sobre a plataforma de um Fiat Palio 
Adventure, rodou de forma 100% autônoma nas ruas do campus da USP de São 
Carlos. Em outubro de 2013, o CARINA II foi o primeiro veículo autônomo a 
percorrer vias públicas na América Latina. O feito foi realizado na cidade de São 
 
 
10 
Carlos, identificando pedestres e obstáculos, mantendo uma distância segura. 
Essa mesma equipe em parceria com a Scania criou um caminhão autônomo em 
parceria 2015. 
Figura 6 – Base projeto Carina II 
 
Crédito: Art Konovolov/Shutterstock. 
Utilizando os algoritmos de percepção desenvolvido para o CARINA e para 
o caminhão. O time da UPS aproveitou esses algoritmos no desafio virtual 
internacional que simula percursos, o Car Learning to Act (Carla), fazendo os 
ajustes necessários e se destacando como o melhor carro autônomo do mundo. 
O desafio continha 69 carros autônomos, dos melhores laboratórios de pesquisa 
do mundo e percorreram 6.582 quilômetros, em mais de 5,7 mil horas usando uma 
plataforma virtual que simula condições reais de condução. Após essa conquista, 
o objetivo é implementar no Carina II esses algoritmos utilizados no simulador, 
possibilitando navegação e condições mais complexas. 
O Laboratório de Robótica Móvel (LRM-ICMC), da USP, em parceria com 
a JACTO S.A., criaram o JAV2, um protótipo de pulverizador autônomo com 
sistema de visão, que o impede de colidir contra obstáculos ou pessoas. Foi 
apresentado no Agrishow de 2014 e está entre os mais modernos do mundo, pois 
é totalmente autônomo. 
 
 
 
11 
Instituições como o CNPq estimulam os jovens a ter um maior contato com 
a robótica e seguirem carreira científico-tecnológicas por meio de concursos como 
Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e a Robocup, o maior evento de 
competições de futebol de robôs do mundo, realizada em João Pessoa no ano de 
2014. 
2.4 Carros que já são autônomos 
Hoje no mercado já existem alguns carros autônomos disponíveis para 
compra, carros do 2º nível de automação como os carros da Tesla dotados da 
função Autopilot, assim como alguns modelos da Volvo como o S60 são exemplos 
desses veículos. 
A seguir estão alguns modelos bem promissores e com chega garantida 
para os próximos anos ao nosso mercado e concessionarias. 
2.4.1 Volvo XC90 
A nova geração do XC90 é o primeiro Volvo dotado do Volvo Pilot Assist 
capaz de circular em rodovias até 130km/h sem intervenção humana. A Volvo já 
fez parceria com a Uber no desenvolvimento de veículos 100% autônomos, e 
atualmente sua parceira nessa missão é a Waymo. 
Figura 7 – Volvo XC90 funcionalidades autônomas 
 
Crédito: Grzegorz Czapski/Shutterstock. 
 
 
12 
2.4.2 BMW iNext 
A montadora anunciou que seu primeiro veículo com sistema autônomo de 
4º nível de automação será a versão final do iNext, fabricada na unidade de 
Dingolfing, na Alemanha. A BMW se uniu em parceria com sua arquirrival 
Mercedes-Benz para desenvolver seus veículos autônomos. 
2.4.3 Mercedes-Benz Classe 
Está planejado que a nova geração do Mercedes-Benz Classe S seja o 
pioneiro da marca no universo dos carros no 4º nível de automação. 
2.4.4 Audi A8 
O A8 atual chegou com a promessa de ser o primeiro autônomo de 3º nível 
de automação do mercado, porémestá limitado devido a fatores como legislação. 
O carro tem a tecnologia, mas ela não está habilitada. A nova geração já tem a 
promessa de vir com o 4º nível de automação. 
2.4.5 Tesla 
A Tesla é a pioneira e líder em embarcar tecnologia de navegação 
autônoma em veículos de produção em série, e está na vanguarda dos carros 
autônomos. Oficialmente seus carros são classificados como veículos de 2º nível 
de automação, porém sua tecnologia está entre o 3º e 4º nível de automação, pois 
são capazes de mudar de faixa sem interferência do motorista e rodar em rodovias 
sem interação humana, porém, em função da legislação, são limitadas para 
funcionamento apenas temporário. 
Recentemente, Elon Musk, CEO da Tesla, afirmou que a marca terá 
autônomos de 5º nível no próximo ano. 
 
