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RoteiroAula4e5-FilosofiaeSociologiadoDireito-05-09-2022e12-09-2022

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Roteiro Aula – Filosofia a Sociologia do Direito - 12-09-2022
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO – CONCEITO E DIFERENCIAÇÃO
Tanto a mediação quanto a conciliação tem regramento legal previsto no código de processo civil. 
A teor do que dispõe o Art. 165, §3 do CPC, considera-se conciliador, aquele que atuará preferencialmente nos
casos em que não houver vínculo anterior entre as partes. Cabe a ele sugerir soluções para o litígio, sendo
proibido a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. 
Já o mediador, é aquele que atua preferencialmente nos casos em que há vínculo anterior entre as partes, auxiliará
aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios
mútuos.
PRINCÍPIOS QUE REGEM A CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Art. 165 do cpc
A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da:
da Independência:
 da imparcialidade - dever de agir com ausência de favoritismo, preferência ou preconceito, assegurando que
valores e conceitos pessoais não interfiram no resultado do trabalho, compreendendo a realidade dos envolvidos no
conflito e jamais aceitando qualquer espécie de favor ou presente. Obs: Art. 5º. “Aplicam-se ao mediador as
mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz
da autonomia da vontade - dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer pressão interna ou externa, sendo
permitido recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes as condições necessárias para seu bom
desenvolvimento, tampouco havendo dever de redigir acordo ilegal ou inexequível. Não são obrigadas a
permanecer no processo de mediação (art. Art. 2º, §2º, da Lei 13.140/2015), não são obrigadas a celebrar acordo
(art. 20 da Lei 13.140/2015), podem recusar o mediador e escolher outro que seja de sua preferência (art. 4º da Lei
13.140/2015), podem alegar o impedimento/suspeição do mediador, podem definir regras procedimentais da
mediação (art. 166, §4º, CPC).
 da confidencialidade – dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas na sessão, salvo autorização
expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar
como advogado dos envolvidos, em qualquer hipótese.
Art. 166 - § 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo
teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.
§ 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de
suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
 da oralidade - Não se tomará termo das declarações emitidas nas audiências de mediação. Apenas o termo de
final de conciliação ou mediação é que será reduzido a termo. 
 da informalidade - O princípio da informalidade indica que não existe uma forma pré-estabelecida de conduzir a
mediação, salvo algumas orientações gerais colocadas pela lei. Nos aspectos procedimentais, a Lei de Mediação,
nas disposições comuns aos diversos tipos de mediação, e o CPC reafirmam os princípios citados acima e
acrescentam que poderá haver mais de um medidor para ajudar a pacificar a relação; a necessária anuência das
partes para a designação de novas reuniões; admissão de aplicação de técnicas negociais que o mediador entender
mais pertinente etc.
da decisão informada - dever de manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus direitos e ao
contexto fático no qual está inserido. Pelo princípio da decisão informada, os mediandos devem estar plenamente
informados sobre os direitos que lhe são reconhecidos pela lei e sobre como funciona o procedimento de mediação.
Exatamente por este motivo que o CPC estabelece no §9º do Art. 334 a obrigatoriedade da participação do
advogado na audiência de conciliação. 
Especificamente quanto a medição, a lei 13.140/2015 ainda traz mais três princípios: 
Art.2º
II - isonomia entre as partes; isonomia consiste em o Estado-juiz (na figura do magistrado) tratar as partes de
forma igualitária. De modo que todos tenham as mesmas possiblidades de manifestação durante o processo. Obs:
Parágrafo único do Artigo 10º. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o
mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas.
VI - busca do consenso; - Trata-se do objetivo principal da mediação, inclusive ratificado em diversos dispositivos
legais. Art.165 do CPC, §3, Art. 3º, §2§3º.
VIII - boa-fé – Diz respeito ao modelo de conduta social, no qual devemos agir conforme critérios de honestidade,
lealdade e probidade. Portanto, faltar com a verdade, participar da mediação apenas para protelar o processo,
agravar os conflitos, desestabilizar ou tirar vantagem da outra parte violaria a boa-fé objetiva.
Por seu turno, a Resolução Nº 125 do CNJ, anexo III, art. 1º, traz o Código de Ética de Conciliadores e Mediadores
Judiciais, segundo o qual: 
Da Competência: dever de possuir qualificação que o habilite à atuação judicial, com capacitação na forma desta
Resolução, observada a reciclagem periódica obrigatória para formação continuada; (vide Art. 167 e seus
parágrafos)
Do respeito à ordem pública e às leis vigentes – É o dever de velar para que eventual acordo entre os envolvidos
não viole a ordem pública, nem contrarie as leis vigentes. Exemplo: um acordo que proíbe o filho de ver o pai, que
proíbe que a mulher contraia novo matrimônio, que obrigue o marido a mudar de religião ou outros acordos do
gênero contrariam o princípio em comento.
