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RoteiroAula6-FilosofiaeSociologiadoDireito-Arbitragem-03-10-2022

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FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DO DIREITO 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL – ARBITRAGEM
Jurisdição Estatal – Ocorre através do estado/juiz de Direito 
Jurisdição Privada – Ocorre através da Arbitragem 
1.0 - Conceito: A Arbitragem é meio heterocompositivo de solução de conflitos onde
um terceiro imparcial decide o conflito existente entre as partes. 
 2.0 - Previsão Legal: Lei 9.307/96 Lei de Arbitragem 
3.0 – Vantagens: 
3.1 – Celeridade (Art.23), 3.2 – Informalidade , 3.3 – Irrecorribilidade (Art. 18) , 3.4 –
Especialização, 3.5 – Confidencialidade 
4.0 – Espécies de Arbitragem 
4.1 – Institucional, 4.2 – Ad hoc, 4.3 – De Direito, 4.4 – Interna, 4.5 – Internacional
5.0 – Legitimados 
5.1 – Partes capazes de contratar (Art. 1º)
5.2 – Administração Pública (Art. 1º)
6.0 – Objeto
6.1 – Direitos Patrimoniais Disponíveis (Art. 1º)
7.0 – Nomas Aplicáveis 
Art. 2º - Pode ser utilizado o Direito Positivo, Equidade (caput), Princípios Gerais do
Direito, Usos e costumes, Regras internacionais de comércio.(§2º)
Obs: Não é possível arbitragem da Administração Pública utilizando equidade. Também
é hipótese de exceção a confidencialidade. (Art. 2º, §3º)
8.0 – Instituição da Arbitragem
8.1 - A instituição da Arbitragem ocorrerá através da Convenção de Arbitragem. 
8.2 - Por sua vez, a convenção de Arbitragem poderá ser através: (Art. 3º)
8.2.1 – Cláusula compromissória (Art. 4º)
8.2.2 – Compromisso Arbitral (Art. 9º) 
9.0 – A cláusula compromissória é espécie de convenção de arbitragem onde as partes,
através de cláusula contratual se compromete a submeter eventual conflito que vier a
surgir a arbitragem. (Art. 4º)
9.1 – A previsão de cláusula compromissória em contrato afasta a jurisdição estatal.
9.2 - Entretanto, a existência de cláusula compromissória deve ser arguída em
preliminar de contestação conforme prevê o Art. 337, X do CPC, não competindo ao
juiz conhecer de ofício a existência de Arbitragem. 
9.3 - Necessário ressaltar que a falta de alegação de Arbitragem em preliminar de
contestação acarreta a preclusão do direito com a consequente renúncia ao juízo arbitral
(§6º do Art. 337 do CPC) 
9.4 - A sentença que reconhece a arbitragem, extingue o processo sem resolução de
mérito a teor do que dispõe o Art. 485, VII do CPC. 
10 – Cláusula Compromissória em contratos: 
Art. 4º, §1º - Deve ser por escrito, inserido no próprio contrato ou em documento
apartado.
10.1 - DE CONSUMO 
Como regra geral, não se admite cláusula compromissória em contratos de consumo
conforme prevê Art. 51, VII da lei 8078/90. 
Todavia, a jurisprudência vem admitindo esta cláusula nos contratos de consumo nas
seguintes hipóteses: (Resp 1.189.050)
 Inexistência de vulnerabilidade do consumidor 
 Iniciativa do Consumidor 
 Concordância expressa do Consumidor
10.2 - DE ADESÃO 
Contratos de adesão são aqueles com cláusulas pré dispostas, onde o aderente não pode
discutir/negociar o seu conteúdo. 
Neste caso a cláusula compromissória terá validade, desde que respeitado as seguintes
condições (Art. 4º, §2º): 
 Redação em negrito da cláusula (a doutrina recomenda sublinhar)
 Assinatura aposta especificamente na cláusula 
Para aqueles que entendem ser aplicável a cláusula compromissória em contratos de
adesão nas relações de consumo, necessário observar o §3º do Art. 54 da lei 8.078/90
que dispõe sobre necessidade de fonte tamanho 12.
10.3 - DE TRABALHO 
É possível a prática da arbitragem de forma irrestrita no direito coletivo do trabalho
conforme se percebe através da leitura do Artigo 114, §1º da CF. 
“recusando-se à negociação é possível eleger árbitros”
Portanto, é possível a arbitragem tanto nos dissídios de greve (lei 7789) quanto nos
dissídios coletivos. 
