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Controle de Constitucionalidade Visão Geral Feito por @simplificandodireitoss Controle de Constitucionalidade • Princípio da Parametricidade e Análise de Normas Infraconstitucionais; • Direito Constitucional Intertemporal • Espécies de Controle; • Espécies de Inconstitucionalidade; • Momentos e Modelos do Controle de Constitucionalidade; • Diferenças entre Controle Difuso e Concentrado; • Controle Concentrado (ADI, ADC, ADO, ADPF e ADI interventiva); • Controle Concentrado na Esfera Estadual e Distrital; • Defensor Legis e Modulação Temporal dos Efeitos; • Amicus curiae e Reclamação; • Controle Difuso; • Controle de Convencionalidade. Feito por @simplificandodireitoss Direito Constitucional III Controle de Constitucionalidade Controle de Constitucionalidade Pressupostos para o controle da constitucionalidade • Existência de uma Constituição formal e rígida (hierarquia das normas dentro da supremacia da constituição); • A Constituição como norma jurídica fundamental; • Existência de órgão dotado de competência para a realização da atividade de controle; O STF pode fazer o controle constitucional tanto de forma concentrada como de forma difusa, além disso o controle constitucional não se limita apenas ao órgão judiciário, as casas legislativas e executivas também podem fazer. • Previsão de sanção para a conduta (positiva ou não) realizada contra a desconformidade com a Constituição. Regra geral: ela será retirada do ordenamento jurídico como se nunca tivesse existido. PIRÂMIDE DE KELSEN O posicionamento dos tratados internacionais Tratados Internacionais dividem – se em duas espécies: • Tratando – se de Direitos Humanos; Nesses casos, deve- se perguntar se ele foi aprovado pelo rito especial ou não. Desse modo, aprovado em 2 turnos, por 3/5 dos votos, em cada casa do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado) ele terá força de EMENDA CONSTITUCIONAL, se não ele terá força SUPRALEGAL (acima das leis, mas abaixo da Constituição). Obs: Houve a possibilidade dos tratados internacionais serem Feito por @simplificandodireitoss equiparados às emendas constitucionais a partir da EC 45/04. • Tratando – se de assuntos gerais, sendo assim ele terá forma de ato normativo primário, sendo equivalente às leis ordinárias. Ato normativo primário tira a sua força normativa diretamente do texto da constituição. Desse modo, os atos normativos primários estão elencados no art.59, CF: Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. ➢ Tirando as emendas constitucionais, todos os demais estão no mesmo patamar da pirâmide. Logo, não há existência de hierarquia entre atos normativos primários, inclusive entre Leis ordinárias e Leis Complementares, excetuado a situação das Emendas Constitucionais. Destaca – se a importância de saber diferenciar ato normativo primário de secundário, pois assim será possível determinar se o controle será de constitucionalidade ou legalidade. Ademais, existem outros atos normativos primários que não estão elencados no art.59, CF, sendo eles: ➢ Regimento Interno dos Tribunais; ➢ Resolução dos Tribunais; ➢ Resolução do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público; ➢ Tratados internacionais; ➢ Decretos autônomos. Decretos autônomos – art.84, VI Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Atos normativos secundários tiram a sua força normativa diretamente dos atos normativos primários, sendo eles os: ➢ Decretos regimentares; ➢ Portarias; ➢ Instruções normativas. Diante de atos normativos secundários há parâmetros de legalidade. Por fim, cabe destacar que a constituição busca validade nela mesma. Controle de Convencionalidade ➢ É quando o ato normativo primário busca validade no ato supralegal. Feito por @simplificandodireitoss O princípio da supremacia da Constituição e sua relativização ➢ Não existe direito absoluto, nesse viés há vezes em que se admite conviver com a inconstitucionalidade, pois retirar a norma do sistema traria problemas ainda maiores. • Conflito entre normas originárias: inexistência de hierarquia e ponderação de interesses. Normas originárias são aquelas que estavam no texto da constituição desde a sua promulgação, não sendo possível sua inconstitucionalidade. • As normas supralegais e o duplo exame de compatibilidade vertical das leis ➢ O duplo exame da norma manifesta – se no momento em que os atos normativos primários devem ser validados dois degraus acima da pirâmide: Constituição, EC e Tratados Internacionais de direitos humanos, e normas Supralegais. Bloco de Constitucionalidade • Amplo – normas constitucionais, costumes e etc... • Restritivo – tem como parâmetro apenas o texto constitucional e os tratados internacionais equiparados as EC’s. As Súmulas Vinculantes não se encaixam na pirâmide de Kelsen, pois ela trata das normas jurídicas. Princípio da Parametricidade e Análise de Normas Infraconstitucionais Como fica o cenário quando uma constituição nova é promulgada? Princípio da parametricidade ➢ A norma deve ser acompanhada frente à constituição da época. Antes da análise de qualquer controle das normas é necessário atentar - se se a norma foi editada após ou antes da nova Constituição. ➢ Norma compatível = norma constitucional; ➢ Norma incompatível = norma inconstitucional. Nesse sentido, a compatibilidade das normas infraconstitucionais editadas após a promulgação da constituição deve obedecer os aspectos formais (procedimento) e materiais (conteúdo). Enquanto, a compatibilidade das normas infraconstitucionais editadas antes da promulgação da Constituição relaciona - se ao juízo de recepção ou revogação. Logo na recepção ou revogação, analisa - se apenas se a norma vale ou não vale mais. Feito por @simplificandodireitoss BRASIL NÃO ADMITE INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE ➢ A inconstitucionalidade superveniente trata de quando a norma torna - se inconstitucional devido ao surgimento de uma nova constituição; ➢ Contudo, para o Brasil a norma nasce constitucional ou inconstitucional, não se torna inconstitucional ou constitucional. No juízo de recepção ou revogação analisa - se apenas o aspecto material (conteúdo). Exemplo: desde 1988 não existe mais decreto - lei no Brasil, alterou - se para Medida Provisória, contudo admite - se o decreto - lei 2.848/40 (CP), porque no direito intertemporal analisa - se apenas o aspecto material. Outro exemplo: a CF/ 88 diz que as normas gerais tributárias deverão ser por lei complementar, contudo o CTN é uma lei ordinária e é válida, pois analisa - se apenas o aspecto material. É possível a declaração de inconstitucionalidade formal de lei editada antes da Constituição atual? ➢ Não, porque analisa - se apenas a recepção e a revogação em face da Constituição atual e a análise é apenas no aspecto material. ➢ Só é possível declarar que a lei é inconstitucional formalmente frente à constituição vigente no momento da sua criação. Direito Constitucional Intertemporal Como fica a constituição anterior quando a nova é promulgada? ➢ Quando uma nova constituição entraem vigência ocorre a ab - rogação (revogação total) da constituição anterior. ➢ Logo, não interessa se é compatível material ou formalmente com a nova constituição, ela será revogada totalmente. Constituição anterior x Constituição posterior Aplica - se critérios de antinomia: norma superior prevalece sobre norma inferior; norma especial prevalece sobre norma