 
 
13 
Figura 8 – Tesla Model S, primeiro carro de linha autônomo 
 
Crédito: Franz12/Shutterstock. 
TEMA 3 – OUTROS TIPOS DE AGV E AMRS 
Como vimos, os AGVs e AMRs não estão restritos apenas ao uso industrial. 
A mobilidade e a capacidade de mover peças ou equipamentos de um ponto a 
outro fazem parte das atividades cotidianas do processo logístico das indústrias. 
Com o crescente avanço nas tecnologias, esses processos de 
movimentação/logística estão cada vez mais automáticos, com equipamentos que 
conseguem ler e reconhecer os ambientes em que estão inseridos, adequando-
se a rotas para realizar diferentes atividades atividade. 
Mas esse mercado de veículos moveis autônomos não se restringe apenas 
à indústria e muito menos aos meios terrestres, com os já comentados carros ou 
caminhões autônomos. Neste tema, vamos estudar outros tipos de veículos 
autônomos móveis. 
3.1 Veículos autônomos móveis terrestres 
Vamos começar este tema com duas tecnologias que já fazem parte do 
cotidiano das indústrias e mundo da automação, que são os braços robóticos 
acoplados aos AGVs. Dessa forma, além de se locomoverem, esses robôs 
 
 
14 
realizam atividades de pega, entrega, inspeção, amostragem e muitas atividades 
como de um ser humano. 
O primeiro e mais inovador é o Handle, da Boston Dynamics, que é um robô 
móvel trabalhador de armazém, que, por meio de equilíbrio, sistema de visão e 
contrapeso, se locomove sobre duas rodas para movimentar cargas de um lado 
ao outro. 
Outro robô que se destaca na indústria e armazém tem a capacidade de se 
locomover no piso e subir as estruturas dos armazéns verticais para pegar ou 
deixar os produtos diretamente nas prateleiras. O SQUID, da israelense Bionic 
HIVE, elimina a necessidade de veículos dedicados a cada etapa do processo. 
3.2 Veículos autônomos móveis aéreos 
Dentre os veículos autônomos móveis, os veículos aéreos não tripulados 
ou VANTs são os mais conhecidos, em função da grande popularização dos 
drones nas guerras e no mercado comercial. 
Seu sistema de navegação é bem mais complexo que os utilizados em 
sistemas autônomos terrestres, porém, como a quantidade de obstáculos no céu 
é quase nula se comparada ao encontrado em terra, esses sistemas quase nuca 
contam com esse tipo de incidentes. 
O uso desses veículos em sistema de vigilância e monitoramento é uma 
das principais aplicações, pois muitas dessas aplicações precisam enviar apenas 
imagem ao solo ou levar sensores e equipamentos leves para o céu. Não precisar 
levar pilotos humanos faz com que o peso diminua drasticamente, possibilitando 
equipamentos menores, muito mais baratos e com consumo de combustível 
infinitamente menor, podendo assim ficar em voo contínuo por muitas horas e até 
dias. 
Essa vantagem de grandes autonomias de voo e grande redução no 
consumo atraíram tanto o setor comercial quanto o militar, uma vez que apresenta 
altos custo de operação com veículos tripulados como aviões e helicópteros. 
 
