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AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� Diabete� Melit� tip� 1 Fisiologi� d� pâncrea� ▪É uma Glândula de Natureza Anficrina: 1. Exócrina->Suco Pancreático-> Degradação alimentar em zona duodenal 2. Endócrina: -Glucagon: células alfa ▪Insulina: - É uma molécula pequena. Apresenta receptor específico. -Produzida pelas células beta de Langerhans -A insulina afeta o metabolismo dos lipideos e proteinas quase tanto como no metabolismo dos carboidratos. -A insulina é secretada na sua forma livre, -Apresenta meia vida de 5min. Depura em torno de 10/15min. ▪Pre-pró-hormônio》Insulina + Peptídeo C.》 Pro-hormônio ▪Funções: -Captação de Glicose -Aumento da permeabilidade membranar para aminoácido -Promove captação de armazenamento de glicose intracelular. Foco em Músculo e Fígado. -A insulina Excita os transportadores de Glicose (Família GLUT) -A insulina promove a síntese de lipídios a partir da glicose excessiva -A insulina promove aumento da translocação de aminoácidos para síntese proteica -A queda das concentrações de insulina faz o corpo usar lipídios como fonte energética -> Quebra lipídica em excesso libera ácido, podendo gerar CETOACIDOSE ▪Relacionada funcionalmente ao equilíbrio das concentrações de glicose sérica. Fisiopatologi� ● Hipoglicemia: ▪ETIOLOGIA: -por fármacos usados no tratamento do diabetes melito - pela exposição a outras drogas, incluindo o álcool. - outros distúrbios: falência de órgãos críticos, sepse e inanição, deficiências hormonais, tumores de células não β, insulinoma e cirurgia gástrica prévia, podem causar hipoglicemia. ▪ Tríade de Whipple: (1) sintomas compatíveis com hipoglicemia, (2) baixa concentração plasmática de glicose medida por um método preciso (e não com monitor de glicose) (3) alívio desses sintomas após elevação do nível plasmático de glicose. ▪O limite inferior da concentração plasmática de glicose em jejum é de cerca de 70 mg/dL (cerca de 3,9 mmol/L); ▪ocorrem níveis mais baixos de glicose no sangue venoso em condições normais: AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� - dentro de algumas horas após uma refeição, -durante a gravidez e durante um jejum prolongado (> 24 horas). ▪ A hipoglicemia 》morbidade significativa》 grave e prolongada》fatal》 episódios de confusão, nível alterado de consciência ou crise convulsiva. 2- Cetoacidose Diabética ▪deficiência relativa ou absoluta de insulina combinada com excesso dos hormônios contra reguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento). ▪ Tanto a deficiência de insulina quanto o excesso de glucagon, em particular, são necessários para a instalação da CAD. ▪ A menor relação de insulina com o glucagon promove a gliconeogênese, a glicogenólise e a formação de corpos cetônicos no fígado, assim como aumentos no fornecimento de substratos provenientes da gordura e do músculo (ácidos graxos livres, aminoácidos) ao fígado. ▪ Os marcadores da inflamação (citocinas, proteína C-reativa) estão elevados tanto na CAD quanto no EHH. ▪A combinação de deficiência de insulina e hiperglicemia reduz o nível hepático de frutose-2,6-difosfato》 altera a atividade da fosfofrutoquinase e da frutose-1,6-bifosfatase. ▪O excesso de glucagon》 reduz a atividade de piruvato quinase ▪deficiência de insulina》 aumenta a atividade de fosfoenolpiruvato-carboxiquinase. ▪Essas mudanças desviam o processamento do piruvato na direção da síntese de glicose e para longe da glicólise. Os maiores níveis de glucagon e de catecolaminas na vigência de baixos níveis de insulina promovem a glicogenólise. ▪A deficiência de insulina 》 reduz os níveis do transportador de glicose GLUT4》 compromete a captação da glicose dentro do músculo esquelético e da gordura 》 reduz o metabolismo intracelular da glicose. ▪A cetose resulta de um aumento acentuado na liberação de ácido graxos livres pelos adipócitos, com um desvio resultante na direção da síntese de corpos cetônicos no fígado. ▪Os níveis reduzidos de insulina, em combinação com elevações nas catecolaminas e no hormônio do crescimento, aceleram a lipólise e a liberação de ácidos graxos livres. ▪na CAD, a hiperglucagonemia altera o metabolismo hepático em favor da formação de corpos cetônicos por meio da ação da enzima carnitina-palmitoiltransferase I. Essa enzima é crucial para a regulação do transporte dos ácidos graxos para o interior das mitocôndrias, onde ocorre a oxidação β e a transformação em corpos cetônicos. 