geral; e norma posterior revoga norma anterior (critério cronológico). O poder constituinte originário pode tudo, afinal de contas ele é ilimitado, incondicional, inaugural, ele rompe com a ordem jurídica anterior e cria uma nova. ➢ Logo, ele pode excepcionar a regra da revogação total. Desconstitucionalização ➢ Na desconstitucionalização eu recebo a constituição anterior com o status de lei naquilo que não contraria a constituição atual. ➢ Essa é a exceção, deve estar expresso. Feito por @simplificandodireitoss Exemplo: aconteceu no Brasil com a Constituição de Portugal e CE/SP em 1976. Recepção material ➢ A constituição anterior é recebida pela constituição atual com o mesmo status de constituição; ➢ Temporário e precário; ➢ Essa é a exceção, deve estar expresso. Exemplo: a constituição de 1988 recepcionou as normas tributárias da constituição anterior por 4 meses. Graus de retroatividade das normas constitucionais • Grau mínimo, essa é adotada em regra, a constituição incide nas prestações que vencerem após a entrada em vigor da norma constitucional. Exemplo: celebrei um contrato de aluguel em 1987, as parcelas que pagarei a partir de 1988 serão redigidas pela nova constituição e as parcelas anteriores pela constituição anterior. • Grau médio, a constituição incidiria nas prestações vencidas e pendentes a partir da entrada em vigor da norma constitucional. Exemplo: recairia sobre as parcelas vencidas e pendentes do contrato de locação. • Grau máximo, a constituição incidiria sobre todas as prestações, inclusive as já pagas antes da entrada em vigor da norma constitucional. Obs: não existe direito adquirido quando há a criação de uma nova constituição. ➢ Há a ab - rogação total da constituição anterior. Espécies de Controle Quando falamos no defeito de inconstitucionalidade temos a inconstitucionalidade por ação ou omissão. Inconstitucionalidade por ação X Inconstitucionalidade por omissão ➢ A inconstitucionalidade por ação a norma existe e é inconstitucional. ➢ A inconstitucionalidade por omissão a norma não existe e é justo na falta da norma que reside a inconstitucionalidade. Inconstitucionalidade por omissão ➢ Não é a mais frequente; ➢ A falta da norma gera uma inconstitucionalidade ; Ela é combatida por meio de duas ferramentas: • Mandado de injunção (controle difuso de constitucionalidade) - Art. 5°, CF e pela Lei 13.300/2016; • Ação direta de Controle de Constitucionalidade por omissão (ADI por omissão ou ADO - controle concentrado de constitucionalidade) - Art. 102, Feito por @simplificandodireitoss CF e pela Lei 9.868/99 - essa lei regula a ADI, ADC e ADO. Nesse cenário estamos diante de uma norma de eficácia limitada, pois nessas normas é necessário um complemento legislativo para que a norma constitucional tenha eficácia maior. Inconstitucionalidade por ação ➢ A norma existe e a inconstitucionalidade está dentro dela (perturbação a ordem nacional). Espécies de Inconstitucionalidade • Vício material (nomoestático - defeito parado no conteúdo) ➢ O conteúdo viola a Constituição. Nem sempre uma lei boa é constitucional, o conteúdo pode ser constitucional, mas pode haver vício formal. • Vício formal (nomodinâmico - defeito está naquilo que caminha - há várias fases procedimentais para a criação da norma) ➢ Na grande maioria das vezes o defeito é formal, contudo esse defeito é mais difícil de ser analisado. • Orgânico (diz respeito à casa legislativa) ➢ A casa legislativa que fez a norma não era competente para isso. Exemplo: lei estadual não pode fazer lei para colocar interferências telefônicas perto de presídio, pois é competência da União legislar sobre Telecomunicações. Para identificar os vícios formais orgânicos é necessário distinguir a competência legislativa de cada ente. • Descumprimento dos pressupostos objetivos ➢ MP sem urgência ou relevância (Art. 62, CF); ➢ Criação de município sem atender o procedimento do art.18 da CF. • Propriamente dita o Requisitos subjetivos É o vício de iniciativa - quem deflagrou o processo legislativo foi a pessoa errada. Obs: se o projeto de lei interessa determinado órgão, ele que deve ter a iniciativa de lei, por exemplo, se interessa o judiciário, ele que deve começar o projeto de lei. Se o processo legislativo nasceu das mãos erradas, mas no meio do caminho o vício foi corrigido, ele torna - se constitucional? ➢ Não, o vício de iniciativa nunca se convalida, nem mesmo com a sanção. Exemplo: deputado estadual propõe lei para reajuste da Polícia Civil do RJ que é subordinada ao Governador, mesmo que o Governador sancione a lei, a lei é inconstitucional, pois deveria ter nascido das suas mãos. Feito por @simplificandodireitoss Há vício de decoro parlamentar? ➢ De acordo com o Pedro Lenza, no mensalão (os parlamentares recebiam uma mesada para votar em determinados projetos) há vício no motivo que levou determinado parlamentar a votar naquela lei, tendo vício de decoro parlamentar. o Requisitos objetivos Descumprimento dos requisitos objetivos, como os requisitos para aprovação da Emenda Constitucional que precisa de 2 turnos com ⅗ dos votos em cada casa do congresso. Exemplo: a emenda 19/98 alterou o art. 39 da Constituição Federal que dispunha acerca do Regime dos Servidores (Regime Jurídico Único), possibilitando que outros regimes jurídicos de servidores fossem criados. Vício formal orgânico X Vício propriamente dito de requisitos subjetivos ➢ A norma pode nascer na casa legislativa errada ou pode nascer da mão da pessoa errada. Momentos e Modelos do Controle de Constitucionalidade Todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) fazem controle de constitucionalidade, sendo eles preventivos (antes da criação da norma) e repressivo (depois da criação da norma). • Modelos Administrativos O controle de constitucionalidade em relação ao CNJ e ao CNMP é que eles não podem fazer controle de constitucionalidade, contudo de acordo com o STF eles podem deixar de aplicar norma que entenda ser inconstitucional, o que configura exercício de controle de validade Feito por @simplificandodireitoss dos atos administrativos do Poder Judiciário (STF, PET 4656/PB). Ademais, quanto aos Tribunais de Conta, a súmula 347, criada em 1963, antes mesmo da criação da ADI (1965), permitia que eles fizessem controle de constitucionalidade. ➢ Em 2021, o STF decidiu que os Tribunais de Conta não fazem controle de constitucionalidade e essa súmula perdeu a eficácia. A norma em período de vacation legis pode sofrer controle preventivo de inconstitucionalidade. • Modelos Políticos Executivo O Presidente da República pode dar veto político - o presidente entende que o projeto de lei é contrário ao interesse público, não se caracteriza como controle de constitucionalidade, e sim, oportunidade e conveniência- e jurídico (controle político de constitucionalidade) - o presidente vota por entender que o projeto é contrário a Constituição. ➢ Ademais, observa - se que uma vez que o presidente vetou apenas alguns artigos na lei, não poderá voltar atrás e vetar outros após a tomada de decisão. Em contrapartida, a declaração de inconstitucionalidade do poder judiciáriopode ser feita inclusive com normas plurissignificativas com uma das interpretações possíveis, como a pronúncia de inconstitucionalidade parcial sem pronúncia de nulidade (tá errado, mas deixa aí), interpretação conforme a constituição, declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto. Em outras