 
 
15 
Figura 9 – Drone com câmera infravermelho para inspeção térmica 
 
Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock. 
3.3 Veículos autônomos móveis aquáticos 
Apesar de menos comum no nosso dia a dia, os veículos autônomos 
marinho vêm ajudando pesquisadores e empresas que possuem operações no 
mar ou em grandes profundezas a melhorar e reduzir os custos dessas operações, 
sendo um mercado mais voltado à exploração de gás e petróleo, em que o Brasil 
se destaca muito por inovação e pioneirismo. 
Um exemplo dessa inovação é o robô autônomo FlatFish, desenvolvido 
pelo Instituto Senai de Inovação e Automação. Trata-se de um robô que 
inspeciona dutos de petróleo em águas profundas, sendo capaz de permanecer 
em uma estação submarina executando missões de forma autônoma por até 6 
meses, desviando de obstáculos e tirando fotos 3D de alta resolução, gerando 
eficiência e segurança operacional. 
Outro veículo autônomo móvel é o See Hunter, da marinha americana, que 
é um misto de navios e submarino totalmente autônomo. Fica meses no mar sem 
nenhum operador usado para identificar quaisquer navios e submarinos nos 
oceanos mundiais. 
 
 
 
16 
Figura 10 – Submarino de inspeção autônomo 
 
Crédito: Victor Ivin/Shutterstock. 
TEMA 4 – USO COMERCIAL AGV E AMRS 
Como vimos, os AGVs e AMRs estão movimentando toda uma cadeia de 
suprimentos e geração de novas tecnologias, fazendo com que novos produtos e 
tecnologia sejam ofertados para as indústrias. Mas não é só o setor industrial que 
está tirando proveito dessas inovações. Muitas start-ups têm visto o potencial dos 
AGVs e AMRs para diversos mercados, sempre pensando em como esses 
veículos cada vez mais automáticos capazes de reconhecer o ambiente e tomar 
decisão de se adaptar criando novas rotas à medida que mudanças no ambiente 
ocorrem. Dessa forma, já saem com uma base muito poderosa para criar soluções 
que podem ajudar nas dificuldades e tarefas do dia a dia das pessoas. 
Esse avanço de tecnologia vem aumentando os serviços e novos negócios 
ligados à entrega de produtos. 
4.1 Veículos de entrega autônomos 
Um dos mercados que mais cresce atualmente é o de e-commerce, em que 
as gigantes como Amazon e Alibaba, que são responsáveis por vendas e entrega 
de produtos aos consumidores finais, vêm investindo milhões em seus centros de 
 
 
17 
distribuição e no desenvolvimento de novas tecnologias com o objetivo de 
customizar e encurtar o tempo de entrega dos seus produtos. 
Essa melhoria no processo começa dentro dos centros de distribuição, 
onde, em função do ritmo crescente de demanda por AGVs, ambas as empresas 
compraram seus próprios fornecedores de AMRs usados nos centros de 
distribuição 100% automático, mas têm como grande foco a ponta final de entrega 
dos produtos aos clientes. 
São duas as frentes promissoras na automação das entregas: a primeira 
inovação está sendo liderada pela startup Starship, que desenvolveu e vem 
usando um AMR/carrinho para entregas terrestres de produtos de hubs de 
entregas localizados em alguns bairros. Nesse hub, existe um funcionário que 
carrega os itens nos AMRs que saem para o endereço determinado de forma 
autônoma, passando por ruas, trafegando entre pessoas nas calçadas até 
chegarem no local predeterminado pelo GPS. Ao chegar, comunicam o comprador 
e aguardam a leitura do QRcode do pedido para liberar a abertura do seu 
compartimento com as entregas. Uma vez retirados os itens, o AMR retorna ao 
hub para recarregar ou realizar uma nova missão de entrega. 
Figura 11 – Robô de entrega autônomo Starship (AMR) 
 
Crédito: David Cardinez/Shutterstock. 
 