Do empoderamento - dever de estimular os interessados a aprenderem a melhor resolverem seus conflitos futuros
em função da experiência de justiça vivenciada na autocomposição. Portanto, o empoderamento das partes é ainda
mais importante do que o acordo que tenha sido celebrado durante as sessões de mediação, porque aquele acordo
servirá apenas àquele litígio e o empoderamento servirá a todos os litígios.
Da validação: Dever de estimular os interessados perceberem-se reciprocamente como serem humanos
merecedores de atenção e respeito. Em outras palavras, a busca pelo desenvolvimento da empatia. 
CADASTRO DO MEDIADOR E CONCILIADOR 
Art. 167 do CPC 
 Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro
nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de
profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.
§ 1º Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade
credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com
o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua
inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.
§ 2º Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal remeterá ao
diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o mediador os
dados necessários para que seu nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição
alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.
§ 3º Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores constarão todos os
dados relevantes para a sua atuação, tais como o número de processos de que participou, o sucesso ou
insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal julgar
relevantes.
§ 4º Os dados colhidos na forma do § 3ºserão classificados sistematicamente pelo tribunal, que os
publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da população e para fins estatísticos e de avaliação da
conciliação, da mediação, das câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos
mediadores.
DA EXCLUSÃO DO MEDIADOR E DO CONCILIADOR DO CADASTRO 
 Art. 173. Será excluído do cadastro de conciliadores e mediadores aquele que:
I - agir com dolo ou culpa na condução da conciliação ou da mediação sob sua responsabilidade ou violar 
qualquer dos deveres decorrentes do art. 166, §§ 1º e 2º ;(confidencialidade) 
II - atuar em procedimento de mediação ou conciliação, apesar de impedido ou suspeito
DO IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MEDIADOR E CONCILIADOR 
Art. 167 do CPC 
§ 5º Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput , se advogados, estarão
impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.
 Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término
da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
Em razão do trabalho se equiparar a auxiliar da justiça, (Art. 148 do CPC) aplica-se ao mediador e
conciliador as mesmas hipóteses de impedimento e suspeição aplicáveis ao magistrado. (Art. 144 e 145
do CPC) 
Agora que você já compreendeu as regras gerais que disciplinam o trabalho do mediador e conciliador no que se
refere aos princípios, procedimento de cadastramento, impedimento e suspeição, necessário compreender a sua
aplicação no processo judicial. 
Como já foi mencionado nas aulas passadas, tanto a mediação quanto a conciliação são meios autocompositivos de
solução de conflitos. 
Autocomposição = Direitos disponíveis = Próprias partes 
Pode se dar: 
Renúncia = Quando a parte pretendente deixa de insistir 
Submissão = Quando a parte pretendida/resistente deixa de resistir 
Transação = Ambas as partes participam da resolução do conflito realizando concessões.
1.1 – MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO PROCESSO CIVIL – Procedimento Comum (Art. 334 do
CPC) 
Caso a petição inicial preencha os requisitos essenciais (Arts. 319 e 320) e não for o caso de improcedência liminar
do pedido (Art. 332, I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;II -
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.§ 1º O juiz também poderá julgar
liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
 o juiz designará audiência de mediação ou conciliação com 30 dias de antecedência devendo ser citado o réu
com 20 dias de antecedência. 
Poderá haver mais de uma seção de mediação ou conciliação desde que não haja intervalo superior de dois meses
entre uma e outra. (§2º) 
A intimação da parte autora será realizada na pessoa de seu procurador (§3º) 
Hipóteses da não ocorrência da audiência de mediação ou conciliação (§4º) 
 Se ambas as partes manifestarem desinteresse na composição consensual 
 O direito discutido não admitir autocomposição (indeterminado)
O que é direito que não admite autocomposição?
Necessário remissão ao Art. 3º, §2º lei 13.140/2015. (direitos indisponíveis, mas que admitem transação.)
 Direitos disponíveis = integralmente transacionável 
 Direitos indisponíveis transacionáveis = Persecução cível em ação de improbidade administrativa (Art. 
17, §1º da lei 8429), Pensão alimentícia. 
Obs1: Posso transacionar, mas não posso renunciar. 
Obs2: O acordo precisa ser homologado judicialmente. (Art. 2º, §3º lei 13.140/2015). Procedimento de 
jurisdição voluntária (Art. 724 do CPC)
O MP deve ser manifestar (Art. 178 do CPC), mas o juiz pode homologar independentemente do 
pronunciamento favorável. 
REsp 1831660 – A não participação do MP quanto a acordo homologado não acarreta nulidade, especialmente 
quando demonstrado que não há prejuízo para as partes. 