palavras, quando eu tenho palavras plurissignificativas eu posso permitir que o judiciário deixe o texto íntegro, mas uma das interpretações vai ser errada. ➢ Enquanto o veto do Presidente é de todo o texto, todo o artigo e etc… O veto é controle constitucional desde que seja o VETO JURÍDICO. • Modelos jurisdicionais O controle feito pelo judiciário, em regra, é repressivo. Logo, o controle preventivo é excepcional. Sendo assim, o controle constitucional judiciário preventivo não tem nenhuma ferramenta de controle concentrado. ➢ Logo, não cabe ADI, ADPF, ADO, ADC…. Desse modo, ele só pode ser feito por Mandado de Segurança (controle difuso) e impetrado por um legitimado (parlamentar), pois o parlamentar tem o direito líquido e certo ao devido processo legislativo. Esse controle preventivo só pode em duas hipóteses: Feito por @simplificandodireitoss • Barrar tramitação de PEC que viole cláusula pétrea; • Quando houver vício formal no projeto de lei. Não cabe MS para barrar projeto de lei sob alegação de vício material. ➢ Logo, espera que o Legislativo crie a norma para depois fazer o controle de constitucionalidade. Em regra, o controle preventivo é a regra para o poder executivo e para o judiciário é o repressivo. • Controle Repressivo Jurisdicional Pode ser feito por controle difuso (qualquer juiz pode fazer) e controle concentrado (STF e TJ). • Controle Repressivo Político Executivo De 1988 pra cá houve discussões acerca e há uma tendência a não permitir mais, visto que com a ampliação dos legitimados para interpor ADI e a inclusão do Presidente como legitimado, ressaltou - se que o prazo médio para o julgamento de uma ADI é 4 anos e o mandato é de 4 anos. Logo, permite - se apenas que o chefe do executivo oriente seus subordinados a não aplicação da norma, pois a considera inconstitucional. • Controle Repressivo Político Legislativo Ocorre em três circunstâncias: • Congresso Nacional - Art. 49, V; Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; • Medida Provisória - Art. 62, § 5°; O papel realizado pela comissão mista que analisa se há relevância e urgência na matéria da medida provisória é controle constitucional repressivo. Art. 62. Em caso de relevância e urgência (controle de constitucionalidade), o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. • Senado Federal - Art. 52, X, CF. Foi dado ao Senado Federal o poder de suspender para todos aquilo que o Supremo declarou inconstitucional inter partes, logo declarando efeito erga omnes. Contudo, ocorreu uma mutação constitucional (alteração da interpretação sem a alteração do texto), agora mesmo que seja pelo controle difuso, se a decisão partir do plenário do Supremo Federal ela valerá erga omnes, perdendo o papel do Senado de suspender essa norma, Feito por @simplificandodireitoss mudando seu papel para publicitar essa decisão. Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Diferenças entre Controle Difuso e Concentrado de Constitucionalidade O caso marbury x maddison, de acordo com alguns doutrinadores, não foi o primeiro caso norte americano, mas é o caso mais citado devido ao cenário político da época. ➢ No controle difuso eu não quero a inconstitucionalidade da norma, é algo que eu alego para eu chegar no meu pedido principal, ocorre por via de exceção ou de defesa; ➢ Enquanto no controle concentrado a inconstitucionalidade é o meu pedido, ocorre por via de ação. ➢ O controle difuso é adotado no Brasil desde a Constituição de 1891. ➢ O controle concentrado foi adotado no Brasil na constituição de 1934, mas apenas a partir da EC 16/65 surgiu a ADI, a ser proposta, perante o STF, exclusivamente pelo PGR. Feito por @simplificandodireitoss ➢ Na constituição de 1934, já havia a previsão da ADI interventiva. ➢ O controle difuso pode ser utilizado por qualquer pessoa, no bojo do processo. Além disso, ele adota a teoria da nulidade. ➢ Enquanto, o controle concentrado no âmbito federal só pode ser iniciado pelos legitimados do art. 103 da CF/88, exceto a ADI interventiva que possui apenas um legitimado: o PGR. Além disso, adota a teoria da anulabilidade. As ações de controle de constitucionalidade são: • ADI; • ADC; • ADO; • ADPF; • ADI interventiva; • Recurso extraordinário, excepcionalmente. O controle difuso no Brasil foi adotado desde a Constituição de 1891, enquanto o controle concentrado apenas na Constituição de 1934 por meio da ADI interventiva. A inconstitucionalidade por controle difuso pode ser alegada por qualquer ação, remédio ou recurso. Em contrapartida, o controle concentrado só pode ser alegado nas 5 ações previstas. Na origem o controle difuso adota a teoria da nulidade, a norma inconstitucional é nula desde sempre, provocando efeitos retroativos, ex tunc, tirando a norma do ordenamento e todos os seus efeitos; enquanto no controle concentrado adota a teoria da anulabilidade, ou seja, os efeitos são ex nunc, a inconstitucionalidade vale apenas da decisão pra frente. ➢ No Brasil, tanto no controle difuso como no controle concentrado adota - se a teoria da nulidade, ou seja, efeitos ex tunc, a norma retroage, como se ela nunca tivesse existido. Entretanto, essa é a regra, é possível de acordo com o art. 27, lei 9.868/99 a modulação dos efeitos, admitindo então efeitos ex nunc ou pro futuro. Feito por @simplificandodireitoss Ademais, em regra, a decisão no controle difuso produz efeitos interparts, contudo esse entendimento pode ser ampliado erga omnes quando o STF julgar com repercussão geral ou quando a decisão partir do plenário do STF. Outrossim, quando os Tribunais querem declarar uma lei inconstitucional essa declaração não pode partir de uma turma, de uma câmara ou de uma sessão, visto que eles são órgãos fracionários, de acordo com a súmula vinculante 10. ➢ Logo, quem pode declarar inconstitucional uma lei é o plenário ou o órgão especial onde houver. Controle Concentrado • Origem ➢ No mundo, nasce na Europa por influência de Hans Kelsen que escreveu a constituição da Áustria e da Alemanha. ➢ No Brasil, ele nasce por meio da constituição de 1934, trazendo a ferramenta menos utilizada até hoje, ADI interventiva, apenas com a emenda 16/65 acrescentou a ADI genérica. Entretanto, o maior marco é a constituição de 1988 que amplia os legitimados para propor ação de inconstitucionalidade, passa de 1 legitimado para 9, além de aumentar as ferramentas de controle de constitucionalidade (ADI, ADO, ADPF e ADI interventiva). ➢ A EC de 03/93 acrescentou a ADC. • Sinônimos: controle principal, abstrato, fechado, via de ação. • Ferramentas: ADI, ADO, ADC, ADPF e ADI interventiva. Obs: na ação civil pública na discussão de direitos difusos a decisão valeráa favor de todos, erga omnes, exatamente como a ação direta de inconstitucionalidade. ➢ Contudo, embora sejam parecidas, na ação direta de inconstitucionalidade estou exercendo por via principal, na ação civil pública a inconstitucionalidade é para possibilitar a causa de pedir. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; ➢ Destaca - se que a ADI é contra lei federal ou estadual, não cabe ADI no STF para lei municipal nem leis distritais de natureza municipal. ➢ Enquanto a ADC no STF cabe apenas para normas federais, ficando de fora as normas estaduais, distritais e municipais. [...] § 1º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. Feito por @simplificandodireitoss § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. As decisões proferidos no controle concentrado são: • Decisão definitiva de mérito; • Decisão cautelar (essa medida cabe em qualquer uma das 5 ações previstas). A medida cautelar é uma medida provisória antes da decisão definitiva de mérito. Quem fica vinculado às decisões definitivas de mérito do STF? ➢ Os demais órgãos do Poder Judiciário e à administração direta e indireta; ➢ O STF não fica vinculado a essas decisões e nem o Legislativo. Quem são os legitimados para propor as ações de inconstitucionalidade? Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. ➢ Todos os marcados em negrito precisam apresentar a pertinência temática, o interesse no caso, devem demonstrar como a lei está os afetando. ➢ Os demais são legitimados neutros, universais, o interesse é presumido. Na ADI, ADC, ADO, ADPF os legitimados são todos aqueles presentes no art. 103, CF. ➢ A emenda 45 igualou os legitimados da ADI e da ADC. Em casos de omissão do poder competente, cabe mandado de injunção (controle difuso) ou ADO (controle concentrado) Sendo assim, o STF é o guardião da Constituição Federal e exerce o seu papel no controle concentrado de constitucionalidade frente à Constituição Federal. Ademais, destaca - se o papel do AGU, sendo curador da lei (defensor legis). Feito por @simplificandodireitoss ➢ Os legitimados especiais devem justificar seu interesse na norma impugnada, como aquela norma está os afetando. Ademais, os partidos políticos e as confederações sindicais e entidades de classe (associação) de âmbito nacional (homogeneidade - devem representar apenas uma categoria - e representar pelo menos 9 entidades da Federação) - precisam estar assistidos por advogado pra propor as ações de inconstitucionalidade. Outrossim, os sindicatos são divididos em três graus: 1. Sindicato; 2. Federação (composta de pelo menos 5 sindicatos); 3. Confederação (composta de pelo menos 3 federações). Nesse sentido, enfatiza - se que apenas as confederações sindicais são legitimadas para entrar com ações constitucionais. ➢ Logo, não pode nem federações, nem sindicatos, nem centrais sindicais de abrangência nacional. ➢ Ademais, destaca - se que a associação de associações tem legitimidade para entrar com as ações constitucionais. ➢ Apenas o Conselho Federal da OAB pode entrar com ações constitucionais, os outros conselhos estão fora dessa permissão. • Efeitos da decisão ➢ Erga omnes - vale para todos; Quem são as pessoas que os efeitos da decisão vincula? ➢ Dentro do poder judiciário, vincula os demais órgãos e vincula todo mundo do poder executivo (âmbito federal, estadual, distrital e municipal, além da administração direta e indireta) Não vincula o STF e nem o Poder Legislativo para evitar o fenômeno da fossilização da CF. Qual a ferramenta para fazer valer a decisão do STF na instância de 1 ° grau se houver o descumprimento dessa decisão? ➢ Cabe a reclamação dirigida ao STF, visto que quem pode mais (fazer a decisão) pode menos (fazer a decisão ser cumprida). Ademais, tanto no controle abstrato como no concreto adota - se a teoria da nulidade no qual, em regra, a decisão tem efeitos retroativos, ex tunc, a norma é retirada do sistema após a decisão final de mérito (decisão por maioria absoluta 6/11). Feito por @simplificandodireitoss Em caso de decisão na medida cautelar (decisão da maioria absoluta 6/11) os efeitos são ex nunc, ou seja, os efeitos valem da data da decisão em diante. Caso o STF não queira que as decisões tenham efeitos retroativos, ele pode usar a modulação dos efeitos, de acordo com o art. 27 da lei n° 9.868/99, sendo necessário a aprovação por ⅔ (maioria qualificada), podendo adotar efeitos prospectivos (ex nunc) ou efeitos futuros. Há essa possibilidade haja vista que às vezes a retirada da norma inconstitucional adotando-se os seus efeitos retroativos pode ocasionar mais prejuízos que melhorias. A declaração de inconstitucionalidade no Supremo Federal produz efeito repristinatório, ela torna válida a legislação anterior revogada. Efeito repristinatório ≠ Repristinação ➢ Em regra, a decisão de inconstitucionalidade do STF produz efeitos repristinatório. ➢ No efeito repristinatório há 2 leis e 1 decisão judicial. ➢ Enquanto na repristinação há 3 leis. ➢ Em regra, o Brasil não aceita repristinação. Quando a decisão do STF começa a valer? ➢ A partir da publicação da ata (resumo) de julgamento. Acórdão = acordo da decisão colegiada • Irrecorribilidade das decisões Não cabe ação rescisória nas ações constitucionais no STF e o único recurso contra a decisão de mérito é embargos de declaração e quando declarada inepta a petição (no começo do processo) cabe agravo para o colegiado. Ademais, depois de entrar com uma das ações constitucionais o controle é objetivo e não pode haver desistência. ➢ Por fim, cabe medida cautelar em todas as ações constitucionais. Obs: a ADPF cabe, inclusive, sobre decisões judiciais e a ADI interventiva é usada em intervenção federal por meio de requisição federal. ADI (ação direta de inconstitucionalidade)• Cabimento Se não couber ADI, haverá outros instrumentos para analisar a constitucionalidade daquela norma. Feito por @simplificandodireitoss ➢ Cabe ADI contra lei federal, lei estadual e lei distrital estadual. ➢ Não cabe ADI contra lei municipal e nem lei distrital municipal (súmula 642/ STF). A lei distrital tem duas naturezas: • Natureza estadual (age como Estado fosse) ; • Natureza municipal (age como município fosse) Decisões judiciais podem ser questionadas via ADI? ➢ Não posso usar uma ação direta de inconstitucionalidade para questionar decisões judiciais, mas cabe ADPF. Cabe ADPF quase sempre, ao contrário da ADI. ➢ Cabe ADI para leis (federais, estaduais e distritais estaduais) ou atos normativos (primários), excluído as decisões judiciais. ➢ Não cabe ADI em atos normativos secundários (portarias, decretos…), pois eles não têm controle de constitucionalidade, e sim, de legalidade. Os atos normativos primários são emendas constitucionais, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, medida provisória, decretos legislativos, decretos autônomos, tratados internacionais, regimento interno dos tribunais, resoluções dos tribunais e etc… ➢ Destaca - se que não há hierarquia entre atos normativos primários, exceto para as emendas constitucionais. Há 3 espécies de tratados internacionais: • Tratado internacional sobre tema diverso equipara - se a atos normativos primários; • Tratado internacional sobre direitos humanos sem rito de emenda à Constituição é norma supralegal; • Tratado internacional que passou pelo rito especial e equipara - se a emendas constitucionais. ➢ Nesse sentido, independente de qual espécie seja, cabe ADI contra tratado internacional. Norma do poder constituinte originário NUNCA será inconstitucional. Logo, não pode ADI contra ela. ➢ Em contrapartida, emendas constitucionais e as constituições estaduais podem ser questionamentos via ADI, visto que são derivados do poder constituinte derivado. ➢ Não cabe ADI contra normas pré - constitucionais (anteriores a 5/10/1988). A ADPF é a única ferramenta do controle concentrado que olha normas pra frente e pra trás. Feito por @simplificandodireitoss ➢ Ademais, também não cabe ADI contra súmula, visto que ela não é lei e nem ato normativo. Súmula = orientação dada pelos tribunais de acordo com seus entendimentos. Desse modo, destaca-se que todos os Tribunais produzem súmula. Contudo, apenas o STF produz súmula vinculante. ➢ Cabe ADI contra ato