 
18 
A segunda promete um salto nas entregas automáticas, pois promete 
entregas de delivery utilizando drones aéreos, que possibilitam pouso e 
decolagem vertical e entregas em espaços muito pequenos, sem a necessidade 
de pistas ou locais com grandes áreas livres para esse procedimento. As entregas 
e testes estão sendo realizados em cidade pequenas em função do tráfego aéreo 
e da menor quantidade de prédios. Uma empresa que vem se destacando e já em 
operação é a Wing, da Google,que faz entregas de delivery com um drone desde 
2014 na Austrália e agora recebeu autorização para voar nos Estados Unidos. 
Para evitar necessidade de pouso e risco aos usuários, o sistema da Wing se 
baseia na utilização de um gancho e cabo que desce o pacote da encomenda até 
tocar o solo. O mesmo sistema é utilizado para buscar as encomendas para 
entrega, puxando o pacote até o drone que se mantém voando. 
No Brasil, o iFood, será a primeira empresa a testar e utilizar drones para 
entrega delivery. Os testes serão realizados em parceria com a speedbird. Eles 
conseguiram em agosto de 2020 a autorização da agência nacional de aviação 
civil, a ANAC, para realizar testes de delivery. A operação terá início na cidade de 
Campinas interior de São Paulo, e o objetivo é deixar partes da entrega até seis 
vezes mais rápida, segundo o time de logística no iFood. A ideia inicial é 
movimentar as encomendas entre centrais de distribuição, sendo o abastecimento 
e entregas finais realizados pelos motoboys. 
Outra grande barreira que esse tipo de tecnologia em quebrando é a 
entrega de produtos altamente perecíveis, que precisam ser entregues com 
rapidez e agilidade em locais com uma infraestrutura de transporte terrestre 
precária. Um case de sucesso é a empresa Zipline, que opera em Ruanda (África) 
um sistema de entrega de medicamentos, vacinas e bolsas de sangue para todo 
o país utilizando pequenos aviões 100% autônomos e elétricos para fazer essas 
entregas e voltar à base para serem recarregados e colocados em operação 
novamente. 
 
 
 
19 
Figura 12 – Drone de entrega de medicamentos 
 
Crédito: Sarawuth/Adobe Stock 
4.2 Agricultura 
Outro setor onde os AMRs vêm ganhando força e uma quantidade cada 
vez maior de empresas especializadas é na agricultura. Algumas características 
desse setor o tornam único e propício a esse tipo de investimento. O primeiro é 
sua extensão. Quando falamos em agricultura, o tamanho das fazendas é 
gigantesco e normalmente se localizam em lugares afastados e remotos. Para 
realizar qualquer operação de forma manual, são necessários muitos funcionários 
e tempo para cobrir todas essas áreas. O segundo ponto é que essas fazendas 
não possuem muitos ou quase nenhum obstáculo nem trânsito de pedestres ou 
veículos, o que evita risco de ferimento ou danos as propriedades, além de não 
necessitar de licenças especiais para trânsito em vias públicas, possibilitando 
testes em larga escala. 
Nesse segmento, destacam-se os veículos autônomos terrestres e aéreos. 
Como já vimos, o JAV2 da Jacto – criado em parceria com Laboratório de Robótica 
Móvel (LRM-ICMC), da USP – deu origem ao pulverizador autônomo comercial 
Arbus 4000 JAV, dotado de sistema de visão e scaner laser, que o impedem de 
colidir contra obstáculos ou pessoas, está entre os mais modernos do mundo. 
Outro equipamento autônomo já muito utilizado na agricultura são as 
colheitadeiras, máquinas altamente complexas que navegam de forma autônoma 
entre as plantações realizando a colheita de grãos. O sistema de navegação se 
baseia em GPS, sistema de visão e scaner laser. Ele corrige trajetória, encontra 
os pontos/trilhas de colheita e navega sozinho colhendo toda a área 
predeterminada no mapa. Mesmo sendo um equipamento autônomo, faz-se 
necessário um operador para monitorar o equipamento para iniciar a operação e 
 
 
20 
realizar paradas em caso de animais ou objetos, além de descarregar os produtos 
coletados. 
Figura 13 – Colheitadeiras autônomas 
 
