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Controle de Qualidade de Matéria-prima (Preparação de amostras) • A qualidade do resultado de uma análise química depende de muitos fatores. Entre os mais importantes pode ser destacado: 1. Tipo de amostra a ser coletada e a metodologia analítica a ser aplicada; 2. Representatividade da amostra é essencial para o sucesso da análise; 3. Homogeneidade ou heterogeneidade; 4. Procedimento de coleta e armazenagem; 5. Problemas de contaminação devem ser observados com cuidado. Amostragem • A amostragem constitui na maioria dos casos a única forma de obter informação sobre uma determinada realidade que importa conhecer. • A técnica de amostragem envolve a seleção, a partir da população total, de um subconjunto de indivíduos/objetos sobre os quais são efetuadas medições. • Todas as operações relacionadas com a amostragem devem ser realizadas por pessoal qualificado e com formação, com o máximo de cuidados de higiene, utilizando material e equipamentos apropriados Característica da amostragem 1. As amostras sejam representativas do lote de onde são retiradas; 2. Os procedimentos de amostragem especifiquem o número de amostras, o local de onde retirar as e a quantidade de material a retirar da barricas e/ou sacos que o contêm; 3. O número de amostras e o tamanho da amostra tenha em consideração a criticidade e variabilidade do material e a quantidade necessária para análise. – Um plano de amostragem deve ter sempre em consideração o aspecto qualitativo e quantitativo da amostragem. O aspeto qualitativo é quais os amostradores e as técnicas utilizadas, como são utilizadas e quais os locais de retirada de amostras. O aspeto quantitativo é o número de amostras e o tamanho da amostra Caso especial • De acordo com a NBR ISO/IEC 17.025 a amostragem é um procedimento definido, pelo qual uma parte de uma substância, material ou produto é retirada para produzir uma amostra representativa do todo, para ensaio ou calibração. A amostragem também pode ser requerida pela especificação apropriada, para a qual a substância, material ou produto é ensaiado ou calibrado. Em alguns casos (por exemplo: análise forense), a amostra pode não ser representativa, mas determinada pela disponibilidade. Plano de amostragem: anotar para o exercicio Todo plano de amostragem deve conter os seguintes itens: a) definição da unidade de amostragem; b) forma de seleção dos elementos da população; c) tamanho da amostra. Fatores que podem influenciar na composição química da amostra: • Temperatura • Reações com a atmosfera • Adsorção/absorção de água • Perdas das frações mais finas (poeira) • Desgaste mecânico Preparações de amostra para análise • AMOSTRAS HOMOGÊNEAS • Gases e líquidos, na maioria das situações qualquer porção é representativa • AMOSTRAS HETEROGÊNEAS • Podem apresentar composição diferente em porções retiradas ao acaso, os cuidados com a amostragem e preparação devem ser redobrados. • Deve ser considerado que a amostra de laboratório, com massas entre 0,1 a 10 g, pode representar toneladas de material, exigindo cuidadosa definição do procedimento de amostragem e preparação para análise. Amostradores e técnicas • O material sólido é o mais comum na indústria, por issos será o mais estudado aqui. • Os amostradores utilizados para retirar amostras dependem essencialmente do estado físico material a amostrar. Existem diversos tipos diferentes de amostradores, e os mais utilizados para sólidos em pó na indústria farmacêutica são: 1. The sampling thief 2. Scoop 3. The sampling spear The sampling thief • Este dispositivo consiste num cilindro exterior e um tubo oco interior com ranhuras para permitir a entrada do pó no cilindro interior. 1. Na primeira etapa do procedimento de amostragem, este dispositivo é inserido no material que se pretende amostrar e o tubo interior é rodado de modo que as ranhuras correspondentes fiquem em lados opostos. 2. O segundo passo consiste em rodar o tubo interior para alinhar os dois conjuntos de ranhuras, permitindo assim que o pó entre para o amostrador. 3. Em terceiro lugar, o tubo interior é rodado novamente para manter o pó no dispositivo, que é então retirado. – Mais utilizado quando no produto acabado Scoop • Semelhante a uma colher ou uma pequena pá, de forma arredondada. A amostra deve ser retirada num movimento único e transferida para um frasco, e deve evitar-se bater na colher para remover o pó. • À semelhança do dispositivo anterior, é utilizado na amostragem de produto final, porém a amostra é retirada do topo da barrica e/ou saco, pelo que vai ter um erro de amostragem superior. The sampling spear • São muito utilizados para retirar amostras de sacos, porque são baratos, simples e rápido. O diâmetro externo varia entre os 12 e os 25 mm, e o comprimento varia entre os 40 e 45 cm. • O dispositivo penetra o saco com o pó e este vai ficar nas ranhuras. Este dispositivo é utilizado na amostragem de materiais sólidos, porém