Nas relações individuais de trabalho, é possível a cláusula compromissória em relação
ao empregado considerado pela doutrina como Hipersuficiente conforme Art. 507-A da
CLT. 
“Aquele que percebe salário superior a duas vezes o limite máximo de benefícios do
regime geral da previdência Social, mediante sua solicitação ou expressa concordância”
 11 – Cláusula compromissória “cheia” e “vazia”
11.1 - Enquanto a cláusula cheia reúne todas as informações necessárias para a
instituição da arbitragem como nome dos árbitros, local da arbitragem, local da sentença
arbitral, procedimentos etc, a cláusula vazia não traz em seu bojo as informações
mínimas necessárias para a instituição da arbitragem. 
11.2 – A lei de arbitragem estabelece procedimento extrajudicial (Art.6º) e judicial
(Art.7º) para a execução da cláusula “vazia’’ de arbitragem
11.3 - PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL PARA EXECUÇÃO DA CLÁUSULA
VAZIA 
Não havendo acordo prévio para a instituição da arbitragem, a parte interessada
convocará a outra por qualquer meio de comunicação, desde que haja comprovante de
recebimento estipulando o local, dia e horário para firmar o compromisso arbitral.
(Art.6º caput) 
Todavia, a parte requerida não comparecendo, ou comparecendo e recusando-se a
firmar o compromisso arbitral, a parte interessada poderá ajuizar demanda judicial no
foro do lugar onde originalmente seria o julgamento da causa. (§ único do Art. 6º)
11.4 - PROCEDIMENTO JUDICIAL PARA A EXECUÇÃO DA CLÁUSULA
VAZIA
Havendo a cláusula compromissória e recusando-se a instituição da arbitragem, a partir
interessada requererá a citação da parte contrária para comparecer ao juízo afim de se
definir o compromisso arbitral. 
A petição deverá contar a matéria objeto do conflito e o pedido deverá ser instruído com
documento contendo a cláusula compromissória (§1º) 
O juiz tentará promover a conciliação do conflito objeto do litígio e não sendo possível
tentará, mediante comum acordo das partes a celebração do compromisso arbitral. (§2º) 
Não concordando as partes sobre os termos do compromisso, o juiz, decidirá, após ouvir
o réu, no prazo de 10 dias (§3º), definindo inclusive quem serão os árbitros caso a
cláusula compromissória não o mencione. (§4). 
Não comparecendo a parte autora, sem justo motivo, o processo será extinto sem
resolução do mérito. (§5º)
Entretanto, não comparecendo o réu a audiência, o juiz, ouvido o autor, irá estatuir a
respeito do conteúdo do compromisso. (§6º)
§7º - A sentença na ação de execução da cláusula compromissória vazia valerá como
compromisso arbitral. (Obs: O recurso que atacar esta sentença não terá efeito
suspensivo conforme Art. 1012, §1, IV do CPC)
12 – AUTONOMIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA 
Necessário ressaltar que a cláusula compromissória de arbitragem é autônoma em
relação ao contrato onde ela está inserida, de tal forma que a nulidade do contrato não
acarreta a nulidade da cláusula compromissória. (Art. 8º) – PRINCÍPIO DA
AUTONOMIA DA CLÁUSULA ARBITRAL 
Já o parágrafo único do artigo 8º trata-se da competência conferida ao árbitro para
decidir sobre sua própria competência, o que significa dizer que caberá a ele analisar a
validade do contrato e da cláusula compromissória nele inserida, bem como eventual
suspeição ou impedimento em relação à sua atuação no caso em questão –
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA – COMPETÊNCIA
13 – Compromisso Arbitral (Art.9º)
É a convenção de arbitragem onde as partes que estão em conflito, o submetem a
arbitragem. 
Pode ser judicial, quando é celebrado por termo nos autos e submetido o conflito a
arbitragem (§1º)
Por ser extrajudicial, quando é celebrado por documento particular assinado por duas
testemunhas ou instrumento público. (§2º)
14 – Informação obrigatória que deve constar no compromisso arbitral. (Art.10º) 
 Nome, estado civil, profissão, residência das partes
 Nome, profissão, residência dos árbitros ou do Tribunal Arbitral
 Matéria que é objeto do litígio 
 Local em que será proferido a sentença Arbitral 
15 – Extinção do Compromisso Arbitral (Art. 12)
 Recusa do Árbitros, desde que as partes não aceitem substituto 
 Falecimentodo(a) Árbitros, desde que as partes não aceitem substituto
 Desrespeito ao prazo para proferir a sentença arbitral, apesar de já ter sido
notificado.

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