Crédito: Alf Ribeiro/Shutterstock. 
Outra ferramenta autônoma que vem facilitando a vida e os custos no 
campo são os drones de inspeção e aplicação de pesticidas. Os pesticidas são 
componentes químicos muitos caros, chegando a custar milhares de reais por 
litro, o que demanda uma aplicação muito focada. Por outro lado, como saber 
exatamente onde aplicar? É aí que os drones entram em ação, ou seja, nesse 
mercado. Com a capacidade de voo e câmeras infravermelho e espectrais, esses 
drones conseguem detectar variações de temperatura e na qualidade das folhas 
que indicam o local certo para aplicação dos pesticidas. Uma vez mapeado, outro 
drone carregado com o pesticida realiza a pulverização com grande precisão na 
área específica, tudo isso de forma muito rápida e autônoma, gerando grande 
economia no tempo, combustível e utilização dos agrotóxicos. 
 
 
 
21 
Figura 14 – Drone aplicando agrotóxico 
 
Crédito: Suwin/Shutterstock. 
4.3 Serviços de inspeção 
Um segmento que tem evoluído muito com a implementação de tecnologias 
e veículos autônomos é o setor de inspeções e vigilância. 
Existem várias frentes que estão substituindo ou automatizando os 
processos de inspeção. Vamos passar por alguns exemplos de soluções que vêm 
facilitando as atividades em alguns segmentos. 
Na construção civil, todas a medições de obras são realizadas por um 
inspetor que mede o progresso das construções para realizar o pagamento das 
empreiteiras ou prestadoras de serviços. Os drones vêm realizando essa atividade 
com grande velocidade e precisão. Outro uso comercial dos drones é na inspeção 
de telhados e fachadas, pois elimina a necessidade de montagem de andaimes 
ou realização de escalada para realizar as inspeções. Dessa forma, elimina o risco 
e a necessidade de certificações e equipamentos, além de reduzir drasticamente 
o tempo de inspeção. Hoje existem empresas que só realizam esse tipo de 
inspeção e relatórios eletrônicos. 
 
 
 
 
 
22 
Figura 15 – Inspeção de obra civil com drone 
 
Crédito: Dmitry Kalinovsky/Shutterstock. 
A área de distribuição de rede elétrica, as operações de inspeção de falhas 
ou defeitos nos cabos e redes de distribuição eram realizadas por meio de 
helicópteros: além do piloto, um inspetor levava a bordo uma câmera 
infravermelha para encontrar aquecimento ou variação de temperatura nos cabos 
que representavam cabos danificados. Como essa inspeção deve ser realizada 
periodicamente, startups vêm desenvolvendo veículos aéreos não tripulados com 
navegação GPS e sistema visão infravermelho que seguem as linhas de 
transmissão e fazem um relatório eletrônico, indicando as coordenadas e 
características das falhas quando detectadas, o que reduz o custo operacional 
drasticamente, ganhando em produtividade. 
Como uso militar, os VANTs (drones) já são utilizados desde os anos 50 
para realizar vigilância de fronteira e até espionagem em países inimigos. Existem 
modelos equipados com mísseis como o MQ-1, Predator e Reaper. Para vigilância 
e espionagem, o mais moderno é o Global Hawk para vigilância. O Brasil 
recentemente adquiriu um drone israelense, o Hermes 450, um modelo simples, 
utilizado apenas para vigilância das nossas fronteiras. A grande vantagem é a 
redução de custo operacional, voo autônomo e possiblidade de permanecer em 
voo por muitas horas e até dias, devido ao baixo consumo de combustível e ao 
peso compacto das aeronaves. 
 
