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IMUNOLOGIA NA REPRODUCAO - IMUNOLOGIA BÁSICA

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CURSO: BIOMEDICINA 
DISCIPLINA: PS-B0389 - IMUNOLOGIA BÁSICA 
PROFESSORA: AG ANNE PEREIRA MELO DE MENEZES 
ALUNA: GRAZIELY NEVES DE OLIVEIRA 
TURNO: NOITE 
 
 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA NA REPRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
Junho, 2023 
SISTEMA IMUNOLÓGICO – INTRODUÇÃO 
O sistema imunológico ou sistema imune é o sistema de defesa do nosso 
corpo, o qual é responsável por nos proteger de diferentes agentes, como vírus, 
bactérias e até mesmo células cancerígenas. 
São barreiras naturais, células e proteínas circulantes que reconhecem 
patógenos ou substâncias produzidas por infecções e iniciam as respostas que 
eliminam esses patógenos. 
Tem uma grande importância para o desencadeamento e controle de 
vários processos fisiológicos e patológicos e apresenta intima interrelação com 
o sistema nervoso e endócrino. 
Esse importante sistema do corpo humano apresenta características 
essenciais: especificidade, capacidade de memória, amplificação e tolerância. 
1. Especificidade: capacidade do organismo de identificar e gerar uma 
resposta contra um elemento estranho. 
2. Memória: capacidade desse sistema de identificar um agente que 
já teve contato com nosso organismo. Nessas situações, o sistema 
imunológico atua de maneira mais rápida. 
3. Amplificação: repetição do contato 
4. Tolerância: Limitada ao setor imunológico. 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
Todos os elementos celulares do sangue, incluindo os eritrócitos 
(glóbulos vermelhos) que transportam oxigênio, as plaquetas que participam na 
contenção do sangue em tecidos danificados e os leucócitos (glóbulos brancos) 
que formam o repertório celular do sistema imune derivam da mesma célula 
progenitora, as células tronco hematopoiéticas. Como estas células originárias 
da medula óssea dão origem aos diferentes tipos de células sanguíneas são 
denominadas células pluripotentes. 
IMUNOLOGIA NA REPRODUÇÃO 
A imunologia da reprodução é uma especialidade médica que contribui 
com a área da Reprodução Humana e consiste em investigar se há alterações 
imunológicas que estão impedindo a gravidez. Quando estas alterações são 
diagnosticadas corretamente, muitas vezes podem ser tratadas com sucesso, 
permitindo ao casal alcançar a paternidade e evitando a insistência em 
tratamentos custosos que não trarão soluções a estes casos. 
Nasceu a partir da imunologia dos transplantes onde se partia do 
princípio de que o feto era um transplante e se submetia a rejeição. 
COMO IDENTIFICAR A AUSÊNCIA DE ANTICORPOS PROTETORES 
Existe um exame chamado cross-match, que avalia a presença dos 
anticorpos protetores contra os linfócitos paternos. Se o resultado for negativo, 
pode ser realizado um tratamento com a administração de linfócitos paternos no 
organismo materno para que o sistema imunológico produza os anticorpos. É a 
chamada “vacina do marido”. 
TEORIAS ATUAIS SOBRE INTERAÇÃO IMUNOLÓGICA MATERNO-FETAL 
Hoje está em estudo a interação de antígenos que se manifestam na 
superfície das células da placenta e do embrião, denominados HLA-C, e 
receptores localizados na superfície das células NK (Natural Killers, as células 
“assassinas” de defesa do corpo) maternas. O embrião manifesta esses 
antígenos como herança paterna e materna. 
Determinadas combinações antigênicas podem dificultar o processo de 
aceitação fetal. De acordo com os trabalhos ainda recentes e que necessitam 
melhor elucidação na literatura, determinadas combinações antigênicas entre as 
mulheres e os embriões teriam o pior prognóstico de evolução, tanto para o início 
(implantação) da gravidez como sua evolução. No outro lado do espectro, outras 
combinações teriam melhor resultado gestacional. 
DIAGNÓSTICOS DE IMUNOLOGIA DA REPRODUÇÃO 