é mais comum usar-se na amostragem de matérias-primas. Numero de amostra • A mais utilizada é a raiz de n mais 1 • Porém existem outras como a regra de 10% • A International Standards Organization (ISO) recomenda: Tamanho da amostra • Tamanho da amostra tem que ser suficiente para que sejam realizados todos os testes necessários, incluindo repetições (se necessário) e retenção de amostras, e que esta seja homogénea e representativa do produto. Por que não analisar tudo? Não se analisa tudo por que muitas analises são destrutivas e também o produto ficaria muito caro, mas em alguns casos todos os produtos são avaliados. Um português veio ao Brasil e achou a grande tecnologia brasileira: o palito de fósforo Aí ele disse: -Vou levar uma caixinha dessas para a Maria. Chegando em Portugal, deu o presente à Maria. -O que é isto Manuel-disse Maria. Aí o Manuel:-É uma coisa de fósforos -Pra que serve isso Manuel?? -Quando você risca, ele acende fogo. Aí Maria riscou e não aconteceu nada. -Manuel! Não acendeu. Manuel: Tenta outro Aí Maria tentou novamente, e fracassou. Aí Manuel disse:-Como é possível?!Eu testei todos antes de chegar aqui!!! Controle estatístico • Deve ser feito para saber se as amostras estão variando muito ou não 1. Teste Anderson- Darling 2. Intervalo de Confiança para a Média 3. Intervalo de Confiança para a Variância de Desvio Padrão 4. ANOVA fator único 5. Teste T Para a Diferença de Médias em Amostras Emparelhadas • Exitem softwares que realizam esses testes Amostragem probabilística e não probabilística • Nos procedimentos de amostragem probabilísticos, todos os elementos da população têm uma probabilidade conhecida e superior a zero de integrarem a amostra. • Já na amostragem não probabilística nem todos os elementos da população têm a mesma chance de integrarem a amostra. Amostragem probabilística • a) amostragem aleatória simples (AAS): Neste caso a amostra é escolhida elemento a elemento, sendo a população numerada de 1 a N e, com base em um número aleatório (Tabela de Números Aleatórios TNA), definem-se os intervalos de retirada da amostra; • Sorteio Instagram Amostragem probabilística • b) amostragem aleatória sistemática: Uma amostra sistemática de tamanho n é constituída dos elementos de ordem k, k+ r, k+ 2r, K+ 3r ... , onde k é um número inteiro escolhido aleatoriamente entre 1 e n, e r é o inteiro mais próximo da fração N/ n. • Por exemplo, se a população tem 100 elementos e o tamanho escolhido para amostra foi 5, k é um número inteiro escolhido entre 1 e 5 e r = 100/ 5 = 20. Caso k seja 5, a amostra será composta de elementos 5, 25, 45, 65 e 85; Amostragem probabilística c) amostragem aleatória estratificada: Quando os elementos são divididos em grupos não superpostos (ex. homem e mulher, líquidos e sólidos, ácidos e bases), é mais fácil e eficiente escolher, independentemente,uma amostra aleatória simples dentro de cada um desses grupos (estratos). Todavia, o tamanho da amostra pode ser proporcional ou não proporcional ao tamanho de cada estrato; Ex.:Sorteio Instagram, o ganhador será um homem e uma mulher Amostragem Probabilística d) amostragem aleatória por conglomerados (clusters): No caso da amostragem por conglomerados a amostragem aleatória simples é feita em blocos superponíveis (ex. sacos de farinha, pilhas de livros, quarteirões de um bairro). Por exemplo, temos 1000 participantes de toda a população do México. Suponhamos que não seja possível obter uma lista completa de todos eles. Mas, em vez disso, o que o pesquisador faz é selecionar áreas aleatoriamente (ou seja, cidades, comunidades, etc.) e opta aleatoriamente dentro desses limites. Amostragem não probabilistica a) amostragem de conveniência (a esmo) : Esse método de amostragem sem probabilidade é usado quando há limitações de tempo e custo na coleta de feedback. Por exemplo, pesquisadores que estão realizando uma pesquisa de interceptação em shopping; para entender a probabilidade de usar uma fragrância de um fabricante de perfumes.Nesse método de amostragem, os respondentes da amostra são escolhidos apenas na proximidade da mesa de pesquisa e na disposição de participar da pesquisa. b) Amostragem criteriosa e proposital (intencional por julgamento): Neste método de amostragem, apenas as pessoas que apenas se enquadram nos critérios de pesquisa e objetivo final são selecionadas e as demais são mantidas de fora. Por exemplo, se o tópico de pesquisa estiver entendendo qual universidade é preferida por um estudante para o mestrado;se a pergunta for “Gostaria de fazer o mestrado?”, Qualquer outra coisa que não seja a resposta “Sim” a esta pergunta mais está excluído deste estudo. Amostragem não probabilística c) amostragem bola de neve: Essa é uma técnica de amostragem, na qual os sujeitos existentes fornecem referências para recrutar as amostras necessárias para um estudo de pesquisa. Por exemplo, ao coletar feedback sobre um tópico delicado como a AIDS, os entrevistados não são