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DRE: 
O GUIA PARA A 
SUA EMPRESA
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DRE: PARA QUE SERVE? 5
QUAL A ESTRUTURA DE UMA DRE? 8
COMO FAZER UMA DRE? 13
CONCLUSÃO 19
SOBRE A LUMI SOFTWARE 21
INTRODUÇÃO
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- INTRODUÇÃO -
Quem tem uma empresa sabe que precisa ficar 
sempre atento às informações contábeis. Elas 
ajudam a gerenciar o negócio e fornecem uma visão 
mais precisa sobre as finanças e o status do negócio.
Nesse cenário surge a Demonstração de 
Resultado do Exercício (DRE), um instrumento que 
complementa o balanço patrimonial. A diferença 
entre eles é que o segundo apresenta somente 
os saldos das contas contábeis de direitos e bens, 
enquanto o primeiro assinala os gastos e ganhos 
realizados em determinado período.
A questão é: qual a finalidade desse demonstrativo, 
sua estrutura e elaboração? É o que vamos responder 
neste e-book. Aqui, você tem acesso a um guia que 
trará as informações principais para começar a aplicar 
a DRE e utilizá-la como uma ferramenta importante 
para o seu empreendimento.
Então, vamos lá? Aproveite e tenha uma boa leitura!
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DRE: PARA QUE SERVE?
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DRE: PARA QUE SERVE?
A DRE se constitui em uma demonstração contábil 
que aponta a formação do resultado líquido de 
determinado exercício. Em outras palavras, indica se 
a empresa teve lucro ou prejuízo.
Isso ocorre por meio do confronto entre receitas, 
despesas e custos, que são apurados conforme o 
regime de competência. Essa norma prevê que o 
lançamento dos números deve ser feito quando 
aconteceram, e não quando foram efetivamente 
pagas ou recebidas.
A ideia da DRE é fornecer um resumo financeiro dos 
resultados operacionais e não operacionais em um 
intervalo de tempo específico. Esse instrumento 
é exigido legalmente e o contador precisa 
fornecê-lo uma vez por ano. No entanto, devido 
à sua importância, pode-se elaborá-lo mensal ou 
trimestralmente para fins fiscais.
A obrigatoriedade de apresentação desse 
instrumento é especificada pela Lei 6.404/1976, que 
obriga sua elaboração ao final do exercício.
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DRE: PARA QUE SERVE?
Essa situação é mais comum em pequenos e médios 
empreendimentos. O problema é que isso pode interferir 
negativamente no crescimento do negócio.
Afinal de contas, a DRE auxilia a avaliação de diversos 
pontos relevantes das empresas, por exemplo: 
faturamento, rentabilidade e custos das operações. 
Com isso, pode-se fazer projeções mais realistas e 
descobrir se há viabilidade econômica para expandir 
o negócio ou realizar investimentos.
A compreensão do conceito e da importância da DRE leva 
a outro questionamento: como ela deve ser estruturada? 
Continue lendo e chegue à resposta.
QUAL O OBJETIVO DA DRE?
Os dados apresentados na Demonstração de Resultado 
do Exercício permitem entender como anda a gestão 
financeira da empresa, ou seja, se a administração é 
realizada com eficiência. Isso porque apresenta um resumo 
das operações do negócio.
As informações também servem para que o governo 
verifique se os impostos devidos foram corretamente 
pagos ou se há situações de sonegação. A partir dos dados 
coletados, você tem uma noção exata de como está a saúde 
financeira do seu negócio e pode tomar decisões mais 
coerentes e acertadas.
Mesmo com essa importância, há muitos casos em que a 
DRE é elaborada apenas por obrigação fiscal, deixando de 
servir como ferramenta gerencial. 
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QUAL A ESTRUTURA 
DE UMA DRE?
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QUAL A ESTRUTURA DE UMA DRE?
A elaboração da DRE 
passa primeiro por sua 
estrutura. Diversos 
elementos precisam ser 
informados. Por isso, fazer 
um checklist é a melhor 
forma de garantir que tudo 
esteja contabilizado.
A princípio, a legislação 
não determina um padrão 
único para a realização 
desse instrumento. Por 
isso, cada contador ou 
gestor pode determinar 
o modelo mais adequado 
para atender às 
necessidades gerenciais e 
fiscais da empresa.
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QUAL A ESTRUTURA DE UMA DRE?
A estrutura utilizada pode ser a seguinte:
Faturamento bruto
(–) Deduções de impostos sobre as vendas
(=) Receita líquida
(–) Custo dos produtos vendidos/serviços prestados
(=) Lucro bruto
(Despesas) / Receitas operacionais
(–) Despesa com vendas
(–) Despesas administrativas
(–) Despesas tributárias
(–) Despesas gerais
De modo geral, um formato simples cumpre as seguintes 
recomendações:
 # a primeira linha apresenta a receita bruta de vendas. Desse 
número são deduzidas as devoluções relativas a vendas, 
descontos comerciais cedidos, abatimentos e impostos. Assim, 
obtém-se a receita líquida de vendas;
 # do total de receita líquida é deduzido o custo das mercadorias e 
dos serviços vendidos, atingindo o lucro bruto;
 # desse valor alcançado são subtraídas as despesas operacionais, 
gerais, financeiras e administrativas. De modo inverso são 
adicionadas as receitas operacionais para chegar ao lucro ou 
prejuízo operacional líquido;
 # desse último valor são adicionados ou deduzidos os resultados 
não operacionais, por exemplo, participações de debenturistas, 
administradores, empregados, partes beneficiárias, entre 
outros. Com isso, chega-se ao lucro líquido do exercício (LLE), 
que é o objetivo da DRE.