Obs3: Caso o juiz não homologue o acordo em razão de vício formal (não assinatura do advogado). Menor 
que não estava devidamente representado. É POSSÍVEL SER SANADO.
Obs4: Caso o juiz não homologue o acordo em razão de seu mérito (Decisão pode ser atacada por agravo 
de instrumento – Art. 1015, II do CPC).
 Direitos indisponíveis não transacionáveis = não admite transação Ex1: Não há possibilidade de cancelar
o reconhecimento de paternidade por acordo (Art. 609 do CPC). Ex2: Não há possibilidade de revogar a
adoção. (Art. 39, §1º do ECA – lei 8.069). Ex3: Disposição de órgãos, tecidos apenas de forma gratuita
(Art. 1º e Art 9º - Lei 9434/97). Ex4: Art. 192 do CC – As partes não podem convencionar a alteração do
prazo prescricional. 
Conforme lei 13.140/2015 , na hipótese de controvérsia jurídica que envolva a administração pública é possível
transação por Adesão: 
Art. 35. As controvérsias jurídicas que envolvam a administração pública federal direta,
suas autarquias e fundações poderão ser objeto de transação por adesão, com fundamento
em:
I - autorização do Advogado-Geral da União, com base na jurisprudência pacífica do
Supremo Tribunal Federal ou de tribunais superiores; ou
II - parecer do Advogado-Geral da União, aprovado pelo Presidente da República.
O DESRESPEITO ACARRETA NULIDADE.
Obs: (§5º) Na hipótese do inciso I, o autor deverá manifestar o desinteresse na petição inicial (Art. 319 do CPC -
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.)
O réu deverá se manifestar com 10 dias de antecedência da data da conciliação
(§6º) Em se tratando de litisconsórcio, a manifestação deverá ser prestada por todos os litisconsortes. 
A audiência de conciliação ou mediação poderá ocorrer de forma virtual (§7º) 
Penalidade pelo não comparecimento a audiência de mediação ou conciliação
O não comparecimento injustificado a audiência de mediação ou conciliação acarretará multa de dois por cento
sobre o valor do proveito econômico ou da causa por ato atentatório a dignidade da justiça. (§8º)
Obs: Neste caso, a multa será revertida em favor da União ou do Estado. 
Representação por advogado ou defensor público na audiência de mediação ou conciliação: É obrigatória (§9º). Tal
fato se justifica em razão do Art.133 da CF estabelecer o advogado como sendo indispensável a administração da
justiça bem como para privilegiar a efetivação do princípio da decisão informada (Art. 166 do CPC)
(§10º) Fica resguardada a parte nomear representante para negociar e transigir (Art. 105 do CPC) 
(§11º) A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. (Art. 487, III, “b” do CPC. 
 FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGAIPATINGA / MG
ATIVIDADE AVALIATIVA 
MATÉRIA: Filosofia e Sociologia do Direito 
CURSO: Direito DATA: 05/09/2022
PROFESSOR (A): Jorge Eduardo Ferreira Medina 
TURMA: VALOR: NOTA:
NOME:
1 - Segundo o Art. 1.723 do Código Civil,
“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. 
Contudo, no ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de
Inconstitucionalidade 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132, reconheceram a união estável
para casais do mesmo sexo. 
A situação acima descrita pode ser compreendida, à luz da Teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale, nos seguintes
termos: 
a) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela superveniência de mudanças no plano dos fatos e
valores. 
b) toda norma jurídica é interpretada pelo poder discricionário de magistrados, no momento em que estes transformama
vontade abstrata da lei em norma para o caso concreto. 
c) o fato social é que determina a correta compreensão do que é a experiência jurídica e, por isso, os costumes devem ter
precedência sobre a letra fria da lei.
d) o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não podem impor suas próprias ideologias ao
julgarem os casos concretos.
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2 - No que diz respeito às formas de atuação do direito como fator de mudança social, aquela que se caracteriza pela aplicação
de um novo sistema jurídico para substituir o direito do Estado e responder às necessidades sociais é denominada direito 
a) Globalizado. b) Alternativo. c) Vinculante. d)Transformador. 
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3 - A norma fundamental para Kelsen é pressuposta transcendentalmente pelo sistema jurídico enquanto válido. A categoria de
norma fundamental foi influenciada em Kelsen pela teoria filosófica de: 
a) Platão b) Aristóteles c) Heidegger d) Kant 
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4 - Das afirmações abaixo, assinale aquela que NÃO é uma tese do positivismo jurídico: 
a) O Direito positivo, enquanto sistema hierárquico de leis, pode ser objeto de uma Ciência do Direito. 
b) Não há uma conexão necessária entre o Direito e a Moral.
c) A Justiça, apesar de ser mutável no tempo e no espaço, é imutável no seu núcleo essencial enquanto expressa pela Lei
Natural.
d) O Direito deve ser estudado tal como ele é, não como ele deveria ser.