administrativo abstrato dotado de generalidade. Nesse sentido, cabe ADI contra resoluções dos tribunais, CNJ e CNMP. ➢ Cabe ADI contra lei de efeito concreto e abstrato, exemplo: lei orçamentária. Contudo, não cabe ADI para ato de efeito concreto. ➢ Cabe ADPF contra lei já revogada, mas não cabe ADI contra lei já revogada, pois para a entrada da ADI é necessário que a norma esteja em vigor. Ademais, se a revogação ocorrer no curso da ação, em regra, gera a prejudicialidade da ADI, em outras palavras, ela é extinta por falta de objeto, exceto em caso de fraude processual. ➢ Cabe ADI em caso de medida provisória. O STF, em caráter excepcional, pode identificar se tem urgência e relevância para a edição de medida provisória, se a ausência desses pressupostos for escancarada. Contudo, se a medida provisória for rejeita a ADI vai ser prejudicada. ➢ Destaca - se que caso essa medida provisória vire lei há o aditamento à petição inicial, de forma que a ação não será mais contra a medida provisória, e sim, contra a lei. • Legitimados para o ajuizamento da ADI/ADO/ADC/ ADPF estão presentes no art. 103, CF. • Procedimento regulado pela lei 9.868/99 (ADI/ADC/ADO) ➢ Não cabe ação rescisória; ➢ Não cabe desistência; ➢ Cabe recurso de agravo para o Plenário em caso de inépcia da inicial; ➢ O único recurso cabível contra a decisão de mérito é embargos de declaração. Existem dois ritos: normal e especial (pode o Tribunal converter aquilo que seria em decisão de medida cautelar direto no procedimento diferente). Para ser declarada a inconstitucionalidade da norma é necessário a maioria absoluta (6 ministros). Dessa forma, declarada a inconstitucionalidade a norma é retirada do ordenamento e produz efeitos retroativos (ex tunc). • Medida cautelar Para deferir a cautelar é necessário maioria absoluta (6 ministros) tendo seus efeitos vinculantes/efeitos Feito por @simplificandodireitoss prospectivos (ex nunc), mas a decisão que indeferir não tem efeitos vinculantes. • Modulação temporal dos efeitos/ situação de calibragem De acordo com o art. 27 da lei 9.868/99, em situações excepcionais, você pode escolher um outro momento a partir do qual a norma terá eficácia, escolhendo o efeito ex nunc ou efeitos futuros. • Causa petendi aberta e a inconstitucionalidade por arrastamento A causa petendi aberta significa dizer que quando a norma impugnada chegar ao conhecimento do órgão julgador ele não fica restrito a análise da inconstitucionalidade que o legitimado alegou, ele pode e deve analisar todo o texto da lei e observar se obedece os aspectos formais e materiais segundo a constituição. A inconstitucionalidade por arrestamento/derivação/reverber ação ocorre quando a norma impugnada é declarada inconstitucional e o ato normativo é declarado inconstitucional junto com ela. • Papel do AGU e do Ministério Público O advogado geral da União faz o papel de curador da lei ou defensor legis, de acordo com o art. 103, §3. Logo, defenderá a norma impugnada no Supremo. Contudo, de acordo com a jurisprudência do STF em três situações o AGU não é obrigado a defender a norma: 1. Se ele assinar a petição da ADI junto com o presidente; 2. Se a inconstitucionalidade for manifesta (o Supremo já declarou antes); 3. Se a norma impugnada contrariar interesses da União. • Amicus curie, intervenção de terceiros e audiências públicas A lei diz que não cabe intervenção de terceiros, mas cabe amicus curiae e audiências públicas em ADI. Em síntese, é cabível medida cautelar em qualquer uma das 5 ações de modelo concentrado, é cabível modulação temporal dos efeitos nas 5 ações e é cabível o amicus curie em qualquer uma das 5 ações. ADC (ação declaratória de constitucionalidade) ➢ A ADC é o instrumento mais recente de controle de constitucionalidade. A ADC e a ADI são chamados de ações de sinais trocados/ ações dúplices, tem natureza ambivalente em relação a ADI. • Cabimento Divergente da ADI que tem um espectro mais amplo, a ADC no âmbito Feito por @simplificandodireitoss do STF tendo como parâmetro a CF, cabe apenas para lei federal. • Legitimado Em sua origem tinha apenas 4 legitimados: Presidente da República, mesa da Câmara de deputados e Senado Federal, e o Procurador-Geral da República. ➢ Atualmente, a EC 45/04 equiparou os legitimados da ADI/ADO/ADC/ADPF, de acordo com art. 103, CF. • Surgimento no direito brasileiro com a EC 3/93; • A finalidade da ADC é transformar a presunção que antes era relativa em absoluta; • É necessário demonstrar a existência de controvérsia jurisprudencial da norma; • Medida cautelar para suspender a tramitação dos processos (por 180 dias) que estão indo contra aquela lei; • Cabe amicus curiae. Ademais, a decisão pode ser confirmando a constitucionalidade da lei ou declarando inconstitucional, em ambos os casos tem efeitos vinculantes contra todos. • Pode ter modulação temporal de efeitos; • As decisões de constitucionalidade do STF tem efeito repristinatório, mas não faz repristinação. ADO (ação direta de inconstitucionalidade por omissão) A inconstitucionalidadepode acontecer por duas espécies, por ação ou omissão, sendo o controle da omissão feita por duas vias: concentrado - ADO e difuso - Mandado de injunção. • Cabimento Tudo que é aplicável a ADI é aplicável a ADO quanto ao cabimento das ações. ➢ Cabe ADO em face de lei federal, lei estadual e lei distrital de natureza estadual. • Legitimados ➢ São os mesmos da ADI/ADC/ADO/ ADPF, previstos no art. 103, CF. • Procedimento ➢ Cabe amicus curiae; ➢ Pode ter a necessidade de ouvir o AGU, desde que a omissão seja parcial, ou seja, existe a norma, mas ela é deficiente; ➢ Os efeitos da decisão são erga omnes - cabe para todos e pode modulação temporal de efeitos; ➢ As decisões produzem efeitos repristinatório, mas não há repristinação. • Medida cautelar A medida cautelar da ADO pode determinar as seguintes consequências: 1. Suspensão da norma; Feito por @simplificandodireitoss 2. Suspensão dos processos em tramitação (s/prazo) 3. Pode o STF dar outra determinação. Obs: a lei 9.868/99 regula ao mesmo tempo ADI e ADC, e a ADO é pela lei 12.063/09. ➢ Cabe ADO tanto para atos normativos primários como para atos normativos secundários (diferença para a ADI). ➢ Tem a finalidade de combater a síndrome da inefetividade das normas constitucionais, assim como no mandado de injunção, normas que existem na teoria mas não tem aplicação prática. Diferenças entre Mandado de Injunção e Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ➢ A Defensoria Pública também pode impetrar MI Coletivo; ➢ Mandado de injunção é regulamentado pela lei n° 13.300/2016; ➢ ADI por omissão é regulamentado pela lei n° 12.063/2009 que alterou a lei 9.868/1999. O MI e o MS podem ser individuais ou coletivos. ➢ A legitimação do MS coletivo está presente no art. 5 da CF, sendo eles: partido político com representação no Congresso Nacional ou entidade de classe, sindicatos e associações, sendo que a última deve ser constituída há mais de um ano. ➢ Enquanto no MI coletivo são os mesmos legitimados adicionando-se o MP e a Defensoria Pública. Feito por @simplificandodireitoss ADPF (ação de arguição de preceito fundamental) • Cabimento ➢ A ADPF serve para questionar leis federais, leis estaduais, leis municipais e leis distritais de natureza estadual e municipal. ➢ Além disso, cabe ADPF tanto da constituição pra frente como para normas pré - constitucionais, desde que comparado frente à constituição de 