2-Em um pH fisiológico, os corpos cetônicos existem em forma de cetoácidos, que são neutralizados pelo bicarbonato. À medida que as reservas de bicarbonato sofrem depleção, instala-se um quadro de acidose metabólica. 3-A maior produção de ácido láctico também contribui para a acidose. As maiores quantidades de ácidos graxos livres aceleram a produção de triglicerídeos e de VLDL. 4-A depuração de VLDL também é reduzida, pois a atividade da lipase lipoproteica sensível à insulina no músculo e na gordura é diminuída. A hipertrigliceridemia pode ser tão intensa a ponto de causar pancreatite. ▪ A omissão completa ou a administração inadequada de insulina pelo paciente ou pela equipe de assistência de saúde (em um paciente hospitalizado com DM tipo 1) podem precipitar a CAD. ▪A tríade clássica da Cetoacidose diabética(CAD) é glicemia > 250 mg/d, pH < 7,3 e cetonemia. 3- Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar ▪ a deficiência relativa de insulina e a ingestão inadequada de líquido são as causas subjacentes de EHH. ▪A deficiência de insulina induz um aumento da produção hepática de glicose (por meio da glicogenólise e da gliconeogênese) e prejudica a utilização de glicose no músculo esquelético ▪ A hiperglicemia induz uma diurese osmótica que acarreta depleção do volume AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� intravascular, a que será exacerbada por uma reposição inadequada de líquidos. relativa e menos acentuada do que na CAD. ● Conceit�� ▪ O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina ( Tipo 1) e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos ( tipo 2). ▪Caracteriza-se por hiperglicemia permanente com posterior instalação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas ▪Complicações Agudas: Cetoacidose Diabética, Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar Não Cetótico, ▪Complicações Crônicas: (cardiovasculares, neurológicas, renais, oftalmológicas e o pé diabético ocorrem principalmente nos casos não controlados e de longa duração ▪ MODY, o diabetes de início na maturidade do jovem (MODY, de maturity-onset diabetes of the young) que se caracteriza por herança autossômica dominante, início precoce de hiperglicemia e resulta de mutações em genes envolvidos no desenvolvimento e na função das células beta. ▪Diabetes tipo LADA que se diferencia do diabetes tipo 1 por ser uma doença mais latente. DM tip� 1 ▪Representa entre 5 - 10% do total de individuos ▪é mais comum em crianças e adolescentes . ● Conceit�� ▪Caracterizado pela deficiência grave ou absoluta de insulina ocasionado pela destruição beta pancreática . Ou seja , é um hipoinsulinismo absoluto (peptídeo C –fragmento precursor da insulina – indetectável ou < 0,1) que gera por consequência uma hiperglicemia. AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ● Etiologi� 1. Origem Autoimune: - Possui auto anticorpos específicos. São identificados como marcadores da Doença Auto-lmune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas. ▪Doença autoimune em que possui sorologia positiva para alguns marcadores como anti-ICA, anti-GAD, anti-IA2 que agem contra as células beta, destruindo-as. ▪Dentre as principais doenças autoimunes associadas a DM1 destacam-se a tireoidite de hashimoto, doença de graves, vitiligo, anemia perniciosa e a doença celíaca. 