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QUAL A ESTRUTURA DE UMA DRE?
(–) Outras despesas operacionais
(+) Outras receitas operacionais
(=) Resultado antes de despesas e receitas financeiras
(–) Despesas financeiras
(+) Receitas financeiras
(=) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social
(–) Imposto de renda
(–) Contribuição social
(Despesas) / Receitas não operacionais
(–) Despesas não operacionais
(+) Receitas não operacionais
(=) Resultado líquido
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QUAL A ESTRUTURA DE UMA DRE?
 # CPC 00(R1) — Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro: define os 
conceitos que determinam a apresentação e elaboração das 
demonstrações contábeis voltadas para usuários externos;
 # CPC 36 — Demonstrações consolidadas: voltado para 
demonstrações contábeis consolidadas de grupo econômico 
sob o controle de uma única empresa;
 # CPC 35 — Demonstrações separadas: aplica-se na 
contabilização de investimentos em coligadas, controladas e 
empreendimentos controlados em conjunto. É feito sempre que 
o investidor solicitar ou quando for exigido pela legislação local.
Vale a pena destacar que essas regras podem ser ignoradas por 
empresas de pequeno porte, que possuem operações menos 
complexas. No entanto, a partir dessa estrutura é possível partir 
efetivamente para a elaboração do documento.
O acesso à DRE pode ser conquistado por meio do seu 
contador. Basta solicitar o documento. Se você utiliza um 
software de gestão, os dados podem estar disponibilizadosno sistema.
QUAL É O PADRÃO INTERNACIONAL 
DE REPORTE DA DRE?
O Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) segue as 
normas de contabilidade do International Financial Reporting 
Standards (IFRS). Esse padrão é indicado atualmente, 
principalmente porque fornece informações relevantes que 
atendem aos contribuintes em geral.
Para que a DRE siga o padrão internacional é preciso seguir as 
recomendações do CPC:
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COMO FAZER UMA DRE?
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COMO FAZER UMA DRE?
Elaborar esse documento segue a estrutura já 
apresentada. No entanto, é preciso saber analisar o 
desempenho financeiro da organização e obter insights 
que a simples observação dos números não permitiria.
Há 2 formas de análise possíveis:
 # horizontal: acompanha a variação em uma rubrica 
de receitas e despesas ao longo de 2 períodos ou 
mais. A base é a evolução dos saldos das contas 
para acompanhar o crescimento ou diminuição 
dos demonstrativos contábeis. Essa análise exige a 
comparação de elementos patrimoniais iguais em 
períodos distintos;
 # vertical: calcula o percentual de cada rubrica 
em relação ao faturamento bruto. Isso significa 
que abrange um elemento do grupo e o relaciona 
ao restante dos itens. O objetivo é analisar as 
despesas que colaboraram para a redução ou 
aumento da margem de lucro durante determinado 
período de tempo.
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COMO FAZER UMA DRE?
EARNINGS BEFORE INTEREST, TAXES, 
DEPRECIATION AND AMORTIZATION (EBITDA)
Expressa o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e 
Amortização (LAJIDA). É o indicador que expressa a relação 
entre o resultado e o rendimento decorrente das atividades da 
empresa em determinado período.
VARIAÇÃO DE RECEITAS
Esses resultados positivos ou negativos de receitas impactam 
o faturamento futuro, apesar de nem sempre influenciar os 
dados atuais. Quando for o primeiro caso, vale a pena prestar 
atenção em níveis de inadimplência, políticas de parcelamento 
e contratos, especialmente os grandes, que correm o risco de 
não serem pagos.
Se o resultado for negativo, é necessário pensar em reduzir 
custos de forma emergencial para não apresentar um prejuízo 
elevado e uma demanda futura de caixa que possa influenciar 
os resultados.
As duas leituras são complementares e precisam ser 
usadas conjuntamente. Essas análises ainda podem agregar 
indicadores de resultados. Eles são uma ferramenta de apoio 
aos gestores para tomar decisões acertadas sobre o caminho que 
deve ser seguido.
Os indicadores ainda podem servir como base para elaborar 
planos de metas. Os principais são:
MARGEM DE LUCRO LÍQUIDA
É o percentual alcançado pela divisão do resultado líquido pela 
receita líquida. Quanto mais alta for o índice, melhor o número.
MARGEM OPERACIONAL
Indica o percentual de cada real de venda que sobra depois 
de as despesas operacionais serem deduzidas, como gastos 
administrativos, com vendas e tributários.