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5 - Os direitos fundamentais e sua evolução ao longo da história podem ser divididos em gerações ou dimensões. Assinale a
alternativa incorreta: 
a) Primeira geração ou dimensão esta ligada às liberdades negativas clássicas, que enfatizam o princípio da liberdade,
configurando os direitos civis e políticos. Surgiram nos finais do século XI e representavam uma resposta do Estado liberal ao
Absolutista
b) A Revolução Industrial foi o grande marco dos direitos de segunda geração, que se relacionam com as liberdades positivas,
reais ou concretas, assegurando o princípio da igualdade material entre o ser humano
c) Os princípios da solidariedade ou fraternidade, são características dos direitos de terceira geração ou dimensão sendo
atribuídos as formações sociais, que protegem os interesses de titularidade coletiva ou difusa, não se destinando
especificamente à proteção dos interesses individuais, de um grupo ou de um determinado Estado, mostrando uma grande
preocupação com as gerações humanas, presentes e futuras
d) Os direitos fundamentais de quarta geração ou dimensão são decorrentes da evolução da engenharia genética, relacionados à
manipulação do patrimônio genético, processo que pode colocar em risco a existência humana
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6 - A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por Augusto Comte. As
características do pensamento comtiano são: 
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências humanas devem utilizar os
mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra. 
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o teológico, no qual
predomina a religião positivista. 
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra porque tanto o sujeito quanto
o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.
d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que necessariamente levaria a uma
sociedade comunista. 
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7 - “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais
escravo do que eles (…) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não
se origina da natureza: funda- se, portanto, em convenções.”
A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:
a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura. 
c) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por 
autogestão.
d) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e
a autonomia dos homens.
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8 - Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele
considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo com esta
perspectiva, o Estado deve
a) permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.
b) garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade.
c) garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens.
d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos.
9 – Quanto aos princípios gerais do Direito, é correto afirmar que: 
a) A ponderação dos interesses é técnica que busca equacionar as colisões entre princípios constitucionais através da
demarcação dos respectivos âmbitos de proteção, de modo a excluir no caso concreto, a observância de um princípio em
detrimento a outro.
b) O Poder Judiciário deve interpretar os tratados internacionais de direitos humanos à luz da Constituição Federal, mas não o
contrário, pois se assim não fosse, sebverter-se-ia a hierarquia das fontes norrmativas e o princípio da supremacia da
Constituição. 
c) Os princípios gerais do Direito são de utilização tanto do poder executivo, quanto do legislativo e do judiciário.
d) Em hipótese de lacuna normativa, devem ser aplicados em primeiro momento os princípios gerais do Direito. 
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10 - Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem
relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo
permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem
de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é
delegada a um só dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano.
A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos contemporâneos que 
consolidou a(o):
a) Monarquia Paritária. b) Despotismo Soberano. c) Monarquia Republicana. d) Monarquia Absolutista.
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11 - “É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso
organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder”. 
a) proposta para a condenação à morte, pela vontade popular, de todo o chefe de poder que se torne absoluto.
b) o movimento renascentista, responsável pela ideia de que “os fins justificam os meios”.
c) a teoria da divisão da soberania em três poderes independentes eharmônicos entre si, o reformador, o Executivo e o
Judiciário.
d) O poder deve limitar o poder, para efetivar a liberdade, sendo essa, a condição para o respeito às leis e para a segurança dos
cidadãos. É o famoso sistema de freios e contra-pesos.
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12 – No estágio atual de relação entre os cidadãos e o Estado, busca-se meios efetivos para se garantir a resolução de conflitos
sociais face ao excesso de judicialização. Nesse sentido, conclui-se: 
a) Que a conciliação é meio alternativo de solução de conflitos quando existe um vínculo anterior entre as partes. 
b) Que a mediação é meio alternativo de solução de conflitos quando inexiste um vínculo anterior entre as partes. 
c) Que a negociação consiste em uma espécie de autotutela
d) Que a arbitragem é meio hetero-compositivo de solução de conflitos.
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13 – Diferencie as espécies de costumes e informe qual espécie, e em qual momento é u lizado para integração da norma: 
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14 – São princípios gerais do Direito, exceto: 
a) Princípio da Dignidade da Pessoa Humana b) Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa c) Princípio da
Lesividade d) Princípio do Devido Processo Legal
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15 – Conceitue o Direito e a Moral , e trace a diferenciação desses dois ins tutos a par r da razão e da liberdade
conforme Immanuel Kant: 
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16 – Explique em que consiste o jusnaturalismo clássico, teológico e racional diferenciando-o do jusposi vismo: 
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