Buscar

Preparo do Paciente para Cirurgia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PREPARO DO PACIENTE PARA A CIRURGIA
TRICOTOMIA
· A tricotomia se refere a remoção dos pelos. Esse procedimento deverá ser feito fora do centro cirúrgico e imediatamente antes da cirurgia, de preferência utilizando tricotomizadores elétricos.
· A indicação para tricotomia dependerá da quantidade de pelos, do local da incisão, do tipo de procedimento e da preferência do cirurgião.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
· Mesas Cirúrgicas:
· Posicionamentos do Paciente:
· Definição: Consiste na posição em que o paciente é colocado, após ser anestesiado, para ser submetido a intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório.
· Cuidados no posicionamento do paciente:
(a) – Evitar a compressão de vasos, nervos, pele ou proeminência ósseas
(b) – Evitar o contato direto do paciente com partes metálicas da mesa
(c) – Evitar hiperextensão dos membros
(d) – Tomar cuidado para não realizar uma fixação incorreta da mesa e do paciente
(e) – Manter adequada função respiratória e circulação sanguínea do paciente
(f) – Evitar apoios sobre o paciente
· Tipos de Posicionamento do Paciente:
1°) Decúbito Dorsal ou Supina
-O dorso do paciente e a coluna vertebral ficam repousados na superfície do colchão da mesa cirúrgica
-A cabeça fica apoiada em um travesseiro, retificando a coluna cervical
-Os braços ficam ao longo do corpo ou abduzidos em apoios laterais, tipo braçadeiras
2°) Decúbito Ventral ou Prona
-O paciente fica deitado com o abdome em contato com a superfície do colchão da mesa cirúrgica
-Os braços devem ficar estendidos para frente e apoiadas em talas
-O sistema respiratório fica mais vulnerável nessa posição, mas o paciente consegue respirar melhor.
3°) Decúbito Lateral ou Sims
-O paciente pode ficar virado para direita ou para esquerda
-Esse posicionamento será sempre do lado contralateral ao da cirurgia
-O paciente fica deitado com um lado em contato com a superfície do colchão da mesa cirúrgica, pernas levemente fletidas e braços em abdução
4°) Litotomia ou Ginecológica
-Paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas
-Braços estendidos e apoiados
5°) Posição de Trendlenburg
-É uma variação da posição de decúbito dorsal, onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados
-Essa posição mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal
6°) Posição de Trendlenburg Reversa
-É o contrário da posição de Trendlenburg tradicional
-Mantém as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal
-Reduz a pressão sanguínea cerebral
6°) Posição de Fowler Modificado
-O paciente permanece semi-sentado na mesa de operação
-Viabiliza o conforto respiratório do paciente em dispneia
7°) Posição de Kraske ou Canivete
-O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas fletidas num ângulo de 90° graus
-A mesa é levemente inclinada no sentido oposto das pernas e os braços estendidos e apoiados em talas
Antissépticos Degermantes e de Uso Tópico
· Conceitos:
I - Assepsia: Conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos em um ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
II – Antissepsia: Conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos e/ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
III – Degermação: Significa a diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão.
· Principais Degermantes Usados no Centro Cirúrgico:
I) Clorexidina
Vantagens:
1. Ótimo antisséptico
2. Tem ação rápida (começa a fazer efeito em 30s a 2min)
3. Tem ação residual (várias horas)
4. Não causa lesões de pele por ressecamento e nem alergia
Desvantagens:
1. Alto custo
II) Iodóforos
Vantagens:
1. Custo mais baixo
Desvantagens:
1. Extremamente alergênico
· Forma Degermante X Forma Aquosa
Forma Degermante: apresentação de sabão, na escovação das mãos ela está presente e pode ser usada para fazer a limpeza mecânica do paciente também
Forma aquosa: geralmente usada próximo a olhos, ouvidos e mucosas
PASSO-A-PASSO DO PREPARO DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO
1° PASSO - TRICOTOMIA
1. Objetivos:
1.1 - Proporciona higiene corporal e conforto ao paciente internado com dificuldade de locomoção e déficit no autocuidado
1.2 - Preparar o paciente para curativos e procedimentos cirúrgicos
Quem normalmente realiza a tricotomia? -> A equipe de enfermagem
2. Materiais Necessários:
2.1 – Um barbeador ou lâmina de barbear descartável
2.2 – Gaze não estéril
2.3 – Sabonete líquido
2.4 – Luvas de procedimento (EPI)
3. Etapas da Tricotomia
I) Posicionar o paciente de maneira confortável e manter a privacidade do mesmo, evitando exposição desnecessária
II) Higienização das mãos
III) Separar o material necessário
IV) Identificar-se ao paciente e explicar o procedimento
V) Verificar o local a ser realizado a tricotomia
VI) Colocar EPI
VII) Passar sabão no local desejado
VIII) Raspar os pelos no sentido da sua inserção, evitando pressionar o aparelho contra a pele, prevenindo irritação ou cortes.