2. FATORES GENÉTICOS ▪Os genes HLA (a antígeno leucocitário humano). Localizados no braço curto do cromossomo 6 e o IDDM 2 (cromossomo 11p). uma região promotoranão codificadora do gene da insulina ▪já foram identificados mais de 20 loci desuscetibilidade para o diabetes do tipo 1. ▪o principal está na região de codificação do HLA-ll no 6p21 (HLA-D). Cerca de 90-95% dos pacientes brancos com DM1 apresentam HLA-DR3, ou DR4, ou ambos ▪Outros genes, não envolvidos na codificação do MHC, também já foram relacionados 3. FATORES AMBIENTAIS ▪ Os fatores como dieta e toxinas tenham sido propostas como desencadeadoras DM ▪ vírus suspeitos, como: Caxumba, Rubéola congênita, Vírus Coxsackie》 anticorpos produzidos agem contra os antígenos virais que acabam lesionando as células betas devido ao mimetismo molecular entre antígenos virais e antígenos dessas células. 4. Origem idiopática: -Não possui marcadores de Doença Autoimune, não sendo identificada sua causa. AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ● Classificaçã� ▪TIPO 1A -Deficiência de produção de insulina devido a destruição de células beta por ataque autoimune. ▪TIPO 1B Deficiência de produção de insulina por mecanismos idiopáticos . ● Fisiopatologi� ▪ a GLICOSE》 entra na célula beta 》 transportadoras GLUT-2》 entrar na célula 》 processo de fosforilação 》 enzima GLICOQUINASE 》 transformada 》 GLICOSE-6-FOSFATO》 reações citoplasmáticas 》 abertura dos canais de Ca++ 》aumentando 》o cálcio intracelular 》 liberação de insulina . ▪GLICOQUINASE: realiza a fosforilação da GLICOSE em GLICOSE-6-FOSFATO . ▪queda nos níveis glicêmicos 》diminuição da secreção insulínica ▪As células betas secretam insulina em resposta as elevações dos níveis glicêmicos . 》 produção de uma pró-insulina 》se há um aumento de glicose 》 pró -insulina é clivada 》 peptídeo C e insulina》 secretada na circulação 》 diminuir os níveis glicêmicos. ▪A hiperglicemia permanente se manifesta quando 90% das ilhotas são destruídas. ● Quadr� clínic� ● Açõe� d� Insulin� 1. EFEITOS NO METABOLISMO DA GLICOSE: ▪A insulina é facilitar o uso da glicose pelos tecidos periféricos (músculos e gorduras). 2. EFEITOS NO METABOLISMO D E LIPÍDIOS: ▪Estimula a lipase (enzima digestiva no pâncreas que tem como função quebrar a gordura da alimentação em moléculas menores) que então são absorvidos e estocados. AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� 3. EFEITOS NO METABOLISMO DE CETONAS : ▪ hipoinsulinismo ou uma diabetes mal controla da nosso corpo produz corpos cetônicos no fígado e a insulina impede esse processo deposição cetogênica ▪No DM 1 temos destruição de células beta pancreáticas ( que são as responsáveis pela produção de insulina) 》 deficiência de insulina 》 irá gera um processo maior deposição de ácidos graxos 》suscetível a uma cetoacidose diabética ● Diagn�stic� ▪ critério de diagnóstico de DM: • Glicemia plasmática de jejum ≥ 126 mg/ dl, •Glicemia duas horas após sobrecarga de 75g de glicose anidra ≥ 200 mg/ dl • HbA1c ≥ 6,5%. Ela é produto da reação não enzimática entre glicose sanguínea e o grupo aminoterminal de um resíduo de valina na cadeia beta da hemoglobina a partir de uma reação não enzimática, irreversível e de intensidade diretamente proporcional à glicemia. - Os valores da HbA1c refletem a média das glicemias durante os últimos 2 a 3 meses, que é o tempo de sobrevida das hemácias. -Quanto maior a concentração de glicose plasmática e maior o período de contato, maior a porcentagem da HbA1c. -É considerada o padrão-ouro na avaliação do controle glicêmico, devendo ser realizada a cada 3-4 meses ▪Peptídeo C- Avalia capacidade secretora do pâncreas》 Ausència de reserva: < 0,9 -1,0. -A capacidade secretória do pâncreas pode ser analisada por meio da dosagem no plasma do peptídeo C, que é secretado na circulação porta em concentrações equimolares com a insulina, sendo ambos originados da clivagem da pró insulina. ▪Frutosamina: Alternativa para as hemoglobinopatia. Reflete 7-14 dias ▪Anticorpos -Anti GAD -Anti llhota -Anti Insulina -Anti Znt8 ▪São necessários DOIS EXAMES alterados para confirmação diagnóstica. Se somente um exame estiver alterado, recomenda -se que este seja repetido para confirmação. ▪Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia (perda ponderal , poliúria , polidipsia , polifagia) é necessário APENAS 1 TESTE alterado. ▪Em pacientes que se faz a glicemia aleatória um valor ≥ 200 já é suficiente para diagnosticar com DM ▪A glicemia de jejum é o TESTE DE PRIMEIRA ESCOLHA. É simples, barata e fácil de ser realizada . Necessita de, pelo menos, 8 horas em jejum. ▪METAS INDIVIDUALIZADAS -É RECOMENDADA a meta de HbA1c < 7,0% para todos os indivíduos com diabetes, para prevenção de complicações microvasculares ,desde que não incorra em hipoglicemias graves e frequentes. AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ● Tratament� ▪Na Diabetes Tipo 1 o paciente apresenta deficiência ou ausência de insulina CI ▪Uso de Insulina com efeitos farmacocinéticos diversos: ultra rápidas, rápidas, de ação intermédia, de longa duração de ação e ultra lentas ▪INSULINODEPENDENTE ▪A estratégia de eleição é a terapia basal-bolus , que deve ser instituída precocemente , com múltiplas aplicações diárias de insulina ( múltiplas doses de insulina – MDI) ou com a bomba de infusão de insulina (sistema de infusão contínua de insulina – SICI) . ▪A insulinoterapia deve imitar e corrigir a s deficiências na secreção pancreática de insulina 》 quanto maior o grau de disfunção pancreática》, maior será a necessidade de insulina exógena . ▪Os pacientes devem adquirir conhecimentos e instituir hábitos em relação aos objetivos glicêmicos, automonitorização glicêmica, administração de insulina, identificação e tratamento de hipoglicemias, ajuste de doses de insulinas de acordo com o nível glicêmico, contagem de carboidratos e quantidade de carboidratos da refeição. ● Tip�� d� insulin� 1. INSULINA BASAL : é o fisiológico o, todaspessoas (com exceção dos DM1) possui secreção de insulina pelo pâncreas 》evolui para picos após as refeições . ▪insulina basal controla a glicemia de jejum, evitando gliconeogênese e cetose. ▪ A s principais insulinas basais: • NPH – ação intermediária - 2h • Detemir – ação lenta – 2h • Glargina • Degludeca 2. INSULINA PRANDIAL : é a insulina liberada após as refeições principais . Ex: café da manhã, almoço e jantar. ▪ As principais insulinas prandiais: • Regular – ação rápida – 30m • Lispro – ação ultrarrápida – 5m • Asparte – ação ultrarrápida • Glulisina – ação ultrarrápida • Faster aspart – ação o ultrarrápida • Inalável – ação ultrarrápida ▪controla a glicemia pós -prandial (após as refeições , evitando picos altos de hiperglicemia AP� 23 |S13P1 |Lid���� co� a di����es|SO� V |Isa���l� Afo��� de So�z� ● Recomendaçã� SBD R1. Em pacientes com DM1 é recomendado iniciar o tratamento com insulina imediatamente após o diagnóstico clínico, para prevenir a descompensação metabólica e a cetoacidose diabética. R2. É RECOMENDADO utilizar esquemas de insulinoterapia que mimetizam a secreção de insulina , com o objetivo de atingir metas de controle glicêmico estabelecidas para a faixa etária. R3. É RECOMENDADO que , em indivíduos com DM1, seja utilizado o tratamento intensivo com insulina basal e prandial, com múltiplas aplicações ou infusão subcutânea contínua de insulina . R4. Os análogos de insulina de ação longa DEVEM SER CONSIDERADOS para insulinização basal, por apresentarem menor variabilidade glicêmica e menor incidência de hipoglicemia noturna, e m comparação com a insulina NPH. R5. Os análogos de ação ultra longa PODEM SER CONSIDERADOS para insulinização basal de pessoas com risco aumentado para hipoglicemia , por estarem associados à menor incidência de hipoglicemia e à maior flexibilidade. R6. Para a maioria dos indivíduos com DM 1, É RECOMENDADO o uso de análogos de insulina de ação rápida ou ultrarrápida no esquema basal-bolus para reduzir o risco de hipoglicemia . R7. É RECOMENDADA que a insulina prandial seja administrada antes de cada refeição por ser, assim, superior à injeção após o início da refeição no controle daglicemia pós -prandial .