1988. Apenas a ADPF pode analisar normas pré - constitucionais frente a constituição de 1988. ➢ Além disso, a ADPF questiona normas já revogadas, questionando decisões judiciais - se ainda não transitou em julgado, e permite celebrar acordos judiciais dentro dela. Então, em quais situações não cabe ADPF? ➢ Contra súmula (vinculante ou não); Súmula não é ato normativo, logo as ferramentas disponíveis para ela, de acordo com a lei das súmulas vinculantes, é a edição, revisão e cancelamento. ➢ Vetos presidenciais; ➢ Decisões judiciais c/ trânsito em julgado; ➢ Normas originárias; ➢ Em substituição à embargos de execução; ➢ Não cabe contra norma pré - constitucional frente à constituição anterior. Então se a ADPF resolve quase todos os meus problemas, por quê as outras existem? ➢ A ADPF é regida pelo princípio da subsidiariedade, isto é, um pressuposto negativo de admissibilidade, logo só cabe ADPF se não houver outro meio de sanar a lesão ao preceito fundamental. Ademais, cabe ressaltar que o princípio da subsidiariedade é aplicado em regra para as ferramentas de controle concentrado, entretanto, excepcionalmente, o STF entende que se houver outro meio de sanar a lesão pode usar outro meio, como o Recurso Extraordinário. • Fungibilidade de mão dupla Se o legitimado achava que não cabia outra ação constitucional, mas cabia, o STF admite que pode receber uma ação do controle concentrado como outra, desde que esteja no prazo e não haja erro grosseiro. ➢ Exemplo: entram com uma ADPF, mas devia ser uma ADI, eles recebem como ADI. • Legitimados para o ajuizamento ➢ São os mesmos da ADI/ADC/ADO/ADPF presentes no art. 103, CF. Feito por @simplificandodireitoss • O conceito de preceito fundamental ➢ O conceito de preceito fundamental é uma cláusula aberta e vem sendo construído pelas decisões que o STF vem proferido. Exemplo: o STF entende que pode o aborto de feto anencefálicos e tal medida não descumpre o preceito fundamental do direito à vida. Outros preceitos fundamentais são o direito ao meio ambiente, direito a livre manifestação e reuniões (marcha da maconha), autonomia da defensoria pública e outros. ➢ Em síntese, não há conceito de preceito fundamental na constituição e nem na sua legislação própria. • Regulamento e espécies A ADPF possui uma lei própria, ao contrário das outras ações constitucionais, é a lei 9.882/99 que pode usar como aplicação subsidiária à lei 9.868/ 99 (ADI/ADC/ADO). De acordo com a lei, há duas espécies de ADPF: • Principal; • Incidental. A ADPF incidental está sendo questionada no STF, pois está presente na lei, mas não está presente na Constituição. • Por fim, é possível a medida cautelar; • Não é possível a intervenção de terceiros, mas é possível a amicus curiae; • Não é possível ação rescisória; • Pode haver audiência pública; • Não é possível desistência • Pode modelação temporal dos efeitos; • Não é possível recorrer a não ser por embargos de declaração. Contudo, há uma diferença na cautelar da ADI e da ADPF durante o recesso, as cautelares da ADI vão pro presidente do tribunal e na ADPF vai pro relator. ADI interventiva (ação direta de inconstitucionalidade interventiva)/ representação interventiva • Cabimento É cabível nas hipóteses do art. 34, VI e VII: ➢ Violação à um dos princípios constitucionais sensíveis (são sensíveis, pois se violados levam a intervenção federal); ➢ Recusa de lei federal; • Legitimado para o ajuizamento Só há um legitimado no âmbito Federal que é o PGR e um legitimado no âmbito estadual que é o PGJ Súmula 614 - Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal. Feito por @simplificandodireitoss • Procedimento A ADI interventiva não é regulada pela Lei 9.882/99 e nem pela lei 9.868/99. ➢ Ela possui regulamento próprio pela lei 12.562/11. • Medida cautelar A cautelar na ADI interventiva não prevê a decisão dada pelo presidente do tribunal ou pelo relator, a decisão dada é sempre pela maioria absoluta (6/11). Destaca - se que a ADI interventiva é controle concentrado, mas não é controle abstrato e sim concreto em relação a um ato, uma lei que está descumprindo uma lei federal ou um princípio sensível. Controle Concentrado na Esfera Estadual e Distrital O controle concentrado de constitucionalidade cabe a dois tribunais: • STF quando em face da constituição federal; • TJ quando em face da constituição estadual. Obs: no caso do DF é o TJDFT em face da lei orgânica do DF. Sempre se entendeu que o TJ não poderia fazer análise no controle concentrado tendo como parâmetro a constituição federal, contudo se a norma da constituição federal for uma norma de repetição obrigatória o TJ pode usar como parâmetro. Norma de repetição obrigatória é uma norma que está na constituição federal e obrigatoriamente tem que ser observada dentro do âmbito estadual, por exemplo o art. 37 da CF – processo legislativo. • Ações cabíveis e a (im)possibilidade de ampliação O art. 125 da CF chama esse controle de representação de inconstitucionalidade (ADI estadual),autorizando que a lei municipais e estaduais sejam impugnadas frente a norma parâmetro da constituição estadual. ➢ No âmbito estadual e distrital as ações cabíveis são a ADI estadual, ADC, ADO, ADPF e ADI interventiva (PGJ é o legitimado). • Legitimados para o ajuizamento A constituição federal apenas disse que a constituição estadual não pode trazer apenas um legitimado para as ações de controle. o No primeiro momento foi estabelecido a observância do rol do art. 103 da CF em simetria. Dessa forma, os legitimados seriam: ➢ Governador; ➢ Mesa da assembleia legislativa; ➢ PGJ; ➢ Partido político com representação na assembleia; ➢ Prefeito; ➢ Mesa da câmara municipal; Feito por @simplificandodireitoss ➢ Seccional da oab; ➢ Federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual. o No segundo momento admitiu – se a autonomia do ente federado, dessa forma surgiram legitimados como 1 deputado, partido político sem representação, defensor público geral, PGE e afins. • Cabimento ➢ O TJ só pode analisar leis estaduais e municipais frente a constituição estadual. ➢ Nesse viés, cabe ao TJDFT analisar apenas leis distritais frente a sua lei orgânica distrital. Obs: quando uma lei municipal viola uma lei orgânica municipal cabe controle de constitucionalidade? Não, é controle de legalidade. • Procedimento Vai observar o rito estabelecido pela constituição estadual ou lei orgânica do DF, respeitando as balizas gerais estabelecidas pela CF. • Simultaneidade de ações (simultaneus processos) Uma lei estadual pode violar ao mesmo tempo a CF e a CE, logo, nesse caso cabe ADI nas duas casas, tanto no STF como no TJ. 1. Não houve simultaneidade de ações. Logo, se o processo foi julgado primeiro no supremo e ele declarou inconstitucional, a norma será retirada do ordenamento, se declarada constitucional, continuará no ordenamento, podendo ser julgado posteriormente no TJ sobre outro fundamento. Em síntese, a decisão do STF é vinculante. Por outro lado, se a norma for julgada pelo TJ e declarada constitucional, posteriormente posso entrar com ADI no STF ou o TJ pode declarar inconstitucional e retirar a norma do ordenamento, nesse último caso não tem como entrar com ADI no STF pois a norma não existe mais. Outrossim, cabe recurso extraordinário no STF contra decisão do TJ se a norma for de repetição obrigatória. 