informados. Nesse caso, o pesquisador pode recrutar pessoas que tenham entendimento ou conhecimento dessas pessoas. Também coletar informações delas ou encarregá-las de coletar informações. d) Amostragem por cota: Por exemplo, quando um fabricante de calçados gostaria de entender dos millenials sua percepção da marca com outros parâmetros, como conforto, preços, etc. Então, somente as mulheres milleniais são selecionadas para este estudo. Já que o objetivo da pesquisa é coletar feedback sobre os sapatos femininos. Quarteamento RDC 48 de 25 de Outubro de 2013 • As etiquetas ou sistema de identificação devem disponibilizar as seguintes informações: a) nome e/ou código interno do material amostrado b) número do lote c) identificação da pessoa que coletou a amostra d) data e hora em que a amostra foi coletada; e) data do recebimento das amostras; f) data da emissão do laudo. Exemplos dos passos da análise Plano de amostragem Ensaios Qualitativos com dipirona • Coloração: Adicionar a 0,5 g do pó, algumas gotas de peróxido de hidrogênio concentrado. Desenvolve-se uma coloração azul, que desaparecerá rapidamente passando a vermelha intensa (reação fortemente exotérmica). • Solubilidade: Solúvel em água e metanol, pouco solúvel em etanol, praticamente insolúvel em éter etílico, acetona, benzeno e clorofórmio. • pH: 5,5 a 7,0, utilizando phmêtro. Plano de amostragem - Classificação • Amostra: porção que representa o todo • Amostra laboratorial, amostra analítica ou amostra para testes: amostra preparada no laboratório de análise; • Alíquota amostrada, alíquota para análise, porção para análise, porção amostrada:material pesado ou selecionado para análise a partir da amostra laboratorial. Amostra Amostra laboratorial Alíquota amostrada Plano de amostragem- Etapas operacionais Extração: Extração com: água, solventes orgânicos, sol. ácidas ou alcalinas; Ex: Primeiramente, triturar em gral e pistilo 10 comprimidos de dipirona Solubilizar 2,5 g da amostra em água destilada e completar o volume para 50 mL com o mesmo solvente; Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína (1-3 gotas) a 5 mL da solução obtida anteriormente; A viragem do indicador para rosa consome no máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,02 M. Medidas: a partir da medida de uma certa quantidade; EX: Triturar os comprimidos de ibuprofeno para pesar, exatamente, 0,5 g da amostra em balão volumétrico de 100mL; Acrescentar 100 mL de etanol; Retirar uma aliquota de 10mL; Adicionar 3-6 gotas de fenolftaleína SI na solução titulada; Preparar hidróxido de sódio 0,1 M em balão volumétrico de 50mL; Titular com hidróxido de sódio 0,1 M até a viragem para rosa; Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M equivale a 20,628 mg de C13H18O2. Estatística: Expressão do resultado da análise: Erros sistemáticos no preparo de amostras • Segundo Tölge Tschöpel (1994), os erros, denominados sistemáticos, são devidos, principalmente, à insuficiente qualificação dos analistas e/ou à inadequada infraestrutura laboratorial, destacando o armazenamento; • Processos como: volatilização, adsorção, reações fotoquímicas, oxidações, precipitações, reações enzimáticas, biodegradação Do exercício • https://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/CiencC ompEstatistica/Adriana/ex-amostragem.pdf • 4, 6, 9. https://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/CiencCompEstatistica/Adriana/ex-amostragem.pdf https://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/CiencCompEstatistica/Adriana/ex-amostragem.pdf Slide 1: Controle de Qualidade de Matéria-prima (Preparação de amostras) Slide 2 Slide 3: Amostragem Slide 4: Característica da amostragem Slide 5: Caso especial Slide 6: Plano de amostragem: anotar para o exercicio Slide 7: Fatores que podem influenciar na composição química da amostra: Slide 8: Preparações de amostra para análise Slide 9: Amostradores e técnicas Slide 10: The sampling thief Slide 11: Scoop Slide 12: The sampling spear Slide 13: Numero de amostra Slide 14: Tamanho da amostra Slide 15: Não se analisa tudo por que muitas analises são destrutivas e também o produto ficaria muito caro, mas em alguns casos todos os produtos são avaliados. Slide 16: Controle estatístico Slide 17: Amostragem probabilística e não probabilística Slide 18 Slide 19 Slide 20: Amostragem probabilística Slide 21: Amostragem probabilística Slide 22: Amostragem probabilística Slide 23: Amostragem Probabilística Slide 24: Amostragem não probabilistica Slide 25: Amostragem não probabilística Slide 26 Slide 27: Quarteamento Slide 28: RDC 48 de 25 de Outubro de 2013 Slide 29: Exemplos dos passos da análise Slide 30: Plano de amostragem Slide 31: Ensaios Qualitativos com dipirona Slide 32: Plano de amostragem - Classificação Slide 33 Slide 34: Plano de amostragem-Etapas operacionais Slide 35 Slide 36 Slide 37: Erros sistemáticos no preparo de amostras Slide 38: Do exercício
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