 
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Figura 16 – VANT/Drone MQ-1 Predator 
 
Crédito: Sibsky2016/Shutterstock. 
TEMA 5 – FUTURO DOS AGVS 
Como vimos durante nossas aulas, os AGVs tiveram um avanço incrível 
desde seu surgimento nos anos 50 e estão presentes nas indústrias, 
transformando os processos logísticos e até o nosso dia a dia nas tarefas de 
limpeza da casa. Essa tecnologia aumenta incrivelmente a produtividade e 
melhora as condições de trabalho. 
A massificação dos veículos autônomos vem trazendo para a indústria e o 
mercado uma maior eficiência operacional, redução dos estoques e espaço físico 
para armazenamento, baixando os custos de produção. Esses veículos já estão 
conectados aos sistemas de gestão e sequenciamento das fábricas, integrados à 
Indústria 4.0, gerando dados e estatísticas em tempo real. Fora da indústria, estão 
criando mercados e soluções. Mas o que mais temos pela frente, o que podemos 
esperar do futuro dos AMRs? 
5.1Tendências no mercado dos AGV 
Nos próximos anos, veremos uma grande evolução dos sensores e 
softwares com o uso de inteligência artificial que trarão avanços significativos para 
a precisão, a segurança e a eficiência dos AMRs. 
A seguir, estão listadas algumas tecnologias que serão comuns nos AMRs 
do futuro: 
 
 
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• O LiDAR, uma evolução do scaner laser que envia pulsos de laser para 
construir uma representação 360º de alta precisão área, permitindo uma 
referência completa de navegação; 
• Sistemas de visão com câmara 3D. Câmeras com maior resolução 
detectam obstáculos e possibilitam melhor interação com o ambiente, 
combinadas com o LiDAR e têm uma imagem 3D dinâmica 360º; 
• Novos softwares dotados de inteligência artificial serão capazes de 
processar todas as informações coletadas, aprender e tomar decisões 
cada vez mais eficiente e autônomas, abrindo um leque de 
oportunidades nunca antes imaginadas. 
5.2 Inteligência artificial 
“Todos os aspectos das nossas vidas serão transformados, e isso pode ser 
o maior evento na história da nossa civilização”. Um dos físicos mais importantes 
da nossa época, Stephen Hawking, disse essa frase quando se referia à 
inteligência artificial (IA), tecnologia sobre a qual não podemos deixar de falar 
quando se fala de futuro. 
Apesar de o termo inteligência artificial ter entrado na moda nos últimos 
anos, ele já existe há cerca de duas décadas. Entretanto, essa tecnologia vem 
evoluindo de forma exponencial de alguns anos para cá, tornando-se cada vez 
mais comum e sendo utilizada nas mais diferentes áreas de negócios. 
Também conhecida como sistemas cognitivos ou machine learning, a AI é 
o foco principal na 4ª Revolução Industrial, pois possibilita as empresas benefícios 
como redução de custo operacional, melhoria na eficiência, automatização de 
processos e otimização de preços. Todos esses ganhos mal chegaram às 
indústrias, e os setores mais avançados em sua utilização são o de internet e 
bancário, com tecnologias como análise preditiva, inteligência do consumidor, 
soluções antifraude, buscador da Google e até o robô que aspira a casa sozinho. 
 
 
 
25 
Figura 17 – Todas as áreas que AI vai revolucionar 
 
Crédito: Metamosworks/Shutterstock. 
Para se ter uma ideia do poder dessa tecnologia, em 2016 um computador 
dotado de inteligência artificial venceu o campeão humano de Go, considerado o 
jogo de tabuleiro mais complexo e com mais variáveis no mundo. Com base nisso, 
o que podemos esperar da utilização dessa tecnologia aplicada nas indústrias, 
pesquisas, projetos, big-data, sistemas de visão, robôs, casas, carros, medicina e 
tudo ao nosso redor? No futuro, com o aumento da capacidade de processamento, 
todos os dispositivos eletrônicos serão dotados de AI, desde nossos relógios até 
cidades inteiras gerenciadas por comutadores quânticos. 
5.3 Indústria 
A tendência é que no futuro os sensores mais precisos e softwares dotados 
de inteligência artificial tornem os AMRs mais inteligentes para lidar e aprender 
com situações atípicas, comunicando-se uns com os outros, assim como com as 
linhas de produção e equipamentos, prevendo problemas, criando rotas, 
sequenciando e otimizar a produção, tudo sem intervenção humana. Esses AMRs 
irão reorganizar a produção, balanceando matéria-prima e produtos acabados 
entre as linhas, corrigindo qualquer problema que venha a acontecer para manter 
a produtividade em sua capacidade máxima. 
 