Células NK: a sigla NK vem do inglês e significa “natural killer”. Estas 
células do sistema imune reconhecem células estranhas e infectadas por vírus 
e as destroem rapidamente. Estudos já demonstraram que mulheres com 
aumento do número de células NK têm dificuldade para engravidar e sofrem 
abortos recorrentes. Isso porque estas células estão presentes no endométrio e 
é necessário um equilíbrio perfeito da função destas células para a aceitação do 
embrião. 
O tratamento é feito com a administração de lipídeos (Intralipid) e 
medicações de ação imunológica (corticoides, G-CSF, requinol), que têm como 
objetivo regular a ação das células NK e tornar o organismo receptivo ao 
embrião. 
Perfil das Citocinas intracelulares: as citocinas são mediadores 
químicos das células que regulam o sistema imunológico. Há vários tipos de 
citocinas e muitas delas têm funções específicas. 
Existem 2 tipos de resposta imune para qualquer ameaça ao nosso 
organismo: Th1(predominantemente inflamatória) e Th2(predominantemente 
imunossupressora). 
A resposta do sistema imune depende do tipo de citocinas produzidas. 
As citocinas que estimulam a resposta humoral devem prevalecer sobre as que 
estimulam a resposta celular para uma gestação bem sucedida. O balanço das 
citocinas Th1/Th2 avalia o prognóstico de uma gravidez bem sucedida e 
especialmente a qualidade da resposta da mulher ao tratamento imunológico 
proposto. 
O tratamento também pode ser realizado com a administração de 
imunoglobulinas. 
Fator Anti-Núcleo (FAN): são auto-anticorpos que atuam contra o 
núcleo das células. Em pessoas com doenças autoimunes, o FAN é positivo. 
Porém, de 10% a 15% da população podem apresentar FAN positivo e não ter 
qualquer alteração. 
Em alguns casos de FAN positivo, é necessário realizar tratamento feito 
com a administração de corticoides, que diminuem a ação do sistema imune. 
Anticorpos anti-tireoide: auto-anticorpos que atacam as células da 
glândula tireoide podem provocar alterações na produção de hormônios e afetar 
outras partes do corpo. 
Embora não esteja diretamente relacionada com a gravidez, a presença 
destes auto-anticorpos pode ter relação com alguma disfunção do 
reconhecimento do sistema imune e comprometer a fertilidade. 
Anti-fosfolípides: esses auto-anticorpos atacam os fosfolípidos 
(membranas normais das células), e podem levar à lesão do endotélio (parede 
interna dos vasos sanguíneos) e pequenos trombos no endométrio. 
Por alterar a circulação placentária, estão relacionados a abortos 
recorrentes, falhas de implantação e infertilidade sem causa aparente. 
O tratamento tem como objetivo evitar a formação dos pequenos 
coágulos, sendo administrado com anticoagulantes, como a heparina de baixo 
peso molecular e inibidores da agregação plaquetária, como o ácido 
acetilsalicílico em baixas doses. 
CONCLUSÃO 
o sistema imunológico apresenta um importante papel, não apenas 
como órgão de defesa contra agressões externas, mas também como mediador 
do equilíbrio dinâmico do organismo. No sistema reprodutor humano, ele tem 
participação desde a deposição do espermatozoide, passando pela interação 
entre endométrio e blastocisto, implantação, manutenção da gestação, até o 
nascimento do feto. 
Diversas técnicas tornam-se mais fácil atingir um diagnóstico precoce 
dos inúmeros problemas que podem ocorrer na gravidez, levando a uma 
diminuição nos abortos recorrentes, infertilidade e ao sucesso das fertilizações 
in vitro. 
REFERENCIAS: 
http://imunofisiopatologia.icb.usp.br:4881/areainterna/conteudo/leitura/resumos/
CelulasdoSistemaImune.pdf 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-imunologico.htm 
 
https://institutobarini.com.br/imunologia-da-reproducao 
 
https://vida.com.br/imunologia-da-reproducao/ 
 
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/937/949/1781 
 
http://www.fapeam.am.gov.br/imunologia-da-reproducao/

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