IX) Enxugar e secar a área tricotomizado com a compressa
X) Higienizar as mãos
2° PASSO – CHECKLIST CIRÚRGICO I (antes de entrar na sala de cirurgia)
1. Objetivo: Esses checklists cirúrgicos servem como critério de segurança para prevenir a ocorrência de erros, como a realização de uma cirurgia destinada a um paciente X em um paciente Y, dentre outros tipos de erros grotescos.
2. I° Checklist – Enfermeira para o Paciente
->Nesse I° checklist as enfermeira deve:
(a) – Identificar-se
(b) – Explicar os critérios de segurança
(c) – Perguntar Nome completo
(d) – Perguntar Data de nascimento
(e) – Perguntar Quantas horas o paciente está de jejum
(f) – Perguntar Nome do médico do paciente (qual o médico que vai operar o paciente)
(g) – Pede-se para o paciente confirmar o tipo de cirurgia
(h) – Pergunta se o paciente possui alguma prótese dentária, lentes de contato ou algo para retirar
(i) – Confirma o consentimento do paciente para realizar a cirurgia
3. II° Checklist – Médico para o Paciente
->Nesse II° checklist o médico deve:
(a) – Identificar-se
(b) – Explicar os critérios de segurança para o paciente
(c) – Confirmar o tipo de cirurgia que será realizada e em que parte do corpo será realizada
(d) – Realizar uma marca cirúrgica no local do corpo que será operado.
3° PASSO – POSIONAMENTO DO PACIENTE
1. Deve-se posicionar adequadamente o paciente na mesa cirúrgica, conforme o procedimento cirúrgico a ser realizado. 
4° PASSO – CHECKLIST CIRÚRGICO II (dentro da sala de cirurgia)
1. III° Checklist – Enfermeira para o Paciente:
->Nesse III checklist a enfermeira deve:
(a) – Identificar-se 
(b) – Explicar os critérios de segurança
(c) – Perguntar Nome completo
(d) – Perguntar Data de nascimento
(e) – Perguntar Quantas horas o paciente está de jejum
(f) – Perguntar Nome do médico do paciente (qual o médico que vai operar o paciente)
(g) – Pede-se para o paciente confirmar o tipo de cirurgia
(h) – Pergunta se o paciente possui alguma prótese dentária, lentes de contato ou algo para retirar
(i) – Confirma o consentimento do paciente para realizar a cirurgia
5° PASSO – ANESTESIA
1. Checklist da Enfermeira para o Anestesiologista:
(a) – Local da cirurgia foi marcado?
(b) – Aparelho de ventilação está preparado?
(c) – Oximetria está funcionando?
(d) – Medicação está pronta?
(e) – O paciente possui alguma alergia conhecida?
(f) – O paciente tem risco de via aérea dificultada?
(g) – Há risco de perda sanguínea?
2. O anestesiologista Realiza a anestesia do paciente
6° PASSO – PREPARO PRÉ-CIRÚRGICO
1. Paramentação Cirúrgica Inicial (Antes de entrar no centro cirúrgico)*
->Antes de entrar no centro cirúrgico o profissional da saúde deve realizar uma paramentação inicial:
I) Antes de entrar no centro cirúrgico o médico deve passar no vestiário, onde ele irá vestir o pijama cirúrgico limpo fornecidopelo hospital
II) Após vestir o pijama cirúrgico, o médico deve calçar o propé, a máscara e a touca cobrindo totalmente o couro cabeludo (todos fornecidos pela farmácia do centro cirúrgico)
2. Antissepsia cirúrgica (ou preparo pré-operatório das mãos)
https://www.youtube.com/watch?v=Tln7_KsDW6U
->A degermação das mãos deve durar entre 3 a 5 minutos
->Após a degermação e secagem das mãos, o médico deve entrar na sala de cirurgia com as mãos ainda levandas empurrando a porta com as costas
3. Paramentação Cirúrgica Intermediária: Vestimenta do Capote
3.1 – Depois da antissepsia das mãos, deve-se abrir cuidadosamente o capote com a ponta dos dedos, pegando na parte interna do capote, levando-a para fora da mesa.
3.2 – Deve-se segurar o capote afastando do corpo e introduzir cuidadosamente um braço e depois o outro nas mangas do capote, com um movimento para cima.
3.3 – Após introduzir o capote, deve-se pedir para o circulante de sala amarrar as tiras posterior do capote.