 
26 
Os novos irão aumentar sensivelmente a taxa de colaboração homem-
máquina, atendendo a todas as normas da NR12 sendo seguro para se trabalhar 
lado a lado com os humanos, permitindo suas atividades em ambientes amplos e 
improvisados, mantendo a segurança. 
Figura 18 – Armazém do futuro 
 
Crédito: Monopoly919/Shutterstock. 
5.4 Sociedade 
Uma tendência muito clara é que toda parte de serviços que envolvem 
relacionamento com os consumidores e entrega de produtos será realizada por 
esses veículos autônomos. 
Separei 2 exemplos de atividades já em teste, que logo farão parte do 
nosso dia a dia assim como os smartphones: recepção nos hotéis e os garçons. 
Hoje já existem hotéis que operam sem recepcionistas ou atendentes, e todo o 
processo é realizado pelo aplicativo, desde a reserva até a liberação de acesso 
ao hotel e ao quarto. No futuro, será possível ser atendido por robô móvel, que 
fará o seu check-in, tirará todas a suas dúvidas e levará suas malas até o seu 
quarto. Esse sistema já está em teste em alguns hotéis pelo mundo. 
 
 
 
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Figura 19 – AMR de limpeza autônomo 
 
Crédito: Uskarp/Shutterstock. 
A área de alimentação e os serviços prestados pelos garçons já estão com 
os dias contados, pois os pedidos podem ser feitos diretamente pelo celular do 
cliente ou em tabletes instalados nas mesas. A grande novidade é que o uso de 
robôs para levar os pratos da cozinha até mesa será a forma mais comum. 
Robôs móveis de limpeza, ônibus, barcos e carros autônomos farão parte 
do nosso cotidiano, em um futuro que nosso relacionamento com a robótica será 
parte do cotidiano. 
Figura 20 – AMR servindo comida 
 
Crédito: Uskarp/Shutterstock. 
 
 
28 
REFERÊNCIAS 
BERMAN, S.; SCHECHTMAN, E.; EDAN, Y. Evaluation of automatic guided 
vehicle systems. Robotics and – Integrated Manuctering, v. 25, 9 fev. 2009. 
CIENTISTAS da USP desenvolveram o melhor carro autônomo do mundo. 
Ecycle, S.d. Disponível em: 
<https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-
favor/7416-carro-autonomo-da-usp-ganha-premio-em-desafio-mundial.html/>. 
Acesso em: 1 jun. 2021. 
DIMITRAKOPOULOS, G.; DEMESTICHAS, P. Intelligent transportation 
systems. IEEE Vehicular Technology Magazine, v. 5, n. 1, p. 77-84, 2010. 
FAZLOLLAHTABAR, H.; SAIDI-MEHRABAD, M. Autonomous guided vehicles: 
methods and models for optimal path planning. Berna: Springer International 
Publishing, Switzerland, 2015. 
HELDER, D. Onde estão os carros autônomos que nos prometeram? Tecnoblog, 
21 nov. 2020. Disponível em: <https://tecnoblog.net/384410/onde-estao-os-
carros-autonomos-que-nos-prometeram/>. Acesso em: 1 jun. 2021. 
ROBÓTICA no Brasil e no mundo. Canal Ciência, 29 jun. 2015. Disponível em: 
<https://canalciencia.ibict.br/noticias/item/252-robotica-no-brasil-e-no-mundo/>. 
Acesso em: 1 jun. 2021. 
ROMERO, R. et al. Robótica móvel. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
ULRICH, G. Automated guided vehicle systems: a primer with practical 
applications. Berna: Springer, 2016.

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