2. Se ocorrer a simultaneidade de ações A ADI estadual ficará suspensa até a decisão do STF, se declarada inconstitucional a norma é retirada do sistema, se declarada constitucional a ação no TJ pode continuar e até ser declarada inconstitucional desde que sobre outro fundamento. Se o TJ retirar a norma do ordenamento, sabendo da simultaneidade das ações, o STF desconstitui a decisão do TJ e julga primeiro. Ademais, outra situação: se uma lei municipal viola a constituição federal e a constituição estadual ao mesmo tempo, cabe ADI nas duas? Feito por @simplificandodireitoss ➢ Em face da constituição federal não cabe ADI, nesse caso poderia caber ADPF, mas em face da constituição estadual cabe. Contudo, essa lei municipal pode chegar ao STF usando o recurso extraordinário se a norma for de repetição obrigatória. Destaca – se que o recurso extraordinário é controle difuso, mas nesse caso reproduzirá efeito erga omnes. Defensor Legis e Modulação Temporal dos Efeitos Papel do Ministério Público dentro do controle concentrado ➢ Na ADI, ADO, ADC e ADPF ele é um dos legitimados para a propositura, de acordo com o art.103, CF, através do PGJ e PGR. ➢ Na ADI interventiva o PGR e o PGJ (súmula 614/STF) são os únicos legitimados. Ademais, é importante mencionar que entre a emenda 16/65 até 1988 a ADI genérica só tinha um legitimado, mas com a ampliação trazida pelo rol do art. 103 e a emenda 45 passou de 1 legitimado para 9. ➢ Além disso, por mais que a ação não tenha vindo do ministério público ele irá atuar como fiscal da lei. Papel do AGU – Defensor legis/ Curador da lei ➢ O advogado geral da união, de acordo com o art.103 da CF, defenderá a norma impugnada. Hipóteses em que a defesa da norma não será obrigatória pelo AGU • Manifestação anterior do STF em sentido semelhante dizendo que a norma já é inconstitucional, pois nesse caso caracteriza – se como inconstitucionalidade manifesta. • Se ele assinar a petição da ADI juntamente com o Presidente da República. Destaca – se que os únicos dois legitimados que precisam estar assistidos por advogados são o partido político com representação no congresso ou confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. o O Presidente ou Governador pode ele mesmo assinar a petição da ADI, mas acontece do AGU assinar também junto com ele. • Se a norma questionada contrariar interesse da União. Modulação Temporal dos Efeitos (Decisão de Calibragem) Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os Feito por @simplificandodireitoss efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. ➢ Embora o art. 27 da lei n. 9.868/99 seja restrito apenas a ADI/ADO/ADC ela também se aplica subsidiariamente a ADPF. No Brasil, tanto o controle difuso como o controle concentrado adota a teoria da nulidade, no qual a norma é retirada do sistema como se nunca tivesse existido, tendo efeitos ex tunc (retroativos). No entanto, há situações que se eu fizer isso vou ter resultados muito mais danosos. Logo, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social é melhor modular os efeitos temporais. Sendo assim, a decisão pode ter efeitos ex nunc ou pró futuro. Ademais, para declarar a inconstitucionalidade o quórum é de maioria absoluta (6/11), mas para modular os efeitos é necessário uma maioria qualificada, ou seja, 2/3 (8/11). • Aplicação ao controle difuso Além disso, ressalta – se que embora a modulação dos efeitos tenha surgido no controle concentrado, nada impede que seja usado no controle difuso. • Possibilidade de ser pleiteada por meio de embargos de declaração. ➢ Embargos de declaração serve para contradição, obscuridade ou omissão. Quando na ADI pede a inconstitucionalidade da norma + a modulação dos efeitos, o supremo pode acolher a modulação ou não. Se não for pedido na inicial, o supremo também pode declarar a modulação dos efeitos por vontade própria. Por fim, se não constado na inicial e também não decidido pelo supremo por vontade própria, a modulação pode ser requerida por meio de embargos de declaração. • Aplicação ao juízo de recepção/revogação de normas pré – constitucionais Logo, se uma norma foi revogada ao invés de recepcionada pelo novo ordenamento, mas permaneceu no ordenamento até a decisão do supremo, pode ele modular os efeitos dessa decisão, como no estatuto militar que estabelecia que a idade mínima estaria prevista em regulamento, enquanto a constituição estabelece que ninguém é obrigado a fazer nada, se não em virtude de lei. Amicus curiae e Reclamação Amicus curiae Amicus curiae = amigo da corte • Finalidade: pluralizar o debate; preservar interesses da coletividade; sociedade aberta de intérpretes (Peter Haberle). Feito por @simplificandodireitoss Para o Peter, o judiciário seria uma corte fechada e seria necessário abri – lá para trazer a sociedade para ela e trazer maior legitimidade as decisões. ➢ A legitimidade das decisões vemda sua fundamentação, haja vista que os juízes não foram eleitos pelo povo como o legislativo. ➢ Dessa forma, o amicus curiae e as audiências públicas vem para ampliar a legitimidade, visto que tem um voto mais robusto. Ademais, o amicus curiae nasce no controle concentrado, mas pode ser usado no controle difuso. Exemplo: no caso da interrupção da gestação de fetos anencefálicos por ser um hard case, o juiz chama um profissional especializado para dar a sua opinião, dando assim mais tecnicidade para a sua decisão. • Natureza jurídica ➢ Sui generis de intervenção de terceiros. Art. 7º da lei 9.868/9 Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes (QUEM TEM RELAÇÃO COM A CAUSA), poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. • Momento da admissão: até a data em que o Relator libera o processo para a pauta. Destaca – se que o amicus curiae não é imparcial, ele defende a posição do seu ponto de vista. • Possibilidade de interposição de recurso Em regra, não há recurso, de acordo com art. 138 do CPC e o art. 7 da lei 9.868/99. Entretanto, ressalta – se o entendimento do STF: o 1 ° momento: o plenário diz que a decisão é recorrível; o 2 ° momento: a decisão é irrecorrível, de acordo com a lei 9.868/99 e o CPC. o 3 ° momento: a decisão é irrecorrível quando se admite a participação e recorrível quando não se admite a participação. O recurso cabível é o recurso de agravo para o plenário. Ademais, o amicus curiae também pode recorrer, de acordo com o art. 138, parágrafo 3, da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR). Em síntese, o amicus curiae pode interpor agravo de recurso para o plenário da decisão que negar a sua participação, recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas, por fim pode entrar também com embargos de declaração. Ademais, enfatiza – se que o amicus curiae não pode ampliar o pedido! Além disso, embora o cpc admita pessoa natural como amicus curiae, a Feito por @simplificandodireitoss lei específica da ADI não admite, ela autoriza apenas órgãos e entidades, esse é o entendimento adotado pelo STF para controle concentrado. Em caso de controle difuso, pode haver pessoa natural como amicus curiae. • Poderes do Amicus Curiae Ele pode fazer sustentação oral, memoriais... Reclamação constitucional • Natureza jurídica: Petição (ADI. 2. 