4. Paramentação Cirúrgica Final: Calçar as Luvas Estéreis
https://www.youtube.com/watch?v=YmOU34P_Y-A
7° PASSO – PREPARO DA PELE DO PACIENTE
1. Expor a região do paciente a ser realizado o procedimento cirúrgico
2. Realizar a Degermação da pele do paciente (realizado pela enfermagem – procedimento não estéril)
2.1 - Objetivos: Eliminar a flora transitória da pele
2.2 – Materiais Necessários:
I) Escova de assepsia ou gazes embebidas com solução degermante
II) Antisséptico degermante
II.I) Solução iodófora degermante de PVPI a 10%
Ou
II.II) Clorexidina a 2% ou a 4%
3.3 – Técnica:
I) Centrípeta: movimentos circulares do centro à periferia, utilizando a escova de assepsia ou as gazes embebidas com solução degermante
4. Realizar a antissepsia da pele do paciente (realizado pelo cirurgião auxiliar – procedimento estéril)
4.1 – Objetivos: Após a degermação inicial, realiza-se a antissepsia da pele do paciente. Para isso, utiliza-se um agente antisséptico para remover a microbiota das camadas mais profundas da pele, além de promover uma ação residual.
4.2 – Materiais necessários:
I) Cuba rim
II) Pinça CHERON ou pinça FOSTER
 
III) Gazes estéreis
IV) Antisséptico degermante e antisséptico tópico (alcoólico ou aquoso)
4.3 – Técnica
I) Centrípeta: movimentos circulares do centro à periferia, utilizando uma gaze estéril embebida de solução degermante, sendo segurada pela pinça Cheron
II) Irradiada: movimentos do centro para periferia, utilizando em cada rastro um lado diferente da gaze estéril embebida com solução degermante, esta que estará sendo segurada pela pinça de Cheron ou pela pinça Foster
8° PASSO – COLOCAÇÃO DO CAMPO ESTÉRIL CIRÚRGICO
1. Abertura do material estéril:
2. Tipos de campos cirúrgicos
2.1 – Tipo Fenestrado: usados para pequenos procedimentos cirúrgicos
2.2 – Tipo Padrão
3. Posicionamento do Campo Cirúrgico (cirurgião + 1° auxiliar)
3.1 – Deve-se tomar cuidado para que o campo não entre em contato com áreas contaminadas
3.2 – As pinças de Backaus devem ser fixadas aos campos cirúrgicos por sua face interna, o que evita acidentes com a pinça e melhora a estética da cirurgia (essas pinças geralmente são “escondidas” por debaixo dos campos cirúrgicos.
3.3 – Normalmente, usa-se duas camadas de campo cirúrgico em cada zona coberta.
9° PASSO – TIME OUT (antes de iniciar a incisão na pele)
1. Apresentação da Equipe Cirúrgica:
->Todos da equipe devem se identificar:
(a) – Cirurgião
(b) – Primeiro auxiliar
(c) – Anestesiologista
(d) – Instrumentista
(e) – Enfermeira da anestesia
2. Revisão da Cirurgia junto com o Cirurgião:
(a) – Passos críticos da cirurgia
(b) – Tempo previsto da cirurgia
(c) – Previsão de perdas de sangue
(d) – Confirmação do plano de cuidados estabelecido para a cirurgia proposta
(e) – Posicionamento do doente
(f) – Tipo de posicionamento
3. Revisão da Cirurgia junto com o Anestesiologista:
(a) – Há alguma particularidade anestésica do paciente?
4. Revisão da Cirurgia junto com a Enfermagem:
(a) – Os dispositivos médicos estão esterilizados?
(b) – Funcionamento dos equipamentos e dispositivos
10° PASSO – INÍCIO DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
->Neste passo é quando a cirurgia vai estar sendo realizada pela equipe cirúrgica
11° PASSO – SIGN OUT (ao fim da cirurgia, ainda dentro da sala cirúrgica)
1. I° Checklist Sign Out da enfermeira junto com a equipe cirúrgica:
->Perguntas:
(a) – Procedimento cirúrgico realizado
(b) – Contagem das compressas
(c) – Contagem dos instrumentos e peças perfurantes
(d) – Peças anatômicas corretamente identificadas (as peças anatômicas também devem incluir o nome do doente)
(e) – Problemas com equipamentos
2. II° Checklist Sign Out da enfermeira junto com a equipe cirúrgica -> Confirmar cuidados específicos com a cirurgia, anestesista e enfermagem:
(a) – Vigiar perdas hemáticas
(b) – Avaliar sinais vitais
(c) – Avaliar dor
(d) – Grades da cama elevadas e rodas travadas
Referências.:
https://www.youtube.com/watch?v=igYSCWcKt28
Materiais do Passei Direto

Continue navegando