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1- Revisar as características da asma. 1.2- Revisar componentes elásticos e resistivos no sistema respiratório. 2- Diferenciar os modos ventilatórios (Modo PCV, Modo VCV, modo PSV) e os parâmetros (fluxo, peep, driving pressure) 3- Diferenciar a pressão de platô e pico de pressão. 4- Explicar os traumas que podem ocorrer devido a ventilação mecânica. 5- Conceituar peso ideal e peso predito. 6- Explicar a diretriz para ventilação mecânica na asma.
Propriedades dinâmicas do Sistema Respiratório
A pressão do sistema respiratório precisa vencer os componentes elásticos e resistivos do sistema respiratório. As características elásticas (complacência) e resistivas do sistema respiratório definem o seu comportamento dinâmico.
Características elásticas: a elasticidade é a propriedade da matéria que permite a um corpo retornar à sua forma original após ter sido deformado sob a aplicação de uma força. Os componentes elásticos do sistema respiratório são:
Complacência pulmonar: é o grau de elasticidade pulmonar; depende do volume e da pressão transpulmonar. Seu valor normal é de 0,2 l/cm H²O.
Complacência da caixa toráxica (tórax, diafragma, parede abdominal e mediastino): a complacência da caixa toráxica representa 34% do valor da complacência pulmonar. Uma complacência elevada implica em ventilação fácil e uma complacência baixa implica em ventilação difícil.
Características resistivas: os componentes que caracterizam a resistência do sistema respiratório são:
Resistência das vias aéreas: é a diferença de pressão entre os alvéolos e a boca, por unidade de fluxo aéreo. Representa a resistência das vias aéreas à passagem de fluxo (atrito das moléculas gasosas com as vias aéreas). Num adulto médio: 10cmH²O/l/s.
Resistência tecidual: causada pelo atrito do deslocamento dos tecidos pulmonares, da caixa toráxica, do diafragma e do addôme.
Num adulto jovem e normal, resistência tecidual representa 20% e a resistência das vias aérea, 80% da resistência pulmonar.
Propriedades estáticas do sistema respiratório
Volume corrente: é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal.
Volume de reserva inspiratória: é o volume máximo de ar que pode ser inspirado a partir da posição final da inspiração normal.
Volume de reserva expiratório: é o volume máximo de ar que pode ser expirado a partir da posição final da expiração normal.
Volume residual: é o volume de ar que permanece nos pulmões ao fim de uma expiração máxima.
Capacidade vital: é o volume de gás máximo que pode ser expirado após uma inspiração máxima.
Capacidade pulmonar total: é o volume máximo de extensão dos pulmões com o máximo esforço inspiratório possível.
Capacidade inspiratória: é o máximo volume que pode ser inspirado a partir de um nível expiratório de repouso.
Capacidade residual funcional: é o volume que permanece nos pulmões ao nível expiratório de repouso.
A difusão do ar segue a um gradiente pressórico, determinando um fluxo de ar do local de maior pressão para o local de menor pressão. Para que isso ocorra durante a inspiração, a pressão alveolar (Palv) tem que ser inferior à pressão atmosférica (Patm), esta diferença de pressão é gerada pela contração dos músculos inspiratórios (ex. diafragma), os quais aumentam a negatividade da pressão intrapleural (Ppl) distendendo as vias aéreas e os alvéolos. Os músculos respiratórios agem de forma rítmica na parede torácica e sua ação destina-se a vencer as impedâncias mecânicas impostas pelo sistema respiratório. Esta impedância se refere aos componentes elásticos dos pulmões e da parede torácica, e resistência das vias aéreas e ao atrito dos tecidos. A mecânica do sistema respiratório é subdividida em dois sistemas elásticos: os pulmões e a parede torácica. 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO 
A Elastância (E) é a medida do quão difícil é distender o tecido pulmonar, a fim de se aumentar o volume que lhe rodeia, e seu valor está relacionado com a composição do 32 tecido pulmonar, a tensão superficial (T), as propriedades da parede torácica e a organização estrutural dos constituintes do tecido. Desta maneira, podemos considerar que a pressão associada à retração elástica (Pel, P) cresce linearmente com o volume pulmonar, de modo que E seja a constante de proporcionalidade. (BATES, 2009; ZIN; ROCCO, 2009). 
É importante ressaltar que na prática clínica é mais usual o emprego da complacência pulmonar, dada pelo recíproco de E. Complacência pulmonar (CP) é a mudança de volume por unidade de alteração de pressão (WEST, 2010). Segundo a Lei de Laplace aplicada a uma superfície esférica, a pressão relacionase com o raio e com a tensão superficial (T) de acordo com a equação: P = 4T/r, onde o número quatro está associado a duas interfaces ar-líquido (interna e externa). Entretanto, quando relacionamos esta Lei a um alvéolo esférico revestido por líquido na sua face interna, apenas uma interface está envolvida e o numerador na Lei de Laplace tem o número 2 no lugar de 4 (BATES, 2009;MACHADO; ZIN, 2009).