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COMO FAZER UMA DRE?
COMPARAÇÃO COM O FLUXO DE CAIXA
Olhar a DRE sem comparar a outros indicadores pode gerar 
decisões incertas. Por isso, é importante analisar também o 
fluxo de caixa, contas a pagar e a receber e necessidade de 
capital de giro.
DRE PLANEJADA X REALIZADA
Demonstra se os objetivos projetados estão sendo atingidos. 
O mais comum é que sejam identificados desvios, mas eles 
não podem ser muito divergentes. Nesse caso, pode ser 
exigido retomar o curso planejado por meio de uma atitude 
mais enérgica.
Essa comparação pode ser feita de modo simples com a 
inserção de uma coluna extra na DRE. Para isso, toma-se por 
base as mesmas estruturas que foram usadas para as projeções.
DESPESAS DIRETAS E 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
É uma análise simples e primária fornecida pelo DRE. A 
margem de contribuição é a receita operacional diminuída das 
despesas diretas. Se a relação for negativa, isso significa que a 
operação é muito custosa e, portanto, requer reavaliação dos 
custos diretos.
LUCRO OU PREJUÍZO E LUCRATIVIDADE
É o momento que permite compreender se os custos fixos, 
pagamento de impostos ou resultado financeiro está elevado. 
Em caso de resultados negativos, você ainda pode analisar se 
o problema reside somente nos custos ou se a receita caiu por 
outros motivos, como perda de contratos importantes, redução 
de vendas ou inadimplência. Assim, vale a pena buscar mais 
detalhes para obter informações específicas.
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COMO FAZER UMA DRE?
A estrutura da DRE planejada é um 
pouco diferente da realizada. Veja:
(+) Receita de vendas
(–) Deduções e impostos
(=) Receita líquida
(–) Custo dos produtos vendidos
(=) Lucro bruto
(–) Despesas fixas
(=) Resultado antes do Imposto 
de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e 
Contribuição Social do Lucro Líquido 
(CSLL)
(–) IRPJ e CSLL
(=) Resultado líquido
É importante destacar que esse processo deve ser feito junto a 
um planejamento orçamentário, uma das diretrizes da gestão 
orçamentária, disciplina que verifica como planejar e monitorar 
os resultados financeiros da organização de modo sistemático.
O orçamento é necessário, porque a DRE planejada precisa 
desses dados para ser projetado. O objetivo é descobrir quanto a 
empresa terá de lucro se for executado o que está previsto. Assim, 
consegue-se saber se é viável do ponto de vista econômico.
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COMO FAZER UMA DRE?
Depois do planejamento, é fundamental acompanhar 
os resultados todos os meses para verificar como está o 
andamento. Desse modo, identificam-se os desvios e há 
tempo hábil para corrigi-los por meio de um plano de ação.
DRE PROJETADA X HISTÓRICA
É outra análise que pode ser realizada pela sua empresa 
depois do processo orçamentário. A ideia é comparar os 
resultados previstos com os do ano anterior. A finalidade 
dessa comparação é observar os indicadores e verificar se 
a empresa está crescendo.
Se os resultados forem próximos ou iguais, é um sinal de 
alerta, já que isso significa que a empresa está diminuindo. 
Na prática, é necessário que o negócio cresça todos os 
anos para compensar a inflação.
Essa análise também indica se as metas definidas fazem 
sentido. Se a resposta for negativa, é preciso pensar 
em uma revisão orçamentária para tentar alcançar um 
resultado melhor.
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CONCLUSÃO
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- CONCLUSÃO -
A DRE é uma ferramenta contábil que ajuda a gestão 
financeira da empresa e oferece a compreensão da 
saúde do empreendimento. Por meio dela pode-se 
tomar melhores decisões, que levem ao caminho 
mais seguro para o negócio.
No entanto, para elaborá-la é preciso considerar 
a sua estrutura, os indicadores e elementos de 
comparação. É dessa forma que se alcançará uma 
visão mais ampla e que efetivamente auxiliará a 
administração dos resultados e a correção do que 
for necessário.
Lembre-se ainda de ajustar a estrutura da DRE 
conforme a sua empresa. Porém, pode usar o 
modelo apresentado. Por fim, os dados históricose 
a projeção são recursos complementares, mas que 
podem ser adotados para se chegar a uma análise 
mais precisa e completa do cenário.
Portanto, se você usa a DRE somente por obrigação 
fiscal, comece a utilizá-la como ferramenta. O seu 
negócio terá mais chances de sucesso.
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Lumi Software é especializada em softwares gerenciais que têm 
como objetivo integrar informações dos clientes e favorecer todo o 
planejamento e gestão das empresas por meio da automação.
O Sistema de Automação Comercial Gerencial — ou simplesmente 
SAC Gerencial — é utilizado por mais de 60% dos supermercados 
regionais de Brasília, demonstrando a qualidade do produto que 
serve para atender às principais necessidades do negócio, que são 
identificadas de maneira individual.
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