212). A reclamação consiste em um pedido para o STF para que ele faça a decisão ser cumprida, haja vista que a pessoa que deveria acatar a sua decisão não acatou. • Hipóteses de cabimento ➢ Preservar a autoridade das decisões ou a competência do Tribunal; ➢ Garantir a aplicação de súmula vinculante ou a sua não aplicação; Dessa forma, garantindo a sua correta aplicação. ➢ Funcionar como ação rescisória em controle concentrado. Ex: o BPC (Loas) é cabível apenas para deficiente ou idoso com 65 anos com renda per capita de ¼ de um salário mínimo, contudo há casos que embora passe dessa margem, a pessoa ainda vive em condição de miserabilidade. Nesse sentido, no primeiro momento que chegou ao STF, foi declarado constitucional esse limite imposto. Contudo, posteriormente, um juiz de 1 grau relativizou essa regra, concedendo o beneficio. A AGU entrou com pedido de reclamação no STF para que fosse preservada a sua autoridade e julgado improcedente o pedido, contudo o STF voltou atrás (como uma ação rescisória) e concordou com o juiz de 1 ° grau. • Previsão constitucional ➢ Está presente na competência originária do STF, do STJ e depois da emenda 92/16 para o TST. Entretanto, essa regra aplica – se a todos os demais tribunais, visto que é uma regra implícita. Controle Difuso • Origem nos EUA com o caso marbury x maddison O controle de constitucionalidade pode ser feito pelo legislativo, executivo e judiciário. O judiciário faz o controle jurisdicional na forma concentrada ou na forma difusa. Destaca – se que embora o caso marbury x maddison seja muito citado como a origem do direito difuso, houve outros casos anteriores a ele. Entretanto, ele é o mais citado devido a controvérsia política que cerca ele. Marshall diz que “aquela controvérsia poderia ser decidida Feito por @simplificandodireitoss por qualquer juiz ou tribunal do país”. O sistema brasileiro adota o controle concentrado por meio da ADI/ADC/ADO/ADPF/ ADI interventiva e os outros mecanismos ficam para o controle difuso. • Origem no direito brasileiro O controle difuso é trazido por Rui Barbosa na constituição de 1891. O controle difuso pode ser feito em qualquer ação, qualquer remédio, qualquer recurso. • Quem pode fazer o controle difuso? ➢ Qualquer juiz ou tribunal de todo o país tendo a decisão efeitos apenas inter partes. Exemplo: o código penal não admite liberdade provisória para reincidente, contudo em razão do princípio da individualização da pena, pode esse dispositivo ser declarado inconstitucional, dado que em um caso concreto a pessoa pode estar sendo reincidente por furto de pequeno volume, nesse caso se o juiz aplicar a inconstitucionalidade produzirá efeitos inter partes. No controle difuso, a inconstitucionalidade é a causa de pedir, ela não é o pedido. Quem é legitimado para alegar? ➢ A inconstitucionalidade pode ser alegada por qualquer parte. • O problema da ação civil pública A ação civil pública é um dos mecanismos do processo coletivo, sendo os direitos abrangidos por ela divididos em 3 partes: I. Direito individuais homogêneos; II. Direitos coletivos em sentido estrito; III. Direitos difusos. Ademais, destaca – se que em regra os efeitos são inter partes. Entretanto, quando a ação civil pública dizer respeito a direitos difusos a decisão proferida valerá erga omnes, usurpando assim a competência da ADI. ACP ≠ ADI Embora tanto a ACP que trata de direitos difusos como a ADI de maneira geral produzem efeitos erga omnes. ➢ Na ACP o controle é feito de maneira difusa e a inconstitucionalidade constitui a causa de pedir e nunca o pedido, enquanto na ADI o controle é concentrado e a inconstitucionalidade é o pedido. • Cláusula de reserva de plenário (regra do full bench) De acordo com a cláusula de reserva do plenário, a declaração de inconstitucionalidade nos tribunais ( 2 instância ou superior) deverá ser Feito por @simplificandodireitoss proferida ou pelo plenário ou pelo órgão especial. ➢ Logo, em regra, órgãos fracionários (turma, câmara e secção) não pode declarar a inconstitucionalidade, apenas o plenário ou órgão especial. Nesse sentido, ao chegar o processo para o órgão fraccionário, ele deve parar o processo, mandar a alegação de inconstitucionalidade para o plenário ou órgão especial, lá será analisado e julgado, e depois devolvido para o órgão fraccionário julgar a ação. Órgão especial ➢ Criado nos tribunais com mais de 25 membros que substituirá o plenário nas funções administrativas e jurisdicionais; ➢ Esse órgão terá entre 11 e 25 membros, metade por antiguidade e metade por eleição. Súmula vinculante 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Situações em que não precisa ser respeitada a cláusula de reserva de plenário I. Juiz de primeiro grau (decisão monocrática/singular);II. Turma recursal de Juizado especial; III. Turma do STF; IV. Se o plenário do STF ou do próprio tribunal já declarou a inconstitucionalidade; V. Interpretação conforme a CF (declarar a constitucionalidade). Nesse sentido, destaca – se que deve ser usado a reserva de plenário apenas para declarar a inconstitucionalidade, para a constitucionalidade não precisa. Ademais, cabe enfatizar que a interpretação conforme a constituição é diferente da declaração inconstitucional sem a redução de texto, nessa última aplica – se a cláusula de reserva de plenário. • Art.52, X da CF e o papel do Senado Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; Nesse caso, o papel do senado era estender a decisão do STF, se quisesse, erga omnes. Entretanto, depois o STF decidiu que se o controle viesse do modelo difuso ou concentrado, mas a decisão partisse do plenário do supremo ela já vale erga omnes. Nesse viés, o papel do senado mudou, tendo como finalidade agora dar publicidade a decisão do supremo. Feito por @simplificandodireitoss • Efeitos da decisão Em regra, a decisão do controle difuso vale apenas inter partes. Entretanto, nas seguintes situações a decisão vale erga omnes: I. Ação civil pública sobre direitos difusos; II. RE contra decisão de inconstitucionalidade do TJ; III. Decisão do Plenário do STF, tanto no difuso como no concentrado Logo, é importante admitir a força expansiva das decisões do STF • Por fim, no controle difuso também vale modulação dos efeitos e amicus curiae Controle de Convencionalidade ➢ Normas supralegais são os tratados internacionais de direito humano sem o rito da EC. De acordo com o Valério de Oliveira Mazzuoli, “controle de validade das normas nacionais, tendo por parâmetro não o texto constitucional, mas os compromissos internacionais assumidos em matéria de proteção aos direitos humanos”. ➢ O ato normativo primário tem que ter compatibilidade com as normas supralegais e com a constituição, sendo assim submetido a um regime de dupla compatibilização vertical. • A quem cabe fazer o controle de convencionalidade? O art.105, III, a, da CF diz que cabe recurso especial ao STJ quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal. O STJ entende que a sua competência cabe para julgar recurso especial de tratado internacional “normal” (que não verse sobre direitos humanos) e quanto a tratado internacional de direitos humanos sem rito de EC. Enquanto isso cabe ao STF a competência para julgar tratado internacional c/ rito de EC. Destaca – se que para a doutrina os tratados internacionais em rito de emenda também deveriam ser julgados no STF por meio de recurso extraordinário. • Controle difuso e Controle concentrado Por ora existe apenas o controle difuso de convencionalidade, podendo chegar por meio de recurso ao STJ ou ao STF. Quanto ao controle concentrado, de acordo com a doutrina, deveria haver um alteração do art. 102 da CF para admitir – se o controle de convencionalidade e inconvencionalidade.
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