 De acordo com essa Lei, era de se esperar que a tensão superficial fosse crescente à medida que os alvéolos fossem tornando-se menores, acarretando colapsos e hiperdistensões dos espaços aéreos, entretanto, os pneumócitos tipo II secretam o surfactante, um líquido de composição proteica e principalmente fosfolipídios, que diminui a tensão superficial no alvéolo na medida em que sua área diminui, evitando assim o colapso alveolar durante a expiração (ZIN; ROCCO, 2009). 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DA PAREDE TORÁCICA 
Da mesma forma que o pulmão possui suas propriedades elásticas intrínsecas, assim também é a parede torácica, sendo composta pelo arcabouço torácico, o diafragma, a parede abdominal e o mediastino. A parede torácica tende a expansão até que se consiga atingir seu equilíbrio elástico (cerca de 75% da capacidade vital), a partir desse ponto tenderá a retração, agindo de forma contrária a ventilação pulmonar em volumes acima desse equilíbrio (MACHADO; ZIN, 2009). Em indivíduos hígidos, pulmão e parede torácica movimentam-se em conjunto e estas estruturas são separadas pelo espaço pleural. A pressão intrapleural (PPL), é a pressão no interior do espaço pleural, e é determinada pela interação mecânica entre os pulmões e a parede torácica. 
Ao final da expiração, as pressões de recolhimento elástico dos pulmões e da parede torácica são iguais, e as forças associadas a essas pressões produzem efeitos 33 concorrentes: expansão da caixa torácica e redução do volume pulmonar, o que faz com que a Ppl seja negativa, em torno de 3 cmH2O abaixo da pressão atmosférica. No momento da inspiração, essa pressão torna-se mais negativa, retornando ao seu valor inicial no final da expiração. A pressão alveolar (PAL), por sua vez, é negativa na inspiração e positiva na expiração em relação à pressão na abertura das vias aéreas (Pao) (BERNE et al, 2004; MACHADO; ZIN, 2009). 2.6.3 
PROPRIEDADES RESISTIVAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A resistência pulmonar pode ser subdividida em dois componentes: a resistência das vias aéreas (Raw), que influencia o fluxo de ar no interior dos pulmões, e a resistência tecidual (Rtis), que é determinada pelas perdas energéticas geradas pela viscosidade (atrito) pertinente à movimentação do pulmão (BATES, 2009; MACHADO; ZIN, 2009). 2.6.4 RESISTÊNCIA PULMONAR 
A resistência pulmonar (RL) é obtida pela soma da resistência tecidual (Rtis) e a resistência das vias aéreas (Raw) (WEST, 2010). Quando o tecido pulmonar é deformado, como ocorre durante as mudanças de volume, as fibras, células e fluidos que compõem o tecido pulmonar movem-se uns em relação aos outros sob a ação de forças de atrito, gerando perdas energéticas, determinando a resistência tecidual. Esse componente da resistência corresponde a cerca de 20% da resistência pulmonar (BATES, 2009; ZIN; ROCCO; FAFFE, 2008).
 Em uma abordagem simplificada e com a finalidade de descrever o escoamento de ar ao longo das vias aéreas, estas podem ser consideradas uma série de tubos ramificados, os quais se tornam mais estreitos,curtos e numerosos, à medida que penetram mais profundamente nos pulmões. A resistência das vias aéreas pode ser quantificada pela diferença de pressão entre os alvéolos e a boca, dividida pelo fluxo. Esta pode ser influenciada pela geometria da árvore traqueobrônquica, pelo volume pulmonar, pela complacência das vias aéreas, pela densidade e viscosidade do gás inspirado e pela musculatura lisa dos brônquios. Baseando-se na equação de Poiseuille, seria natural pensar que a resistência das vias aéreas tenderia a crescer dos bronquíolos (pequeno calibre) em direção aos grandes brônquios, contudo devido ao aumento da secção transversal à medida que as vias aéreas vão 34 se tornando menores, esta resistência é maior nos brônquios de tamanho médio e muito pequena nos bronquíolos (WEST, 2010; MACHADO; ZIN, 2009
RESISTÊNCIA DA PAREDE TORÁCICA 
A resistência da parede torácica é determinada pelo atrito que ocorre entre os constituintes (caixa torácica óssea, os músculos da caixa torácica, o diafragma e o abdome) do tecido, entre as duas pleuras e nas articulações (MACHADO; ZIN, 2009). 2.6.6 
VISCOELASTICIDADE 
Além dos componentes elásticos e resistivos, o sistema respiratório apresenta propriedades viscoelásticas, que atuam no tecido pulmonar e na parede torácica (BATES et al., 1989). 
A viscoelasticidade pode ser demonstrada com materiais (ex. fios de seda) que obedecem à lei da proporcionalidade entre a força aplicada e o alongamento resultante (Lei de Hooke), porém, apenas por um curto período de tempo após a aplicação da força. Quando esta força for aplicada por um período prolongado, o alongamento passa a aumentar continuamente. Substâncias viscoelásticas quando mantidas sob deformação constante, apresentam o chamado relaxamento de tensão (“stress relaxation”) que é uma queda de tensão, quando o corpo é estirado.
 Em contrapartida, sob uma tensão constante, o corpo tende a se deformar continuamente com o decorrer do tempo, comportamento conhecido como “creep”. Do ponto de vista morfofuncional, a viscoelasticidade ocorre no tecido pulmonar e na parede torácica e permite a troca de energia (pressão) entre o componente elástico e resistivo (KOCHI, 1988).
http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/07/mecanica-respiratoria-e-ventilacao.pdf 
http://www.uece.br/ppgcvwp/wp-content/uploads/sites/6/2019/08/JoselitoNeto_Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf

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